História Fantasmas tambem se apaixonam - Imagine Jeon Jungkook - 2 - Suicidio - temporada 2

                         S/N

Era frio. O tempo não passava. A dor que havia em mim agora era a dor que me mantinha viva. Eu agora era movida pela dor das outras pessoas. Por mais que eu queira ajuda-las, minha mente diz que sou incapaz disso. Deus me salve disso.

- Acho que não vai mais depender de mim - Tae coloca uma mascara em seu rosto e se vira de costas pra mim

- Tae... - eu estendo minhas mãos o tocando para que ele não se vá - eu... tenho medo.

- Medo? - Tae se vira e me olha surpreso - isso soa estranho pra mim - ele tira minha mão de seus ombros - não diga isso a mais ninguem.

Como Taehyung que era uma pessoa tão doce e paciente, pode se tornar tão cruel e frio. Ate as palavras em que ele dirige, mesmo sem intenção machuca profundamente. Algo na minha cabeça diz que não é certo ter esses sentimentos tão reciprocos de amor e afeto por humanos que so erram e que deveriam ser punidos pelos seus pecados. Aqui essa era a lei.

- Aqui - Tae aparece 

- An? - me assusto

Ele estava com a mão estendida pra mim, eu olho e era um objeto como um livro ou um caderno de anotações. Ele me entrega.

- O que devo fazer com isso? - pergunto olhando para as folhas velhas do caderno, que estavam em um pessimo estado.

- O seu deve é apenas sentar ali e riscar os nomes presentes nesse caderno.

- O que acontece se eu riscar? Porque esses nomes estão aqui? O que vai acontecer com as pessoas desses nomes?

- Elas vão morrer - ele disse isso como se fosse obvio - você é deusa Akuma, seu dever é matar

- Eu... 

Antes que eu terminasse a fala Taehyung pegou a minha mão que segurava a caneta e riscou um nome. 

- Apenas isso - ele diz

Era prazeroso aquilo. Eu me sento em meu trono e começo a riscar nomes. Não importava quem era. E ali por dias e dias apaguei vidas que ja tinham perdido sua cor com a droga do pecado que agora era condenado pelas minhas mãos. 

Esse era meu novo vicio... matar. Ja não podia me conter. Eu ja era um monstro. Meus sentimentos foram mortos com o desejo de matar. 

- Jeon Jungkook... - eu leio esse nome que no fundo me era familiar

Jungkook... foi a pessoa em que me levou a esse inferno. Tudo estava claro novamente. A pulpila dos meus olhos se dilataram e eu ja podia sentir vontade de matar. 

- Porque seu nome esta aqui... Jungkook? - eu me pergunto

Não posso matar ele. Ele vai morrer? Porque? A pessoa que tiver tentado algo contra ele, pagará seu pecado da pior forma possivel.

Pensamentos de matança retornam a minha mente e eu desejo o matar.

- EU NÃO SOU UM MONSTRO PROGRAMADO PRA MATAR - grito a mim mesma - EU NÃO VOU MATAR JUNGKOOK - pego a caneta e perfuro minha mão para que ela não conseguisse mais riscar.

Eu preciso impedir que Jungkook morra. E tambem saber o porque da morte dele. Eu não sabia os segredos daquele mundo. Não sabia como as coisas funcionavam. Como poderia voltar ao mundo dos humanos? 

- Jungkook - meus olhos sagravam em lagrimas - eu so quero você agora - digo de joelho no chão vendo minhas lagrimas escorrerem ate cair de pinguinho em pinguinho no chão.

Uma luz e um barulho alto me assustaram. Sentia pingos de agua gelada sobre minhas costas e o frio que eu sentia era fisico.

Eu levanto minha cabeça e olho ao meu redor. Era um prédio,no mundo dos humanos, estava acontecendo uma tempestade horrivel. O que eu fazia ali? 

Eu ando um pouco mais a frente. E me deparo com um homem. Que tremia, suas roupas estavam encharcadas. Ele estava na ponta desse predio. Talvez suicidio? 

Eu toco suas costas. Ele não se movia, estava simplesmente parado ali, sem saber se pulava ou voltava a viver sua provavel vida "miseravel" na terra. Os humanos procuram fugir dos problemas com a morte.

Eu o puxo e ele cai no chão do teto do prédio.

- Jungkook? 

Aquele provavel homem que estava pra escolher entre a vida e a morte, era Jungkook.

- Jungkook? O que faz aqui? O que pensa que esta fazendo? - eu o acolho entre meus braços e tento o proteger contra a tempestade.

- S/N? - ele estava palido e com dificuldades pra falar

- O que você ia fazer Jungkook? - lagrimas de sangue escorrem pelo meu rosto.

Se eu tivesse riscado o nome de Jungkook ele teria de suicidado.

- Eu disse que não poderia viver sem você - ele coloca a mão sobre meu rosto que respingava a agua da chuva sobre Jungkook - onde esteve? 

- Depois eu te explico. Agora eu preciso te levar para um lugar seguro - eu o levanto, colocando-o em meus ombros.

Jungkook estava aparentemente muito mais magro. Seu corpo ja não era mais saudavel.

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Era boa a sensação de poder toca-lo novamente. Seu corpo ja estava quente denovo. Eu havia trocado de roupas e colocado  ele sobre uma cama,embrulhado por duas cobertas para que o aquecesse.

Minhas roupas,meus objetos e meus pertences estavam no mesmo lugar, estava tudo completamente intacto. Eu havia tomado um banho e trocado de roupa. 

Ate que a minha ficha caiu que eu podeira viver nesses dois mundos. So que eu precisava me conectar com Jungkook, que eu iria pra onde ele estivesse. Mas... eu poderia perder minha consciência matando pessoas e nunca mais voltar.

Eu pego o celular de Jungkook que estava no chão ao lado da porta e ligo a tela.

- 1% - digo em voz alta 

Eram 8:36pm da noite, eram dia 26. Quer dizer que passei por 2 meses fora? Tampo minha boca quando começo a soluçar por conta da chuva. Meu corpo era humano. Mas minhas lagrimas ainda eram sangue.

- S/N... - sinto as mãos frias de Jungkook me tocar

Eu o olho...