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História Fênix Azul - Bêbado


Escrita por: PS_Jay

Notas do Autor


Bem, nenhum de nós atingiu a meta, mas só por isso não quer dizer que ela será deixada de lado. Vamos repetir neste capítulo.
Boa leitura ;)

Capítulo 21 - Bêbado


Capítulo 21

Bêbado

   É estranho o dono de um restaurante ter uma sala exclusiva para ele em um de seus prédios. E aquela saleta mais parecia um escritório.
   Um armário de registros residia sob pilhas de papéis escritos, tanto em alemão quanto em português. Uma mesa possuia seis lugares e estava exposta no meio da sala, reservada para pequenas reuniões. As paredes eram azuis, o piso parecia ter sido recém lavado e um lustre enfeitava o teto. Era simples para o estilo do alemão, porém, a protuberância dos detalhes destacava sua vaidade.
   - Você tem um escritório em todos os seus restaurantes? - A pergunta veio repentinamente de Lince, fazendo-se ouvir depois de tanto tempo calada. Ela olhava cada parte do cômodo frio, avaliando-o atentamente.
   Hanikhan entrou na sala e fechou a porta atrás de si. Os olhos nervosos, a garrafa de Jack Denyel's segura bem firme em uma mão. Ele balançou a cabeça negativamente.
   - Não - falou, caminhando em direção a uma mesinha mais afastada. Nela continha uma garrafa térmica de café, adoçantes e copos plásticos, com mais três de vidro. - Esse é o meu favorito.
   - Faz sentido - murmurou Lince.
   Fazia mesmo sentido. Além de dono do restaurante, Alfred Hanikhan também era o dono do próprio hotel. E se eu tivesse uma estadia de luxo igual aquela, também a consideraria meu local favorito.
   O alemão pousou a garrafa de whisky sobre um filtro de água colado a parede, e retirou da mesinha um dos copos de vidro. Abriu o lacre e serviu-se. Seu rosto fino e anguloso virou-se para mim.
   - Eu o conheço - declarou levando o copo a boca. - É o filho de James Ryan.
   De novo, aquele nome. Aquele nome cuja forma física faltou durante maior parte da minha vida, aquele nome cuja voz eu não ouviria e não ouvi desde então. Aquele nome que nos deixou.
   Não entenda mal, eu nunca culparia meu pai pelo que aconteceu, afinal, como já havia dito e vivia repetindo para mim mesmo, o futuro é incerto. A vida decidiu acabar, e a doença foi apenas um meio dela conseguir isso. Pois assim como a hora chega, ela também vai, e é comparada a um trem de carga. O vagão vem vazio, e sai lotado.
   Continuei olhando para o rosto daquele senhor, vendo-o repetidas vezes encher a boca de whisky e engolir. Um silêncio se instalou enquanto eu apenas o observava.
   - E você deve ser a senhorita Davis - opinou para a garota ao meu lado enquanto dava uma risada anasalada.
   Lince pirragueou alto.
   - Bem, se já nos conhece podemos tratar do que viemos fazer aqui.
   - E o que vocês vieram tratar aqui? - Hanikhan pegou a garrafa e derramou mais uma boa quantidade dentro do recipiente de vidro. O líquido transparente marcou o copo e se aquietou ao ser tomado firmemente pelo homem loiro. De repente, uma ideia brotou na minha cabeça.
   - Você deve passar muito tempo neste hotel, não deve? - falei, fugindo completamente do assunto. Lince me olhou com um misto de confusão e confronto, pois apesar da ideia ter sido minha, eu estava andando totalmente fora dos parâmetros. A sobrancelha ruiva formava um perfeito acento circunflexo acima do olho esquerdo. Não precisei de muito esforço para adivinhar o que a garota estava pensando. Afinal, que diabos aquela história tinha a ver com o que esperávamos tratar ali? Enviei-lhe um olhar de aviso, apenas dizendo que ficasse calada. Ela pareceu entender, já que mesmo intrigada e com pose descontraída, não abriu a boca.
   Hanikhan não era alemão que ficava soltando exclamações sobre sua própria vida, quem dera sobre a vida alheia. Somente seu olhar inquisidor e o sorriso pilântra diziam que era um homem cheio de segredos, e de que eles adiantariam se o próprio dono não soubesse guardá-los? Se quiséssemos descobrir algo, primeiro eu precisava deixá-lo sem chão. E sabia exatamente como fazê-lo. Se chegássemos já o interrogando, ele mandaria os seguranças nos tirar dali. Se o deixássemos "alterado", teríamos alguma chance.
   - Eu não diria "muito tempo" - murmurou o Senhor Hanikhan, a mistura excessiva do sotaque alemão com as palavras rápidas pronunciadas em português o entregavam.
   Estava nervoso.
   E motivo tinha. Se sabia quem éramos, também sabia quem estava atrás da gente. Mais uma desculpa para consistir com meu plano.
   - Ainda continuo com a ideia do "muito tempo" - interpûs ao mesmo tempo que via, com gosto, o Pomo de Adão do homem se mover em uma golada. - É raro encontrar um proprietário que demonstra com tanta facilidade o seu apreço pelo lugar que compra.
   Hanikhan retornou a encher o copo, uma gota de suor escorrendo pelo canto de sua face, quase imperceptível, visível apenas sob a iluminação direta. O nervosismo de estar cara a cara com alguém que se mal conhece o estava corroindo. Ao seu ver, poderíamos retirar a adaga da bolsa de Lince e arremessar no meio de sua testa. Porém, isso não estava no iscript. Facilmente, percebi que quanto mais ele ficava nervoso, mais bebia.
   - Acho que qualquer um que comprasse um lugar como este hotel teria um certo apreço por ele - disse o outro, meio sem jeito. A garrafa já estava na metade, e eu me surpreendi com a velocidade com que bebia.
   Estava sendo mais fácil do que eu pensava.
   Nos últimos anos, aquela marca de whisky passou por uma fermentação mais propícia ao álcool do que qualquer outra. E quando ingerida a uma velocidade razoável, deixaria até o mais forte homem, bêbado. Reconheci imediatamente o seu caráter assim que pus meus olhos sobre o homem, e também, o rótulo negro da bebida, com as grandes letras escritas em branco.
   Hanikhan poderia não ser o tipo de cara que fica bêbado apenas com um copo de whisky, mas, mesmo assim, não raciocinaria conscientemente.
   Era tudo do que precisávamos.
   - Mas não gritaria isso aos sete mares - redargui. Me encostei na lateral da mesa de salgueiro, que brilhava sob a iluminação como se tivesse acabado de sair de um banho de verniz. Deveria custar uns bons trocados.
   O alemão franziu a testa brevemente, nunca deixando de segurar a taça.
   - O que, necessariamente, meu jovem, a expressão "gritar aos sete mares" significa neste quesito? - intercalou pausadamente, e pude ver um misto de curiosidade e desequilíbrio no seu olhar. O tom de voz, antes desconfiado e cauteloso, estava se tornando mais descontraído e despreocupado.
   Aquilo poderia significar que meu plano estava dando certo. Ou que Hanikhan era um alemão empresário louco. Se bem que não existia muita diferença.
   Centrada um pouco mais atrás, observando cada movimentação, cada lufada de ar, Lince nem ao menos se mexia. Ela hora prendia seus grandes olhos dourados em mim, hora em Alfred Hanikhan, esperando um confronto de olhares mortais e palavras ofensivas estourar na sala.
   Do lado de fora, a festa continuava, sem saber o que ocorria no interior de suas paredes, sem prestar atenção nas esquinas em cada corredor. A música estava alta, as pessoas estavam se divertindo. Ninguém entraria ali.
   - Bem - pirragueei. - A maioria dos grandes empresários automobilísticos tem o sério costume de notificar os jornalistas encarregados sobre sua atual vida. Hora um compra um imóvel novo, hora outro se casa pela décima vez. - Puxei uma cadeira para sentar-me enquanto ainda falava sem demonstrar reação: - O que quero dizer, senhor, é que você é um homem diferente. Talvez, não goste de chamar atenção para si. Ou talvez, o motivo pelo qual age pelas sombras seja o fato de que quer esconder algo do mundo. O senhor tem algum segredo?
   Hanikhan engoliu em seco. Suas mãos tremiam e mais uma vez, o alemão tornou a encher o copo.
   Virou-o em um gole.
   - Não há motivos para eu guardar um segredo, garoto - censurou-me ele, porém, sua voz estava fraca e escapou sem convicção nenhuma. Nem um cão se enganaria com aquilo, mesmo seu dono dizendo que havia um grande osso esperando por ele em casa.
   - Não há mesmo? - afrontei. O homem balançou a cabeça de um lado para o outro em um movimento repentino, como se tentasse se livrar de algo. Ele ficou tonto por um momento, se segurou na pequena mesinha, mas voltou a virar a taça na boca. As pupilas estavam mais dilatas que o normal quando Hanikhan entrou no meu campo de visão, e eu tinha certeza de que aquilo nada tinha a ver com seu patrono, se é que ele tinha um.
   - Na... Não - murmurou de voz falha, se enrolando para formar uma única palavra.
   Tontura. Dilatação. Falas enroladas.
   O alemão estava a ponto de ficar embriagado. Não em uma excessividade para cair desmaiado no chão, mas o suficiente para falar o que, quando sóbrio, não deveria.
   Quase levantei da cadeira em um salto e me virei para Lince gritando "deu certo!", mas me contentei a lhe lançar um olhar convencido. Ela revirou os olhos.
   "Deu certo!"
   - O que vocês vieram fazer aqui? - perguntou Hanikhan, me tirando de meus devaneios de me achar para a ruiva mais tarde. Cruzei as pernas sobre a mesa. Não pude deixar de notar que o homem havia mudado repentinamente de conversa, como se não quisesse que descobrissemos algo.
   Tiraria isso a limpo mais tarde.
   - Primeiro, precisamos saber se o senhor ainda tem contato com o Conselho Metamórfico da Alemanha - falei sem preliminares. Hanikhan me olhou confuso, ligeiramente intrigado. O que um adolescente poderia querer com aquela informação?
   Todavia, sabíamos que Alfred Hanikhan foi um intercâmbista sucumbido da tarefa de ponte, ligando duas nações dististas. No mundo, haviam muitos deles. Somente precisávamos de um favor.
   - Tenho - respondeu, após levar a taça aos lábios, derramando todo o líquido garganta adentro. Na sua voz não existia insegurança, apenas curiosidade. De primeira, eu soube que ele não estava mentindo.
   Me voltei para Lince, ainda sustentando um sorriso galanteador nos lábios. Ela ergueu uma sobrancelha e se dirigiu a Hanikhan:
   - Ótimo. A supervisora do QG central da SC entrará em contato. Espere sua ligação.
   O alemão assentiu parecendo ainda mais confuso.
   A supervisora, neste caso, era um papel assumido por Natalie, a loba loira, que comandava temporariamente o centro de reuniões do estado de Santa Catarina. O estado era pequeno em uma região pequena localizado em um país grande, porém, apesar de ocupar pouco espaço no globo terrestre, era até mais influente que a própria capital. O que quase me fez abrir a boca e rir, foi, na verdade, a imagem nítida da cara de indignação que Alfred Hanikhan iria fazer quando recebesse uma ligação falando sobre conseguir se aliar com sua nação natal. Sobrancelhas quase invisíveis arqueadas, voz sumida e um bafo de bebida que seria capaz de desmaiar alguém pelo telefone.
   Épico.
   Apesar de relevante, aquela não era a verdadeira razão de estarmos ali.
   - Segundo - continuei, sem dar total importância as expressões quade amedrontadas do alemão. Ele dirigiu seu olhar para mim. - Precisamos que fale.
   Hanikhan piscou os olhos em atordoamento e novamente tornou a virar o copo. Ele balbuciou algo ininteligível entre os goles, completamente grogue.
   - Falar o quê? - perguntou, bêbado.
   Olhei de esguelha para Lince escorada na parede, de braços cruzados. Já vi que ela não media esforços para ajudar em nada.
   - O que você sabe sobre a Adaga de Avalor? - questionou sem veemência, esperando uma reação desprovida de seriedade. Talvez ele começasse a rir descontroladamente.
   Em vez disso, porém, o Sr. Hanikhan apenas deu de ombros e olhou para o fundo da sala despreocupadamente. Suas órbes azuis claras focalizaram a luz do lustre que iluminava o recinto por inteiro.
   - Uma lenda - falou ele. - Só um conto de fadas.
   Balançei a cabeça em uma ação negativa diante de suas palavras.
   - Você, assim como eu, sabe que não é apenas um conto de fadas feito para as crianças dormirem - retruquei. Meus pés ainda repousavam sobre a superfície da mesa.
   O alemão ficou desconfortável. Encheu a taça e derramou o conteúdo goela abaixo. Suor escorria pelo seu queixo e molhava seu pescoço.
   Um dia, a bebida ainda o acertaria com uma punhalada nas costelas.
   - O que você quer saber? - indagou o homem metódico, engolindo mais um punhado de whisky e esvaziando a garrafa por inteiro.
   Agora começaria o show.
   - Onde a encontramos.
   - Por que você acha que eu sei onde está? - Ele olhou pelo gargalo da garrafa procurando por mais bebida. 
   Sem saber, ele já havia dito que acreditava na história. Às vezes, um pequeno deslize pode denunciar, e o homem errou ao entregar o conteúdo do cofre tão de bandeja.
   Ele sabia.
   - Intuição - respondi.
   - E se eu disser que não posso ajudá-lo?
   - Saberei que está mentindo.
   Alfred Hanikhan olhou em volta com a expressão perdida. A música continuava a assolar as paredes, alta e cortante. Uma guitarra era ouvida acima dos outros instrumentos musicais.
   - Está no coração da Floresta Amazônica - respondeu breve e claro como a água.
   Acho que teria caído da cadeira se na hora não estivesse segurando na mesa. Floresta Amazônica, era tudo do que precisávamos naquele momento.
   Lince se engasgou com o ar ao tentar falar.
   - Amazônia? - Sua voz saiu esganiçada e impotente.
   - Como a achamos? - perguntei antes que a garota começasse a protestar. Às palavras de Lirah invadiram novamente meus pensamentos, os atropelando em alta velocidade.
   Hanikhan riu, soltando a garrafa sobre a mesa. O vidro estava embaçado e as escritas meio desbotadas, como se o alemão tivesse raspado a unha no papel preto. Vários riscos cruzavam fortemente as letras.
   - Não há como achá-la.
   Agora foi minha vez de rir.
   - Tem sim - Alfred ficou sério, me olhando como se fosse uma peça em exposição. Aquilo me deixava irritado. E eu já estava prestes a perder a paciência. - Recebemos uma mensagem de Lirah - Lince olhou para mim reprovadora, achando que entragaria tudo.
   Hanikhan ainda não era de confiança, e não podíamos falar mais do que o necessário.
   Decididamente, eu não confiei nele. Se confiasse, não teria esperado ele ficar chapado para interrogá-lo.
   - Quem é Lirah? - perguntou o homem.
   - Uma velha amiga - respondi vagamente, limpando a garganta. Isso, necessariamente, era verdade. A tigresa já fez parte da minha vida, em outros tempos. - Ela nos disse que poderíamos ser guiados até lá. A adaga por acaso tem um par?
   Hanikhan se assustou com a pergunta, assim como Lince. Até aquela noite, não sabíamos nem de que par a profecia estava falando, porém, eu suspeitava de outra arma desde o início. Era a escolha mais lógica, e a mais plausível. Eu só precisava saber se existia, e deixei-me sorrir quando o alemão assentiu com a cabeça.
   - Descreva para mim - pedi.
   - Tem cerca de trinta centímetros - falou ele, cruzando as mãos rente ao tronco. - É a cópia da outra, mas em vez de azul, possui tons vermelhos misturados as safiras. Dizem que pertencia a Fênix Negra.
   A descrição me era familiar, e como uma bomba, a explicação atingiu-me em cheio. Era óbvio que eu já a havia visto, ela pertenceu - e continuou pertencendo - à Fênix Negra. Olhei para Lince percebendo, de bom grado, que ela havia entendido.
   Como pudemos ser tão burros? O par estava em nossas mãos desde sempre. Como não percebemos? Idiotice pode ser contagiosa?
Encarei a barba rala que crescia no rosto do alemão.
- Obrigada - agradeci e me pus de pé com um movimento brusco. Minha respiração estava descompassada. Meu coração batia acelerado em meu peito, ameaçando abrir um rasgo na minha camisa. Acenei para Lince me seguir em direção a porta.
Hanikhan parecia um pingo mais atordoado. Os olhos piscavam como se tentassem focar a imagem a sua frente, sem sucesso. Ele balbuciou palavras desconexas, tateando a procura de algo, possivelmente outra garrafa de Jack Denyel's para engolir em meia hora.
- Ei, rapaz - Pousou a mão no meu ombro e olhou-me, sem me ver de verdade. - Sobre a ave, dê-lhe uma chance.
Fitei-o como se estivesse brincando, porém, me virei com força e quase arranquei a porta das dobradiças quando passei por elas. Ele nos seguiu para fora da sala, mas se perdeu na multidão. Nem sequer olhei para trás, afim de procurá-lo. Somente segui em frente e agarrei a mão de Lince, praticamente a arrastando dali. Já não aguentava mais tanta algazarra, e as palavras ditas por ele não deixavam minha cabeça.
"Dê uma chance a ele".
Por quê? Para quê? Como?
Eu sabia de quem se tratava, mas não acreditava na ousadia de Hanikhan. Como ele sabia de Avalor? Se é que ele tinha consciência de seus atos, algo de que estava longe no momento. Estava tão perturbado que associei a simples frase com a primeira ave que veio em minha cabeça.
Sai para a escuridão da noite com raiva dele.
Já não controlava meus impulsos, e se o vento não tivesse banhado meu rosto com o cheiro de maresia, talvez voltasse lá dentro e acertasse o nariz do alemão com um soco.
Ainda não tinha tirado aquela ideia completamente da minha cabeça.
- Será que dá para ir mais devagar? - Esbravejou a garota ruiva, afegante e visivelmente irritada. Soltei a mão dela e passei a caminhar mais lentamente, ficando mais calmo a cada passo.
- Pelo menos conseguimos o que queríamos - conclui em voz baixa. A saia de seu vestido verde dançava com a ventania repentina, acompanhando os fios soltos de sua trança desfeita. Ela baixou e praticamente arrancou as sandálias de salto dos pés.
- Sim - concordei. - Mas nem todas as nossas perguntas foram respondidas.
Lince endireitou-se com as sandálias pendentes nos dedos. Franziu as sobrancelhas para mim.
- Você não percebeu? - Ela ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços. - Quando eu perguntei se Hanikhan tinha algo a esconder, ele ficou nervoso.
- Então quer dizer que...
- Que o homem esconde um segredo - conclui.
Retornei a andar, continuando perturbado e com uma dor de cabeça de ressonar até nos tímpanos.
Tinha a terrível sensação que minha mente iria explodir de tantas dúvidas e dificuldades. Tudo parecia acontecer comigo, e isso me deixava com ainda mais raiva.
Mordi a língua e cravei as unhas na palma da mão, com a intenção de evitar praguejar alto.
Precisava urgentemente dormir.

Notas Finais


Então, o que acharam?? Me digam: o que acham que é o segredo de Hanikhan??
No próximo Avalor vai explicar quem é Teddy Curtley (lembram??) e o que aconteceu com ele.
Comentários??


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