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História Fera? - Choices


Escrita por: Littlelayle

Capítulo 16 - Choices


Fanfic / Fanfiction Fera? - Choices

Se passaram três semanas, e minha relação com Marcelo está cada dias mais difícil, meu irmão tinha razão, minha consideração por Marcelo é imensa, assim como a gratidão, mas mentiria se dissesse que o amo como homem. Na noite em que passamos juntos, pude confirmar, que foi a pior noite que eu poderia ter tido, principalmente por eu querer que fosse outra pessoa. 

 A tristeza ultimamente vem tomando conta de mim, passo tantos dias só em casa, como algo quando meu organismo pede desesperadamente.

Marcelo viajou ontem com João pois a mãe dele está bem doente, e Marcelo foi junto para dar apoio, ou seja estou sozinha, novamente, o que se torna libertador de certa forma, posso pensar, chorar, sem precisar me justificar, Otto não me sai da cabeça, nem me importo mais com o resultado do exame, pois ele tem sido pai dela, em todos os aspectos, todos os finais de semana ela vai pra casa dele, e sempre volta alegre e cheia de vida...

 Eu poderia estar assim, mas infelizmente eu fiz minha decisão. Poliana foi novamente para casa de Otto depois da escola, e chegou tarde, Otto a trouxe, olho pela persiana e vejo apenas seu carro preto isufilmado.

 -Oi tia! - Entra Poliana e eu disfarço indo em direção ao sofá.

 -Oi Poliana. - Eu digo sentando no sofá. 

 -Tia você tá bem? 

 -Meio cansada só. - Falo e Poliana senta do meu lado.

-Tia você tá tão sozinha ultimamente, o que você acha de ir comigo na casa do Sr Pendlenton amanhã?

-Melhor não.. 

-Vamos tia! Vai ser bom pra você e pro senhor Pendlenton, você precisa sair um pouco, e independente de tudo o que aconteceu vocês se deram muito bem. 

 -Vamos então, amanhã depois do almoço. - Respondo respirando fundo.

 Compro comida para nós, como meio sem vontade, pois os enjoos estão mais frequentes que nunca, e acabo nem conseguindo comer toda minha comida. 

 Acabamos dormindo cedo mas levanto durante a noite com muito enjoo, vomito tanto que sinto minha garganta queimar. Levo um jarro de água gelada para o quarto e volto a dormir para não acordar a Poliana, volto para o quarto e durmo. 

 Acabo acordando tarde novamente, meu sono está bem pesado ultimamente, tomo um banho e faço uma maquiagem leve para parecer saudável perante o Otto, mas não só por isso, também quero que ele me veja bonita. Levo Poliana para tomar um café, e eu acabo tomando apenas uma aquarius para evitar ficar enjoada perto de Otto, e Poliana me convence a irmos direto para caso dele. 

 A gente chega lá, eu dou uma arrumada no cabelo e apertamos a campainha. Otto abre a porta e está com o olhar extremamente cansado e com bastante olheira, o que me deixa preocupada confesso. 

 -Senhor Pendlenton! - Diz Poliana dando um abraço nele, o que me deixa surpresa. 

 -Luísa. Tudo bem? - Diz ele sem muito contato visual. 

 -Tudo bem Otto, e você? 

 -Também. - ele responde ainda sem me olhar. 

 -Cadê a Ester? - Pergunta Poliana. 

 -Ainda está no quarto. Quer ir lá dar um oi pra ela? 

-Simmmmmmm! - Responde Poliana toda animada. 

 O perfume de Otto começa a me incomodar e começo a me sentir enjoada, e pergunto para ele: 

-Otto será que eu posso beber um copo de água? - Pergunto para fugir daquele cheiro, e começo a sentir muita tontura. 

-Sim claro! - Ele olha pra mim e se aproxima  - Tá tudo bem? Você tá muito pálida! 

-Tá, é... eu só tô com sede. - Ele coloca o braço pela minhas costas, e diz:

-Você não está bem... 

Nesse momento só sinto tudo escurecer... Ainda meio grogue me sinto sendo carregada e quando acordo estou no sofá deitada e Otto está segurando minha mão. 

-Luísa o que está acontecendo? 

-Nada... Eu não estava me sentindo muito bem provavelmente porque não comi ontem, e não tomei café... Acho que foi minha pressão só. 

-Tem algo estranho em você, mas deve ser pelo tempo que não te vejo. Vou pegar um suco de laranja pra você, e algo para você comer. 

 Ele volta com uma bandeja e ao mesmo tempo Poliana aparece com Ester. 

-Oi tia Luísa. Você não parece muito bem. - Diz Ester. 

-Oi Ester... Estou bem sim, só estou cansada.. - Nesse instante Otto me entrega o copo de suco. 

-Vai te fazer bem... Se quiser sentar ali na mesa, fique a vontade. 

 Fui para a mesa e sentei para comer as torradas que Otto me trouxe, e uma salada de frutas. Enquanto isso fico observando a interação de Otto com as meninas, não consigo esconder um sorriso, a forma como ele age com minha sobrinha, o jeito que ele olha pra ela, a forma como ela sorri quando está com ele, me volto novamente para ele, e nossos olhares se cruzam, fico meio constrangida e abaixo o olhar para a mesa.

 Termino de comer e bebo o suco e aproveito para levar a bandeja para a cozinha e lavar. Volto pra sala e vejo os dois ainda dando risada de alguma coisa no celular dela.

-Vou aproveitar que vocês estão bem empolgados e vou embora... 

-Ah tia!! - Fica mais.. 

-De jeito nenhum Luisa. - Gelo quando ele diz isso. - Você vai ficar para o almoço. 

 Fico aliviada por ele não mencionar o desmaio, não quero que ninguém saiba da minha gravidez, especialmente Poliana, e ele. 

-Eu tenho algumas coisas pra fazer... 

-Você não tem não tia, só está em casa todos esses dias sem fazer nada, nem comendo você está, eu sei que você está muito enjoada ultimamente, mas ficar com o estômago vazio é pior.. e... 

-Poliana! - Grito para minha sobrinha. 

-Espera aí Luísa. - Diz Otto vindo na minha direção. - Você tá enjoada? 

-Não é nada demais, só um problema no estômago. 

-Luísa quero falar com você, em particular. - Sigo ele até a cozinha. 

-O que foi? - Pergunto encostando o quadril na pia e cruzando os braços. 

-Você tá grávida. - Ele diz ainda de costas para mim. 

-Não, não tô. 

-Você tá sim, desde a hora que bati os olhos percebi que seu corpo tá diferente, você tá diferente. - Ele diz virando pra mim. 

 -Como sabe que meu corpo tá diferente? 

 -Seus seios. - Ele diz apontando com o dedo - Estão maiores. 

 -Sim, estou grávida. 

 Nesse momento ele se aproxima de mim, e chega tão perto que eu sinto sua respiração. 

 -Esse filho... é meu? Não é? - Ele pergunta olhando para minha barriga. 

 -Não, estou de 5 semanas. - Minto, sendo que na verdade, estou de 8. 

 -Ok. - Ele responde virando de costas. - Se fosse meu você diria né? 

 -Sim. 

-Não quero deixar de criar outro filho meu. - Ele responde virando em minha direção com os braços cruzados. - Ainda acha que eu falsifiquei o exame? 

-Isso não importa mais, você já é um pai para ela. 

-Importa sim, se você confiasse em mim.. tudo seria diferente. 

-Eu queria confiar em você. Mas tudo diz ao contrário, e se a gente fizesse outro exame e...  

-Você ainda não confia em mim... 

-Eu amo você. -Digo e ele me olha sério. 

-Eu também te amo, te amo tanto, você e a Poliana são as pessoas mais importantes na minha vida, queria que vocês voltassem pra mim, mas agora é tarde, você está com outro, e espera um filho dele, mas não vou impedir de você ser feliz, se é isso que você quer. - Ele diz rumo a porta da cozinha. 

 -Espera! - Eu digo segurando seu braço, e ele se vira pra mim novamente. 

 -O que foi? - Ele pergunta olhando para o braço que eu seguro. 

-Eu... Eu sinto muito por nós não termos dado certo. 

-Eu também Luísa. Eu também. 

-Mais uma coisa... - Eu digo colocando as mãos sobre o pescoço. - Eu preciso te devolver isso. - Digo tirando a fina corrente do pescoço e coloco em sua mão, e aproveitando para segurar ela mais uma vez. 

 Ele olha para a corrente em sua mão, vai rumo a porta, saindo da cozinha e me deixando sozinha, eu queria que as coisas fossem mais simples... Sinto as lágrimas se juntando nos meus olhos e tento controlar elas para Poliana não me ver chorando, pois eu não quero ter de me justificar para minha sobrinha, sobre as minhas decisões. 

 Passamos o dia na casa de Otto e gosto da companhia dele, juntamente com a de minna sobrinha e a de Ester. Na hora de ir embora, Otto nos oferece carona, mas eu recuso e prefiro chamar um uber. 

 Me despeço de Ester, dou um beijo em seu rosto gelado, enquanto Poliana está abraçando Otto, assim que eles soltam, Otto vem se despedir de mim, me dando um abraço que eu correspondo, e quando me solta, coloca a mão na minha barriga e diz:

 -Se cuida, tá? 

 -Pode deixar. -Eu respondo com um sorriso sem graça, me



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