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História Fearless - XXVIII - Someplace


Escrita por: Haroldinha

Notas do Autor


Hey, como vão?
Voltei com capítulo novo, e sabem que eu amei esse? hahaha tem umas coisas lá no final, tipo briga, que eu espero que vocês gostem como eu gostei.
A música tema é do meu cantor solo favorito depois de Ed Sheeran e John Mayer *-*
*Someplace, do Jake Bugg (link nas notas finais)
E as outras músicas que são citadas também vou deixar o link.
Perdoem os erros e boa leitura!

Capítulo 28 - XXVIII - Someplace


18 de Julho de 2013

A noite não fora das melhores.

A tempestade tortuosa não deixou que ninguém dormisse, todos estavam preocupados com os possíveis estragos que a chuva e o vento violentos pudessem causar. Chegou uma hora que até as velas acabaram, deixando-os no completo escuro que não era nem um pouco agradável naquela situação. Mas em todo momento permaneceram juntos na sala. De certa forma era reconfortante e diminuía a tensão enquanto estivessem unidos.

Entretanto, houve o momento em que ninguém mais aguentou e enfim todos os quartos foram ocupados com o cansaço físico e mental de toda aquela gente. E quando todos se entregaram ao sono, nem chuva nem vento algum os fez acordar.

Victória, por exemplo, acordou sem ao menos ter a vaga noção de que horas eram, nem de como fora parar na cama. Sabia que não havia mais chuva. Tudo parecia tranquilo quando sua consciência voltou totalmente, havia luz e o ar condicionado estava funcionando. Ela também não era a única que ainda dormia.

Estava meio ansiosa para levantar e ver se já haviam retirado a árvore que havia bloqueado a porta principal. Foi ao banheiro lavar o rosto, jogar uma água gelada para acordar de vez, e fazendo isso percebeu que o dia não estava frio, pois a água gelada nem funcionou muito. Saiu de fininho do quarto para não acordar a outra pessoa que dormia, suas pantufas ajudavam porque não faziam barulho algum.

Pelos corredores tudo parecia normal, exceto pelos eletricistas que tratavam de colocar lâmpadas novas. Passando pela frente de uma janela Victória viu o quão ensolarado o dia estava, como se o céu não tivesse quase caído junto com a chuva na noite passada. Ela não era meteorologista, por isso não entendia essa bipolaridade do clima e tudo mais.

Chegando na sala de estar, viu que a porta principal estava livre e completamente aberta, abrindo caminho para o lado de fora. O sol forte penetrava para dentro da casa, iluminando mais da metade da sala. Já o lado de fora... Assim que parou embaixo da soleira da porta, Victória presenciou o estrago. Era possível ver árvores caídas por toda a extensão daquele vasto terreno; os fios dos postes de luz caídos no gramado, o transformador de um dos postes parecia completamente destruído com fios de cobre arrebentados para lá e para cá, e o gramado estava coberto de sujeira, folhas, pedaços de galhos e uma infinidade de coisas que não deveriam estar ali.

Contudo, ela imaginava que antes devia ter estado pior. Isso porque havia uma grande equipe de pessoas limpando tudo, recolhendo os lixos e uma retroescavadeira catando ou puxando as árvores caídas. Victória se sentiu inútil porque sabia que não poderia ajudar nem se quisesse; Christopher não deixaria, e não deixava de ser perigoso lidar com aquelas sujeiras espessas, tanto que a equipe de limpeza usava roupas apropriadas, com luvas, botas...

Ela se sentiu impotente, ainda que soubesse que não poderia fazer muita coisa para ajudar.

Nos degraus da escada frontal da casa estava Louis, acompanhado de Zayn, ambos de costas, também olhando para aquela cena nada bonita. Ela foi até eles, enfiando-se entre os dois.

- Eu não sei se devo dar bom dia ou boa tarde – Foi a primeira coisa que disse, coçando a parte de trás do pescoço. – Dormimos demais, né?

- Boa tarde, Vick – Louis lhe respondeu, abraçando-a lateralmente e afagando seu braço. – Todos dormimos demais. Não sei se vai dar pra gravar hoje.

Enquanto os três olhavam para frente, Victória sentiu ser abraçada novamente, mas desta vez era Zayn que, milagrosamente, lhe beijou a lateral da cabeça.

- Trouxeram da cidade – Ele disse, fazendo a garota o encarar.

Então ela viu que o moreno lhe oferecia um copo com um símbolo conhecido, do qual emanava aquele aroma ainda mais conhecido que a entorpecia até a última célula do corpo.

- Deuses, como eu precisava disso – Ela se apoderou do copo de café, como se fosse uma relíquia mais valiosa que sua própria vida. – Obrigada.

Os três ficaram parados na mesma posição, cada qual com seu copo, olhando para o “horizonte” de uma forma meio hipnotizada. Aquele lugar não parecia o mesmo, mas estava voltando ao normal. Quando o grito de Christopher chamou Louis, ele deixou a escada apressadamente, voltando para dentro da casa e consequentemente deixando Victória e Zayn sozinhos, mas nenhum dos dois parecia ter algo a dizer.

E comentar o que ambos fizeram em meio a falta de energia parecia desnecessário.

- Eu sonhei com minha mãe – Victória ouviu-se dizer do nada, mesmo que não quisesse contar tal fato.

Isto fez Zayn a encarar; a garota notou os olhos inchados dele, provavelmente pelo excesso de horas de sono ou talvez pela falta delas.

- É a segunda vez que sonha com ela – O moreno observou, mas não demonstrava surpresa. Victória estava acostumada com Arthur achar impossível ela sonhar com a mãe, mas Zayn... Ele teve uma reação diferente, justamente por não ter mudado de expressão ao ouvi-la.

- É um pouco estranho, não? – Ela ainda olhava para ele, ele para ela, e Victória tombou a cabeça para o lado, observando Zayn tragar seu café. – Sempre quando as coisas ficam complicadas pro meu lado, ela aparece nos meus sonhos e... Conversa comigo.

Zayn ponderou por uns segundos.

- O que ela diz?

- Eu já te contei a história do espelho? – Algo pareceu clarear a mente da garota, ela simplesmente despertou e olhou quase arregalada para Zayn. Talvez fosse o efeito do café...

- O espelho? Não, eu acho que não – Ele deu de ombros. Realmente não lembrava de algo assim, mas sabia que Arthur já havia comentado sobre isso.

- Pode vir comigo? – Ela perguntou docemente.

Já que havia começado, teria que contar-lhe a tal história. Só não queria que mais alguém os escutasse, ou que os visse juntos. A loura o levou para a varanda lateral da casa. A grande janela que ficava naquele lado estava aberta, e Victória deu um pequeno salto, então logo estava sentada no batente da janela, assim ficava na mesma altura que Zayn. Ele parou ao lado dela, encostando a cintura também no batente da janela, apenas esperando por quando ela fosse lhe contar.

- Eu fui pro internato, você sabe – Victória olhava para baixo, parecia pensar nas palavras que usaria. – Foi difícil, bem difícil de eu me acostumar. Era impossível me acostumar com gente estranha querendo me consolar, dizendo que tudo ficaria bem, sendo que nada ficaria bem. Eu não lembrava de nada, como poderia ficar bem?! – Ela riu ironicamente, notando que tinha perdido um pouco do foco. – Eu ficava sempre em um canto, sozinha. Fiz isso durante uma semana. E um dia eu simplesmente parei em frente ao espelho e vi ela no que deveria ser o meu reflexo – Victória disse naturalmente, como se “ela” fosse algo de seu cotidiano. – Eu não lembrava de nada, mas ainda assim sabia que via a imagem da minha mãe. E ela também disse que tudo ficaria bem, só que não estava mentindo, porque as coisas melhoraram, e ela não apareceu mais durante um bom tempo. Você me acha louca por estar falando isso?

- Não – Zayn disse imediatamente. – Claro que não.

- Costumavam achar isso de mim – Ela continuou. – Os outros internos apontavam pra mim. Mas depois a Ally me chamou pra assistir seriados com ela, e viramos amigas. Depois teve um dia que Brand roubou tantas empadas do refeitório que teve que dar umas pra gente, pra poder passar pela supervisora sem ela desconfiar. Viramos o trio das empadas - A loura balançou a cabeça negativamente. - Nome ridículo, eu sei. Foi o Brand que inventou.

Lembrando dos amigos ela conseguiu sorrir.

- Sua mãe – Zayn começou dizendo, e parou na frente da garota. Levou uma das mãos até o rosto dela e deslizou o polegar pela extensão de seu maxilar, lugar onde ele dera muitos beijos na noite passada. – Ela escondeu muitas coisas de você. Sobre seu pai não ser seu verdadeiro pai; sobre seu pai biológico. Se formos analisar, exatamente tudo o que aconteceu tem base na omissão desses fatos.

- Ela devia ter seus motivos, Zayn. Eu não a culpo por nada.

- Eu não estou culpando ela – Ele disse. – Acho que, se ela aparece nos seus sonhos e tenta te ajudar, é porque ela sabe que você precisa dela. Talvez... Nem a morte tenha sido capaz de separar você e ela. Justamente porque Susan sabia, ou sabe, que ainda te deve muita coisa. Ela fez coisas erradas, tipo ter te tirado de mim aquela vez

Victória ficou em silêncio, em parte pensando no que ouviu, e em maior parte por estar ouvindo aquilo de Zayn. Ele acreditava nela enquanto todos desacreditavam. Para ela, ver sua mãe em lugares estranhos e senti-la por perto não era normal, mas ainda assim era um dos poucos alicerces que ela tinha, além de Zayn e os demais familiares que a rodeavam.

Não queria chorar nem nada, mas logo que ela se pegou abraçando o rapaz em agradecimento, tudo o que seu subconsciente dizia era que ela se rendesse às lágrimas. Mas não. Toda vez que recebia a visita de sua mãe nos sonhos ela se sentia determinada e capaz de enfrentar a vida de cabeça erguida. Não ia chorar, era forte o bastante para isso.

- Licença. To interrompendo. Desculpa – Ambos ouviram uma voz bem perto e se afastaram.

Era Christopher, que estendia papéis para os dois.

- O novo roteiro. Vocês têm duas horas para decorá-lo. Gravaremos no lago enquanto a equipe prepara o cenário aqui na frente – O homem anuiu com a cabeça. – Não percam tempo.

Tão logo terminou de falar, o mais velho virou as costas e se foi, direcionando-se para outro lugar qualquer.

Victória e Zayn riram.

- Ele não parece um robô programado pra mandar? – Victória brincou, descendo da janela com a ajuda do rapaz.

- Realmente – O moreno concordou. – Então, vamos ao trabalho.

 

***

 

Além de decorar textos às pressas e se aprontar, era necessário arrumar as malas, visto que, segundo as mais recentes notícias vindas através de Christopher, o elenco mal terminaria de gravar as cenas restantes e já começaria a viajem de volta à cidade. Tudo por conta do tempo que haviam perdido devido à tempestade, e pelo fato de que a nova turnê dos garotos da One Direction começaria no dia seguinte.

Era noite, e faltavam algumas poucas cenas para serem gravadas.

- Mandou me chamar? – Victória perguntou ofegante, parando e frente ao diretor e apoiou-se nos próprios joelhos para retomar o fôlego.

- Sim, chamei – Christopher anuiu. – Você sabe aquela música da Miley Cyrus que fala sobre uma borboleta?

- Como é? Música da Miley Cyrus que fala de uma borboleta?

- É – O mais velho gesticulou, parecia atônito. – Ela canta em um filme, com o pai dela.

- Ah, sim. No filme da Hanna Montana? – Victória bateu palmas, animada. – Butterfly Fly Away. Adoro essa música.

- Certo, preciso que cante ela em uma cena extra que eu acabei de inventar. Tudo no improviso.

- Desde quando você improvisa cenas? – Victória disse com tom zombeteiro.

- Apenas faça, menina. Pegue seu violão, sente na almofada, os outros vão estar te olhando, e cante com um sorriso no rosto. Não é difícil.

- Tenho escolha? Claro que não – E virou as costas, indo pegar o violão.

Viu que Christopher chamou Harry e os outros rapazes, e pelo visto vinham mais cenas extras não planejadas. Ela sabia que havia coisas atrasadas, não havia tempo a perder, então o que restava era apenas fazer. Não que fosse um sacrifício, não mesmo.

Rodeada por alguns figurantes ela cantou a música que tanto gostava, sendo acompanhada pelo coro de vozes desconhecidas e as câmeras que os filmavam. Ao menos a música lhe acalmava, ela mal lembrava que estava cansada há minutos. Como Christopher disse, precisava de um sorriso no rosto, e ele veio na sua parte preferida da música.

 

Wish you may and wish you might

Don't worry, hold on tight

I promise you there will come a day

Butterfly fly away

 

Logo depois veio mais uma cena onde os rapazes fizeram uma versão acústica de Live While We’re Young. Harry sentou ao lado de Victória, visto que na ficção eram um casal, e só o que tornava a coisa desagradável era ver Jasmine ao lado de Zayn, segurando a mão dele. Aquilo também era só ficção, – não para Jasmine – mas não deixava de ser nojento.

A canção dos rapazes era a última cena, e depois todos só precisavam agir naturalmente, conversar entre si. Havia lugares para ir: uma grande produção havia sido montada, tinha algumas barracas onde podia-se pegar comida e bebida. Era como uma festa ao ar livre, cheio de luzes penduradas nas árvores, balões, uma piscina enorme de plástico e muita variedade de coisas.

- Eu podia jurar que você tinha dado tchau pro Zayn e começado alguma coisa com o Harry, porque eu vi o Harry beijando você fora de cena, mas agora ele ta... Ele ta beijando a Ronnie? Ele ta beijando a Ronnie!

Victória deu risada da cara de Niall e olhou para onde o loiro olhava abismado, assim vendo que Ronnie e Harry estavam juntos, provavelmente pensando que ninguém os notaria em um canto mais discreto, longe da maioria. Bom, dos olhos de Niall ninguém escapava.

- Harry só... – Victória pensou no que dizer. – Não sei na verdade. Ele devia estar precisando de alguém, e aparentemente eu fui uma opção. Ele gosta da Ronnie, só não fez isso antes porque tinha motivos divergentes e mal resolvidos entre eles. Adivinha quem plantou a semente da discórdia? Jasmine.

Niall torceu os lábios na direção da loura.

- Eu não ia contar – Ele começou dizendo, as palavras soando como um pedido de desculpas. – Hoje cedo me colocaram pra recolher os sacos de lixo da casa. Acredita nisso? Eu juntei lixo. Bom, enfim... Eu derrubei as sacolas de lixo e vi coisas nojentas, mas... Tinha cacos coloridos no lixo do banheiro, e eu imediatamente pensei nas...

- Minhas bombinhas de ar? – Victória completou, mas não ficou surpresa.

- Todas esmagadas – Niall concluiu.

- Tudo bem, eu arranjei outras – Ela deu de ombros.

- Certo – Niall bebericou seu coquetel. – Voltando ao assunto de antes... Você nem parece incomodada por ter sido, hum, um tipo de passatempo do Harry?

- Ele é meu amigo, nunca passamos disso, apesar do beijo, e foi só um – Ela olhou séria para Niall, revirando os olhos. – Não foi tão errado assim. O beijo dele é bom.

- É mesmo – Niall assentiu.

- Você não podia ter concordado comigo, Niall – A loura achou estranho, muito estranho o que Niall disse tão simplesmente. – A não ser que já tenha beijado ele.

- Não. Absolutamente não – Niall riu, sabendo que tinha falado bobagem. – Foi só uma piada interna que você não esta inclusa, por isso pareceu tão estranho. Agora... Valerie. Vou procurar a Valerie.

- Niall! – Ele acabou não indo, pois Liam o chamava. – Você é do meu time.

Ah, os rapazes iam jogar futebol. Tinham demarcado a área do gol com chinelos, havia torcida para os times de cinco.

Victória gritou ao sentir alguém lhe levantar do chão, mas logo foi solta, no meio do grupo que jogaria futebol.

- A quinta jogadora do time – Zayn disse aos outros, e logo se virou para a loura. – Arthur devia estar aqui.

Victória concordava plenamente.

- Ele não veio por causa da faculdade. Eu até dei a ideia...

- Tsc tsc, essa faculdade anda atrapalhando a vida social daquele cara. Ele ia gostar daqui.

- Com certeza.

Victória tinha ficado no mesmo time que Zayn, Alice, Harry e Josh, o baterista da banda deles. No outro time ficaram Louis, Ronnie, Niall, Jasmine e Liam. Quando o jogo começou ela só pensava e esperava que, se o time dela perdesse, ninguém colocasse a culpa nela. A garota não sabia nada, sequer assistia futebol na televisão, então não havia muito a se esperar da parte dela.

Haviam mais gritos escandalosamente desnecessários das garotas, e um grande fiasco de ambos os times. Cada um já levava uma quantia vergonhosa de gols, o pior deles quando a bola passou pelo meio das pernas de Harry e ele só fez rir da própria cena. O jeito como os garotos comemoravam os gols, até os cinegrafistas que gravavam tudo davam risada. Era divertido, só isso.

Quer dizer, até a bola parar nos pés de Victória. Ela mal havia tocado na bola, e quando o objeto de diversão estava em sua posse, o caminho até o gol estava livre. Até uma senhora de oitenta anos faria o gol.

Mas não houve gol.

Houve um tipo de acidente.

Victória não conseguiu entender direito: em um minuto pensava em fazer o gol, e no outro estava no chão, sentindo dores horríveis que começaram no tornozelo e magicamente foram parar em sua cabeça. Ficou desnorteada por alguns minutos.

- Tori – Ouviu alguém chama-la. – Machucou alguma coisa?

- O tornozelo – Disse imediatamente, pondo a mão na parte de trás da cabeça que agora não doía tanto. Liam e Zayn a ajudaram a sentar, e quando sua visão tomou o foco certo, ela viu Niall falando com Jasmine. O loiro parecia bravo, Victória jurava que ele dava uma bronca na garota.

- Eu to bem – Ela afastou as mãos que a tocavam energicamente. – Só me ajudem a levantar.

Ela estava mancando, mas podia andar. Seus passos lentos e cuidadosos para fora do espaço de jogo foram retos, ela segui em direção a Niall. Parou em frente a Jasmine, ao lado de Niall. Ficou curiosa para saber o que os dois discutiam.

- Vamos, Jasmine – Niall disse sem paciência. - É o mínimo que pode fazer depois de ter acertado o tornozelo dela sem mais nem menos.

Victória encarou a garota, que se mantinha séria.

- Desculpa. Eu não quis te machucar – Disse Jasmine, mais falsa do que uma nota de três reais, e revirou os olhos logo em seguida.

Victória entendeu tudo.

- Você fez de propósito – A loura riu rapidamente. Claro que tinha sido Jasmine. Claro que tinha sido de propósito, para machuca-la, coisa que ela andava fazendo facilmente e quando queria.

Jasmine soltou uma risada nasal, soando tão falsa quanto antes e aproximou o rosto do de Victória.

- E daí se foi de propósito? Vai fazer o que agora? Chorar e ir correndo reclamar pra mamãe? Ah, esqueci que você não tem uma.

O rosto de Victória esquentou imediatamente tamanha foi a raiva que lhe preencheu por inteira. Como se não bastasse tudo o que já havia feito, Jasmine tinha a ousadia de falar de sua mãe, da falta dela de um jeito tão medíocre.

Os punhos de Victória se fecharam, fazendo os nós de seus dedos ficarem brancos, mas não por muito tempo. Tornou-os a abri-los por um curto espaço de tempo, e se fecharam novamente, só que desta vez ao redor do pescoço da dita cuja; Victória queria, literalmente, estrangular aquela garota.

- Você se acha muito esperta, não é? – Victória perguntou com os dentes serrados, apertando ainda mais os dedos no pescoço de Jasmine. – Agora você sabe como eu me senti estando sem minhas bombinhas. Fica difícil de respirar, seus pulmões imploram por ar...

Ela não sentia mais dor no tornozelo, não sentia nem os arranhões que as unhas de jasmine deixavam nas costas de suas mãos, tentando fazê-la largar seu pescoço.

- Pessoas morrem por falta de ar, Jasmine. Você gostaria de morrer assim? – Ela perguntou, afrouxando o aperto das mãos. – Eu não tenho sangue de barata e não aguento mais você brincando comigo pelos seus motivos infantis e egoístas – Victória enfim soltou garota, que caiu de joelhos no chão, tossindo aos montes. A loura não se importou em se abaixar um pouco, ficando dois níveis mais alta que a outra e a olhou bem nos olhos. – O que você fez comigo eu posso revidar de um jeito bem pior. É só você pagar pra ver.

Uns foram ajudar Jasmine, inclusive Alice, que ao mesmo tempo que ajudava a irmã, olhava horrorizada para Victória. Aliás, quando olhou ao redor, a grande maioria tinha olhares amedrontados na direção da loura. Ela só limpou o suor que se formara nas maçãs do rosto e saiu para longe meio cambaleante e ofegante.

Ela entrou no quarto e foi direto para a cama, caindo sentada no colchão. Sem demora quatro rostos apareceram.

Valerie só olhou para Victória e começou a rir.

- Aquilo foi demais! – A ruiva comemorou, ainda rindo.

- Valerie – Zayn interviu seriamente.

- Me desculpem, eu não queria – E começou a chorar desesperadamente. Victória simplesmente fez o que Jasmine dissera que ela faria, ela estava chorando. – Foi errado, eu sei, mas... Eu surtei, e tinha que fazer alguma coisa, aquela garota me tira do sério, ela....

- Ta tudo bem – Zayn sentou ao lado dela, acolhendo-a em um abraço. – Foi um pouco imprudente. Ela podia ter morrido, e eu nem sei o porquê de você ter feito aquilo.

- Eu podia ter morrido por causa dela – Victória se defendeu. – Você não sabe o que ela vem fazendo, mas eu sei, Niall sabe, Valerie sabe.

- Ela mereceu – Niall assentiu, a fim de fazer Zayn não questionar muito.

- YEEH! – Harry pareceu acordar de um transe e comemorou, soltando uma risada. – Deus do céu! Eu só vi quando você pegou no pescoço dela e a Jasmine ficou tipo – Harry fez uma cena, colocando as próprias mãos no pescoço e pôs a língua para fora, começando a fazer barulhos de engasgo.

Niall e Valerie deram risada.

- Não tem graça – Zayn reclamou, mas ao seu lado Victória imitou os amigos. – Até você?

Ela parou, limpando a garganta.

- Não tem graça, realmente. Aquela garota acabou com meu bom humor e despertou minha sede por homicídios – E então ela voltou a rir.


Notas Finais


MÚSICA TEMA DO CAPÍTULO: http://www.youtube.com/watch?v=-rJ_p87S2_4
Live While We're Young na versão acústica (todo mundo deve conhecer): https://www.youtube.com/watch?v=fVevH-ABAXE
Butterfly Fly Away: http://www.youtube.com/watch?v=LDBbbZ_uWjo
Genteney, alcançamos os 400 favoritos <3 Obrigada :3
Mas então, o que me dizem sobre o capítulo???


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