História Feel - Verdades e declarações

O moreno assentiu e o loiro deixou o quarto e a comunal, não sem antes puxar Harry para um beijo longo o bastante para mostrar à Gina que estavam juntos como um casal.

Quando no quarto só sobrara Harry e Gina, a garota desarmou do sorriso se aproximando mais do moreno.

– Essa é a conversa mais séria que eu vou ter com você e preciso que saiba que independente de tudo ainda seremos sempre como uma família.

– Está me assustando, Gina. O que houve? – Harry perguntou preocupado e a ruiva deu um sorriso como forma de tentar tranquliza-lo mesmo que não obtivesse sucesso.

– Eu quero te perguntar isso já faz um tempinho e você tem que ser muito sincero comigo. – Gina começou a falar e o grifinório assentiu ainda com preocupação. – O que você sente pelo Malfoy é verdadeiro?

– Como?

– Eu estou querendo te perguntar se você ama ele, Harry. – a garota revirou os olhos com a lerdeza do amigo que corou envergonhado olhando para o chão antes de voltar à olhar para ela de pele tão clarinha, sardas e olhos castanhos.

– Eu o amo, Gin. Amo muito o Draco, eu não havia percebido antes, mas todas as vezes que estou com ele meu coração se acelera muito mais do que o normal, não consigo fazer nada além de sorrir e me sentir genuinamente feliz, ele me surpreende e impressiona a cada vez e mesmo sabendo que talvez eu nunca possa mudar o jeito que ele se comporta ou age com os outros, eu amo cada partezinha dele, mesmo as mais difíceis de amar. Além disso não sei se consiguiria ficar longe dele, quando Draco acordou dizendo que não se lembrava mais de nada sobre mim, eu fiquei deseperado porque qualquer coisa no mundo seria melhor do que ele esquecer das nossas lembranças eternas, seria muito melhor ser culpado pelo coma mesmo não tendo feito isso, do que ser esquecido. Uma pessoa não morre quando o coração para de bater... e sim quando é esquecida. E eu não posso mais viver uma vida que eu não esteja nas lembranças de Draco Malfoy.

– Meu Merlin! Você realmente o ama muito.

– Com todo o meu ser. – Harry respondeu sorrindo e a garota retribuiu um sorriso sincero.

– Nesse caso, acho que Rony deveria contar a verdade, não é justo com você arcar com as consequências dos atos dele. Sei que está protegendo nossa família, mas podemos lidar com isso. Mamãe e papai já sabem e falaram que nada mais justo que ele assumir a culpa, desde que você esteja bem e feliz. – Gina falou dando um abraço no moreno e se afastando para segurar as mãos dele para continuar a dizer. – Harry, eu te amo e sempre te amarei, por isso se você estiver feliz com o Malfoy, eu estarei feliz e torcendo por você com toda a sinceridade do meu coração.

Harry puxou a garota para mais um abraço e os dois ficaram assim em silêncio até dar o horário da detenção com Snape. O moreno se afastou de Gina que sorriu prometendo à ele que falaria com Rony sobre contar a verdade e resolver tudo, Harry achou melhor não discutir, já bastava o Draco quando entrava nesse assunto.

O grifinório saiu da comunal indo para a sala de poções onde encontrou o professor parado em frente à uma mesa da sala.

– Professor, eu não deveria...

– Sente-se Potter. – Snape falou com a mesma expressão fechada de sempre. – Você está livre da detenção.

– Isso é sério?

– Sim, mas só depois que o Weasley assumir à culpa pelo o que ele fez. E antes que diga como sei, lembre-se que não é o único que tem conversas íntimas com Draco, ele é meu afilhado e confia em mim quando se trata de problemas causados principalmente por Weasleys.

– Por que ele precisa assumir a culpa já que sabe de tudo? – Harry perguntou sem voltade alguma de prolongar uma conversa com o professor de poções.

– Porque por mais que eu saiba que Draco não mentiu, ele está envolvido demais com você e preciso de uma fonte vinda de outra pessoa. Por isso enquanto não fazer o Weasley confessar, não tenho nada a fazer à não ser mandar limpar o depósito. – Severo falou e o grifinório bufou se levantando da cadeira. – Ainda não terminei de falar, Potter. Quero saber suas intenções concretas com o Draco.

– Todo mundo fica me perguntando isso, mas não tem outra resposta à não ser que eu o amo e quero ele na minha vida para sempre, eu me sacrificaria por ele se necessário, faria qualquer coisa para tê-lo feliz e nada no mundo pode mudar isso.

– Na verdade tem algo que pode mudar isso. Você sabe bem que o lorde das Trevas está de volta e quando chegar à hora Draco vai ter que se unir à ele, lutar como um comensal, então eu te pergunto, Potter, o que irá fazer quando esse momento chegar?

– Eu não tenho outra escolha à não ser lutar contra Voldemort e qualquer comensal que ouse entrar no meu caminho. Eu sou o salvador e esse é meu destino –, Harry falou abaixando a cabeça com um olhar triste, mas o erguendo de nova quando viu o professor com um sorriso no rosto. – Mas, eu vou proteger Draco, se tiver que morrer por isso, eu vou morrer desde que todos de Hogwarts estejam seguros e o meu Draco também.

– Certo, isso foi o suficiente. Agora vá logo limpar o deposito de poções e quando acabar pode sair para se encontrar com Draco, porque sei que essa é a sua intenção. – Snape falou e Harry concordou com um aceno da cabeça, se levantando de onde estava sentado e saindo para ir até o depósito.

– O que vocês estão fazendo aqui?! – o grifinório falou tomando um susto quando Blaise, Pansy e Théo estavam no depósito de poções segurando esfregãos e panos. Mas foi ainda maior o susto quando Harry olhou envolta e estava tudo perfeitamente limpo. – Por que limparam tudo?

– Potter Potter Potter, você faz perguntas demais. – Blaise falou sorrindo e dando batidinhas no ombro do grifinório.

– Harryzinho, fizemos isso para você passar mais tempo com o Draco e se Snape reclamar porque limpou rápido demais pode falar que já encontrou assim e ninguém vai desconfiar. – Pansy falou abraçando o moreno que olhava tudo ainda confuso.

– Meu caro grifinório, estamos apenas te ajudando a ter mais tempo para a fodinha Drarry, então aproveite. –Théo falou rindo e levando uma cotovelado de Blaise por ele ter usado "Drarry" na frase.

– Isso é estranho, mesmo se estão fazendo pelo Draco, não faz tanto sentido assim, porque à pouco tempo vocês não hesitariam em tentar me matar.

– Acreditamos em você, Harry, e isso que importa. – Pansy falou apertando Harry em um abraço e sussurando algo no ouvido dele para somente ele ouvir. – Vai logo ver o Draco e se prepara para uma baita surpresa, você merece relaxar e parar de pensar um pouco em todo caos que teve esse ano e que ainda vai acontecer.

– Obrigado, Pans. – Harry falou sorrindo e a garota assentiu voltando aos amigos sonserinos.

– Ah Potter espera! – Blaise falou indo até o grifinório que já se afastava começando a andar nos corredores. – Eu queria te pedir uma coisa.

– O que precisar, é o mínimo que posso fazer depois de tudo que fizeram por mim.

– Sabe é que os sonserinos costumam cuidar dos seus e eu quero cuidar da Pansy, ela já passou por muita coisa e só queria vê-la feliz. Acontece que ela é apaixonada pela Granger e mais cedos acho que eles conversaram sobre isso porquê Pansy não parava de chorar até o Draco vir com a ideia de fazer uma surpresa para você, ela se esforçou tanto para que você tivesse à melhor noite de todas com o Draco e não pude deixar de pensar que ela também merecia isso. Pansy pode parecer meio vazia e fútil de vez enquando, mas ela tem um enorme coração, só que junto dele está carregado de muito medo de ser quebrado, ela precisa baixar a guarda às vezes, mas geralmente quando acontece de se magoar ela só ergue esse muro ainda mais alto.

– Quer que eu converse com a Mione?

– Isso e talvez se aproximar da Pansy, mesmo que ela seja complicada de fazer amizade, mas ela já está muito apegada à você e não à magoe, por favor.

– Blaise, fica tranquilo que não vou magoar ela, nem Draco, nem ninguém. Vou conversar mais tarde com a Hermione para ela dar uma chance a Pansy, nem que seja apenas amizade. Vou dar meu melhor, eu te juro. – Harry falou sorrindo e Zabini deixou um pouco do orgullho puxando o grifinório para um abraço.

– Obrigado Harry, agora vá a sala precisa antes que o Draco me mate por fazê-lo demorar tanto. – Blaise disse sorrindo e Harry retribuiu o sorriso seguindo o corredor até chegar ao andar de cima.

Ele se aproximou da parede vazia que logo se revelara em uma porta enorme e toda decorada. O grifinório segurou na maçaneta a abrindo.

– Pronto Draco, o que você queria me mostrar... MERDA!

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