Sou feita de laços.
Laços difíceis de se fazer. Exigem paciência e confiança, até certa habilidade, mas quando menos imagino, já está pronto.
Um pequeno, belo e frágil laço.
Que eu cuido com muito zelo, mais até do que cuido de mim mesma. E é tão frágil que entristece.
Quando vejo, já se desfez.
Será que foi por minha causa?
Eu poderia ter feito um laço melhor?
Apertei demais? Afrouxei? Talvez um formato diferente...
Um ciclo de perguntas não respondidas. Será que não nasci para fazer laços?
Mesmo assim, os laços permanecem em mim, alguns desfeitos; outros refeitos de qualquer maneira.
Carrego por aí os laços que um dia criei.
Pois são parte de mim. Parte do que um dia eu fui, parte do que ainda sou.
Todos se tornam lindas memórias que me causam nostalgias.
Dói ter que arrancar um laço, mas alguns se voltam contra você e te sufocam. E ainda deixam um vazio no lugar que um dia ocuparam.
As vezes é inevitável chorar por um laço desfeito.
As vezes é cansativo fazer um novo.
As vezes simplesmente não os quero mais.
As vezes... parece que apenas eu posso vê-los.
Mas ainda assim, sou feita de laços.
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