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História Feeling and Desire - Capítulo Cinco


Escrita por: andressavargass

Notas do Autor


oies pessoas
obrigada a todos que estão acompanhando *---* vocês são demais!
Esse cap não tem nenhum "acontecimento" muito relevante, mas ele é um cap de transição necessário (eu acho)
então, boa leitura!

Capítulo 5 - Capítulo Cinco


O senhor Weasley gostava de repetir que a primeira grande burrice é nunca mudar de opinião e a segunda maior burrice é debater com quem nunca muda de opinião.

Ginny sempre suspeitou que o pai só dissesse aquele tipo de coisa como uma mensagem indireta para alfinetar sua mãe, mas depois da festa de aniversário de Cornelius Fudge, ela descobriu que ele sempre esteve certo. Porque muito obviamente ela estava enganada sobre Harry Potter. E a prova disso foi que durante toda aquela noite seu coração tinha batido forte sentindo os braços dele ao seu redor, lembrando-a a cada solavanco de seu pequeno equivoco.

Não leve a senhorita Weasley muito a mal caro leitor, mas sua pequena experiência no mundo masculino tinha sido totalmente desastrosa até agora. Felizmente depois das inúmeras danças com um certo rapaz de cabelos rebeldes e olhos verdes, suas perspectivas sobre envolvimentos românticos tinham sido renovadas. E tudo por que o homem rico, bonito e solteiro de quem sua mãe tanto falava, tinha demonstrado com maestria que não tinha nada do idiota pomposo que Ginny imaginou que ele fosse.

Uma evidência de que as coisas foram bem sucedidas é que os gêmeos estavam dançando e cantando romanticamente em volta de Ginny. “Potter é tão lindo e a mamãe está interferindo”. Enquanto isso Molly tentava ignorá-los para continuar seu discurso sobre como a noite deles tinha sido perfeita. Arthur tinha desistido de arrastar sua esposa para a cama há um bom tempo e estava cochilando em sua poltrona favorita da sala, ignorando completamente a algazarra dos filhos.

- Riam o quanto quiserem vocês dois – ela repreendeu Fred e George – Sua irmã estava linda e foi absolutamente admirada. O senhor Potter não desgrudou um só segundo de nossa Ginny, isso não é maravilhoso? – como os gêmeos continuavam rejeitando a palestra dela, Molly se virou para a caçula – Querida, você deveria apresentar a irmã dele a seus irmãos, agora que vocês são amigas.

- O quê? – Ginny riu e revirou os olhos – Só se eu estivesse encharcada de vinho de elfo, e a menina tem quinze anos mamãe, pelo amor de Deus.

George interrompeu seu espetáculo com o gêmeo para protestar sobre a falta de empatia da irmã quando Ronald, o mais novo membro da família antes de Ginny, chegou e sentou-se ao lado de Hermione, chutando os sapatos para longe e esticando as pernas sobre a mesa de centro.

- E aí? – ele disse, olhando de Hermione para Ginny – Como foi a festa?

Molly ficou encantada com a oportunidade para repetir toda a história sobre a participação da família na festa de aniversário do ministro. Já Ronald, pareceu se arrepender da pergunta assim que a mãe abriu a boca para recomeçar toda sua narrativa acerca dos acontecimentos recentes. Fred e George sorriram um para o outro e aproveitaram a brecha para recomeçar seu musical, dançando freneticamente, desta vez em volta de Ronald.

- Vocês dois tem algum problema ou o quê? – Ron protestou debatendo-se como se os irmãos fossem qualquer tipo de inseto.

- Não seja um rabugento – Fred ralhou – Você deveria estar feliz por sua irmã caçula estar à beira de um noivado com o cara mais rico de Devon!

- E eu não sei quanto a casamentos, mas você poderia arranjar uma namorada também irmão – Fred concluiu com um sorriso perverso no rosto – A seca está mexendo com os seus nervos.

Antes que Ron pudesse pensar em alguma coisa realmente ofensiva para dizer aos gêmeos, eles já haviam desaparecido com um daqueles ruídos característicos, fazendo o senhor Weasley despertar repentinamente em um salto. Sonolento e irritado, o patriarca se despediu do restante da família e subiu para seu quarto, murmurando reclamações sobre a elasticidade de suas costas e sobre um encantamento antiaparatação.

- E você Hermione? – Ron perguntou casualmente, depois de limpar a garganta e se aprumar no sofá – Gostou da festa?

- Como ela poderia não ter gostado? – Ginny interferiu em socorro a amiga – Todos os caras do lugar estavam babando por ela.

- Ginny – Hermione protestou com desânimo. Ela sabia perfeitamente que a ruiva estava apenas tentando alavancar uma onda de ciúmes em Ronald. E antigamente ela teria compartilhado da ideia. Mas hoje em dia isso só a deixava deprimida – Foi bem diferente disso, para falar a verdade.

Foi então que Hermione se sentiu culpada e tentou quebrar o clima pesado entre os irmãos, contando de maneira cômica e espirituosa o acontecido entre ela e o padrinho de Harry Potter. Molly, que ainda não tivera a oportunidade de comentar sobre as maneiras peculiares de Snape ficou realmente escandalizada ao ouvir toda a história e logo evidenciou sua antipatia pelo homem.

- Você não está perdendo nada querida – ela disse amavelmente a Hermione – Ele é um homem amargo e detestável. Ora, onde já se viu? Recusar uma mulher tão linda quanto você! Como se fosse prazeroso para qualquer dama dançar com um sujeito taciturno e antipático como ele. Eu gostaria de ter ouvido isso e vocês iam ver só. Eu o colocaria rapidamente no lugar dele.

- Esse cara é um babaca Hermione, realmente é! – Ron disse amigavelmente e enrubesceu em seguida.

Hermione riu e agradeceu a preocupação de todos, mas afirmou que não estava nenhum pouco consternada com a falta de delicadeza de Snape. Pelo contrário, ela não achava grande coisa o fato de não tê-lo impressionado. Afinal, não era como se ela estivesse tentando.

E aproveitando o fato da senhora Weasley estar muito menos eufórica agora, as meninas se retiraram para o seu quarto entre murmúrios e risadinhas, que rapidamente se tornaram gargalhadas e meias-confissões assim que trancaram a porta com um feitiço silenciador.

- Ele é perfeito, Mione! – Ginny confessou, afundando o rosto no travesseiro – Ele é tão doce, e divertido e...

- E bonito – Hermione completou rindo.

- Eu ia dizer gostoso, mas bonito deve servir por enquanto – Ginny brincou e ao notar o olhar preocupado da amiga acrescentou – Você acha que estou criando expectativas demais, não é? Quer dizer, ele foi tão amável que...

- Você tem o meu consentimento para gostar dele, se é isso que está tentando me perguntar – Hermione respondeu docemente – Ele é realmente encantador Ginny. Só vá com calma. Você já teve seu quinhão de garotos estúpidos.

- Ei!

- Você sabe que é verdade. Principalmente por conta dessa sua tendência à gostar de todo mundo.

- Olha só quem fala! – a ruiva protestou indignada – Deve ser uma característica que temos em comum então, já que nunca ouço você reclamando dos defeitos de ninguém.

Hermione considerou a amiga por um instante e concluiu.

- É completamente diferente e não tente me enganar – ela se opôs – Você defenderia o próprio Hannibal Lecter se tivesse a chance. E eu aposto como você está se coçando pra começar a advogar em favor daquele vampiro ridiculamente esnobe. Jesus, eu consigo ver luzes coloridas piscando no seu cérebro Guinevere.

- Não me chame de Guinevere – ela censurou e arqueou as sobrancelhas – E por vampiro esnobe, você estaria se referindo à Snape?

- Você viu mais alguém fazendo cosplay do Lestat de entrevista com o vampiro? – ela perguntou levemente irritada.

Ginny riu.

- Ainda bem que você me obrigou a assistir todos àqueles filmes nas férias ou eu não entenderia metade do que você diz – Hermione suspirou se ajeitou melhor sobre a cama e abraçou uma almofada – E eu não acho que ele possa ser tão...

- Desprezível? – ela completou em tom de debate – Eu te desafio a dizer qualquer coisa positiva sobre aquele homem.

- Bom – Ginny começou, empertigando-se melhor sobre a cama – Ele é... hum... ele pode ser muito... – ela fez uma careta e pensou mais um instante, um sorriso de vitória se espalhava pelo rosto de Hermione quando Ginny concluiu – Ah, ele é um ótimo bêbado.

- O quê? – Hermione piscou os olhos e sacudiu a cabeça, mal podendo acreditar na obstinação Guineveriana para encontrar qualquer coisa positiva sobre Snape.

- Quero dizer, ele bebeu uma quantia generosa de álcool, você não acha? – Ginny explicou, indiscutivelmente séria – E ele estava se saindo bem até onde eu percebi.

- Isso não pode ser considerado uma qualidade Ginny, você está roubando.

- Ah, qual é Hermione? – ela riu – Ele não pode ser totalmente mau. E ele também tem mãos interessantes.

- Mãos interessantes? – Hermione resmungou abrindo um sorriso – Olha, seu esforço para melhorá-lo realmente me comove, mas eu nem sei por qual motivo ainda estamos falando disso já que eu não estou nenhum pouco preocupada em não ser bonita o suficiente para ele.

- Não diga uma coisa dessas – Ginny ralhou fazendo sua imitação perfeita de mini Molly Weasley – Ele pode ser meio antipático, e depreciar qualquer coisa, menos a sua beleza. Só se ele for cego...

- Ele não é cego Ginny e ele não disse que eu não sou bonita – ela interrompeu – Ele disse que não sou do seu agrado, e francamente, não é como se fosse uma obrigação dele gostar de mim.

Assim que essas palavras saíram de sua boca, Hermione soube que não estava sendo totalmente sincera. Não é que ela não concordasse com o que tinha acabado de dizer. Era só que isso não mudava o fato de Snape ser... um idiota.

- Você notou como ele se veste engraçado? – Ginny perguntou tentando quebrar a pequena tensão – Ele não está na posição de realmente julgar estilos quando ele anda por aí como se fizesse parte da divisão dos homens de preto.

- Eu não teria nenhum problema com isso se ele fosse parecido com o Will Smith – Hermione disse ironicamente e depois pensou um pouco – Sabe o que realmente me incomoda?

- Além da existência dele aparentemente?

Ela balançou a cabeça.

- Como ele pode ser tão arrogante e tão bonito ao mesmo tempo? – ela perguntou com uma careta – Quer dizer, as pessoas más não deveriam ser esverdeadas e asquerosas?

Ginny riu e arqueou as sobrancelhas.

- Quem dera – ela disse – Isso poderia ter evitado muitas decisões estúpidas.

- Você está querendo dizer na história da humanidade ou só na sua vida amorosa? – Hermione perguntou com uma piscadela provocadora.

- Cruel, Hermione Granger – Ginny sorriu e atirou uma almofada na amiga – Você está sendo uma amiga muito cruel.

- Isso é para você aprender a não sair em defesa do primeiro boçal que aparece senhorita Weasley.

E com essas resoluções, Ginny e Hermione foram dormir pensando no pequeno e curioso grupo instalado em Netherfield pela primeira vez. Tudo o que elas não sabiam, é que seria a primeira de muitas.


Notas Finais


* a frase em itálico no primeiro parágrafo está sob a autoria de Lucivalda Alves.
só Jesus sabe quando vou conseguir postar outra vez, então me perdoem futuros atrasos (prometo que vou me esforçar)
bjinhos e até :-*


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