Cap 13
[Gilgamesh P.O.V.]
— O duelo mais esperado dos maiores servos! Você não imaginaria que se—
Ordeno duas armas, uma atravessa a barriga e a outra arranca uma perna do Mestre inimigo, ele cai ensanguentado.
— Me a-ajude Lancer! Por que você não me defendeu? — O verme cuspindo sangue implora pela vida.
— Acha que eu te defenderia depois de você ter me ordenado a matar quem eu mais me importo? Morra, desgraçado. — Meu amigo diz e explodo o verme de Mestre.
Abro mais portais organizando-os numa formação para o combate. Empunho Ea e na outra mão seguro a espada demoníaca Gram, junto com a cadeia das correntes do céu. O oponente envolve a área com seu poder demostrando suas habilidades.
— Vai criar uma nova realidade Enkidu?
— Se lutarmos nesse mundo, ele será destruído. É necessário um campo de batalha adequado. — Ele me responde e sua ação é concluída.
Fomos transportados, não preciso me preocupar com os estragos que farei aqui.
— Gil, se você usar sua divindade eu ficarei mais forte ainda, tem certeza disso? Não consigo me segurar.
— Desta vez, eu irei salvá-lo, farei o meu máximo. — Libero minha aura.
Enkidu faz inúmeras lâminas e disparo colidindo nossos projéteis, ele avança atacando com a lança, bloqueio seu golpe com a Gram e sou rodeado pelas correntes dele. Salto para trás e envio fantasmas nobres destroçando as armas arremessadas do oponente. Vou para cima e trocamos golpes fazendo o chão romper pelos impactos brutais, desvio de uma estocada e devolvo num corte empurrando-o e lanço mais lâminas acertando-o. Ele retira a espada curando seu ferimento, o previsto.
Continuamos na onda de ataques, movimento em torno dele golpeando sem parar, mas as nossas velocidades se igualam permitindo-o defender-se dos meus cortes, estendo os portais e ele me acompanha resultando numa luta entre uma chuva de fantasmas nobres sendo lançados. Faíscas saem do cruzar das lâminas, balanço a espada e bato contra a lança, logo salto para trás desviando das armas jogadas em mim, mas a ação não cessa fazendo-me correr e recuar sem parar, Enkidu mira e ataca no conjunto de suas armas, busco distância, mas na mediada que tento afastar-me sou cercado pelo bombardeamento dele, é muito rápido, sou acertado pelas armas atiradas... Contudo minha armadura aguentou e defendeu, apesar de que em toda a minha volta as correntes presas nas espadas impedem-me de mobilizar e deslocar pelo terreno, droga! Antecipo-me e atiro projéteis nas armas enviadas do adversário, levantando ainda mais poeira. Vou pra cima de Enkidu e movo meu braço direito na ameaça de usar o golpe de ar da Ea, ele protegeu-se de imediato com sua arma aguardando a pancada, o que me deu a chance de atingí-lo num chute por baixo. Sabia que sua reação seria preocupar-se com Enuma, não foi inútil termos nos enfrentado tanto assim.
Enkidu persiste descarregando projéteis na minha direção e avança no meio deles num ataque direto. No embate, articulo a cadeia dos céus e prendo as armas a metros de mim e cerco o adversário disparando meus fantasmas nobres, obrigando-o a pular. Nesse segundo o pego com a cadeia, entretanto ele desfaz seu braço em argila escapando do aprisionamento e logo o refaz investindo em mim, bloqueio o golpe e afasto das suas correntes. Ele gira me acertando com sua estocada, jogando-me para trás. Minha armadura aguentou o golpe, todavia trincou superficialmente, ele já está ativando seu fantasma nobre... Enkidu cobre a área com sua aura e cria uma floresta instantaneamente, a mata densa atrapalha a visão e da vantagem de aproximação a ele, miro meus portais em cima da floresta e descarrego-os varrendo o terreno. Estou preso, o adversário espalhou e escondeu suas correntes entre as árvores e o chão me restringindo após explodir a floresta. As correntes dele são ainda mais eficazes que as minhas, conseguem selar completamente o meu poder divino, ele vem na minha frente terminar o serviço, tenho apenas um meio de sair daqui.
— Ea, golpe de ar. — Assolo tudo o que está em volta libertando-me.
Enkidu escapou a tempo, porém ele não sairá ileso, libero as chamas de Gram.
— BALMUNG! — Desfiro meu fantasma nobre queimando o trajeto com as chamas demoníacas.
O adversário desviou o percurso do ataque com sua lança, mas sofreu bastante dano. Ele regenera o estrago como se não tivesse acontecido, seu poder aumenta celeremente. Vamos para mais um frequência de golpes, Enkidu envia suas correntes e bloqueio-as com as minhas sucedendo num cabo de guerra. Puxa-mos com o máximo de força nos afundando ao chão, ele para de contrapor e arrasto-o facilitando sua nova investida, excelente, pode vir. Preparo a espada demoníaca, Enkidu rasga meu tórax e abdômen destruindo minha armadura, corto seu ombro horizontalmente e atravesso a espada incendiando e criando uma enorme explosão que engole o corpo dele. É inacreditável, nem as chamas das inúmeras maldições mortais e a decomposição de Gram foram suficientes para derrubá-lo, nos movemos colidindo de novo as lâminas e o choque do embate mágico delas repulsou-nos para direções contrárias. Meu oponente cria centenas de lanças, embebedando-as de mana, ele as impulsiona e descarrega-as em mim, abro o Portão da Babilônia em cada percurso das lanças deixando-as entrar nos portais. Regenero-me do corte que recebi, ele também.
Parece que chegou a hora... Quando ameacei usar o golpe de ar, na defesa do ataque de Gram, na primeira e nessa segunda vez que ele me atingiu... Enkidu já estava ativando seu fantasma nobre, vejo as correntes douradas se unindo em seu corpo para formar uma única e magnífica lança. Com um poder destrutivo inigualável, capaz de bloquear até mesmo o ataque de Enuma.
Manifesto minha aura divina ativando o poder de Ea e cravo-a no chão... Parando para pensar, nos aventuramos muito... Nosso primeiro combate, as brigas, as risadas, os momentos de angústia, tristeza e alegria, todos os nossos feitos e principalmente a nossa amizade. São as lembranças preciosas que sempre carregarei, ele foi o único que me entendeu e ofereceu sua mão para eu segurar nos desafios, o meu melhor amigo. É por isso, que não suportarei vê-lo atormentado nem por mais um segundo, forçado a lutar comigo, Enkidu sofre amargamente e se culpa, mesmo sem ter a autoria. Ele sempre é sentimental demais, algo que em particular reconheço, apesar de que essa qualidade o machuca às vezes, o livrarei dessa dor, nem que o preço seja caro demais para mim.
Somente o brilho rubro é visto na tempestade do imparável poder de Enuma, que violentamente aniquila a criação, a terra se divide em abismos desmoronando para as profundezas. O céu é arrancado e reduzido ao vácuo. Arturia, pegarei sua pose emprestada, empunho Ea e ordeno o ataque anti-mundo, a mana dos comandos e meu reservatório estão concentrados nesse movimento, a energia transborda descontroladamente e raios vermelhos liberam-se. Em resposta, Enkidu termina sua ação com a Lança anti-divina e prepara o seu golpe, tudo será decidido.
— ENUMA ELISH!
— ENUMA ELISH!
(...)
— Conseguiu sobreviver né? — Digo para o caído.
— Atacou com tudo, o típico Gil. — Ele da uma risada.
— E você, como sempre, me deixou ganhar.
— Eu precisava apenas usar a magia dos selos de comando, por isso não tive a necessidade de colocar todo o meu poder no meu fantasma nobre. — Ele sorri.
— E por consequência está nesse estado ridículo, idêntico aquela vez. — Falo irritado.
— Não tinha o que fazer, era eu ou você.
— Vai me deixar de novo? Sou definitivamente incapaz de te entregar no mínimo uma salvação.
— Está errado, Gil. Você me salvou a muito tempo, desde que nos conhecemos, me deu a certeza e felicidade de viver ao lado do único Rei dos Reis. Uma pessoa admirável e maravilhosa. — Ele segura a minha mão. — Nossa história é a melhor coisa que me aconteceu e também, meu desejo foi concedido, o prazer de te ver mais uma vez, só isso me faz realizado.
— Um desejo desse, tão pequeno e idiota... — Sinto um aperto no meu coração.
— Nem pense em chorar, eu já te disse... Onde há vida, há morte. Não chore por alguém como eu, guarde suas lágrimas para outra pessoa especial, sei que tem uma.
— Pare de falar bobagens, você é o maior dos meus tesouros. — Respondo.
— Nossa... O que eu faço com você? — Ele me puxa para um abraço. — Obrigado, se tornou um esplêndido homem.
— Não precisa me agradecer.
— Pois bem, agora vá, estão te esperando, você não está mais sozinho. A batalha do Graal não terminou ainda, vai ganhar o seu troféu.
— Sentirei sua falta, meu amigo. — Digo.
— Não há o que se preocupar, permanecerei com você eternamente. — Ele encosta no meu peito e na minha cabeça.
— Adeus, Enkidu. — Sua presença desaparece, volto para a realidade.
O duelo terminou, seguro a corrente dos céus Enkidu, um dos meus fantasmas nobres mais preciosos e homenagem ao próprio. Meu velho amigo, que se preocupou, amou, sofreu, sorriu, foi mais vivo e humano do que qualquer um... Vejo o clarão de luz da Excalibur e ouço um estrondo vindos das montanhas aonde Saber se dirigiu, em seguida o tempo se abre sumindo com as nuvens negras. Vou dar uma passada lá, aposto que ela está sentindo saudades.
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