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História Fênix Azul - Retorno


Escrita por: PS_Jay

Notas do Autor


Hey, galera! Beleza?? Espero que sim. Fiquei feliz com os coments no capítulo anterior e espero mais neste. (Olha eu, dando uma de oferecida)
N sei se este ficou grande, ou curto, mas acho q vão gostar por que é o mais esperado. Luta, sangue e LINCE!!! Eeeeee!!!!
Pois bem, bom Capítulo.

Capítulo 9 - Retorno


A classe dos caçadores de recompensa foi criada com o princípio da polícia militar. Surgiram milênios de anos atrás, como metamorfos que procuravam justiça. Quando o primeiro deles nasceu, nos territórios que antecediam a Indonésia e antes mesmo das histórias da Bíblia, ninguém sabia o que pensar. Era um homem extraordinário, que, inexplicavelmente, possuia o dom de moldar seu animal. Encantava todos os bichos que pousavam sobre seu olhar, e capturou a atenção das fênixes. Vendo que tal classe lhe proporcionaria escudeiros e guerrilheiros para sucumbir as suas ordens, Razel inventou uma história. Uma mentira. Disse a Avalor, seu irmão de coração, que tinha o intuito de criar uma guarda real, polícias especializados em trazer a ordem ao mundo. A paz.
   Enganado pelo seu suposto irmão que considerava da família, Avalor concordou de cabeça erguida. Mas foi traído. Razel, todavia, reuniu outros metamorfos com dons parecidos, e até de outras classes que desejavam se juntar a causa. Porém, enganou a todos. Um dia, mandou o primeiro caçador a criar uma fera, um cão de guarda para ajudar nas futuras caçadas. Ele assim o fez, juntando a forma animal de um lobo, para que ele pudesse ser feroz e indomável. E um cachorro, por conta da lealdade e servidão. Oh, mas isso não era o bastante para Razel. Ele misturou a fórmula, uma pena de sua própria asa, tornando as bestas impetuosas e maléficas. Deu a eles o nome de Procons, que na língua mais antiga, significava perseguidores. Eles iriam obedecer somente aos caçadores. E assim nasceu a classe mais baixa, de acordo com o diário de capa azulada.
   O frio do inverno já não existia mais, uma vez que meu corpo foi abraçado por uma quentura familiar. Meu sangue ferveu, e um arrepio maior e mais forte percorreu minha espinha.
   Por onde o chicote passava, fuligem e brasas eram deixados para trás. A floresta parecia se curvar perante a força das chamas, que não as queimavam. Porém, faziam dela sua humilde serva. As folhas sopraram, agitando os galhos secos que cobriam o chão.
   Um estalo agudo foi ouvido até nas casas mais longínquas, quando uma besta, que rosnara para o par de olhos cor de ouro, pereceu. O chicote enroscou-se em seu pescoço de pelos desgrenhados, quebrando-o com uma puxada. O corpo jazia aos pés do comandante.
   O líder, com a capa preta de linha vermelha esvoaçando atrás das costas, levantou os olhos leitosos. Um risco, discorrido em sua face de cima para baixo, queimava sua pele. A ferida seguia desde a sobrancelha esquerda, até o pescoço, mostrando a pele em carne viva. Ela passava sobre seu olho, tornando o que já era branco, muito pior. Suas órbes transbordavam fúria, e com a nova cicatriz, o caçador parecia ainda mais perverso. Pequenas manchas vermelhas cobriam suas bochechas e nariz, resultado do calor exalado pela arma.
   Mais um fera grunhiu, soltando um lamento antes da corda se prender em seu tronco e esmagar suas costelas, comprimindo seus pulmões. Se é que ela os tinha. Alguns capangas, assustados e sem reação, desesperaram-se. Fugiram pela floresta, como os covardes que eram.
   O laço, veloz e flamejante, partiu suspenso no ar, enroscando-se na garganta de um dos caçadores que me prendiam de braços atados. Ele deu um berro ao ser puxado para o meio das árvores, para o seu triste fim. O soldado derrubou a espada com a qual tinha me rendido, tentando afastar as amarras de seu próprio pescoço.
   Vendo meu braço direito livre, me inclinei aproveitando-me da distração do outro raptor. Com destreza, peguei o cabo da espada e com o mesmo, acertei o queixo do soldado que me prendia, atordoando-o. A pancada foi repentina, fazendo uma pequena brecha entre seu aperto se formasse. Aproveitei, movendo o cotovelo de baixo para cima, acertando-o novamente com uma segunda batina. O raptor soltou meu braço. Desesperado, ele apalpou os bolsos retirando dali uma faca. Lançou contra mim às cegas, obrigando-me a baixar para não ter a arma cravada na testa. A faca rodopiou no ar, e por sorte, atingiu uma besta a espreita na pata dianteira. Não a matando, mas causando um bocado de dor.
   O soldado veio para cima de mim, de punhos cerrados e expressão furiosa. Larguei a espada a meus pés - garantindo que a mesma ficasse perto se de fato eu precisasse - e parti para um cambate corpo a corpo. Na hora, deixei meus instintos prevalecerem. A fúria me dominou, e experimentei uma sensação diferente de todas as que já havia sentido. Aproximava-se consideravelmente do transe na Capela Sistina, quando uma força descomunal me dominou. Porém, ali, com a marca recém formada ardendo a pele, o que eu sentia era como um abraço. Uma presença amigável, um conforto que somente alguém que eu conhecia a muito tempo poderia proporcionar. Desta vez, meu corpo não estava sendo dominado, estava sendo dividido.
   Segurei o pulso do adversário, impedindo-o de me desferir um soco certeiro no olho. Ficamos um tempo nos encarando, e pela primeira vez, vi que nem todos os caçadores de recompensa tinham as órbes leitosas. Por baixo da máscara de contornos suaves, tudo o que eu conseguia distinguir eram seus olhos. Castanhos. Eles eram apenas homens. Homens subjugados, tardios, que obedeciam ordens de seus superiores. Imaginei, que nem todos eram maus. Talvez, não quisessem fazer o que estavam fazendo.
   Balançei a cabeça, afastando tais distrações. Afinal, aquele homem estava tentando me matar. E não sairia impune. Todavia, prometi a mim mesmo que tiraria essa história a limpo.
   Desviei o olhar e torci seu braço, prendendo atrás de suas costas, no meio da espinha. Manti ali, segurando firmemente, não dando muita atenção para seus gemidos de dor. Parei quando ouvi o som de algo se quebrando, e larguei o sujeito, assustado comigo mesmo. Ele tinha quebrado o braço. Eu o tinha quebrado.
   Deixei o corpo do soldado jazer no chão coberto pelas folhas secas, com as demais caindo preguiçosas sobre seu tronco. Ele se contorcia, buscando conforto enquanto mantinha o antebraço junto ao tórax.
   Ouvi um rosnado, e pelo canto do olho, as folhas comprensarem sobre o solo, se espalhando. Não tinha vento. Em uma fração de segundo, joguei a espada para cima. Um movimento em que a mesma se encontrava com meu pé sob ela. A lâmina e a haste eram normais, sem nada de especial. Mas não tinha o tamanho nem o peso para eu empunhá-la. Porém, ela tinha de servir. Agarrei o punhal, com a parte cortante apontada para baixo. Girei o corpo quarenta e cinco graus leste, erguendo a lâmina e a cravando na barriga da besta. A espada a atravessou, e eu não senti remorso nenhum em vê-la caída.
   Essas feras, diferentemente dos homens, foram criadas para matar. Curvar-se para os caçadores. Não eram nenhuma obra da natureza, e não teriam misericórdia em cravar suas presas em uma pessoa. Viviam com total intuito de extermínio. E obedeciam somente as ordens de seus amos.
   O grupo, por sua vez, era perverso. Sobreviviam apenas para, como o próprio nome já diz, caçar. Raptavam pessoas para quem os contratasse, e recebiam pelo serviço bem feito. Uma vez conhecendo seu inimigo, só poderiam ser vencidos com a inteligência. Era preciso pensar acima. Pegá-los de surpresa era um ótimo jeito de começar. Mas eu sabia que se os mesmos prestassem mais atenção em nossas técnicas, seria difícil exterminá-los.
   O corpo do Procon caiu morto sobre a relva no instante em que o coração parou, os olhos vermelhos ficaram opacos, como uma artéria mal coagulada. Um líquido pegajoso, de um tom escuro demais para ser sangue escorreu da ferida aberta, manchou a lâmina fria da espada, e se alastrou nas folhas secas. Era uma cor quase negra, lembrando terra, um solo estéril. Não humano, e muito menos animal.
   Deixei o animal para trás e me virei, com o intuito de ajudar a dona dos olhos dourados. Mas nem precisei, afinal, ela estava se saindo ótima sozinha.
   A maioria das feras já estava morta, ou tinha fugido com seus amos pela parte mais densa do bosque. Os pelos desgrenhados balançavam os galhos baixos, abrindo caminho entre as árvores escuras de médio porte. Os caçadores haviam ficado um pouco para trás, esperando as ordens de seu líder, enquanto mandavam os Procons recuarem devagar. Metade atacava, metade se escondia.
   O chicote estalou rápido, produzindo uma pequena faísca reluzente. O céu continuava sem cor, e por conta das altas copas das árvores, o bosque parecia sombrio. A luz radiante que emanava das chamas era tudo o que se distinguia entre tantos gravetos e troncos retorcidos, banhando os rostos mascarados dos caçadores com uma cor avermelhada. A máscara era introduzida de metal, de tom cinzento, sem contornos para a boca e nem o nariz. Na verdade, parecia uma chapa com buracos para os olhos.
   Os focinhos compridos e enegrecidos dos cachorros eram queimados ao mínimo toque da extensa corda, e seus guinchos de dor espantavam os pássaros que dormiam tranquilos nos galhos mais altos.
   Os olhos dourados se destacavam entre as folhagens, furiosos. Ela ergueu o chicote no ar, rodopiou acima da cabeça. A corda fez um círculo de brasas, iluminando os contornos da jaqueta preta de caça que ela usava. Os zíper tilintaram, a bota de cano alto se fixou melhor no solo, e o chicote foi baixado. O laço, dando mais ferocidade para a expressão da garota, partiu para a fera mais próxima e enrolou-se em suas patas traseiras. O Procon latiu, tentando abocanhar a corda. Mas acabou por queimar o boca ao entrar em contato com as chamas. Com um movimento ligeiro e bem coordenado, a dona dos olhos de ouro revolveu o chicote, jogando a besta contra um tronco armado com um espinheiro. O corpo da fera ficou empalado.
   O líder observou a cena que se seguia a sua volta. Sua expressão não era a das melhores, e a sua ferida tornava seu rosto desagradável de se ver. Da carne exposta, sangue amarronzado corria livre, fugindo de seu dono como um gato que corre de um cão. Os dentes amarelos estavam trincados. Ele viu as feras serem trucidadas pela garota que ele odiava, aquela que havia causado a ferida nele. A pele ardia.
   Com um sorriso divertido no rosto jovial, a garota dos olhos dourados estralou o chicote próximo aos pés do primeiro caçador. Ele caminhou para trás, procurando fugir das brasas ardentes. Outro estalo se seguiu, fazendo-o saltar. O líder virou a face na direção da silhueta feminina, bufando de raiva. Não adiantava contra atacar agora.
   Não agora.
   Da sua boca, copiando a voz rouca e metálica que o primeiro costuma usar, um som agudo e estridente soou. O chamado. Tampei meus ouvidos. As feras retrocederam, algumas mancas e com gotas de sangue escuro grudadas no pelo acinzentado. Os Procons rosnaram uma última vez, indo atrás de seus amos pela parte densa e sombria da floresta.
   Os latidos e uivos de vingança poderiam ser ouvidos por todo o bairro.
   As chamas recuaram, o chicote foi transformado novamente em um cinto preto. O vento frio voltou, me causando arrepios constantes. Mas não tanto quanto aquela visão me proporcionava. Saindo do meio das árvores, uma garota linda andava a passos lentos, vindo em minha direção. Meu casaco estava pendurado sobre seu ombro direito, cobrindo-lhe a tatuagem de um pássaro de fogo. A legg, preta, assim como a jaqueta e as botas de caminhadas, se ajustavam a seu corpo, moldando dua silhueta conforme ela se aproximava. As folhas eram esmagadas com seus passos, e seus longos cabelos vermelhos balançavam atrás das suas costas. O perfume, doce e viciante, impregnava os ares secos de inverno com o cheiro de baunilha e shampoo de eucalipto.
   Seu cheiro.
   Ela deu mais alguns passos, parou a minha frente, sob a luminosidade opaca do céu repleto de nuvens. Os olhos incrivelmente dourados me avaliavam com uma mistura de gostos. Incredulidade. Raiva. E felicidade. A garota me surpreendeu, passou a mão delicada na minha nuca, e me puxou para perto.
   Ela me beijou?
   Ela me beijou...
   Ela me beijou!
   Seus lábios eram delicados, grossos, e tinham o mesmo gosto do seu perfume. Baunilha. Difícil admitir, mas eu me sentia no céu.
   O Beijo parou de repente, com um estralo alto que fez os pássaros restantes deixarem o aconchego de seus ninhos de palha. O joão-de-barro que costumava fazer sua casa nas redondezas, já não se encontrava mais em sua moradia feita de terra.
   Ela me deu um tapa.
   "Hã?"
   - Aí, Lince! - exclamei, levando a mão até meu rosto que ardia com a recente esbofetada. Encarei a face furiosa da garota. - Por que você fez isso?
   Anne me olhou incrédula. Suas bochechas estavam coradas como sempre acontecia quando ela estava com raiva, o que eu achava estranhamente fofo. Os lábios estavam sujos de sangue. Porém, não era o seu sangue que cobria sua boca, e sim o meu. O ralado no rosto ainda se encontrava ali, assim com os ferimentos no abdômen, canelas e costas. Desta última, vertendo inconfundíveis vestígios de sangue fino e vermelho, escorrendo como gotas de chuva de lugares aleatórios.
   - Por quê? - ela repetiu, exasperada. - Por quê - o vento soprou as copas das árvores. - Por quê você não me responde?
   Ergui uma sobrancelha, encolhendo o corpo para me proteger da ventania gélida que trespassava as folhas amareladas, derrubando umas poucas que sobraram, do topo dos galhos. Uma pinha caiu ali perto.
   Analice, bufando de pura frustração, ergueu a mão novamente, com a palma estendida. Ela desceu antes que eu conseguisse reagir, acertando-me mais uma vez.
   - Que droga, Anne! - ralhei, esfregando o lado dolorido, em uma falha tentativa de amenizar a dor. - Por que está com tanta raiva?
   A garota rosnou. Os olhos semicerrados, os dentes trincados, o cenho retorcido.
   - Por que você não me contou? - ela indagou, retirando o meu casaco de cima do ombro e o usando para acabar de me estapear. Protegi o rosto com os braços em meio as revestidas raivosas da fênix, que me acertava sem injúria.
   - O quê? - perguntei, ainda sendo acertado ferozmente pelo pedaço de pano nas mãos da garota, que, usado do jeito que Lince usava, poderia causar mais estrago que seu adorável chicote.
   - Você é um idiota! - ela xingou, quando finalmente consegui interceptar a próxima pancada do casaco, segurando-o. Puxei o tecido grosso, trazendo a garota para mais perto. Ela esbarrou em mim, sujando sua jaqueta com o sangue seco do meu corpo. Mas não deu importância. Seus lábios estavam a poucos centímetros de distância, e tudo o que eu queria era tê-los para mim.
   Todavia, Anne era uma garota difícil. Ela me empurrou, conseguindo desfivelar-se de meus braços e cruzou os delas, zangada.
   - A tatuagem - ela falou depois de um tempo. Seu ataque havia passado, mas sua voz estava perigosamente calma.
   - Como eu poderia te contar, se não nos cruzamos a seis meses? - retruquei assim que entendi do que se tratava, também ficando irritado. Eu fiquei com saudades, ciúmes, dúvidas e esperanças por causa dela. E nunca achei que me preocuparia tanto com uma garota igual aquela. Ou que sequer prestaria atenção. Mas Lince mexia comigo de uma forma completamente nova e maravilhosa, me fazendo sorrir ao mínimo gesto, ou chorar a mísera ausência.
   Os cabelos negro-avermelhados balançaram com o vento, espalhando seu exótico perfume. O expressão estava dura, séria, impassível. Porém os olhos diziam algo diferente, distinto, eles pareciam vagar sobre o livre arbítrio dos mortos, até os mais altos céus do horizonte sem fim. Poderia me perder ali por horas, não me importando com mais nada.
   - Você sabe porque fiquei fora - protegeu-se Anne, não mudando as feições em nenhum detalhe.
   Concordei com a cabeça, vestindo somente o casaco sobre a pele. Minha camisa estava em trapos e seria impossível usá-la, por isso nem me preocupei em procurar. Subi o zíper e olhei para a fria face cheia de amor da garota.
   - E você também sabe o que aconteceu - revidei.
   De fato, Lince sabia. Conhecia meus motivos melhor do que eu mesmo, e compreendia. Respeitava de uma maneira divergente. Fez algo que só ela conseguiu fazer, algo que nenhuma outra garota já realizou antes.
   Roubou meu coração.
   Ela o tinha, na palma estendida de sua mão, e poderia fazer o que bem quisesse com ele. Desde guardá-lo com carinho ao lado de seu, até jogá-lo em um fosso, esperando feras sanguinárias comê-lo enquanto assistia de camarote.
   A raiva já havia cessado, e as bochechas coradas violentamente, tinham regressado ao tom rosado normal. Ela fez um gesto de desdém com a mão e se virou, levantando a cabeça para vislumbrar as nuvens cinzentas se agitando no céu. Com as labaredas ausentes, o bosque voltou a ficar escuro. À esquerda, troncos quebrados e corpos de feras em decomposição. À direita, uma trilha de sangue seco e folhas mortas que levava até o calçamento, e por sua vez, as casas trancadas.
   - Como você me encontrou? - questionei, afastando uma mecha de cabelo castanho grudada na testa. Eu estava precisando de um bom banho.
   Os olhos dourados se voltaram para mim. Anne suspirou.
   - Intuição feminina - respondeu, dando de ombros debochadamente, como eu costumava fazer quando brigávamos.
   Revirei os olhos e a encarei, sério, esperando uma resposta mais concreta.
   Ela bufou.
   - Olha, eu não sei direito. Eu apenas senti que algo estava errado. Também não sei como funciona, então nem tente perguntar.
   Calei a boca antes de realizar a pergunta. Gente, ela me conhecia mesmo.
   Lince sorriu consigo mesma, vangloriando a si própria.
   Voltou a relatar:
   - Tinha acabado de encontrar mais um dos meus irmãos, em um esconderijo aliado no Alasca, quando tive a sensação. Na hora sabia que algo estava fora do lugar. Procurei a ajuda de uma maga que conheci, muito gentil por sinal, e ela me transportou para cá.
   - Assim, em um instante? - Lince assentiu. - Alasca?
   A garota pareceu não acreditar, ignorou a pergunta como sempre fazia e girou nos calcanhares, parando de frente a trilha destinada a pequena ruela deserta. O chicote estava enrolado em sua cintura, imitando o cinto, as botas de fivela tinham a sola suja de terra e barro vermelho. Os cabelos, soltos, estavam ondulados por cima da jaqueta de couro preto. Parecia uma motoqueira extremamente linda.
   - Não sei onde fica a sua casa - Anne murmurou, sem se virar ao pronunciar a frase. Ele esperou eu me aproximar.
   Cambaleante e com uma enorme dor nos membros, me juntei a ela, caminhando até minha humilde residência, pensando no chilique que Natalie teria quando me visse.
   Mancando, procurei uma montanha de desculpas para dar quando chegasse em casa.
   Não encontrei nenhuma.

Notas Finais


E aí?? A narrativa ficou boa?? O que acharam da luta eminente?? Essa é a primeira, então, quero saber. Como reagiram com a história dos caçadores?? Quero saber TUDO amores.
Beijos!!!
E leitores fantasmas, venham dizer o q acharam.
Favoritem, favoritem e favoritem!!!
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