1. Spirit Fanfics >
  2. Fate: Kogane Flower >
  3. Saber vs Saber

História Fate: Kogane Flower - Saber vs Saber


Escrita por: Usui-senpai

Notas do Autor


Boa leitura <3

AVISO: “P.O.V.” É o ponto de vista da personagem
Tenho uma conta no Wattpad (Gil-chan) posto essa fic lá

Capítulo 14 - Saber vs Saber


Fanfic / Fanfiction Fate: Kogane Flower - Saber vs Saber

Cap 14

[Arturia P.O.V.]

   Atravesso a floresta e sigo uma trilha para subir a montanha. A medida que caminho o encontro se torna inevitável, numa altitude acima de mim está minha adversária, sustentada na rocha. A cor de seu cabelo que balança ao vento assemelha-se com os dos Mestres. Seguro Excalibur na espera, a inimiga pula descendo para me enfrentar e batemos nossas armas na colisão, a espadachim não cessa e movimenta-se num estilo rasteiro desferindo cortes por baixo, defendo-me deles e balanço a espada cortando na diagonal fazendo-a esquivar, giro em sequência afundando o chão e acerto uma  tremenda pancada empurrando a adversária que não acompanha meu avanço e desfiro verticalmente o golpe de espada, errei... Disperso a nuvem de poeira e avanço chocando as lâminas uma, duas, três vezes, ataco sucessivamente a espadachim pressionando até obter a falha na guarda dela, na ação vejo algo percorrendo a arma dela e cruzo as espadas desmoronando o solo. Recuo um pouco, o contato das lâminas deu um puxão no meu braço, ainda sinto o efeito, desfaço o ar invisível e cubro meu fantasma nobre com Avalon, a serva opositora comanda a eletricidade.

— Arturia Pendragon em guarda! — Tomo a iniciativa voltando ao combate.

   De novo a energia envolve a adversária fazendo-a alcançar-me agilmente, colido as armas bloqueando os raios com minha bainha, deixando-me a salvo das descargas elétricas. Ela desaparece e rodo me protegendo de um corte por trás, mantenho-me rodopiando e defendo todos os ataques da espadachim dos raios, afundo meus pés reajustando a postura e inicio uma onda de golpes frenéticos, bato e desvio voltando em outro cruzar de espadas. Avanço na esquerda e giro para a direita cortando pela horizontal, rodo em sentido contrário e salto chocando as lâminas, dou uma estocada e saio de um corte vertical. Desfiro mais dois ataques e ela some de novo, procuro-a e consigo afastar a tempo de sua lâmina, mas ela reaparece atrás de mim e viro numa pancada a repelindo, a oponente segue com cortes rasteiros e libera sua energia, bloqueio os impactos conseguindo por pouco livrar-me da carga dessa espada. A Saber se movimenta para a esquerda, quase que imperceptível, não sou capaz de acompanha-la com minha velocidade normal, usarei o estilo que aprendi no início da maestria que fui ensinada, como meu professor gostava de falar, “vou correr com o vento”.

   Chego nas costas da oponente, eu também domino os elementos que possuo afinidade, você não é a única. Ela projeta seu corpo para baixo desviando por centímetros da minha espada e logo se lança para longe, entretanto acompanho-a desferindo um corte vertical seguido de outro, a Saber oferece uma estocada e chocamos as armas novamente, batemos de frente em muitos golpes consecutivos, rodo-me acertando um combo e defendo-me da lâmina da espadachim que recua mantendo distância de mim, persigo-a dando continuidade aos meus ataques, ela resguarda-se e ainda contra-ataca, locomovendo para as árvores. Avanço trocando golpes, colidindo as espadas e saindo dos ataques ágeis da oponente, desvio pela direita tirando minha cabeça da linha da espada inimiga e subo numa rocha safando-me de um corte rasteiro, desço num golpe que a opoente encolhendo para a direção contrária escapou, aproveito o embalo e trago mais uma pancada que arremessa a Saber como consequência do impacto. Invisto com a velocidade do vento e sinto uma onda de energia vindo da direção da Saber, podendo enxergá-la observo sua postura, ela guardou sua espada e retira-a liberando raios. Não hesito em aproximar e salto saindo da linha do corte que partiu horizontalmente numa dimensão de vinte e cinco metros as árvores e tudo o que estava no alcance. Ainda no ar, movo-me na diagonal e atinjo a espadachim com meu ataque. 

   Usufruo da poeira formada retrocedendo, não é sensato permanecer em qualquer local fechado com uma controladora de raios, vou para o campo aberto, onde nenhuma árvore poderá conduzir a carga para mim, somente receberei aqui o ataque diretamente. Localizo a adversária passar pela poeira e fumaça e vejo os raios saírem intensamente pela lâmina dela. Sua velocidade está maior ainda, aparece na minha frente, apenas balanço meu fantasma nobre e bloqueio a enorme carga, retiro-me dos ataques poderosos, ora impedindo ora desviando, porém ela encurta nossas distâncias outra vez. Me jogo para o lado evitando o golpe elétrico. As áreas afetadas por essa energia incendiaram em função do calor criado, o tempo começa a fechar-se, vou me dispor disso. Preciso impossibilitar a agilidade da opoente, deixá-la inútil, se mesmo com o vento eu não a ultrapassei, alterarei minha estratégia com ele e farei sua utilização para impedí-la! Finco Excalibur e oriento as correntes de ar girando-as em minha volta de forma violenta e circular potencializando a movimentação das moléculas e criando um tornado, que arranca troncos e pedregulhos de todas as direções. De nada adianta a velocidade da espadachim, uma vez que está perto o suficiente de mim e acaba puxada pelo fenômeno atmosférico em formato de funil, a intensidade desse meu ataque é suficiente para estraçalha-la entre os destroços. Todavia sinto a carga nas nuvens da tempestade que cerca o local, elas descarregam um relâmpago no centro do meu tornado, permitindo-me reação de apenas bloquear verticalmente e ainda sou atingida pelas correntes ramificadas que passaram nas laterais indo até o solo e chegando a mim, suportei o dano do golpe, mas os efeitos permanecem em mim, dificultando levemente o controle de meus braços e membros, além de desfazer o tornado para eu poder defender-me. 

   Mais energia emana da Saber, ela libera os raios de sua espada e a joga para cima, que realiza um deslocamento rotatório, gerando exponencialmente mais eletricidade e prosseguindo a ação de girar, a lâmina desaparece transformando-se em mais raios. Como provado no último ataque, não é possível bloquear as ondas de todas as direções, Avalon só pode parar ataques que a acertam diretamente, logo não a usarei nesse embate. A inimiga aciona seu fantasma nobre.

— Brahmastra! — Ela conduz seu ataque altamente energizado e o lança em mim.

   Os raios que uma vez foram lançados em minha direção agora correm por toda a extensão do meu corpo, cobrindo-me com um manto elétrico que, incrivelmente, não me causa dano algum. Isso só é possível pois a corrente elétrica necessita de um meio material para se projetar, ou seja, precisa de um condutor e um caminho. Eu repeli todas as moléculas do ar em minha volta, criando uma camada de vácuo, que se define pela ausência de qualquer matéria, o ápice do domínio com o elemento vento. Sem ar não há condução, portanto, o relâmpago não tem um meio para propagar-se até me atingir, acabando por desviar para outros condutores. Agora, sujeita ao vácuo, que tem uma pressão extremamente baixa, o ar preso nos pulmões se expande, rasgando de dentro para fora, tornando um extremo perigo segurar a respiração ou inspirar profundamente. Expirei o ar dos meus pulmões antes de fazer essa camada, mas a falta de oxigênio no cérebro me deixará inconsciente em quinze segundos e pararei de formar o vácuo e receberei os raios que prolongam-se do ataque. Os segundos mais demorados da minha vida se vão e felizmente o ataque dela findou por completo para eu deixar de repulsar as moléculas e voltar a respirar. 

   Após eu dar uns bons puxões de ar e recuperar o fôlego, analiso a oponente e noto um ferimento na sua perna, deve ter sido atingida por algum destroço quando foi pega pelo meu tornado, apesar de que ela escapou rápido sem sofrer danos sérios. A tempestade violenta acima de nós entrega, essa Saber quer decidir o duelo nessa ação. A concentração de mana dela se reúne em volta de sua espada, empunhada para baixo, a intensidade da eletricidade se libera em faíscas e ruídos, com certeza, ela pretende usar tudo nisso. 

   Retiro Avalon da Excalibur guardando-a em mim. Manifesto minha aura cobrindo a espada com a luz, no fim da tarde é realmente bonito ver as partículas de luz enfeitando o ambiente, mantenho a postura enquanto ativo meu fantasma nobre, estendendo a área com o brilho magnífico da Espada Sagrada mais poderosa, ouço o trovejar de dentro das nuvens negras, essa será a maior aposta que fiz em toda minha vida. 

— EXCALIBUR! — Desfiro a rajada de luz.

— Lightning. — Ela ordena seu ataque elétrico e noto um raio cair das nuvens sobre mim.

(...)

   Sinto-me balançando, alguém está me carregando? Abro meus olhos e reconheço Gilgamesh, ele entrega um sorriso aliviado.

— Me preocupei atoa, que bom. — Ele diz.

— Eu ganhei? — Pergunto meio confusa, não foi possível saber o desfecho. 

— É claro, você destruiu todo o trajeto do golpe, varrendo qualquer coisa que estivesse lá. 

— Foi uma batalha difícil, bem acirrada. 

— Só me pergunto aonde que se encontrava a sua cabeça. — Ele dá um olhar repressivo. 

— Foi a minha aposta, a luz é uma onda eletromagnética, não é matéria e não possui nenhuma massa, logo ela não colide em nada. Portanto, meu ataque de luz e o de raio da espadachim se atravessaram, aí concentrei toda a minha aura na Avalon deixando por conta dela para recuperar-me instantaneamente do dano que eu receberia. 

— Isso é absurdo. — Escapa uma risada dele.

— É graças a esse absurdo que estou aqui. — Falo franca.

   Subitamente lembro da luta de Gilgamesh.

— COMO FOI SUA BATALHA? — Quase grito, acho que me excedi.

— Foi fácil, com quem pensa que está falando? — Ele mostra um sorriso forçado, uma fachada que facilmente percebo a tristeza que era escondia, nunca o vi assim.

— Sinto muito pelo seu amigo. — Seguro-o.

— Ele alegraria em te ver, tagarelaria sem parar que eu teria arranjado uma noiva.

— Você pode trazê-lo de volta por meio do Graal. 

— Não, Enkidu em nenhum momento disse que desejava permanecer comigo, respeito sua vontade. — Gilgamesh explica, ele perdeu o seu pedido que faria ao Graal. 

— Entendi. — Faço um último suspiro, a Guerra do Super Graal terminou. 

   Gilgamesh me carrega para uma parte superior da montanha, para o templo que o Graal se localiza. Aproximando, inúmeros executores nos observam das sombras, de fato, essa área é bem protegida pela inquisição, eles não interditam a nossa passagem, somos os campeões. 

   Lá está, o mecanismo onipotente capaz de realizar qualquer desejo, desço de Gilgamesh e indo de encontro sou transportada para outro local... minha consciência? Enxergo uma albina que me lembra Irisviel. 

— Me diga, qual é o seu desejo?

[Gilgamesh P.O.V.] 

   Devo estar dentro da minha consciência, suponho que esse é o meio de comunicação com o Cálice Sagrado, uma boneca de cabelos brancos entra no meu campo de visão. 

— Pergunto, qual é a sua prece? — Ela me indaga.

— Nenhuma. — Respondo.

— Eu sei que tem um desejo. — Ela aponta.

— Se eu fosse reconsider, seria a completa destruição do Graal, para extingui-lo. — Recolho Ea de meu portal e aciono o seu poder. 

— Tem certeza? Você pode escolher o que você quiser.

— Eu sou o Rei deste mundo, não há nada que eu precise. — Na verdade, uma única coisa que posso me arrepender.

   Retorno para o plano real, com Saber ao meu lado.

— O que você está fazendo Gilgamesh? — Ela me encara com dúvida.

— Um mecanismo como esse, que oferece um desejo onipotente, consegue supor a escala de colapso que o mundo entraria em busca disso? Colocar heróis de todos os tempos numa arena e guerrear a cada década, como prêmio uma vontade suprema? Esse planeta não é um lugar para tamanha desgraça e fantasia, encarregarei-me de cuidar dos meus jardins erradicando esse teatro trágico. 

— Eu falhei em destruir o Graal no passado, você dará conta? — Ela me avisa receosa.

— Você devastou somente a parte física do Cálice, que transcende o próprio conceito de materialidade. Meu ataque porém, arrancará o conceito e raíz do Graal, retornando a condição de imaterialidade para o nada que se originou, apagando por total a sua existência. E relaxe, não afetarei a cidade ou quaisquer locais em torno, Gieve e Stella sentirão apenas o tremor. — Relato.

— Te ajudarei. — Arturia segura meu ombro, conectando nossos círculos mágicos e provendo-me mana para manter Enuma. 

— Eu não faria isso... Na sua luta, você gastou uma energia incontável. O risco de se desmaterializar é alto, até para você. — Alerto.

— Corremos o mesmo risco, você não está nas melhores também. — Ela diz provocativa.

   Hum, é de fato cômico, mas eu admito. Dentre as cópias e mestiços que perambulam nesses tempos, é possível, achar duas ou três pessoas dignas do meu interesse e, em particular, uma capaz de me fazer perceber algo que eu nunca tinha sentido. Somente ela, a cavaleira dourada, que mesmo engaiolada por seus ideais e princípios hipócritas, me mantém curioso e me diverte cada vez mais. O brilho que ela emana, é como se fosse capaz de iluminar a escuridão e a realidade desse mundo. Realmente, ela é tão bela em seu esplendor, uma linda flor dourada, talentosa de tal forma que eu me vejo fascinado e intrigado por sua luz única. Contudo, essa estrela radiante, que resiste desesperadamente, se sufocará pela inventável tragédia de quem enfrenta as trevas. E é por isso que eu estou aqui, para erradicar o mal que ela não conseguir suportar. Eu manterei sua luz irradiando, esmagando toda calamidade que entrar em seu caminho. É, acho que finalmente encontrei a pessoa valorosa o suficiente para despertar não somente a minha curiosidade, mas a minha atenção e admiração. Devo reconhecer que ela, Arturia Pendragon, magnificamente, me conquistou.

— Eu te agradeço, por estar nessa guerra comigo.

— De onde isso saiu? — Ela me observa, curiosa.

— Você sabe, não começamos com o pé direito. Nas guerras passadas, eu não entendia o que significava amor, interpretava que era algo imposto e que era unilateral. Quando te vi, achei que podia obriga-la a fazer o que eu queria, não tinha ideia de como era um pensamento equivocado, uma vez que amar se define por oferecer e não exigir. Reencontrando-nos como um time brigamos, discutimos incontáveis vezes, interagimos e trabalhamos juntos. Devagar nos compreendemos, não que esse avanço diminuiu nossas discussões, mas esse contato me fez contemplar o seu brilho, algo que mesmo desafiando minha lógica e sentido, me deixou maravilhado e interessado por você. Tive ciência que um sentimento suave e ardente formou-se em mim, concluí que isso consiste no real amar e aprendi essa emoção ao conviver com você. Invés de continuar contrário e proporcionar separação, me encontrei cada vez mais entrelaçado e ligado na nossa relação. Afirmo sem dúvidas, você me conquistou, Arturia.

   Ela piscou três rápidas vezes, como uma espécie de confirmação do que ela estaria presenciando, depois de obter a comprovação, avermelhou-se um pouco e me encarou surpresa.

— Foi repentino, me pegou desprevenida, mas direi em retribuição a você, até já o fiz naquele momento que te encontrei após a batalha com a Facção Vermelha... Esclarecerei perfeitamente agora, apesar de divergimos às vezes e mesmo você sendo um pervertido de língua afiada, os seus defeitos não são as únicas características que te definem. Sinceridade, compreensão, gentileza e empatia, percebi essas qualidades suas ao te conhecer melhor, valores que as pessoas não seguem completamente ou fingem adotar. Acho que essa personalidade terrível e sarcasmo, sejam parte do seu chame e compõem junto com seus princípios a sua pessoa, o meu bad boy, por quem eu me apaixonei. — Arturia coloca a mão sobre meu rosto, seria impossível descrever a minha reação, do mesmo modo que ela, eu fui surpreendido.

— Pois bem, talvez seja a nossa despedida. — Lanço o ataque no Graal. — Enuma Elish.

   Findando minha ação, puxo Arturia, oferecendo aos seus lábios, um beijo.


Notas Finais


Aleluia chegou nesse capítulo, estava louco pra fazê-los se declararem. Quero agradecer e mencionar meu amigo Yago, que me ajudou nas aulas de física a planejar essa luta. Quarta que vem será o último capítulo, fanfic feita de fã para fãs, até a próxima S2.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...