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História Favorite Boy - Jeon Jungkook - Apenas por esta noite;


Escrita por: Sinkyhu

Notas do Autor


Oioi Sweeties!
Sinto muitíssimo pela demora de duas semanas. Tive um imprevisto familiar que me deixou mega sobrecarregada, tanto que não consegui avisar, postar ou falar das novidades recentes para a fic.

Mas finalmente cheguei com esse novo capítulo cheio de emoções ^^

Boa leitura, e leiam as notas finais por favor <3

Capítulo 16 - Apenas por esta noite;


Fanfic / Fanfiction Favorite Boy - Jeon Jungkook - Apenas por esta noite;

Ir nas óperas da cidade costumava ser  muito mais do que uma diversão para mim, mas desta vez estava decidida a ir lá apenas para me distrair, e não avaliar as árias ou pensar se conseguia atingir certas notas. Eu precisava de aliviar minha mente de tudo o que estava acontecendo, ainda mais depois do Tweet estranho que aquele perfil bizarro mandou na tarde do dia anterior.

Era impossível, mas algo daquilo me fez pensar se o dono do perfil era Jungkook.

— Ah, não! — Exclamei para mim mesma. — Não vamos começar com essa paranóia de novo!

Tinha que tirar algo tão impossível da minha mente. O Jeon nunca teria um celular, e mesmo se o tivesse, os Van Pelt iriam dar um jeito de apreendê-lo num piscar de olhos sem que este pudesse sequer protestar por ser um pertence seu. 

Abri meu armário, vendo as roupas que haviam ali e buscando uma que fosse apropriada para uma ópera clássica como “Carmen” e ao mesmo tempo não fosse muito antiquada para os tempos atuais. Quando tinha que comprar roupas novas, Flora sempre dizia que eu só usava quatro cores em minhas vestes: vermelho, preto, branco e cinza. E agora, encarando atentamente minha situação, notei que ela tinha razão.

Me lembrar da mesma apenas fez meu estômago se embrulhar. Eu estava sendo atormentada com a imagem dela nos meus sonhos, como se ainda fôssemos amigas ou que eu tivesse perdendo algo importante. Estava começando a ficar irritante e frustrante, e eu não sabia como arrancar a mesma do meu subconsciente ou fazê-lo aceitar que estava me afastando para o meu próprio bem, e não por uma decisão horrível que me deixaria solitária para sempre. Me sentei no chão, encarando as roupas que por alguma razão pareciam monstros na minha frente.

 

— Não fique assim, até os fantasmas dos arredores estão ficando preocupados com você.

 

Me levantei num solavanco, quase me esquecendo de segurar a toalha que cobria meu corpo. Pensei que estava delirando, mas o brilho em seus olhos era belo demais para uma mente inventar.

Eu queria dizer tanta coisa, pedir tanta coisa, correr até ele e chorar em seus ombros e também bater em seus braços musculosos enquanto o praguejava de todos os nomes que conhecia por ter sumido. Jungkook era simplesmente a pessoa mais imprevisível que eu já havia visto, não conseguia nem pensar na razão para ele ter descido da mansão em pleno sábado e vindo até minha janela. Aquilo pareceu bom demais para ser verdade, então eu não queria me aprofundar no pensamento de que ele havia reconsiderado o fato de desaparecer para sempre.

Mas se ele fosse embora de novo, parte minha morreria esmagada por suas botas se afastando pela calçada..

Você fala como se realmente se importasse — retruquei depois de sair da minha nuvem tempestuosa de pensamentos.

— Não seja dramática, é óbvio que eu me importo!

— Não seja hipócrita! Você decidiu desaparecer e ignorar qualquer rastro de sentimento que havia dentro de mim sem deixar nem mesmo uma parcela de suas malditas e confusas explicações! — Gritei erguendo os braços para fechar as cortinas e evitá-lo.

 

Preciso dizer que deixei a toalha cair?

 

Minhas bochechas queimaram, e meu corpo não obedecia meus pensamentos óbvios de tentar me cobrir. Poderia ser uma influência dele, mas eu sabia que não jogaria tão baixo como os pervertidos da faculdade. Ele não se aproveitaria de um momento assim, como se estivesse buscando apenas a própria satisfação. Mas seus olhos pareciam brilhar mais ao me ver, e seus lábios estavam entreabertos como se achasse que aquilo fosse realmente belo. Foi como se desta vez, ele fosse o hipnotizado da história.

Piscou algumas vezes antes de pular a janela, entrando no meu quarto definitivamente e varrendo o espaço com o olhar até encontrar um lençol que estava sobre a cama. Pegou o tecido com a ponta dos dedos tatuados. Ver toda aquela brancura esvoaçando no ar contra o vento frio que vinha de fora era uma cena quase poética demais para ser real, e ainda sim tinha algo de sombrio no aperto firme de suas mãos em algo tão delicado e inofensivo como um suave tecido.

Ergueu meus braços e envolveu aquilo em mim, numa lentidão tão grande que pensei que estava tentando não acabar com aquilo tão rápido. Eu sentia sua respiração afetada sobre meus ombros, me trazendo um arrepio muito bom. Ao mesmo tempo que me olhava, parecia não querer desfrutar mais do que deveria com uma situação assim. Aquilo apenas me trouxe uma certeza que eu já imaginava ser real:

 

Ele nunca se aproveitaria de mim e nunca me usaria quando estivesse frágil.

 

Assim que levantou seu rosto para conferir algo, nossos lábios se rasparam lentamente. Fechei os olhos para não vê-lo fugindo de novo, mas ele continuou por perto. Eu ainda sentia o seu calor e o cheiro de rosas e lírios bem vívidos junto a mim. Ainda um tanto receosa de estar sendo enganada por minha mente, ergui minhas mãos até sentir o tecido da blusa quente:

— Você ainda está...

— Não seja tão linda, anjo — retrucou bem baixinho contra minha face, me calando com sua entonação tão profunda. 

Tive de respirar profundamente antes de responder:

— Diz isso por não ter visto outras mulheres nuas. Eu não sou grande coisa.

Abri os olhos bem a tempo para vê-lo torcendo o nariz com meu comentário, abrindo aquele sorriso cretino de quando tive de pedí-lo para fechar os olhos antes que eu me trocasse em seu quarto. Era chocante que nas duas oportunidades que teve de se aproveitar da minha situação, ele ainda se mantivesse respeitoso.

— Hum… Eu tenho algumas ressalvas sobre seu ponto de vista… — sussurrou na ponta da língua, me deixando ainda mais arrepiada enquanto me puxava para mais perto de si e olhava para algo abaixo de minhas costas. — Isso com certeza tem um tamanho relevante demais para que se julgue assim.

— Do que está falan… Ah!

 

Senti sua palma em minha bunda, de maneira tão sutil quanto uma pluma. 

Mas seu toque era tão quente como um ferro em brasa.

 

— Ah, Dauphin… Eu queria poder lhe tocar de verdade.

Olhei em seus olhos e acariciei seu rosto. Eu queria que ele fizesse aquilo, não só com meu corpo mas com toda a minha alma. Desejava sentir tudo o que ele poderia me dar, e demonstrar por meio dos mais profundos toques o quanto eu estava perdidamente apaixonada por ele…

Mas era nítido que ele hesitaria de novo mais uma vez. Que ele iria preferir me abandonar de novo para que não me tomasse em seus braços. E apenas saber daquilo já fazia que eu sentisse meus olhos ficando úmidos, se preenchendo das lágrimas que vinham da nascente do meu coração. Eu não compreendia por que ele me rejeitava assim, e era tão angustiante ficar procurando as justificativas em minha mente bagunçada e revirada por todas as dores e inseguranças passadas.

Mas… Eu queria tentar pedir mais uma vez, tentar deixar nítido que eu também o desejava, mesmo que nunca o tivesse visto como ele me viu poucos minutos atrás:

 

Eu deixo — respondi. — Eu juro que deixo que seja o meu primeiro. Eu imploro que seja!

 

Foi a vez de ele segurar meu rosto. A mão coberta de desenhos dedilhou minhas bochechas de maneira que eu sentisse as trilhas em formato de coração e cruzes sobre minha derme. Eu estremeci de frio, e ele me acolheu ainda mais em seus braços, fazendo com que eu sentisse a quentura de seu sobretudo:

— Tão dócil e tão devota… Eu não mereço de modo algum lhe deflorar — respondeu com uma voz angustiante. — Eu só quero lhe proteger desse mundo cruel, garantir que ninguém vai lhe tocar apenas para lhe rasgar a alma e o coração.

 

— Mas… Eu te a

 

Suas mãos me calaram, e pude ver as lágrimas em seus olhos.

— Não diga isso, por favor. Eu imploro que não diga!

Porém eu repeti várias e várias vezes, mesmo que sua palma estivesse distorcendo minhas palavras e as calando. Eu sabia que mesmo assim, ele me ouvia com total clareza por outros meios. Sabia que minha mente havia largado todas as confusões e turbilhões de pensamentos para pensar apenas nele e no quanto eu queria que ele largasse tudo de vez e se deixasse levar pelo que realmente desejava.

Depois de libertar meus lábios e me olhar por alguns segundos…




 

Finalmente senti seu beijo. 




 

Era um selar simples, mas que tinha um misto de tantas coisas que era como se ele estivesse beijando minha aura com a sua. Deixei que me abraçasse mais junto a si, forte e firme para que ao menos naqueles poucos segundos, eu fosse dele e apenas dele como tanto desejava. Meu corpo perdeu qualquer noção de movimentos quando ele aprofundou o beijo, e meus braços perderam as forças, deslizando por seu peitoral até caírem. Me segurou pela cintura com tanta posse enquanto me beijava tão lentamente, e foi como se… 

Eu houvesse morrido do mais profundo e secreto amor em seus braços.

Minha mente finalmente descansou. Eu jamais esqueceria daquilo.


 

— Eis a sua primeira e última vez, Dauphin. 




 

Depois daquilo, ele não me beijou de novo e se manteve distante enquanto escolheu minhas roupas com uma maestria sensacional. Meus lábios ainda sentiam o sabor de caramelo enquanto entrava em sua Mercedes para assistir a ópera, que por alguma razão também iria. Eu relembrava o que havia acontecido há menos de uma hora como se fosse o momento mais emocionante de toda a minha vida. E na verdade era mesmo.

Por mais que doesse, eu já sabia que Jungkook iria embora de novo quando aquela noite acabasse, e eu tinha que me preparar para aproveitar cada segundo e não desabar quando ele me desse as costas de novo. Eu só queria compreender a razão de sentir tanto medo.

— Não me encare assim — pediu enquanto olhava para a estrada.

— Eu quero guardar cada segundo.

— Por que?

— Porque vai desaparecer de novo.

Ele permaneceu calado, então eu continuei:

— É estranho, pois sempre soube que estava destinada a ficar sozinha e já estava acostumada com minha rotina. Mas depois que você apareceu na faculdade e me acompanhou durante todos os minutos que estávamos lá dentro, eu acabei me enganando e ignorando o que eu já sabia que iria me acontecer — suspirei, olhando as luzes das lojas. — E agora notei que minha solidão era ainda maior do que eu imaginava.

Ouvi o seu suspiro doloroso enquanto girava o volante, virando em uma rua ainda mais movimentada. Eu realmente não esperava por sua resposta, uma explicação ou algum pedido de desculpas, pois algo me dizia que a situação dele já era difícil demais para que eu fosse “cobrar” suas palavras e reações. Talvez, ele estava com problemas maiores que os meus.

Paramos em frente ao “Red Theater”, que era conhecido por ser o mais antigo e amplo da cidade. A arquitetura gótica pareceu entreter Jungkook, pois vi o sorriso leve em seus lábios brilhantes pelo gloss de cereja que havia roubado do meu armário.

— Já foi num teatro antes, Jeon?

— Tem um anfiteatro dentro da Van Pelt, mas é a primeira vez que vou ver um elenco de humanos genuínos fazendo algo assim.

Pisquei, realmente surpresa:

— A Mansão é tão grande assim?!

Temos uma parte subterrânea muito interessante — deu os ombros, segurando minha mão e me puxando para dentro.

O homem que se encontrava conferindo nossos ingressos acabou pegando os nossos. Notei que o ingresso de Jungkook tinha bordas vermelhas, o que indicava que ele havia escolhido o camarote do teatro do que as cadeiras. Para uma ópera tão famigerada quanto Carmem, ficar naqueles lugares privados e confortáveis era realmente caro. Contudo, era até um tanto previsível que o moreno tivesse bastante dinheiro, levando em conta seu carro e a sua caneta tinteiro que com certeza era revestida de ouro.

— Estão juntos? — o homem perguntou, erguendo os ingressos diferentes.

Estamos sim — Jungkook falou antes de mim, colocando a mão no bolso. — Qual a diferença do preço dos ingressos?

— Quarenta libras.

Meus olhos se expandiram com o valor, mas antes que eu pudesse impedi-lo de pagar algo tão caro, sua outra mão largou a minha e apertou minha cintura contra seu corpo, como se tentasse me calar de maneira pacífica e discreta. Colocou as notas no paletó do homem, que o encarou irritado, franzindo o bigode:

— Você tem que trocar os ingressos na bilheteria, garoto.

O Jeon abriu um sorriso  amplo, e quase vi suas orbes brilhando. Aquilo já estava começando a se tornar familiar para mim, de maneira que imediatamente me dei conta de que ele iria falar algo simples, mas que com a entonação de sua voz, iria colocar o mais velho na palma de suas mãos num piscar de olhos, e nos deixar entrar de uma vez no teatro sem questionar mais nenhuma sílaba sobre nós dois:

— Sabia que os namorados são muito apressados, hum? Vai mesmo nos fazer perder o início da noite mais especial de nosso relacionamento?


 

Namorados. Relacionamento.


 

Eu sabia que ele estava apenas manipulando o homem, mas qualquer coisa que falasse iria surtir tanto efeito quanto aquilo. Por mais que eu quisesse, não estávamos juntos daquela maneira. Amigos, amigos sutilmente coloridos, colegas, conhecidos… Mas não namorados. Então, qual o motivo de ele nos definir assim?

O homem nos deixou passar, e o moreno deixou um beijo em meus fios antes de sairmos da vista dele. Seus dedos arrumaram minha coroa com delicadeza, e sua mão ainda acariciava minha cintura.

— Nós não somos namorados… Ou somos? — murmurei, me arrependendo dois segundos depois por ter feito tal pergunta.

Fechei os olhos, aguardando uma resposta frívola, uma risada desdenhosa ou até que ele me soltasse e desse meia volta. Contudo, sua risada foi suave, e seu aperto ficou mais firme.



 

— Vamos fingir que somos, apenas por esta noite — murmurou, sorrindo. — E algo me diz que essa noite será bem longa...


Notas Finais


— 40 libras equivale a 308,71 reais (dados obtidos na data de postagem)

Recado importante~

Algumas pessoas chegaram perguntando sobre ter uma data fixa para os novos capítulos ou prévias de Favorite Boy. Compreendendo que é importante ter ao menos dias-base para isso, cheguei a essa conclusão:
— Capítulos novos podem surgir Quinta-feira ou Sábado.
— As Prévias a qualquer momento, mas fiquem de olho Domingo e Segunda-feira.

Eu tenho imprevistos várias vezes, então pode ocorrer de eu precisar de avisá-les de algum atraso. Por isso, estarei informando esses detalhes na minha Timeline do Spirit ou nos jornais (enquanto essa aba estiver disponível). E por precaução, já que muitas pessoas que lêem as fics não sabem encontrar a timeline ou a aba de jornais no Spirit, estou disponibilizando esse grupo do wpp para avisar:

— Grupo: https://chat.whatsapp.com/IWjwaj0Sbat77Csh7WqUPe (leiam a descrição do grupo, por favor)

Cronograma da Fic: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1SQocXojd4M3phKw5A-JJtM9DR2p6BBh-e5zh2z6RSvg/edit?usp=sharing

Enfim, é isso anjinhos!
Até o próximo capítulo <3 @Sinkyhu


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