História Festival Fera Lunar (Viego e Aphelios) - Capítulo 11 - O último dia do festival.

 Eles correram em disparada para o festival, as pessoas estavam se divertindo, começaram a agir de forma normal, todos estavam reunidos ao redor das lanternas.

-Qual é o plano? -O menor olhou para Viego.

-Eu vou isolá-los das pessoas, preciso que você seja rápido e afaste as pessoas daqui.

-São muitas pessoas... Mas eu acho que eu consigo. É perigoso, não quer que eu...

-Não. -Respondeu rapidamente antes que Aphelios pudesse sequer terminar sua frase.

-Tome cuidado, por favor. -Aphelios murmurou.

 Iria ser anunciado a ordem de lançamento quando o lugar foi coberto por uma névoa rosada e espessa. Aphelios ficou encarregado de afastar furtivamente boa parte das pessoas que estavam ali perto. Viego por sua vez, reconhecia cada noxiano, separando e isolando-os na névoa.

"Eu contei onze, eram doze... Falta um."

Ele sabia que o mensageiro e Darius não contavam como parte do esquadrão, já que haviam voltado a Noxus. Antes que ele pudesse continuar, ouviu um bradar alto.

-ATAQUEEEEM TODOS!!! -Era um grito alto, mas dado o eco, as pessoas já estavam afastadas.

Viego caminhou pela névoa, ouvindo aquele riscar de espada no chão. Avistou o noxiano, ele olhou para a sua lâmina, ele jurou não machucar inocentes a Isolde, mas  a promessa não estava restrita a proteger os indefesos e punir os condenados. Atravessou sua espada de uma só vez na armadura do noxiano que não teve chances de reagir, seu corpo caiu, sangue vermelho escorria da espada cintilante, era algo lindo de se ver, como uma obra de arte, Jhin deveria estar aqui para ver isso. Seguiu pela névoa, decepando algumas cabeças no caminho, tudo estava fácil, mas ele só havia executado 5 homens. Ele ignorou alguns noxianos quando reconheceu o líder do esquadrão, era o Ryo, aquele que Darius havia passado a liderança.

-Achei você...

Em suas mãos, haviam duas espadas bastardas, Viego investiu contra a sua espada, ele logo defendeu de forma cruzada,  era possível ouvir um tilintar de espadas na névoa.

-Vamos, por aqui... -Ele guiava os Lunari para longe do festival, eles estavam confusos mas obedeciam seus heróis. Ele olhou para trás em meio todo aquele barulho ensurdecedor, porém, só era possível ver a névoa, decidiu não interferir, confiava em Viego.

Era rápido, acompanhou boa parte dos movimentos do rei destruído.

-O que é você?! -Ele parecia incrédulo enquanto defendia incessantemente os ataques.

-A última coisa que você vai ver. -Seus olhos cintilaram em um tom amarelado. Ele acertou seu cotovelo no rosto do noxiano, que cambaleou. Ele então conseguiu achar uma brecha na cota de malha, bem no pescoço, sua espada encostou, mas foi parada pelas mãos trêmulas dele.

-Você não va...i me ma...tar.  -Disse com um incômodo na garganta.

-Não resista, apenas aceite a sua morte. -Ele pressionou com mais força, mas estava difícil, aquele noxiano era realmente forte. Até que por fim ele cedeu, sua espada atravessou a garganta do noxiano, o que acompanhou uma dor aguda em seu abdome. Ele havia sacado um punhal próximo a bainha de uma de suas espadas e perfurou Viego em um ataque rápido, custando sua vida.

-Argh!! Filho da puta. -Ele puxou sua espada. Então vagarosamente, com sua outra mão, retirou o punhal, seu abdome estava sangrando, olhou para a lâmina, claramente era envenenada. Não era hora dele se preocupar com aquilo. Ele pensou em tomar a alma do noxiano para se regenerar porém ele deixou esse poder para trás a muito tempo.

Ele não ouvia mais barulho na névoa, isso o preocupou. Ao olhar para trás, viu sua névoa se dissipar, uma dos noxianos girou com suas laminas, desfazendo a névoa. Viego foi revelado, um deles segurava uma garotinha pelo seu vestido que estava chorando, enquanto um punhal estava próximo ao seu pescoço.

-Solte a sua espada e dissipe a névoa, ou nós a mataremos. -A garota com o cabelo vermelho disse com a voz grossa. Ele não conseguiu identificá-la na névoa.

-Você ouviu.

Semicerrou os olhos. Ele soltou a espada, se aproximando lentamente, estava sentindo uma dor lacerante. Notou Aphelios em meio a névoa, atrás deles, mas não queria que ele avançasse.

-Ótimo, matem os dois. Sangue por noxus!

Quando ela havia acabado de formular sua frase, Viego saltou, sua espada foi de encontro as suas mãos, sentiu aquele puxão em seu abdome, mas não hesitou, enterrou a espada rapidamente na clavícula daquele noxiano, que acabou soltando a garota, Viego segurou seu braço e a jogou para  Aphelios que a agarrou e saiu em disparada.

-NÃO OLHE PARA TRÁS! -Viego gritou para que Aphelios ouvisse.

Então todos o golpearam com machados e espadas, mas ele estava inalvejável. Viego havia tentado possuir a alma do noxiano, o que foi um sucesso, sentiu suas feridas se regenerarem, segurava um grande machado, rapidamente girou o mesmo no meio de todos, cortando suas entranhas e enterrando-o no crânio de alguns. Katarina desviou, dando diversos mortais para se afastar dele. Ela deixou uma lâmina próximo ao pé dele, Viego então soltou a alma do noxiano, a maioria estava dizimado, aquela seria uma presa fácil, pensou ele. Katarina de uma hora para outra investiu rapidamente contra a sua adaga, ele defendeu seu golpe, mas logo ela começou a rodopiar soltando diversas adagas, seu corpo estava sendo dilacerado. Ele pensou rápido, então criou um touro de névoa, que bateu contra Katarina a atordoando durante um breve momento. Isso foi o suficiente para que ele pudesse desarmá-la e agarrá-la por trás. Imobilizou seus braços com uma mão, colocando a espada próxima ao seu pescoço.

-Vamos, garanhão, acabe com isso. -Ela disse em provocação, ele estava prestes a executá-la quando ouviu uma voz familiar falar seu nome.

-Viego, não! -Era ele, estava na frente dos dois, o menor o olhava. -Ela precisa ser presa e interrogada, é a última sobrevivente noxiana, e dada seus trajes e níveis de habilidade, ela era a comandante desse esquadrão.

-Eu ouvi que era um tal de Ryo.

-Ryo era apenas uma isca, meu general nunca deixaria que um soldado de baixo calão guiasse essa missão. Vocês não tirarão nada de mim, me matem, ou morram.  -Um pequeno corte foi aberto no pescoço dela, após Viego apertar a lâmina em seu pescoço.

-Ela é perigosa, é melhor que eu a execute.

-Nós precisamos dela, veja, o império de noxus é muito perigoso, eles não conseguiram machucar ninguém, nós já vencemos.
 

Viego acabou acatando ao pedido de Aphelios,  chutou Katarina, que caiu olhando para ele em posição de cachorrinho. Ela o olhava em provocação, ele apenas fez com que sua névoa formassem uma algema em suas mãos. Não demorou muito para que os guardas Lunari a levassem para as masmorras e fosse presa com algemas que restringissem suas habilidades. A anciã decidiu agradecer a Viego pessoalmente, com uma coroa de rosas de Targon, elas eram raras e só eram dadas a aqueles que eram importantes em sua casa.

-Você provou sua bravura hoje, Rei destruído. Você salvou milhares de vidas e arriscou a sua.

-Não me chame assim... -Ele murmurou, mas logo abaixou recebendo a coroa em sua cabeça.

-Nosso herói hoje, foi um forasteiro que veio a nossas terras, outrora um nobre corrompido, e agora, alguém que os Lunari se lembrarão. Noxus é um império perigoso e mesmo assim, não pôde com os Lunari! 

Todos estavam lá, aplaudindo e assoviando, estavam agitados, Aphelios sorriu para Viego, estava orgulhoso daquilo. A vontade que Viego tinha, era de agarrá-lo bem ali, seu nervosismo da luta havia passado, era confiante em combate mesmo assim, se  sentia aliviado. Queria apenas que por um momento, pudesse se deleitar ao lado de Aphelios. O lançamento das lanternas havia sido adiado para o dia seguinte. Ele se pegou encarando os lábios de Aphelios, por mais que Viego soubesse quais eram seus sentimentos sobre ele, ainda tinha medo de ser rejeitado, talvez o menor só o visse como amigo, mas ele queria tentar. Retribuiu o sorriso.