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História Fifty Shades of Griffin - Clexa - O1x19


Escrita por: InesFontes

Notas do Autor


Admitam, já tinham saudades minhas né?

ps: capítulo não revisado

Capítulo 19 - O1x19


Fanfic / Fanfiction Fifty Shades of Griffin - Clexa - O1x19

O roçar de lábios através de minha testa, deixando beijos ternos e doces em seu rastro, faz parte de mim girar e responder, mas principalmente eu quero ficar dormindo. Eu gemo e me refugio em meu travesseiro.


 


— Alexandra, acorde. — A voz de Clarke é suave.


 


— Não, — eu gemo.


 


— Nós temos que sair em meia hora para jantar com meus pais. — Ela está se divertindo.


 


Eu abro meus olhos relutantemente. É crepúsculo. Clarke está debruçada sobre mim, olhando-me atentamente.


 


— Vamos dorminhoca. Levante-se. — Ela se inclina e me beija novamente. — Eu comprei-lhe uma bebida. Eu estarei no andar de baixo. Não volte a dormir, ou você estará em apuros, — ela ameaça, mas seu tom é aprazível. Ela me beija brevemente e sai, deixando-me sonolenta, a piscar os meus olhos no quarto fresco.


 


Eu estou um pouco recuperada, mas de repente, nervosa. Caramba, eu vou conhecer os seus pais! Ela apenas me bateu com o chicote, me amarrou, usando uma algema que eu mesma lhe vendi, pelo amor de Deus, agora vou encontrar seus pais. Será a primeira vez de Anya a encontrá-los também, pelo menos que ela estará lá para me dar suporte. Eu enrolo os meus ombros. Eles estão duros. Sua exigência por um instrutor particular de ginástica não parece tão estranha agora, de fato, parece obrigatório, se eu tiver qualquer pretensão de acompanhá-la.


 


Saio lentamente da cama e noto que meu vestido está pendurado fora do guarda-roupa e meu sutiã está na cadeira. Onde está a minha calcinha? Eu verifico embaixo da cadeira. Nada. Então, lembro-me, que ela colocou-a no bolso de sua calça jeans. Eu ruborizo com a lembrança, eu não posso mesmo pensar sobre isso, ela é tão bárbara. Eu franzo a testa. Por que ela não me devolveu a minha calcinha?


 


Eu vou para o banheiro, perplexa com a minha falta de roupa íntima. Enquanto me enxugo, depois de minha agradável, mas extremamente breve chuveirada, eu percebo que ela fez isso de propósito. Ela quer que eu me sinta envergonhada e peça a minha calcinha de volta, e ela pode dizer sim ou não. Minha deusa interior está rindo de mim. Inferno… duas podem jogar esse jogo em particular. Resolvendo não lhe perguntar por ela e não dar-lhe satisfação, eu decido encontrar seus pais sem calcinha. Lexa Woods! Meu subconsciente me repreende, mas eu não quero escutar, quase abraço a mim mesma com alegria porque eu sei que isso a deixará louca.


 


Volto ao quarto, coloco meu sutiã, deslizo em meu vestido e calço os meus sapatos. Eu removo a trança e apressadamente escovo meu cabelo, eu então olho para a bebida que ela deixou. É cor-de-rosa de pálido. O que é isto? Cranberry e água com gás. Hmm… o sabor é delicioso e extingue minha sede. Voltando ao banheiro, eu me verifico no espelho, olhos brilhantes, bochechas ligeiramente coradas, o olhar um pouco presunçoso por causa de meu plano sobre a calcinha, e saio para o andar de baixo. Quinze minutos. Não é ruim, Lexa.


Clarke aguarda ao lado da janela panorâmica, vestindo as calças de flanela cinza que eu amo, aquelas que penduram dessa forma incrivelmente sensual fora de seus quadris, e, claro, uma camisa de linho branco. Ela não tem alguma outra cor? Frank Sinatra canta suavemente nos alto-falantes de som surround. Clarke se vira e sorri quando eu entro. Ela olha para mim com expectativa.


 


— Oi, — eu digo baixinho, e meu sorriso de esfinge encontra o seu.


 


— Oi, — ela diz. — Como você está sentindo? — Seus olhos estão iluminados com diversão.


 


— Bem, obrigada. E você?


 


— Eu me sinto bem poderosa, Senhorita Woods.


 


Ela está tão à espera que eu diga alguma coisa.


 


— Frank. Eu nunca imaginei que você fosse uma fã de Sinatra.


 


Ela levanta suas sobrancelhas para mim, seu olhar é especulativo.


 


— Gosto eclético, Senhorita Woods, — ela murmura, e ela dá alguns passos em minha direção, como uma pantera, até chegar na minha frente, seu olhar tão intenso que me tira o fôlego.


Frank começa a cantar… uma velha canção, uma das favoritas de Gustus. “Witchcraft”. Clarke passa vagarosamente a ponta do dedo pela minha bochecha, e eu sinto todo o caminho até lá embaixo.


 


— Dance comigo, — ela murmura, com voz rouca.


 


Tomando o controle remoto fora de seu bolso, ela aumenta o volume e mantém a sua mão para mim, seu olhar azul cheio de promessas, desejo e humor. Ela é totalmente sedutora, e eu estou encantada. Eu coloco minha mão na sua. Ela sorri preguiçosamente para mim e me puxa em seu abraço, seu braço enrolando ao redor minha cintura, e ela começa a balançar.


Eu ponho minha mão livre em seu ombro e sorrio para ela, pego em seu humor, brincalhão, infeccioso. E ela começa a mover. Menina, ela sabe dançar. Nós cobrimos o chão, da janela até a cozinha e de volta novamente, girando e girando, no tempo da música. E ela faz isto tão fácil para mim. Nós deslizamos em torno da mesa de jantar, para o piano, e de lá para cá na frente da parede de vidro, fora, Seattle piscava um mural escuro e 290 mágico para nossa dança, e eu não posso evitar a minha risada despreocupada. Ela sorri para mim quando a música chega ao fim.


 


— Não existe nenhuma mulher mais agradável que você, — ela murmura e então me beija docemente. — Bem, isso comprou um pouco de cor para suas bochechas, Senhorita Woods. Obrigado pela dança. Nós devemos ir e encontrar meus pais?


 


— De nada, e sim, eu não posso esperar para encontrar com eles, — eu respondo sem fôlego.


 


— Você tem tudo que você precisa?


 


— Oh, sim, — eu respondo docemente.


 


— Você tem certeza?


 


Concordo com a cabeça tão indiferente quanto eu posso administrar sob o seu escrutínio intenso, divertido. Seu rosto se divide em um sorriso enorme, ela balança a cabeça.


 


— Ok. Se esta é a maneira que você quer jogar, Senhorita Woods.


 


Ela agarra minha mão, recolhe a sua jaqueta que está pendurada em uma das banquetas, e me leva através da entrada para o elevador. Oh, as muitas faces de Clarke Griffin. Será que jamais serei capaz de compreender esta mulher volúvel?


 


Eu espio para ela no elevador. Ela está curtindo uma piada privada, um vestígio de um sorriso que flerta com sua boca bonita. Eu temo que seja a minha custa. O que eu estava pensando? Eu vou conhecer os seus pais e eu não estou vestindo qualquer roupa íntima. Meu subconsciente me dá um inútil aviso, eu te disse. Na segurança relativa de seu apartamento, parecia uma ideia divertida. Agora, eu estou quase fora de mim sem calcinha! Ela olha para mim, e está lá, a tensão aumentando entre nós. O olhar divertido desaparece de seu rosto e suas linhas de expressão, a escuridão de seus olhos… oh meu Deus.


 


As portas do elevador se abrem no andar térreo. Clarke balança a cabeça ligeiramente como se para limpar seus pensamentos e gesticula para que eu saia antes dela, em gesto cavalheiresco. Com quem ela está brincando? Ela não é nenhuma cavalheira. Ela tem minha calcinha.


 


Nathan dirige o Audi grande. Clarke abra a porta traseira para mim, e eu entro, tão elegantemente quanto posso, considerando meu estado de nudez lasciva. Eu sou grata pelo vestido ameixa de Anya ser comprido até os joelhos.


 


Nós aceleramos pela I-5, nós estamos em silêncio, sem dúvida inibidos pela presença de Nathan, na frente. O humor de Clarke é quase tangível e parece mudar. O humor está se dissipando lentamente enquanto nos dirigimos para o norte. Ela está pensativa, olhando para fora da janela, e eu posso senti-la deslizar para longe de mim. O que ela está pensando? Eu não posso perguntar a ela. O que eu posso dizer na frente de Nathan?


 


— Onde você aprendeu a dançar? — Eu pergunto como tentativa. Ela gira o seu olhar para mim, seus olhos ilegíveis sob a luz intermitentes das lâmpadas das ruas no percurso.


 


— Você realmente quer saber? — Ela responde em voz baixa.


 


Meu coração afunda, e agora eu não quero, porque eu posso imaginar.


 


— Sim, — eu murmuro, relutantemente.


 


— A Sra. Robinson gostava de dançar.


 


Oh, minhas piores suspeitas confirmadas. Ela a ensinou bem, e o pensamento me deprime, não existe nada que eu possa lhe ensinar. Eu não tenho nenhuma habilidade especial.


 


— Ela deve ter sido uma boa professora.


 


— Ela era, — ela diz suavemente.


 


Meu couro cabeludo pinica. Será que ela teve o melhor de Clarke? Antes dela se tornar tão fechada? Ou será que ela a trouxe para fora de si mesma?


 


Ela tem esse lado, é divertida, brincalhona. Eu sorrio involuntariamente ao recordar de estar em seus braços enquanto ela girou comigo ao redor sua sala de estar, de forma inesperada, e ela tem minha calcinha, em algum lugar.


 


E depois há o Quarto Vermelho da Dor. Eu esfrego meus pulsos reflexivamente, as tiras finas de plástico fizeram o mesmo com outra menina.


Ela lhe ensinou tudo ou a arruinou, dependendo do ponto de vista. Ou talvez ela teria encontrado o seu caminho de qualquer maneira, apesar da Sra. R.


 


Eu percebo, naquele momento, que eu a odeio. Eu espero nunca conhecê-la, porque eu não serei responsável por minhas ações se o fizer. Eu não posso me lembrar de sentir esta raiva sobre qualquer pessoa, especialmente alguém que eu nunca conheci. Olhando para fora da janela, eu medito sobre a minha raiva e ciúme irracional.


 


Minha mente voa de volta à tarde. Dado o que eu entendo de suas preferências, penso que ela tem pegado leve comigo. Eu faria isso novamente? Eu não posso fingir ter algum argumento contra isto. Claro que eu faria, se ela me pedisse, contanto que ela não me machucasse e se for à única maneira para estar com ela.


 


Essa é a linha divisória. Eu quero estar com ela. Minha deusa interior suspira aliviada. Chego à conclusão que raramente usa seu cérebro para pensar, mas outra parte vital de sua anatomia, e no momento, é uma parte bastante exposta.


 


— Não, — ela murmura.


Eu franzo a testa e viro o meu olhar para ela.


 


— Não faça o que? — Eu não a toquei.


 


— Não pense sobre as coisas, Alexandra. — Alcançando-me, ela pega minha mão, ergue-a até seus lábios, e beija meus dedos suavemente. — Eu tive uma tarde maravilhosa. Obrigada.


 


E ela está de volta comigo, novamente. Eu pisco para ela e sorrio timidamente. Ela está tão confusa. Posso fazer uma pergunta que está me incomodando.


 


— Por que você usou uma braçadeira?


Ela sorri para mim.


 


— É rápido, é fácil e é algo diferente para você sentir a experiência. Eu sei que elas são bastante brutais, como dispositivo de contenção. — Ela sorri ligeiramente para mim. — Muito eficaz para mantê-la em seu lugar.


 


Eu ruborizo e olho nervosamente para Nathan, que permanece impassível, com os olhos na estrada. O que eu deveria dizer sobre isso? Clarke encolhe os ombros inocentemente.


 


— Tudo parte de meu mundo, Lexa. — Ela aperta minha mão e lá estava, olhando para fora da janela novamente.


 


Seu mundo realmente, e eu quero pertencer a ela, mas em suas condições? Eu simplesmente não sei. Ela não mencionou aquele maldito contrato. Minhas reflexões internas não fazem nada para me alegrar. Olho pela janela e a paisagem mudou. Nós estamos cruzando uma das pontes, cercados pela escuridão. A noite sombria reflete meu estado de espírito introspectivo, fechando, sufocante.


 


Olho brevemente para Clarke, e ela está olhando para mim.


 


— Um centavo por seus pensamentos? — Ela pergunta.


 


Eu suspiro com tristeza.


 


— Tão ruim, hein?


 


— Eu gostaria de saber o que você estava pensando.


 


Ela sorri para mim.


 


— Idem, bebê, — ela diz suavemente, enquanto Nathan acelera na noite em direção a Bellevue. É um pouco antes das oito, quando o Audi entra na calçada de uma mansão de estilo colonial. É de tirar o fôlego, até mesmo as rosas em torno da porta. Um perfeito retrato de livro.


 


— Você está pronta para isso? — Clarke pergunta, enquanto Nathan para o carro na frente da porta impressionante. Concordo com a cabeça, ela dá a minha mão outro aperto tranquilizante.


 


— Primeira vez para mim também, — ela sussurra, então sorri maliciosamente. — Aposto que você gostaria de estar vestindo sua roupa íntima agora, — ela brinca.


 


Eu coro. Eu tinha já esquecido da minha calcinha. Felizmente, Nathan saiu do carro e está abrindo minha porta, assim ela não pode ouvir nossa troca de palavras. Eu faço uma careta para Clarke, que sorri amplamente enquanto eu giro e saio do carro.


 


Dra. Abigail Griffin está na porta esperando por nós. Ela parece elegantemente sofisticada em um vestido de seda azul claro, por trás dela está o Sr. Griffin, eu presumo, alto, loiro, e tão bonito ao seu próprio modo como Clarke.


 


— Alexandra, já conhece a minha mãe, Abby. Este é o meu pai, Jake.


 


— Sr. Griffin, que prazer conhece-lo. — Eu sorrio e agito sua mão estendida.


 


— O prazer é todo meu, Alexandra.


 


— Por favor, me chame de Lexa.


 


Seus olhos azuis são suaves e gentis.


 


— Lexa, o quão adorável vê-la novamente. — Abby me envolve em um abraço caloroso. — Entre, minha querida.


 


— Ela está aqui? — Eu ouço um grito alto de dentro a casa. Eu olho nervosamente para Clarke.


 


— Esta é Octavia, minha irmã caçula, — ela diz quase irritada, mas não completamente.


 


Existe uma subcorrente de afeto em suas palavras, a forma como sua voz cresce mais suave e seus olhos ondulam, quando ela menciona seu nome. Clarke obviamente a adora. É uma revelação.


 


E ela vem correndo solta pelo salão, cabelos escuros, alta e curvilínea. Ela deve ter a minha idade.


 


— Alexandra! Eu ouvi tanto sobre você. — Ela me abraça apertado.


 


Caramba. Eu não posso deixar de sorrir com o seu entusiasmo ilimitado.


 


— Lexa, por favor, — eu murmuro enquanto ela me arrasta pelo grande vestíbulo. O piso é todo de madeira escura, com tapetes antigos e uma escadaria para o segundo andar.


 


— Ela nunca trouxe uma garota para esta casa antes, — Octavia diz, com seus olhos claros brilhando de entusiasmo.


 


Vislumbro Clarke revirando os olhos, e eu levanto uma sobrancelha para ela. Ela estreita seus olhos para mim.


 


— Octavia, acalme-se, — Abby aconselha suavemente. — Olá, querida, — ela diz enquanto beija Clarke em ambas as faces. Clarke sorri para ela calorosamente, e então aperta a mão de seu pai.


 


Todos nós entramos na sala de estar. Octavia não soltou a minha mão. A sala é espaçosa, decorada com bom gosto em creme, marrom e azul claro, confortável, discreta e muito elegante. Anya e Bellamy estão aconchegados juntos em um sofá, segurando taças de champanhe. Anya salta para me abraçar, e Octavia finalmente solta a minha mão.


 


— Oi, Lexa! — Ela sorri. — Clarke. — Anya acena com a cabeça bruscamente para ela.


 


— Anya. — Ela é igualmente formal com ela.


 


Eu franzo a testa com essa troca. Bellamy me pega em um abraço todo abrangente. O que é isto, a semana de abraçar Lexa? Esta deslumbrante exibição de afeto, eu apenas não estou acostumada com isso. Clarke está ao meu lado, envolvendo seu braço ao redor de mim, colocando sua mão em meu quadril, ela estende seus dedos e puxa-me para perto. Todos estão olhando para nós. É enervante.


 


— Bebidas? — O Sr. Griffin parece se recuperar. — Prosecco?


 


— Por favor, — Clarke e eu falamos em uníssono.


 


Oh… isso está além de estranho. Octavia bate palmas.


 


— Vocês estão até falando ao mesmo tempo. Eu vou buscar. — Ela sai da sala.


 


Eu fiquei escarlate, e vendo Anya sentada com Bellamy, ocorreu-me, de repente, que a única razão para Clarke me convidar era porque Anya estaria aqui. Bellamy, provavelmente, livre e alegremente pediu a Anya para conhecer seus pais. Clarke estava presa, sabendo que eu descobriria via Anya. Eu fiz uma careta com o pensamento. Ela foi forçada a fazer o convite. Uma compreensão triste e deprimente. Meu subconsciente acena com a cabeça sabiamente, um olhar “você finalmente entendeu sua estúpida”, apareceu em seu rosto.


 


— O jantar está quase pronto, — Abby diz, enquanto ela segue Octavia para fora da sala.


Clarke franze a testa e olha para mim.


 


— Sente-se, — ela comanda, apontando para o sofá de pelúcia, e eu me sento, cuidadosamente cruzando minhas pernas. Ela se senta ao meu lado, mas não me toca.


 


— Nós estávamos falando sobre férias, Lexa, — o Sr. Grffin diz amavelmente. — Bellamy decidiu seguir Anya e sua família para Barbados por uma semana.


 


Olho para Anya, ela sorri, seus olhos estão grandes e brilhantes. Ela está encantada. Anya Lachman, mostre alguma dignidade!


 


— Você está tomando uma pausa agora que você terminou a faculdade? — O Sr. Griffin pergunta.


 


— Eu estou pensando sobre ir para Geórgia por alguns dias, — eu respondo.


 


Clarke olha para mim, piscando um par de vezes, sua expressão é ilegível. Oh merda. Eu não comentei isso com ela.


 


— Geórgia? — Ela murmura.


 


— Minha mãe vive lá, e eu não a vejo há algum tempo.


 


— Quando você estava pensando em ir? — Sua voz é baixa.


 


— Amanhã, final da noite.


 


Octavia passeia em volta na sala abastecendo as taças de Prosecco rosa pálido.


 


— A sua boa saúde! — O Sr. Griffin levanta a taça. Um brinde apropriado para um marido de uma médica, que me faz sorrir.


 


— Por quanto tempo? — Clarke pergunta, com sua voz enganosamente suave. Puta merda… ela está com raiva.


 


— Eu não sei ainda. Dependerá das minhas entrevistas, amanhã.


 


Sua mandíbula apertou, e Anya fica com aquele olhar interferindo em seu rosto. Ela sorri excessivamente doce.


 


— Lexa merece uma pausa, — ela diz intencionalmente para Clarke. Por que ela é tão antagônica em relação a Clarke? Qual é o seu problema?


 


— Você tem entrevistas? — O Sr. Griffin pergunta.


 


— Sim, para estágios em duas editoras, amanhã.


 


— Desejo-lhe boa sorte.


 


— O jantar está na mesa, — Abby anuncia.


 


Todos nós levantamos. Anya e Bellamy seguem o Sr. Griffin e Octavia para fora da sala. Quando vou seguir, Clarke agarra o meu cotovelo, trazendo-me para uma parada abrupta.


 


— Quando você ia dizer-me que estava partindo? — Ela pergunta com urgência. Seu tom é suave, mas ela está mascarando sua raiva.


 


— Eu não estou partindo, eu vou ver minha mãe, e eu estava só pensando sobre isto.


 


— Que tal o nosso acordo?


 


— Nós não temos um acordo ainda.


 


Ela aperta os olhos, depois parece lembrar-se. Soltando a minha mão, ela toma meu cotovelo e me leva para fora da sala.


 


— Essa conversa não terminou, — ela sussurra ameaçadoramente quando entramos na sala de jantar.


 


Ah, É. Não fique tão chateada e … e me devolva a minha calcinha. Eu olho para ela.


A sala de jantar me faz lembrar nosso jantar privado em Heathman. Um lustre de cristal pendurado sobre a mesa de madeira escura e há um espelho enorme e esculpido, na parede. A mesa está servida e coberta com uma toalha de mesa de linho branco, uma tigela de peônias rosas pálidas como o peça central. É impressionante.


 


Tomamos nossos lugares. O Sr. Griffin está na cabeceira da mesa, enquanto eu me sento no seu lado direito, Clarke está acomodada ao meu lado. O Sr. Griffin agarra a garrafa aberta de vinho tinto e oferece um pouco para Anya. Octavia toma sua cadeira ao lado de Clarke e pega a sua mão, aperta firmemente. Clarke sorri calorosamente para ela.


 


— Onde você conheceu Lexa? — Octavia pergunta a ela.


 


— Ela me entrevistou para a revista estudantil da WSU.


 


— A que Anya edita, — eu adiciono, na esperança de desviar a conversa para longe de mim.


 


Octavia sorri para Anya, sentada em frente, ao lado de Bellamy e eles começam a conversar sobre a revista dos alunos.


 


— Vinho, Lexa? — O Sr. Griffin pergunta.


 


— Por favor. — Eu sorrio para ele. O Sr. Griffin levanta para encher o resto dos copos.


 


Eu olho para Clarke. Ela se vira para olhar para mim, sua cabeça está inclinada para um lado.


 


— O que? — Ela pergunta.


 


— Por favor, não fique brava comigo, — eu sussurro.


 


— Eu não estou brava com você.


 


Eu fico olhando para ela. Ela suspira.


 


— Sim, eu estou louca com você. — Ela fecha seus olhos brevemente.


 


— Louca a ponto de me bater? — Eu pergunto nervosamente.


 


— Sobre o que vocês duas estão cochichando? — Anya interrompe.


 


Eu coro e Clarke olha para ela em um olhar ‘tire o seu rabo fora do caminho’ Lachman, de modo que até Anya murcha sob o seu olhar.


 


— Apenas sobre a minha viagem para a Geórgia, — eu digo docemente, com a esperança de encerrar a hostilidade mútua. Anya sorri, com um brilho perverso em seu olhar.


 


— Como estava Costia quando você foi para o bar com ela na sexta-feira?


 


Puta merda, Anya. Eu arregalo meus olhos para ela. O que ela está fazendo? Ela arregala seus olhos para mim de volta, e eu percebo que ela está tentando deixar Clarke ficar ciumenta. Como ela sabe pouco. Eu pensei que tinha conseguido acabar com isso.


 


— Ela estava bem, — eu murmuro.


 


Clarke se inclina.


 


— Louca para bater, — ela sussurra. — Especialmente agora. — Seu tom era calmo e mortal.


 


Oh não. Eu me contorço. Abby reaparece carregando dois pratos, seguida por uma mulher muito jovem, com tranças loiras, vestida elegantemente de azul claro, carregando uma bandeja de pratos. Seus olhos imediatamente acham Clarke na sala. Ela cora e olha para ela sob seu rímel nos longos cílios.


Em algum lugar na casa o telefone começa a tocar.


 


— Com licença, — O Sr. Griffin levanta novamente e sai.


 


— Obrigado, Gretchen, — Abby diz suavemente, franzindo a testa com a saída do Sr. Griffin. — Só deixe a bandeja no console. — Gretchen acena a cabeça, e com outro olhar furtivo para Clarke, ela parte.


 


Então, os Griffin tem empregadas, e a empregada está de olho em cima da minha pretendente a Dominante. Pode esta noite conseguir ficar pior? Eu franzo a testa e olho para minhas mãos no meu colo.


O Sr. Griffin retorna.


 


— Ligação para você, querida. É do hospital, — ele diz para Abby.


 


— Por favor, comecem, todo mundo. — Abby sorri enquanto me dá um prato e parte.


 


Cheiro delicioso, chouriço e vieiras com pimentões vermelhos assados e cebolinhas, polvilhado com salsa. Apesar de ter meu estômago revolto com as ameaças veladas de Clarke, os olhares sublinhar da bonita e pequena Senhorita Maria Chiquinha e a perda da minha roupa íntima, eu estou com fome. Eu coro quando percebo que o esforço físico desta tarde me deu tamanho apetite.


 


Momentos depois Abby retorna, com a sobrancelha franzida. O Sr. Griffin vira a cabeça de um lado... como Clarke.


 


— Tudo bem?


 


— Outro caso de sarampo, — Abby suspira.


 


— Oh não.


 


— Sim, uma criança. O quarto caso este mês. Se as pessoas vacinassem as suas crianças. — Ela agita sua cabeça tristemente, e então sorri. — Eu estou tão contente que nossos filhos nunca tiveram isso. Eles nunca pegaram qualquer coisa pior que catapora, ainda bem. Pobre Bellamy, — ela diz enquanto ela senta-se, sorrindo com indulgencia para o filho. Bellamy franze a testa e se torce desconfortavelmente. — Clarke e Octavia tiveram sorte. Elas tiveram isto tão suavemente, que dividiram apenas uma mancha entre elas.


 


Octavia deu uma risadinha e Clarke revirou os olhos.


 


— Então, você pegou o jogo dos Marinheiros, Pai? — Bellamy claramente estava interessado a mudar de assunto.


 


Os aperitivos são deliciosos, eu me concentro em comer enquanto Bellamy, o Sr. Griffin e Clarke conversam sobre beisebol. Clarke parece relaxada e tranquila conversando com sua família. Minha mente está trabalhando furiosamente. Porra Anya, que jogo ela está jogando? Clarke vai me punir? Eu me acovardo com o pensamento. Não assinei aquele contrato ainda. Talvez eu não o faça. Talvez eu fique na Geórgia onde ela não pode me alcançar.


 


— Como você está se estabelecendo em seu novo apartamento querida? — Abby pergunta educadamente.


 


Sou grata por sua pergunta, distraindo-me de meus pensamentos discordantes, e eu conto a ela sobre nossa mudança. Como nós terminamos nossos pratos iniciais, Gretchen aparece, e não pela primeira vez, eu queria me sentir capaz de pôr minhas mãos livremente em Clarke só para a deixar saber que, ela pode ter cinquenta tons de ruim, mas ela é minha. Ela começa a limpar a mesa, escovando demasiado perto de Clarke para o meu gosto. Felizmente, Clarke parece alheia a ela, mas minha deusa interior está queimando sem chama e não em um bom caminho.


 


Anya e Octavia estão encerando líricos sobre Paris.


 


— Você esteve em Paris, Lexa? — Octavia pergunta inocentemente, distraindo-me de meu devaneio de ciúmes.


 


— Não, mas eu adoraria ir. — Eu sei que sou a única à mesa que nunca deixou os EUA.


 


— Nós fomos a Paris na lua de mel. — Abby sorriu para o Sr. Griffin que devolveu o sorriso para ela.


 


É quase embaraçoso testemunhar. Eles obviamente se amam profundamente, e pergunto-me por um breve momento como deve ser crescer com ambos os pais.


 


— É uma bela cidade, — Octavia concorda. — Apesar dos parisienses. Clarke, você devia levar Lexa para Paris, — Octavia declara com firmeza.


 


— Eu penso que Alexandra prefere Londres, — Clarke diz baixinho.


 


Oh… ela lembrou. Ela coloca sua mão em meu joelho, seus dedos que viajam até a minha coxa. Meu corpo inteiro aperta em resposta. Não… não aqui, não agora. Eu coro e endureço, tentando ficar longe dela. Sua mão em minha coxa me acalma. Eu procuro o meu vinho, em desespero.


 


A pequena senhorita Maria Chiquinha europeia retorna, toda com olhares tímidos e balançando os quadris, com nossa reentrada, um Beff Wellington, eu acho. Felizmente, ela nos dá os pratos e então parte, embora ela demore dando a Clarke o seu. Clarke olha intrigada para mim enquanto eu assisto-a fechar a porta da sala de jantar.


 


— Então, o que havia de errado com os parisienses? — Bellamy pergunta a sua irmã. — Eles não ligaram para suas maneiras encantadoras?


 


— Ugh, não eles não fizeram. E Monsieur Floubert, o ogro com quem eu estava trabalhando, ele era um tirano dominador.


 


Eu engasguei com meu vinho.


 


— Alexandra, você é bem? — Clarke perguntou solicita, mantendo a sua mão em minha coxa.


 


O humor retornou a sua voz. Oh graças a Deus. Quando eu concordo com a cabeça, ela bate levemente em minhas costas suavemente, e só retira sua mão quando ela vê que eu me recuperei.


 


A carne estava deliciosa, servida com batatas doces assadas cenouras, nabos e feijões verdes. E estavam mais saborosas desde que Clarke conseguiu apresentar seu bom-humor para o resto da refeição. Eu suspeito que é porque eu estou comendo com tanto gosto. A conversa flui livremente entre os Griffin, quentes e carinhosos, suavemente provocando uns aos outros. Durante a nossa sobremesa de limão syllabub, Octavia nos presenteia com suas façanhas em Paris, passando a um ponto de falar em francês fluente. Todos nós olhamos para ela e ela olha de volta confusa, até Clarke dizer a ela, também em francês fluente, o que ela tinha feito, então ela explode em um ataque de risos. Ela tem uma risada muito contagiante e logo todos estamos às gargalhadas.


 


Bellamy fala sobre seu projeto de edifício mais recente, uma nova comunidade eco amigável ao norte de Seattle. Eu olho para Anya, e ela está pendurada em cada palavra que Bellamy diz, seus olhos ardem com luxúria ou o amor. Eu ainda não descobri. Ele sorri para ela, e é como se uma promessa não dita passasse entre eles. Mais tarde, bebê, ele está dizendo, e é quente, assustadoramente quente. Eu coro só de assisti-los.


 


Eu suspiro e espio a Cinquenta Sombras. Ela é tão bonita, eu podia olhar para ela para sempre. Meus dedos coçam no desejo de arranhar sua nuca, senti-la contra meu rosto, contra meus seios… entre minhas coxas. Eu coro com a direção de meus pensamentos. Ela olha para em mim e levanta sua mão para puxar meu queixo.


 


— Não morda seu lábio, — ela murmura com voz rouca. — Eu quero fazer isto.


 


Abby e Octavia tiram as louças da sobremesa e seguem para a cozinha, enquanto o Sr. Griffin, Anya, e Bellamy discutem os méritos dos painéis solares no Estado de Washington. Clarke, finge interesse na conversa, põe sua mão mais uma vez em meu joelho, e seus dedos viajam pela minha coxa. Minha respiração está aos trancos, e eu aperto minhas coxas juntas em uma tentativa para deter seu progresso. Posso vê-la sorrir maliciosamente.


 


— Eu devo dar a você uma excursão pela propriedade? — Ela pergunta para mim bastante abertamente.


 


Eu sei que estou querendo dizer sim, mas eu não confio nela. Antes de eu poder responder, porém, ela está em pé e estendendo a sua mão para mim. Eu coloco minha mão na sua, e sinto todo o aperto dos músculos no fundo do meu ventre, respondendo aos seus escuros e famintos olhos azulados.


 


— Com licença, — eu digo para o Sr. Griffin e sigo Clarke para fora da sala de jantar.


 


Ela me leva pelo corredor e pela cozinha onde Octavia e Abby estão empilhando os pratos na máquina de lavar. Maria Chiquinha europeia não está em nenhum lugar visível.


 


— Eu vou mostrar a Alexandra o quintal, — Clarke diz inocentemente para sua mãe.


 


Ela nos acena com um sorriso, enquanto Octavia volta para a sala de jantar.


Nós saímos para uma área de pátio de laje cinzenta, iluminado por luzes embutidas.


Há uns arbustos em vasos de pedra cinzenta e uma mesa de metal e cadeiras chiques em um canto.


 


Clarke passa para eles, em mais alguns passos, estamos sobre um vasto gramado que leva até a baía… oh meu, é lindo. Seattle cintila no horizonte, é fresca, brilhante, a lua de maio abre um caminho de prata cintilante através da água em direção a um cais onde dois barcos estão atracados. Ao lado do cais está uma casa de barcos. É tão pitoresco, tão pacífico. Eu olho e bocejo por um momento. Clarke me puxa atrás dela, e meus saltos afundam na grama macia.


 


— Pare, por favor. — Eu estou tropeçando em seu rastro.


 


Ela para e olha em mim, sua expressão é insondável.


 


— Meus saltos de sapatos. Eu preciso tirar meus sapatos.


 


— Não se preocupe, — ela diz, e ela se abaixa e coloca-me por cima de seu ombro. Eu grito ruidosamente com surpresa chocada, e ela me dá um tapa no traseiro.


 


— Mantenha sua voz, — ela rosna.


 


Oh não… isso não é bom, meu subconsciente está tremendo nos joelhos. Ela está louca sobre algo, poderia ser Costia, Geórgia, sem calcinha, mordendo lábio. Merda, ela é fácil de irritar.


 


— A onde nós estamos indo? — Eu respiro.


 


— Casa de barcos, — ela estala.


 


Eu agarro-me em seus quadris, por que estou de cabeça para baixo, ela anda a passos largos de propósito, no luar, através do gramado.


 


— Por quê? — Eu sôo ofegante, saltando sobre seu ombro.


 


— Eu preciso estar só com você.


 


— Por quê?


 


— Porque eu vou espancar e então foder você.


 


— Por quê? — Eu suavemente choramingo.


 


— Você sabe por que, — ela silva.


 


— Eu pensei que você era uma mulher de agir conforme o momento? — peço sem fôlego.


 


— Alexandra, eu estou sendo agindo conforme o momento, confie em mim.


 


Puta merda.



Notas Finais


Talvez só nos veremos novamente em 2022, só talvez rs


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