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História Fifty Shades of Griffin - Clexa - O1xO1


Escrita por: InesFontes

Notas do Autor


Os primeiros capítulos são sempre meio chatos, mas espero que gostem <3

Capítulo 1 - O1xO1


Olho com frustração para mim mesma no espelho. Maldito cabelo, ele simplesmente não se comporta, e maldita Anya Lachman por estar doente e me sujeitar a esta provação. Eu deveria estar estudando para meus exames finais, que serão na próxima semana, mas estou aqui tentando escovar meus cabelos até que eles se submetam. Não devo dormir com o cabelo molhado. Não devo dormir com o cabelo molhado. Recitando esta frase várias vezes em minha cabeça, eu tento, mais uma vez, deixar eles sob controle com a escova.

Reviro os olhos em exasperação e olho para a pálida mulher de cabelos castanhos com olhos verdes, olhando fixamente de volta para mim, e desisto. Minha única opção é conter meus cabelos rebeldes em um rabo-de-cavalo e esperar que eu pareça meio apresentável.

Anya é minha companheira de apartamento, e que escolheu justamente hoje para sucumbir à gripe.

Então, ela não poderia comparecer à entrevista que ela agendou com alguma magnata industrial que eu nunca ouvi falar, para o jornal estudantil. Portanto eu tive que me voluntariar. Tenho exames para estudar, uma redação para terminar, e ainda deveria estar trabalhando esta tarde, mas não, hoje tenho que dirigir 275 quilómetros até o centro de Seattle a fim de encontrar a enigmática CEO da Griffin Enterprises Holdings Inc. Como uma empresária excepcional e importante da nossa universidade, seu tempo é extraordinariamente precioso, muito mais precioso que o meu, mas, ela concedeu a Anya uma entrevista. Um verdadeiro golpe de sorte.

- Lexa, eu sinto muito. Demorei nove meses para conseguir esta entrevista. Levará outros seis para reagendar, e nós duas vamos estar formadas até lá. Como editora, eu não posso estragar isto. Por favor. - Anya me implorou com sua voz rouca, de garganta inflamada.

- Claro que eu vou Any. Você deve voltar para a cama, quer um pouco de Nyquil ou Tylenol?

- Nyquil, por favor. Aqui estão as perguntas e meu mini-gravador. Apenas aperte aqui para gravar. Faça anotações e eu transcreverei tudo.

- Eu não sei nada sobre ela. - murmuro, tentando e falhando em suprimir meu pânico crescente.

- As perguntas virão ao seu encontro. Vá. É uma longa viagem e eu não quero que você se atrase.

- Ok, eu estou indo. Fiz uma sopa para você aquecer mais tarde. - olho para ela ternamente. Só por você, Anya, eu farei isto.

- Eu sei, boa sorte. E obrigada Lexa, como sempre você é a minha salvadora.

Pegando minha mochila, sorrio irónicamente para ela, então me dirijo para fora de casa e entro no carro. Eu não posso acreditar que deixei Anya me convencer a fazer isto, ela tem a capacidade de convencer qualquer um de qualquer coisa.

Ela vai ser uma jornalista excepcional. Ela é articulada, forte, persuasiva, argumentativa e bonita.

As estradas estão limpas quando eu parto de Vancouver, com acesso a Washington em direção a Portland. É cedo, e eu não tenho que estar em Seattle até as duas da tarde. Felizmente, Anya me emprestou seu desportivo Mercedes CLK, eu não tenho a certeza se meu velho besouro VW faria a jornada a tempo. Oh, o Merc. é uma diversão de dirigir, e as milhas escapam quando eu piso no pedal até o fundo.

Meu destino é a sede Global da empresa da Sra. Griffin. É um edifício comercial enorme de vinte andares, todo em vidro curvo e aço, uma estrutura arquitetónica fantástica, com Griffin House escrito discretamente em aço acima das portas de vidro dianteiras. São 13h45 quando eu chego, estou tão aliviada por não estar atrasada quando eu entro na enorme, e francamente intimidante portaria.

Atrás do balcão de arenito sólido, uma muito atraente jovem loira sorri agradavelmente para mim. Ela está vestindo um terninho carvão e uma camisa branca.

- Estou aqui para ver a Sra. Griffin. Alexandra Woods por Anya Lachman.

- Com licença, um momento Senhorita Woods. - ela arqueia uma sobrancelha ligeiramente. Começo a desejar ter pegado emprestado um dos blazers formais de Anya no lugar de vestir minha jaqueta de couro preto. Eu fiz um esforço e vesti minhas únicas jeans comportadas. Coloco uma mecha fugitiva de meus cabelos atrás da orelha enquanto finjo que ela não me intimida.

- Senhorita Lachman é esperada. Por favor, registre-se aqui, Senhorita Woods. Você irá até o último elevador à direita, pressione para o vigésimo andar. - ela sorri amavelmente para mim, divertida, sem dúvida, quando eu me registro.

Agradeço a ela. Caminho até onde se encontravam os elevadores passando pelos dois homens da segurança que estão muito mais bem vestidos que eu estou, em seus ternos pretos.

O elevador me leva rapidamente até o vigésimo andar, as portas deslizam enquanto se abrem, revelando outra grande entrada, mais uma vez toda em vidro, aço e arenito branco. Sou confrontada por outra mesa e outra jovem vestida impecavelmente de preto e branco, que se levanta para me saudar.

- Senhorita Woods, você poderia esperar aqui por favor? - ela aponta para uma área acomodada por cadeiras de couro branco.

Me sento, busco pelas perguntas dentro da mochila e dou repassada nelas, amaldiçoando internamente Anya por não me fornecer uma breve biografia. Eu não conheço nada sobre
esta mulher que estou prestes a entrevistar. Ela pode ter noventa ou trinta anos. A incerteza está me irritando.

Reviro os olhos para mim mesma. Matenha o controle, Woods.

Outra mulher elegante e impecavelmente vestida sai de uma grande porta à direita. - Senhorita Woods? - ela pergunta.

- Sim. - me levanto, tentando parecer confiante.

- A Sra. Griffin verá você agora. Posso pegar o seu casaco?

- Por favor. - retiro minha jaqueta e lhe entrego a mesma.

- Siga-me por favor.

Junto minha mochila, faço o meu caminho até a porta parcialmente aberta.

- Você não precisa bater, apenas entre. - ela amavelmente sorri.

Eu empurro a porta aberta e cambaleio, tropeçando em meus próprios pés, caindo de cabeça dentro do escritório.

Merda dupla, eu e meus dois pés esquerdos! Eu estou em minhas mãos e de joelhos na porta de entrada do escritório da Sra. Griffin, e mãos gentis estão ao meu redor me ajudando a levantar. Puta que pariu, ela é tão jovem.

- Senhorita Lachman. - ela estende sua mão para mim, uma vez que eu fico de pé. - Eu sou Clarke Griffin. Você está bem?

Tão jovem, e atraente, muito atraente. Ela aparenta ter a mesma altura que eu, vestida em um fino terno cinza, camisa branca e gravata preta, com incontroláveis cabelos cor de ouro e intensos, luminosos olhos azuis que me observam astutamente. Levo um momento para encontrar minha voz.

- Uhum... Perfeitamente. - eu murmuro. Quando nossos dedos se tocam eu sinto um estimulante e estranho calafrio, correndo através de mim. Retiro minha mão apressadamente, envergonhada. - A Senhorita Lachman está indisposta, então ela me enviou. Eu espero que você não se importe, Sra. Griffin.

- E você é? - sua voz é morna, possivelmente divertida, mas é difícil dizer por sua expressão impassível. Ela parece ligeiramente interessada, mas acima de tudo, educada.

- Alexandra Woods. Estudo Literatura Inglesa com Anya... Uhum... Senhorita Lachman no Estado de Washington.

- Entendo. - ela simplesmente diz. Penso ver um mínimo sorriso em sua expressão, mas não estou certa. - Você gostaria de se sentar? - indica um sofá de couro branco em forma de L.

Seu escritório é muito grande para uma mulher só. Na frente das janelas que vão do chão até o teto, há uma enorme escrivaninha moderna de madeira escura. O resto do escritório era frio, limpo e clínico. Eu me pergunto se isto reflete a personalidade de Clarke, que afunda graciosamente em uma das cadeiras à minha frente.

Agito minha cabeça, transtornada com a direção de meus pensamentos, recupero as perguntas de Anya de dentro da minha mochila, em seguida, instalo o mini gravador na mesa de café que havia entre nós. A Sra. Griffin não diz nada, esperando pacientemente, eu espero, enquanto eu me torno cada vez mais envergonhada e frustrada. Quando tomo coragem para a olhar, ela está me observando, uma mão relaxada em seu colo e a outra em baixo de seu queixo, arrastando o seu dedo indicador através de seus lábios. Acho que ela está a tentar conter um sorriso.

- Me desculpe... - gaguejo. - Eu não estou acostumada a isto.

- Leve o tempo que precisar, Senhorita Woods. - ela diz.

- Você se importa se eu gravar suas respostas?

- Depois que você teve tantas dificuldades para instalar o gravador, agora que você pergunta? - eu coro. Ela está tirando sarro de mim? - Não, eu não me importo.

- Será que a Senhorita Lachman explicou para o que é a entrevista?

- Sim. Para aparecer na edição de graduação do jornal estudantil quando eu outorgar o diploma na cerimónia de graduação deste ano.

- Bem. - engulo em seco. - Eu tenho algumas perguntas para você Sra. Griffin. - aliso um cacho perdido de cabelo atrás de minha orelha.

- Eu achei que você teria. - ela diz, impassível. Ela está rindo de mim. Tento ignorar e me sento reta em uma tentativa de parecer mais alta e intimidante. Aperto o botão iniciar do gravador, tento parecer profissional.

- Você é muito jovem para ter acumulado tal império. A que se deve o seu sucesso?

- Negócios é tudo sobre pessoas, Senhorita  Woods e eu sou muito boa em julgar pessoas. Eu sei o que as faz florescer, o que não faz, o que as inspira, e como incentivar elas. - ela pausa e me fixa com seu olhar. - Minha convicção é de alcançar o sucesso em qualquer esquema, alguém tem que se fazer mestre deste esquema, conhecer ele de dentro para fora, saber todos os detalhes. Eu tenho um instinto natural que pode localizar e nutrir uma boa ideia sólida e boas pessoas.

- Talvez você seja apenas sortuda. - isto não está na lista de Anya, mas ela é tão arrogante. Seus olhos aparentam surpresa.

- Eu não acredito em sorte ou azar, Senhorita Woods. Quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu pareço ter. Eu acho que foi Harvey Firestone quem disse "o crescimento e desenvolvimento das pessoas é a maior vocação de liderança".

- Você soa como uma maníaca por controle. - as palavras saíram de minha boca antes que eu pudesse deter elas.

- Oh, eu exerço controle em todas as coisas, Senhorita Woods. - ela disse sem rastro de humor em seu sorriso. Nossos olhares se encontraram e novamente senti meu rosto esquentar.

Por que ela tem tal efeito irritante sobre mim? Sua beleza opressiva talvez? O modo como seus olhos brilham para mim? O modo como ela
acaricia com o dedo indicador seu lábio inferior? Eu gostaria que ela parasse de fazer isso.

- Além disso, o imenso poder é adquirido se assegurando em seus devaneios secretos, que você nasceu para controlar as coisas. - ela continua, com sua voz suave.

- Você sente que tem imenso poder? - maníaca por controle.

- Eu emprego mais de quarenta mil pessoas, Senhorita Woods. Isso me dá certo sentido de responsabilidade... poder, se assim prefere. Se
decidisse que já não me interesso mais pelos negócios de telecomunicações e vendesse tudo, vinte mil pessoas teriam grandes dificuldades em pagar suas hipotecas no final do mês.

Minha boca abriu. Estou espantada pela sua falta de humildade.

- Você não tem um concelho ao qual responder? - pergunto, repugnada.

- Eu possuo a minha empresa, não tenho que responder para um concelho. - ela levanta uma sobrancelha para mim.

Claro, eu saberia disso se eu tivesse feito alguma pesquisa. Mas puta merda, ela é tão arrogante. Mudo de rumo.

- E você tem algum interesse fora do seu trabalho?

- Eu tenho interesses variados, Senhorita Woods. - a sombra de um sorriso toca seus lábios. - Muito variados. - seus olhos estão iluminados com algum pensamento malicioso.

- Mas se você trabalha tão duro, o que faz para relaxar?

- Relaxar? - ela sorri, revelando dentes brancos e perfeitos.

Paro de respirar. Ela é realmente linda. Ninguém deveria ser tão bonita assim.

- Bem, para "relaxar", como você diz, velejo, vôo, disfruto de várias atividades físicas. Eu sou uma mulher muito rica, Senhorita Woods, e tenho passatempos caros e absorventes.

Olho depressa para as perguntas de Anya, querendo sair deste assunto.

- Você investe em fabricação, porquê, exatamente? - pergunto, porque ela me deixa tão desconfortável?

- Gosto de construir coisas e de saber como as coisas funcionam, o que torna as coisas marcantes, como construir e destruir.

- Isso soa como seu coração falando, no lugar da lógica e factos.

- Possivelmente. Embora existem pessoas que diriam que eu não tenho coração.

- Porque eles diriam isso?

- Porque eles me conhecem bem. - seus lábios esboçam um sorriso irónico.

- Seus amigos dizem que você é fácil de conhecer? - lamento a pergunta assim que eu falo. Não está na lista de Anya.

- Eu sou uma pessoa muito privada. Percorro um caminho longo para proteger minha privacidade. Não costumo dar entrevistas.

- Porque concordou em fazer esta aqui?

- Porque sou um benfeitor da Universidade, e para todos os efeitos, eu não consegui tirar a Senhorita Lachman das minhas costas. Ela insistiu e insistiu com meu pessoal de Relações Públicas, e eu admiro esse tipo de tenacidade.

Eu sei o quanto Kate pode ser tenaz. É por isso que eu estou sentada aqui me contorcendo desconfortavelmente, sob o seu olhar penetrante, quando eu tinha que estar estudando para meus exames.

- Você também investe em tecnologias agrícolas? Porque você está interessada nesta área?

- Nós não podemos comer dinheiro, Senhorita Woods, e existem muitas pessoas neste planeta que não tem o suficiente para comer.

- Isso soa muito filantrópico. É algo que você sente apaixonadamente? Alimentar os pobres do mundo?

Ela encolhe os ombros, muito reservada.

- É um negócio astuto. - ela murmura, entretanto eu penso que ela não está sendo sincera. Isso não faz sentido, alimentar os pobres do mundo? Eu não posso ver os benefícios financeiros disso, só a virtude do ideal. Eu olho para a próxima pergunta, confusa por sua atitude.

- Você tem alguma filosofia? Nesse caso, qual é?

- Eu não tenho uma filosofia como essa. Talvez um princípio do orientador Carnegie. Eu sou muito peculiar, impulsivo. Gosto de controlar, a mim mesma e aqueles ao meu redor.

- Então você quer possuir coisas? - você é uma maníaca por controle.

- Eu quero merecer possuir elas, mas sim, no resultado final, eu quero.

Eu engulo em seco. A temperatura na sala está subindo ou talvez seja apenas eu. Eu só quero que esta entrevista termine. Seguramente Kate tem material suficiente agora? Olho para a próxima pergunta.

- Você foi adotada. Até que ponto você acha que isto formou o que você é hoje? - oh, isto é pessoal. Eu fico olhando para ela, esperando que ela não se ofenda.

- Eu não tenho como saber.

Meu interesse é despertado.

- Que idade você tinha quando foi adotada?

- Esta é uma questão de registro público, Senhorita Woods. - seu tom é duro. Eu ruborizo, novamente. Merda.

Sim, claro que se eu soubesse que eu faria esta entrevista, eu teria feito algumas pesquisas.

- Você teve que sacrificar uma vida em família por seu trabalho?

- Eu tenho uma família. Um irmão, uma irmã e pais amorosos. Não estou interessado em estender minha família além disso.

- Você é lésbica, Sra. Griffin?

Porra, maldita Anya e sua curiosidade!

- Eu peço desculpas. Isto está... Escrito aqui...

- Estas não são suas próprias perguntas, Alexandra? - é a primeira vez que ela disse o meu nome. Meu batimento cardíaco acelera, e minhas bochechas estão aquecendo novamente.

- É... não. Anya, a Srta. Lachman, ela compilou as perguntas.

- Vocês são colegas no jornal estudantil? - oh merda. Eu não tenho nada a ver com o jornal. É uma atividade extracurricular dela, não minha.

- Não, ela é minha companheira de apartamento.

Ela esfrega seu queixo em deliberação calma, seus olhos castanhos me avaliando.

- Você se voluntariou para fazer esta entrevista? - ela pergunta, sua voz mortalmente calma.

Espera, quem deveria estar entrevistando quem?

- Eu fui sorteada... - minha voz é fraca.

- Isso explica muita coisa.

Há uma batida na porta e a última mulher que eu vi antes de aqui entrar, entra.

- Sra. Griffin, me perdoe por interromper, mas sua próxima reunião será daqui a dois minutos.

- Nós não terminámos aqui, Niylah. Por favor, cancele minha próxima reunião.

Niylah fica boquiaberta, sem saber o que falar. Ela parecia perdida.

- Muito bem, Sra. Griffin. - ela murmura, saindo logo depois. Clarke volta sua atenção novamente para mim.

- Onde nós estávamos, Senhorita Woods?

Oh, nós voltámos a "Srta. Woods" agora.

- Por favor, eu não gostaria de atrapalhar suas obrigações.

- Eu quero saber mais acerca de você. Acho que isso é justo. - seus olhos azuis estão acesos em curiosidade. Onde ela quer chegar com isto?

- Não existe muito para saber. - eu digo.

- Quais são seus planos para depois que você se formar?

Eu encolho os ombros, seu interesse me desconcerta. Ir para Seattle com Anya, achar um lugar, achar um emprego. Eu realmente não pensei além dos meus exames finais.

- Eu não fiz quaisquer planos, Sra. Griffin. Eu só preciso passar nos meus exames finais.

Para o qual eu deveria estar estudando no momento, no lugar de me sentar em seu escritório frio, me sentindo desconfortável sob o seu penetrante olhar.

- Nós temos um excelente programa de estágio aqui. - ela diz calmamente. Levanto minhas sobrancelhas em surpresa. Ela está me oferecendo um emprego?

- Oh... Eu vou pensar nisso. - murmuro, completamente confusa. - Ainda que eu não tenha a certeza se me encaixaria aqui. - ótimo, estou refletindo em voz alta novamente.

- Porque você diz isso? - ela deixa cair sua cabeça para um lado, intrigada, um pequeno sorriso toca seus lábios.

- É óbvio, não é? - eu não tenho coordenação e sou desastrada.

- Não para mim. - ela murmura. Seu olhar é intenso, todo o humor tinha desaparecido e estranhos músculos em minha barriga apertam de repente. Desvio meus olhos do seu olhar minucioso e olho para baixo. O que está acontecendo? Eu tenho que sair, agora. Me inclino para a frente para recuperar o gravador.

- Você gostaria que eu lhe mostrasse a empresa? - ela pergunta.

- Estou certa que você está extremamente ocupada, Sra. Griffin, e eu tenho uma longa viagem.

- Você vai dirigir de volta para a WSU em Vancouver? - ela soa surpresa, anciosa até. Olha para o lado de fora da janela. Está começando a chover. - Bem, é melhor você dirigir com cuidado. - seu tom é severo, autoritário. Porque ela deveria se importar? - Você conseguiu tudo o que precisa? - ela adiciona.

- Sim senhora. - eu respondo, guardo o gravador em minha mochila. - Obrigada pela entrevista, Sra. Griffin.

- O prazer foi todo meu. - ela diz, cortês como sempre.

Quando eu me ergo, ela se levanta e estende sua mão.

- Até a próxima, Senhorita Woods. - e isso soa como um desafio, ou uma ameaça, eu não estou certa de qual. Franzo a testa. Quando será que nos vamos encontrar novamente? Eu aperto sua mão mais uma vez, surpresa pelo facto desta corrente estranha ainda estar entre nós. Devem ser meus nervos.

- Sra. Griffin. - me despeço dela com um movimento de cabeça.

Ela se dirige até a porta com graça e agilidade, a abrindo totalmente.

- Somente assegurando que você passe pela porta, Senhorita Woods. - ela me dá um pequeno sorriso.

Obviamente, ela está se referindo à minha entrada nada elegante, mais cedo em seu escritório. Coro.

- Muito amável de sua parte, Sra. Griffin. - lhe digo bruscamente.

Seu sorriso se alarga. Estou feliz que você me ache divertida, eu penso, furiosa interiormente, caminhando para o hall de entrada. Fico surpresa quando ela me segue. Tanto Niylah, quanto a outra mulher me olham, igualmente surpresas.

- Você tem um casaco? - Griffin pergunta.

- Sim. - Niylah salta e recupera minha jaqueta, que Griffin tira dela antes que ela possa dar para mim. Ela a segura e me sentindo ridiculamente tímida, me ajuda a vestir.

Griffin coloca suas mãos por um momento em meus ombros. Eu ofego com o contacto. Seu longo dedo indicador pressiona o botão para chamar o elevador, e nós permanecemos esperando, eu sem jeito, e ela serena e fria.

As portas se abrem e entro apressadamente. Eu realmente preciso sair daqui. Quando me viro para a olhar, ela está debruçada contra a entrada ao lado do elevador com uma mão na parede. Ela é realmente muito, muito bonita. Seus flamejantes olhos azuis olhando para mim. Me desconcerta.

- Alexandra. - ela diz como uma despedida.

- Clarke. - eu respondo. E misericordiosamente, as portas se fecham.



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