História Fifteen Dates - Três

— Verde? – Kyungsoo indagou surpreso ao ver a colega de trabalho.

— Yubin gosta de cores inusitadas no cabelo. – riu. — Ela sugeriu um salão de beleza para o nosso encontro ontem, e bem, eu voltei desse jeito.

— Ficou bom. – riu. — Parece até uma idol,

— Será que ainda dá tempo de debutar? – brincou.

— Só não vai pela YG, não quero ser obrigado a arrombar aquele porão.

— Destruidor de sonhos! – fingiu indignação.

Jiyoon e Kyungsoo se reuniam semanalmente para discutir o progresso do experimento e jogar conversa fora. A convivência inicialmente imposta, fez com que virassem grandes amigos.

— Mas, me diz, como foi essa semana? – Jiyoon indagou ao tomar um gole da bebida que trouxe consigo.

— Surpreendentemente calmo. – suspirou. — Quando eu li o perfil do Chanyeol fiquei meio apreensivo com que tipo de pessoa eu iria lidar, sabe?

Os voluntários da semana eram Kim Yubin e Park Chanyeol respectivamente. Yubin era a CEO numa empresa de tecnologia, bem-sucedida e imponente à primeira vista. Ela teve que batalhar muito para chegar ao cargo e isso incluía a escolha de viver apenas para o trabalho. Mas agora, tendo chego no seu maior objetivo, sentia-se vazia e sozinha, sabia que todos que se aproximavam de si tinham algum interesse, e isso fazia ela afastar todos como mecanismo de defesa. Após um ano no cargo, decidiu se dar férias e ganhar as mais inusitadas experiências, começando com o cabelo agora loiro e servir de “cobaia” num experimento estudantil.

Chanyeol aparentemente era a última pessoa a entrar num experimento desses. O rapaz era divertido, falante, de sorriso encantador e com facilidade em socializar. Ele era um tanto impulsivo e sincero, dizia o que pensava sem filtro algum para impedi-lo, logo quando encontrou com Kyungsoo soltou um “eu nunca vi alguém tão fofo como você”, deixando o menor com um sorriso assustado no rosto e um agradecimento envergonhado.

Bastou uma tarde com o Park para que Kyungsoo descobrisse seu “problema”. Todos adoravam ele, desde o porteiro do prédio a moça da loja de conveniências, mas ninguém realmente o amava, estaria ali pra quando ele precisasse. Não é como se ele não tentasse criar um laço solido com alguém, é que num exato tempo, a coisa saía de rumo e ele acabava como no início, só.

Yubin precisava de um parceiro de aventuras, alguém que lhe passasse segurança.

Chanyeol precisava de alguém para afagar-lhe os cabelos e perguntar como seu dia havia sido.

— Ainda bem que ele não foi direcionado pra mim. – Jiyoon observou ao olhar a ficha com a foto de Chanyeol. — Eu teria levado ele pra casa, olha só esses olhos de filhotinho pidão! – apontou.

— Ele foi uma boa companhia. – confessou e ajeitou os óculos no rosto. — Era bem divertido, e eu ainda não tinha conhecido pessoalmente alguém que tocava piano.

— Eu também ainda não tinha conhecido uma executiva que gostava de passear de patins. – riu. — Vou tentar deletar da minha cabeça a parte do passeio que eu tropecei e caí.

— Caiu de madura? Ah, não, você ainda tá verde. – havia sido mais engraçado em sua mente..

— Ainda bem que você é ótimo no que faz, porque se fosse sobreviver dessas piadas aí...- revirou os olhos. — Agora, sério, não é uma droga que a gente tenha que cortar os laços com eles definitivamente? – murmurou entristecida.

— Foram os termos que tivemos que aceitar. – suspirou. — Eu tive vontade de manter o Chanyeol, esses olhos pidões da foto têm muito mais poder pessoalmente.

— E a Yubin me fez rir como eu não fazia há tanto tempo. – se afundou na cadeira. — Isso é uma droga.

— Não posso discordar, mas temos que aceitar. – deu de ombros.

— Então, quem serão os encontros de número quinze? – Jiyoon indagou, ajeitando a postura na cadeira.

— Kim Junmyeon e Byun Baekhyun. – Kyungsoo leu os últimos nomes da lista.