1. Spirit Fanfics >
  2. Feels >
  3. Day1

História Feels - Day1


Escrita por: mrblck e luthordyke

Notas do Autor


Oi meninas, adivinha quem já voltou?! Vi que muitas meninas amaram a att de ontem haushauahs aí ai, eu e @littlefuckerr_ estamos muito fora de mim. Tô adorando o grupo do wpp crescendo mais e mais, a fic sendo cada vez mais visualizada, as interações de todas... sério, vocês são topper demais.

As meninas de O que cazzo é isso? São demais! Sério, amo vocês do fundo do meu estômago. Sabem a maior felicidade do meu dia? A autora de Epifânia ta no meu grupo. Pensa numa pessoa que é fã da outra. Pensou? Nossa, quero ser você quando eu crescer, Strawberryfield❤

Nós logo menos teremos outra atualização com um salto de tempo. Gente eu aviso que tá pesado, assim como o outro. LESGOU? L E S G O U!

Capítulo 16 - Day1


 POV Ana Paula 





Precisei tomar um ar, me senti sufocada!  Não por não sentir o mesmo, mas sufocada de medo de não ser o suficiente, de não ser o que Paola merece. Senti medo de mim e precisei sair para tomar um ar, mas saí de forma amedrontada e passei a certeza de que não voltaria mais, e talvez eu realmente não deva voltar pois sei que nao seria boa o suficiente para ela. Ainda me lembro de nossa primeira vez e de todas as questões e medos.. como eu pude deixa-la daquela forma? Será que eu esqueci que seres humanos tem sentimentos? Entro em meu carro, mas sem a mínima condição de dar partida, só consigo pensar no quão devastada Paola pode estar agora. A cada respiração é como se um novo pedaço do meu coração fosse rasgado lentamente pelas minhas próprias mãos, me sinto uma sadomasoquista da pior espécie causando sofrimento a mim mesma e a ela que é sempre tão... preciosa. Essa é a palavra. Preciosa. Fico sentada de frente para o volante enquanto repasso os últimos minutos ao lado de Paola. Seus olhinhos com o brilho das lágrimas, seu nariz avermelhadinho e a expressão de dúvida e medo(?) logo após ter feito amor comigo... sim, amor. Eu me senti amada em cada célula, em cada partícula que compõe o meu corpo. Me senti amada até a alma. Me senti amada como eu nunca antes havia sentido e a abandonei. Eu sou muito, muito idiota. Na verdade, talvez eu seja a pessoa mais estúpida da face da terra nesse momento. Pego meu celular e penso em mandar uma mensagem para ela, mas o que eu diria? "Me desculpe por ser idiota, estou com medo."? Na vida de Paola não existem espaços para erros como este! Ela precisa de alguém que cuide dela e de Francesca como eu decidi não fazer ao sair daquela forma. Ela precisa de alguém que não haja exatamente como acabei de fazer há minutos atrás. 


Por fim, ligo o carro e dou partida para minha casa, juntamente com Mané que trouxe para o carro e parecia estar tão afetado com o clima pesado quanto eu. Enquanto dirigia, coloquei algumas músicas para tocar e então me pego pensando. Incrível a nossa capacidade para ouvir músicas tão depressivas em momentos como este. Desde quando eu tenho Christina Perri no pen drive do carro? Enquanto The Lonely toca, dirijo pelas ruas de São Paulo sentindo um aperto forte no peito cada vez que penso em Paola. Eu sei que ela não precisa de ninguém para se apoiar pois por si só já é altiva e soberana o suficiente. Rainha de seu próprio reino e dona de sua própria vida, mas também sei que por todos esses motivos não pode ter alguém que a bagunce. Ela tem uma filha! Como posso machuca-la sabendo que ela tem uma filha e precisa estar firme para cuidar dela? Por que entrei nisso? Me lembro imediatamente do que me fez refletir sobre minha vida ha um mês atrás, quando pensei sobre nossas perdas interiores. Por que não sou corajosa? Por que diabos eu fiz isso com ela? Oh senhor, eu queria me estapear agora. Queria saber porque tamanha burrice para uma pessoa só, como eu tive escrúpulos para deixar uma mulher como Paola daquela forma?


— Ana Paula, o que diabos você acabou de fazer? — Indaguei a mim mesma. Ah, droga! Apertei o volante do carro com força, como se toda a raiva que eu estava sentindo de mim mesma fosse descarregada ali, totalmente em vão. Mané me olhava tristonho e curioso, como se soubesse que algo estava errado, muito errado. E Deus, realmente estava! — A mamãe fez uma burrada enorme, filho.


Minha visão ficou embaçada e foi impossível segurar as lágrimas. As vezes tomamos decisões de uma forma inconsciente que acabam mudando totalmente nossa vida e eu temia que minha atitude tivesse acabado por fazer isso. Eu podia sentir o medo em meus ossos, correndo livremente por minhas veias, tomando cada átomo do meu corpo... Mas como eu poderia ter ficado? Eu posso estar sendo o ser mais covarde, estúpido e maldito nesse momento, no entanto eu seria duas vezes pior se tivesse permanecido nos braços de Paola sem ter a certeza de ser o que ela realmente precisa e merece. E eu não era... Talvez nunca fosse o que aquela mulher merece.


Tive que parar o carro no acostamento, eu não tinha as mínimas condições para seguir caminho... Como eu poderia se nem ao menos eu consigo respirar direito? Deixei que as lágrimas corressem livremente, talvez ajudasse a apaziguar toda a dor que eu estava sentindo agora, talvez levassem embora a angústia esmagadora que tomava conta de mim ou fossem só começo de um sofrimento cruel que estava por vir. A ideia de não ser para Paola o mínimo do que ela merecia me assombrava de uma forma assustadora, mas eu era egoísta o suficiente para me remoer em pedaços por imaginar outra pessoa junto dela e de Fran. Oh, eu penso que não sobreviveria se um dia isso acontecesse. Meu choro parecia nunca cessar, e Deus... como eu preciso chorar, como eu preciso gritar para que todo esse vazio que me preenche e essa dor que me assola se dissipem! 


Minhas mãos ja não mais seguram o volante, agora cobrem meu rosto. O choro baixinho de Mané aumenta mais a minha dor, como pode um animal entender tão bem como seu dono se sente? Sinto tanta vergonha de mim e do papel que estou me prestando em prosseguir com a idiotice de deixar Paola - sabendo que é necessário para ela, já que nunca seria boa para a cozinheira- que não consigo olhar sequer para meu companheiro de todas as horas. No que tenho me transformado? Apenas choro. Choro, choro, choro é choro. Choro tanto que minha cabeça dói e lateja, gira como aqueles brinquedos de parque de diversão e eu já nao enxergo um palmo à minha frente. Tudo o que sei, consigo e quero fazer é chorar! Choro como um recém nascido em seu primeiro minuto de vida. Como uma criança manhosa que ralou seu joelho. Choro uma dor que eu mesma me causei. Choro por ser burra. Por estar apaixonada. Choro por ser assim. Por que sou assim? Queria ser corajosa como ela. Queria ser brava e firme como ela. Eu não a mereço, ela é tão... ela. E eu sou tão fraca, tão eu. 


Não sei por quanto tempo chorei, no entanto sei que quanto mais choro, mais preciso chorar, mas em contrapartida eu também preciso ir para casa. Já me humilhei demais para mim mesma e pratiquei autopiedade em algumas nuances de "Ana, melhor fugir agora do que quebra-la depois" e por isso, depois de me recompor completamente, dirijo para a minha casa, já de madrugada. Ao chegar em meu apartamento com Mané, me lembro de todos os acontecimentos em que esse maldito imóvel fora testemunha. Maldita seja eu que me dei esperanças de que ficaríamos juntas e corri em seguida. Decido ir tomar um banho, mas enquanto isso, talvez em modo automático, entro na internet pelo celular e busco um site onde possa comprar uma passagem para longe daqui, mas não o suficiente. Apesar de que minha vontade era comprar uma passagem para o Afeganistão, me contive em apenas ir ver o mar. Em um mês as gravações voltam ao ar e preciso estar aqui novamente. Não quero nem pensar em vê-la novamente agora ou desmorono de novo e não é o que pretendo. Compro uma passagem para o Rio de Janeiro para amanhã mesmo e vou para o banho, preciso me livrar de todo o peso que me causei. 


A água quente deslizava por todo meu corpo e eu pedisse que lavasse toda minha tristeza. Talvez eu tivesse levado minutos demais chorando mais uma vez naquela madrugada, o fato é que eu ja sentia frio mesmo com a temperatura quente da água e minhas mãos já estavam enrugadas. Quando sai e me olhei no espelho, não reconheci a mulher que costumava ser. Eu estava pálida, com os olhos extremamente inchados e uma dor totalmente estampada em minha cara. Minha imagem era deprimente e meu peito ardeu como se estivesse aberto em uma ferida, tive que me virar de costas, pois eu não estava suportando olhar para o meu próprio reflexo.


Assim que voltei pro quarto, Mané estava dormindo na ponta da cama. Em circunstâncias normais eu brigaria com ele, mas hoje tudo estava fora do eixo... Eu não tinha condições e muito menos moral para dizer qualquer palavra ao meu filho, quem dirá olhar em seus olhos e dar voz de comando.


Eu queria apagar as últimas horas da minha vida e parar no tempo em que Paola e eu fizemos amor... Talvez assim eu pudesse aproveitar mais um pouquinho a sensação maravilhosa que era estar nos braços dela.


— Chega Ana Paula, você fez toda a merda, agora lide com as consequências. — Mas será mesmo que eu queria lidar com isso tudo? Acho que o fato de eu estar arrumando as malas as três da manhã para uma viagem logo cedo era um imenso não em letra brilhantes garrafais estampado em minha cara.


Oh deus, tinha como ser pior do que estar sentada complementarmente nua na minha cama com uma mala do meu lado e meu cachorro do outro, enquanto repasso mais uma vez toda a burrada que eu cometi? Acho que mais uma vez a resposta era o não brilhante. Como Paola deve estar nesse momento? Me odiando, talvez? Passo as mãos no rosto e respiro fundo tentando acalmar todo o giro que minha cabeça está dando mas é em vão porque se fecho os olhos, sua imagem vem à mente, se abro os olhos me dou conta de que sou apenas cacos do que deveria ser. O que eu faço comigo mesma? Sinto um misto de como se eu fosse uma criança indisciplinada que precisa de algum corretivo, mas também um cansaço mental incontrolável. Automaticamente algumas outras lágrimas escorrem e eu as seco rapidamente, me levanto ainda nua e vou ao guarda-roupas. Pego algumas peças sem dar a mínima importância do que são e as jogo na mala de qualquer forma. Se eu pudesse, estaria agora mesmo correndo de mim mesma mas como não posso, corro apenas da fatídica realidade que eu mesma causei. Procuro uma calcinha e uma camisola para que eu possa dormir depois de " arrumar" minha mala e me jogo na cama, sei que apesar de toda a bagunça que estou, estou tão cansada que felizmente conseguirei dormir mas tenho medo de como posso acordar amanhã. 





Acordo no dia seguinte mas no fundo eu acho que preferiria poder voltar a dormir, ou pelo menos acordar sem metade da dor que sinto. Uma dor física e emocional e não sei qual das duas me deixa pior, já que minha coluna dói, meu pescoço, braços, pernas e cabeça também - talvez pela pressão que estou me causando ou apenas posição errada- além da dor da perda que me causei ontem. Olho no relógio e constato que se não me levantar agora, não sairei daqui pois vou me atrasar. Mas será que vale mesmo a pena sair da cidade? Como posso perder meu tempo me xingando de covarde, mas não investir tempo em tentar criar confiança para encarar tudo? Me encho de perguntas enquanto começo a me arrumar, mas hoje meus cabelos e pele decidem simplesmente não colaborar para que eu saia de casa. Ainda estou pálida, meus lábios ressecados e o nariz avermelhado além das olheiras fortes e os cabelos instantaneamente opacos e sem vida - ou ja estavam assim antes e eu nunca notei?- denunciam o pequeno caos que criei.. não, pequena sou eu! Isso é... tão grande que cada vez me odeio mais. Sem o mínimo apetite, coloco meus óculos escuros para esconder - ou tentar - o caos em que me encontro com os cabelos devidamente presos, em uma mão puxo minha mala e com a outra carrego a casinha de viagem de Mané que não me parece muito melhor do que ontem. Me pergunto seriamente se meu filho sabe sobre tudo o que aconteceu ontem e se sente tão mal quanto eu, e se assim como eu ele me julga. Aliás, nesta linda manhã me sinto sob olhares duros como se todos soubessem do que fiz na noite passada e me julgassem. Você não acha incrível a capacidade do ser humano de se sentir culpado quando ele comete um erro? Eu acho. Incrível como o ser humano consegue se deixar enganar por si mesmo tantas vezes. Me sinto como se estivesse com uma plaquinha da vergonha escrita " Juguem-me pois depois de fazer amor com a mulher da minha vida me amedrontei e fugi de seus braços como uma idiota quando na verdade queria apenas que ela repetisse o que me disse." Mas tento me acalmar, afinal ninguém sabe do ocorrido... ou sabem? Faço o caminho até o aeroporto de táxi e tudo não passa de borrões para mim, não consigo me ater a absolutamente nada. Por que quando não estamos bem, nos colocamos como protagonistas de sofrimento mesmo sabendo de nossa irresponsabilidade? Irresponsabilidade... logo eu que sempre me julguei tão adulta e responsável por tudo o que faço fui negligente com quem sou apaixonada. Com quem amo (?). Quando chegamos ao aeroporto, pago a corrida e espero para que meu vôo parta logo. Preciso urgente me livrar - ou me esconder em fuga - da minha culpa, dor e sofrimento. 


Chego bem rápido na cidade maravilhosa ensolarada e calorosa. Não me lembrava da última vez em que pisei aqui para me divertir ou fugir dos problemas, mas ela continua do mesmo jeito: Linda e graciosa! Após me instalar no hotel junto com meu companheiro que parecia ter sido contagiado pela vibe do Rio de Janeiro - ao contrário de mim que só queria desaparecer mais a cada novo segundo - espero no quarto até que o sol se ponha para que eu possa caminhar na orla de Ipanema com ele. Ah, Ipanema... eu especialmente amo essa praia oceânica, suas águas parecem ser cada vez mais cristalinas! Para passar o tempo após já ter planejado meu primeiro dia na cidade, decido trabalhar um pouco ainda que seja longe da empresa, não posso deixar meus negócios de lado só porque cometi uma idiotice tremenda. Tento ler alguns e-mails mas apos perceber que li três vezes a mesma linha e parecia estar escrito em grego - uma língua que ainda não aprendi sequer o básico, mas faço uma nota mental de que preciso aprender apenas para ocupar a mente e saber me comunicar caso queira visitar a Grécia - desisto e pego meu celular. Por que gostamos de nos ferir tanto quando ja estamos machucados? Sem pestanejar abro o whatsapp e vejo algumas conversas pendentes; nenhuma delas me atrai tanto à ponto de responder. Vejo no grupo dos meninos que Jacquin tinha convidado Fogaça, Paola e eu para sua casa. Paola não confirmou, disse estar com dor de cabeça e eu nao tive coragem de responder, não queria falar com eles. 


Minimizei a conversa e fui para a conversa com Paola, onde li e reli todas as nossas mensagens umas duas ou três vezes e em momento algum ela deixou de estar online. O que ela deveria estar fazendo? Ela nunca mexe tanto no celular. Respiro fundo e digito algumas coisas deixando apenas que meus pensamentos criassem vida própria. " Paola... eu queria muito que me perdoasse pelo o que fiz ontem. Eu sou perdidamente apaixonada por você já há tanto tempo, e teu sorriso, tua voz, teu abraço aconchegante, tua malícia e inteligência... tua beleza. Tudo isso me faz apaixonar ainda mais por você! Eu juro, eu queria ficar mas tenho medo, não sou o que você e Fran precisam... eu nunca serei e sei que você pode nunca entender isso mas... tenta me perdoar? " Minhas mãos suarem ao fim. Fiquei olhando para a mensagem e então a deletei.. céus! O que estou fazendo? " Eu queria que soubesse que em menos de 24 horas me dei conta do quanto eu amo a sua companhia e que eu e Mané ja sentimos sua falta. Me desculpe por me expulsar da sua vida, me perdoe por te tirar da minha." Novamente deletei. Desisto! Jogo o celular na cama, sentindo um amargo na boca e a vontade de chorar presente novamente... quando me tornei tão frágil? Nem mesmo o término do meu casamento de 12 anos fora assim tão forte e cruel. Talvez porque eu não tenha sido culpada.


Olho pela janela e vejo o sol se despedindo, já em seus últimos raios. Se fosse em outro momento, eu com toda certeza estaria sorrindo para esse por do sol, mas nesse momento tudo parece me dar vontade de chorar. Oh Deus, qual o meu problema? Será que meu emocional sempre fora tão frágil assim e eu nunca tinha percebido? Observo com atenção aquele quarto de hotel e as paredes claras, os móveis sofisticados e essa cama extremamente grande se tornaram sufocante demais. Eu precisava sair daqui. Desci para caminhar na orla, não trouxe celular ou qualquer outra coisa, era apenas eu e Mané. A praia ainda estava movimentada, acho que Ipanema nunca deixaria de ser assim, no entanto. Por um momento me acalentou o coração ver meu filho mais feliz e não compartilhando da mesma melancolia que eu. 


Por que quando estamos tristes estar rodeado de pessoas parece pior? Eu não sei vocês, mas eu me sinto ainda menor do que já sou. É como se cada pessoa nessa orla que passa por mim com seu sorriso de pura felicidade e exalando simpatia me deixasse ainda pior. Eu nunca me importei muito em ser uma personalidade pública, famosa, na verdade foram poucas as vezes que isso me incomodou, e hoje especialmente era uma delas. Talvez minha expressão deprimente tenha afastado alguns fãs, mas outros vieram a mim mesmo assim. Então lá vai eu me fazer de simpática, me dispor a conversar e tirar fotos. Por um momento quase desejei nunca ter colocado o pé em uma emissora, todavia eu desisti, pois se eu não tivesse tido toda minha carreira de jornalista e tivesse decidido ir para o entretenimento eu nunca teria conhecido Paola. Paola; pensar nessa mulher me deixava em pedaços, pois eu sentia que ela estava da mesma forma ou pior. Eu acho que ela nunca mais me perdoaria por ter feito isso com ela. Como ela perdoaria se eu nem consigo perdoar a mim mesma?


Tiro meus sapatos, pego Mané no colo e caminho em direção a areia. Escolho um lugar afastado e me sento, me pus a observar aquela imensidão de água salgada. Observar o vai e vem do mar me acalmava de uma forma única, foi assim desde a primeira vez... Acho que foi amor a primeira vista. E eu precisava tanto disso, precisava me sentir em paz e a única maneira era estar aqui. Por um momento permiti me despir de qualquer dor, culpa, angústia, agonia ou sofrimento que eu estivesse sentido. Me permiti apenas olhar para o mar e sentir minha conexão com ele, me permiti ficar em paz e insenta do peso que estava carregando. Fecho meus olhos pois preciso aproveitar esse momento, me agarrar a ele com unhas e dentes, preciso me sentir leve para assim poder pensar no que fazer a partir de agora. Enquanto faço isso, a brisa leve e o cheiro de mar me refrescam e me acalmam enquanto meus cabelos são levados na direção que o vento leve decide que ele irá. Depois do dia infernal que tive me permito verdadeiramente sorrir sentindo a calmaria momentânea que se instala em meu peito e então me lembro de seu sorriso e mesmo como durante o dia inteiro meus olhos esteja cheio de lágrimas, lembrar de sua alegria em nossos momentos me fez sorrir. Juro que por esse momento, somente esse momento não irei me julgar, sei que não adiantará de nada. 


Só quero me lembrar de sua beleza. De seu sorriso. De sua presença. Consigo lembrar nitidamente de seu sorriso e de seu nariz franzidinho. Seus olhinhos levemente puxados e sua voz que acalma... me lembro perfeitamente do dia em que ela me fez cafuné, seus dedos tocavam meu couro cabeludo com cuidado enquanto eu inalava seu perfume. Incrível como a memória da gente nos prega peças, mesmo na praia, mesmo com a brisa agora mais forte consigo sentir seu perfume.... Ah, esse perfume! Sinto minhas lagrimas novamente molharem meu rosto e não me importo, preciso apenas senti-la mesmo que não seja como quero. Mesmo que nao seja real. 


Notas Finais


@UmaLoser_ ta aí pra quem quiser xingar.
Acomodem-se, deixem seus comentários. Quero saber o que pensam! Até o próximo ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...