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História Fera solta - A vítima


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 9 - A vítima


Fanfic / Fanfiction Fera solta - A vítima

Cena 01 - Casa de Mangabeira - Noite.

Augusto ouve uma batida na porta e ao abrir, fica diante de Clarita.

- A senhora? Minha mãe não está em casa, está anoitecendo e logo ela chega! - Disse Augusto.

- Não vim falar com a delegada e sim, com você! - Respondeu Clarita entrando na casa.

- Comigo? - Questionou Augusto.

- Com você! - Respondeu Clarita.

- Mas o que tem pra falar comigo? Não estou entendendo! - Continuou Augusto olhando para a mulher.

- Saiba que estou aqui, não por você, mas para evitar uma desgraça! - Disse Clarita.

- Do que a senhora está falando? - Questionou Augusto.

- Você é um canalha. Sempre soube que tinha um caráter duvidoso! - Afirmou Clarita.

- Que? - Perguntou Augusto se mostrando impaciente.

- NÃO SEJA SONSO E DISSIMULADO. A KATE JÁ SABE E ESTÁ INDO FALAR COM A SUA AMANTE. POIS BEM, DEI O RECADO. PASSAR MAL, MUITO MAL! - Revelou Clarita agora satisfeita olhando o estado de choque do rapaz, então sai de sua casa.

- Meu deus! - Augusto não sabia o que fazer.

 

Cena 02 - Casa do Prefeito - Noite.

Irineu rasga um bilhete que acabara de ler e joga no chão. Ele vai rápido ao quarto e abre o guarda-roupa.

- PIRANHAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! - Gritou furioso.

 

Cena 03 - Pensão - Quarto de Eulália - Noite.

Dona Eulália entra em seu quarto com comida escondida e fechando a porta silenciosamente.

- TROUXE O SEU JANTAR, MAS, POR FAVOR! SEJA DISCRETA, ONTEM QUASE QUE MEU FILHO ENTRAVA E TE VIA AQUI, NÃO POSSO CORRER ESSE RISCO. - Disse Dona Eulália entregando o prato à mulher.

- Pois não sou nenhuma foragida para ficar escondida aqui! - Respondeu Célia.

- Estás na minha pensão, comendo da minha comida e eu não quero que saia. Você é um perigo pra população!  - Disse Eulália.

- NÃO VOU FICAR AQUI PRA SEMPRE! - Afirmou Célia.

- Então é melhor procurar outro lugar pra ficar! - Respondeu Eulália rigorosa.

- Que irmã é essa? - Questionou Célia.

- Estou pensando no seu bem! - Respondeu Eulália que sorria.

 

Cena 04 - Praça - Noite.

Heleninha espera por Augusto em um dos bancos da praça, ao seu lado estão duas malas, ela parece bastante ansiosa. Uma mulher se aproxima. É possível perceber pelo barulho do salto, é Kate.

- ESPERANDO ALGUÉM HELENINHA? - Perguntou Kate diante da primeira-dama.

- Você! - Disse Heleninha que se levantou. - Mas o que está fazendo aqui?

- Agora eu entendo o tanto de ódio que sentia ou sente por mim. Não aguenta saber que eu ia casar com o Augusto, mas claro, você continuaria amante, queria o cargo oficial, mas teve que se contentar como a segunda! - Disse Kate enfurecida.

- Você está equivocada! - Respondeu Heleninha rindo.

 - Eu não estou! - Afirmou Kate que levantara a mão e esbofeteava o rosto de Heleninha.

- O que você fez? - Heleninha colocou sua mão no rosto.

– Isso é por tentar me enganar esse tempo todo! - Respondeu Kate.

Heleninha tenta agarrar o cabelo de Kate, mas ela consegue ser mais rápida e derruba a primeira dama no chão.

- Eu não vou deixar barato! - Disse Heleninha histérica.

- Estou morrendo de medo! - Debochou Kate.

As duas se fitavam, Augusto chegou naquele momento.

- Augusto! - Disse Heleninha aliviada.

- Chegou quem estava faltando! - Disse Kate batendo palmas. - Olhando por esse ângulo, vejo que vocês se merecem!

 

Cena 05 - Casa do Prefeito - Varanda - Noite.

Irineu abre a janela, começa a jogar as roupas de sua esposa no meio da rua.

- PIRANHHHHHHHHHHHHHHHHHHHA! Ela vai ver do que sou capaz, não pisa mais nessa casa! - Afirmava Irineu eufórico.

Alguns moradores começam a observar o acontecido quando Lucas chegou ao quarto.

- O que está havendo? - Perguntava Lucas ao pai.

 – Descobri tudo, descobri que a sua mãe é uma cretina e fugiu com o amante dela! - Respondeu Irineu.

- Como foi isso? - Questionou Lucas surpreso.

– Aquela ordinária me enganou todo esse tempo! - Respondeu Irineu triste. Ele saiu do quarto voltando para a sala, o filho o seguiu.

Dona Eulália vê a confusão e nota que a primeira dama está na praça, ela sai da pensão e vai em direção à casa do prefeito.

- Como o senhor ficou sabendo? - Perguntava Lucas querendo entender melhor.

- OLHA A CARTA! - Disse Irineu apontando para o papel rasgado no chão da sala.

- SEU PREFEITO! - Chamava Dona Eulália na porta.

- O que houve? - Perguntou Irineu ao abrir a porta para a mulher.

- Novidade corre rápido nessa cidade, assim que soube do acontecido corri pra avisá-lo, sua esposa está na praça! - Disse Dona Eulália com interesse em ficar por dentro da confusão.

Irineu entra, volta ao quarto onde abre uma gaveta e pega uma arma.

Cena 06 - Delegacia - Noite.

Clarita entra na delegacia e fica diante de Mangabeira.

- Você? Creio que não temos mais assuntos a tratar! - Disse Mangabeira evitando Clarita.

– Engano seu, não sei como não soube ainda, mas a cidade está um avourosso! - Disse Clarita que parecia gostar da confusão.

- AVOUROSSO? - Questionou Mangabeira intrigada.

 – Seu Prefeito jogou as roupas da esposa pela janela, um escândalo! - Contou Clarita.

- E desde quando isso me interessa? - Perguntou Mangabeira.

– Seu filho, Augusto tem um caso com a Heleninha! O Prefeito descobriu... - Respondeu Clarita naturalmente.

- MEU DEUS! - A Delegada Mangabeira ficou completamente chocada.

 

Cena 07 - Rua - Noite.

Clarita e a Delegada saem juntas da delegacia. Dona Eulália acompanha Irineu. Augusto vai atrás de Kate. Então, Clarita e Heleninha ficam frente a frente.

- SUA FALSA! - Disse Heleninha acusando Clarita.

- Não entendi! - Disse Clarita.

A primeira-dama tenta avançar em cima de Clarita, mas a Delegada Mangabeira impede.

- Sem escândalos! - Pediu a delegada.

- Como eu fui burra acreditando em você! - Disse Heleninha atormentada.

- Deveria estar presa por adultério! - Disse Clarita.

- VAGABUNDA! - Gritou Irineu se aproximando.

– Com licença, por mais que eu seja uma autoridade, esse assunto não é meu, estou me retirando! - Disse a delegada se retirando.

- Eu fico, gosto de barracos! - Disse Dona Eulália adorando a situação.

- Todo mundo já sabe! - Disse Clarita fitando a dona da pensão.

– É tudo um mal entendido, meu amor, é armação da oposição! - Disse Heleninha se aproximando do marido.

– Você não me engana mais, na minha casa, não entra nunca mais! - Respondeu Irineu determinado.

- EU QUERO QUE VOCÊ MORRA! - Afirmou Heleninha perdendo o controle.

- CAIU A MÁSCARA! - Disse Irineu.

- Você é um otário! Acreditou em mim todos esses anos... Eu me diverti tanto, gastando o seu dinheiro, zombando da tua cara de frouxo, até fingi que estava grávida, você sofreu tanto quando soube que eu perdi o bebê, mas no fim, não existiu bebê algum! - Revelou Heleninha.

- Terminou? - Questionou Irineu completamente chocado com a revelação. Ficou sem reação por um momento, então num ataque de fúria, tentou esganar a esposa.

- PIRANHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! - Gritava o prefeito.

Clarita olha para a Dona Eulália diante da cena.

- VAI DEIXAR ELE MATAR ELA? - Questionou a dona da pensão.

- Não sei! - Respondeu ela. - Ele não pode matar ela, acabaria com os meus planos! - Pensou Clarita, então ela e Dona Eulália apartam a briga.

- ASSASSINO! - Gritou Heleninha.

- Não quero olhar pra tua cara nunca mais! - Afirmou Irineu.

 

Cena 08 - Casas Amarelas - Noite.

Augusto alcança Kate e pega no braço de sua amada.

- Você tem que me ouvir! - Pediu Augusto.

- Não tenho nada, eu não quero mais ouvir a tua voz, não quero mais te ver, eu quero esquecer que você existe! - Respondeu Kate decidida.

Augusto beija Kate, ela se afasta e lhe dá uma tapa.

- Você é um canalha, acreditei em você todo esse tempo, esperei você terminar seus estudos lá fora, sonhei em casar, mas no final, você me traia com ela... - Disse Kate.

- Era só uma atração física, nunca rolou sentimento, eu amo você, Kate! - Afirmou Augusto.

- Fique com ela! - Disse Kate indo embora.

 

Cena 09 - Rua - Noite.

Irineu vai embora e Clarita segue o prefeito.

- Você não merecia passar por tudo isso! - Disse Clarita ultrapassando Irineu.

- Obrigado por estar do meu lado, você é uma grande amiga! - Disse Irineu.

Dona Eulália, então resolveu se aproximar da primeira-dama que ficou na praça.

- O que ainda ta fazendo aqui? - Questionou Heleninha prestes a chorar.

- Eu gostava de você menina, pena ter um destino tão trágico! - Disse Dona Eulália.

- Me deixa sozinha, sozinha. Quero ficar sozinha! - Pediu Heleninha.

Dona Eulália, então foi embora. Em minutos, a cidade ficou vazia e Heleninha continuou sentada no banco da praça, diante da igreja.

- O Augusto não vai ter opção, ele vai correr pra mim, vamos fugir e seremos muito felizes longe dessa cidade abominável, ele está demorando, será que vem? Ele não tem opção! - Afirmou Heleninha.

Ouve-se um uivo. A lua cheia brilha intensamente. Heleninha é atacada por trás.

 

Cena 10 - Casa do Prefeito - Dia.

Dona Eulália parece nervosa, ela chega à casa do prefeito e começa a bater desesperadamente na porta. Lucas abre e fica diante da mulher.

- Oi mudinho, onde está o seu pai? - Perguntou Dona Eulália.

- Ele está na biblioteca desde ontem! - Respondeu Lucas.

- O mudinho fala, desculpe, preciso falar urgentemente com o seu pai! - Insistiu a mulher.

O rapaz, então deixou a mulher, fechou a porta com cuidado e a levou até onde seu pai estava.

- Dona Eulália? - Disse Irineu ao ver a dona da pensão.

- Tenho uma notícia desagradável a dar! - Disse a dona.

- Mais uma? Fale logo! - Pediu Irineu já preocupado.

 

Continua...



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