História Fate: Kogane Flower - O Herói Dourado

Cap 1

[Gilgamesh P.O.V.]

   Que lugar... ? Ah, eu morri... Maldito Archer! Se escondendo e só atacando quando eu estava de guarda baixa, mas... Foi um erro eu ter subestimado aquela criança, se não fosse isso não teria estado naquele maldito final...

— De novo nesse lugar deplorável, é de enjoar.

   Um local escuro, com apenas as brasas de algo que já queimou, como me enoja... Mas está diferente, uma luz está aparecendo do céu, ela me envolve e me aquece, como daquela vez... Será de novo o chamado do Graal?

(...)

[Gieve P.O.V.]

— Conseguimos Stella, fomos escolhidos pelo Super Graal, depois de muito tempo de treinamento, conseguimos atingir o nível do nosso Tio, chegou a hora.

— É motivo de orgulho, agora todos os preparativos estão prontos, fomos  escolhidos como dois dos quatorze mestres! — Ela diz.

— O círculo de invocação já está feito, só precisamos fazer os contratos — apresso-a para começarmos.

  Stella é uma excelente maga, especializada na magia de cura e anulação mágica, é realmente complexo sua área, a minha chega até ser simples.

— Vamos começar? — Ela me pergunta ansiosa. 

— Sim, ganhamos as melhores relíquias que nosso Tio encontrou, não acredito que até agora que elas estavam em ruínas da antiga cidade de Fuyuki — Digo em um tom otimista. — A bainha da lenda do Rei Artur e a primeira pele de cobra, temos tudo para invocar os melhores servos, apesar de não sabermos qual servo é de uma das relíquias, nosso tio nos entregou através de um familiar.

   Concentramos todos os nossos círculos mágicos, minha irmã tentará fazer um contrato com o servo que virá da primeira pele de cobra, vou tentar com a bainha daquela lenda. 

— Uma base de prata e ferro. Da coroa apareça e siga o caminho sagrado que leva ao reino. Ouça minhas palavras... A minha vontade manifesta o seu corpo, e a sua espada manifesta o meu destino, se você ouvir ao chamado do Graal e obedecer à minha vontade e aos meus pensamentos, então venha até mim! — Stella diz em um tom bastante sério e frio.

   Minha irmã está conseguindo. Agora é a minha vez de fazer o contrato, vamos invocar dois servos, queremos que eles sejam das três grandes classes de servos, concentração! 

— Eu juro! Eu serei tudo o que de bom há no mundo, que eu derrotarei todo o mal do mundo, faço-te o pedido de que seja minha luz, a minha vontade manifesta o seu corpo, e a sua espada manifesta o meu destino, se você ouvir ao chamado do Graal e obedecer à minha vontade e aos meus pensamentos, venha até mim! 

   Vieram como duas estrelas douradas, eles materializaram em um instante, formamos os laços do contrato no mesmo tempo, o servo da minha irmã, um cara loiro, com uma armadura dourada que cobre todo o corpo, com uma aura dourada em sua volta. Já o meu é uma moça loira também com uma armadura, será que são irmãos? Não, eu invoquei o Rei Artur, será que essa moça é ele? Ela também tem uma aura dourada que a cerca.

[Gilgamesh P.O.V.]

   Estou em uma sala, fui invocado, na minha frente uma garota de cabelos vermelhos me finta com um olhar feliz e contente, uma criança me invocou? 

— Então, és o meu mestre? — Diz uma voz muito familiar.

   Olho para a direita e encontro a Saber, como o destino pode ser tão engraçado? Quase não contenho minha risada, ela se vira e faz uma cara horrível.

— O que fazes aqui Archer? — Ela empunha sua espada escondida pelo vento como se fosse lutar.

— Não se ache Saber, não vim aqui para te ver, fui invocado aqui como você, por esses dois. — Viro meu olhar para os dois que estão em nossa frente, estão com olhares felizes e confusos. 

— Conseguimos invocá-los irmão! — A menina pula em cima do menino que aparenta ser idêntico a ela.

— Hahâm, quem são vocês? Se conhecem? — O menino pergunta.

— Devo te informar, sou o Rei da Grã-Bretanha, da classe Saber, Arturia Pendragon, esse é—

— Não ouse falar sobre mim, impura, conheça o seu lugar — Afirmo irritado.

   Saber continua segurando sua espada.

— Saber, deixe-me conversar com ele — A menina diz aproximando-se novamente para mim.— Sou eu quem te invoquei, me chamo Stella Tenma, esse a esquerda é meu irmão Gieve Tenma.

   Stella, ela está tentando socializar comigo? Hm, não tenho nada para fazer, mas como fui invocado para mais uma guerra do Graal, vou me divertir um pouco...

— Nada tenho para lhe dizer, saia do meu caminho, plebeia.

— Onde está seu respeito com sua Mestra? — Diz Saber nervosa.

— Não implique com ele, deixe-o em paz — O moleque diz para a cavaleira.

   A Saber vai acabar falando de todo jeito, portanto irei esclarecer.

— Sou o Rei de Uruk, o Rei dos heróis, Gilgamesh, sou da classe Archer. Estive na 4ª e 5ª Guerra do Cálice Sagrado — Digo e retiro-me da sala.

   No corredor tem oito quartos, quatro na esquerda e quatro na direita, desço para o primeiro andar e encontro um sala e cozinha, são espaçosos, deve ser uma mansão. Vou para um quarto na extremidade, onde em uma varanda observo o fim do dia. Noto a presença de alguém e verifico, é a menina.

— Não precisa se esconder garota, notei-te quando saiu daquela sala, posso mesmo falar que tipo de penteado ou que roupas está usando aí no escuro. 

— O-Oi, posso me sentar do seu lado? 

— Faça o que lhe agrada — Digo voltando a olhar para o horizonte.

— Sua armadura combina muito bem, você é realmente bo-bonito — Ela disse parecendo envergonhada.

— É óbvio, sou perfeito, o homem deslumbrante e sem igual de toda a criação.

   Ela entrega algumas risadas, está tentado ser simpática, sua personalidade é sincera e bondosa. 

— Quer que eu te conte sobre como vai ser essa Guerra? — Ela diz de um jeito óbvio que falaria mesmo se eu não quisesse. 

— Continue.

— Você disse 4ª Guerra do Cálice Sagrado, isso foi aproximadamente 100 anos atrás, a cidade de Fuyuki agora são apenas ruínas. Essa é uma Guerra pelo Super Graal, com quatorze servos e super selos de comando, essa cidade em que estamos é a nova Fuyuki, um centro secreto feito para essa Guerra, todos os quatorze mestres e servos estão perto ou nas cidades, nossa casa está bem afastada aliás. Cinco mestres se aliaram formando a Facção Vermelha e outros cinco mestres se aliaram para combater a outra facção formando a Facção Azul. Não estamos vinculados com nenhum deles e tem mais dois mestres neutros a sobra. — Ela parece estar preocupada, já sei que rumo essa conversa vai chegar.

— Por isso eu quero que, você nos ajude não só como servo, mas como companheiro!

   Companheiro? Inesperado, ela com certeza é uma Mestra incomum, me parece que ela está escondendo alguma coisa, mas já que precisa de minha ajuda, vamos ver se essa Guerra consegue me entreter.

— Aceito, essa batalha acabou — Sorrio para ela.

— Sim! — Ela me agradece e se retira.

— Saber, quando vai sair daí? — Digo a fintando.

— Sua Mestra estava conversando com você e não quis atrapalhar — Ela diz.

— Não me importo, do que precisas?

— Como ouviu tudo pela sua Mestra, não preciso dizer, conto com você — Saber fala com um olhar sério.

— Sim, não precisa se preocupar, estou no mesmo lado que você.

— Também quero me desculpar pelo erro que cometi mais cedo, lamento por ter sido áspera, hostil e ter faltado respeito com você, eu estava ainda confusa por ter sido invocada a pouco — Ela diz me olhando com uma expressão arrependida.

— Não quero suas desculpas — Retruco em um tom sarcástico.

   Noto-a encarando para o meu rosto provavelmente pensando no que dizer para eu “perdoá-la “, é sério que ela acreditou no que eu disse? Isso me faz querer continuar a importuná-la, vou prosseguir.

— Não consegues pensar em alguma forma? — Observo-a.

— Já pensei! Para podermos realizar nossas funções com sintonia e em conjunto, precisamos de confiança, portanto, deixe-mos de sermos tão formais e abandonemos a dúvida um ao outro, para que nos reconheçamos. Te chamarei pelo nome e desejo o mesmo, não que eu anseio mais intimidade com você, apenas que larguemos a cautela. Ademais, não quero que um companheiro me chame pela classe a todo momento. — Ela completa.

   Isso seria a forma dela se redimir? Começando um novo caminho? Com certeza ela ainda demostra inocência em sua personalidade, chamar pelo nome, como isso é para desculpas ou respeito? Ela é bastante sonsa nesse quesito, consegue me divertir muito, quase estou gargalhando na frente dela.

— Está bem, Rei dos cavaleiros, que possamos ter um bom relacionamento.

— Irei me retirar agora, guardarei a outra parte da casa, até mais — Ela diz.

— Até — Digo finalizando a nossa conversa.

   Pois bem, quatorze servos não é? Veremos se esses espíritos heróicos conseguem se mostrar dignos na minha presença...

(...) 

[Aquiles P.O.V.]

— Nove servos inimigos, vai ser divertido, não é irmã?

— Nossa time é claramente superior, vamos ganhar essa Guerra — Atalanta diz.

— Vamos em um encontro depois? — Digo esperançoso.

— Nem pensar, imbecil...

   Nossa, curta e cruel. Enfim, tive uma segunda chance, vou viver sem arrependimentos, esse é o meu desejo.

— Vocês se dão bem mesmo né? — Intromete Lancer.

— Pode tirar o olho — O encaro desconfiado.

— Não precisas fazer essa cara — Ele faz uma careta.

(...)

[Cristóvão Colombo P.O.V.]

   Uma nova oportunidade, para novas descobertas e conquistas...

— Em frente a aventura amigos! 

— Não se anime tanto, vai ser uma batalha difícil — diz Caster.

— Vai ser uma Conquista inimaginável. — Atrevo até em perguntar se será melhor do que dar a volta ao mundo...

[Esquema da distribuição do número de servos na Guerra do Super Graal]

Facção Vermelha 

Archer: Atalanta

Rider: Aquiles

Assasin: Semiramis

Lancer: Cu Chulainn

Berserker: Sansão

Facção Azul

Caster: Paracelsus Von Hohenheim 

Rider: Cristóvão Colombo

Assasin: Henry Jekyll e Hyde

Berserker: Spartacus

Lancer: Enkidu

Servos Neutros (Sem alianças)

Saber: Rama

Caster: Avicebron

Servos Neutros (Aliados)

Saber: Arturia Pendragon 

Archer: Gilgamesh