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História Fifty Shades of Perversion - Você me intimida


Escrita por: ellebrocca

Capítulo 2 - Você me intimida


CAPÍTULO DOIS

Ao sair do prédio,  quase tropeçando nos meus sapatos de tanta pressa que saí daquele lugar, a chuva me pegou de surpresa. Molhando minhas roupas e pele. Foi algo bom. Eu estava quente, quase pegando fogo. Algo despertou dentro de mim após ter conversado com Jiraiya. Ele é o Hokage! Ele mudou! Ele está tão... sexy! 

- Caramba... O que aconteceu comigo? - Perguntei para mim mesma olhando para o céu e fazendos os pingos de chuva molharem completamente meu rosto. 

Voltei para casa o mais rápido possível, eu precisava de um banho quente se não eu ficaria doente como a Mei e então nós duas teríamos problemas. Tive que tirar os sapatos para correr, e não me importei de sujar os meus pés. Peguei as chaves e finalmente eu estava dentro de casa, toda encharcada. 

- Meu Kami... - Disse Mei ao ver meu estado. - Parece que a chuva te pegou de jeito.

- Eu vou te matar! - Falei colocando o bloco com as perguntas e respostas na mesa da sala.

- Por que? Ficou encantada com aquele homão? - Mei sorria com malicia. Então essa danada já sabia quem era o Hokage de fato. 

- Você não me disse que o Godaime era o Jiraiya! - Comecei a tirar minhas roupas antes que eu pegasse um resfriado. Mei me viu nua várias vezes, então nós duas já estavamos acostumadas. 

- Você não me perguntou, ué. E aliás, não teria graça de te falar que seu amigo era o novo Hokage bilionário de Konoha. - Eu mato ela com as mãos ou com uma facada? - Mas fala ai, como ele é?

- Bem... - Fiquei achando um jeito de tentar descrever Jiraiya. - Ele é formal, bonito, um cavaleiro, simpático... - Quando não pensa em sí mesmo. - E... - Mordi os lábios. - Intimidador.

- E ele é gay? - Perguntou curiosa.

- Por rikidou, Mei...! - Peguei uma almofada do sofá e joguei nela. Fazendo-a cair na gargalhada. - Que merda de pergunta foi aquela?! Eu fiquei muito constrangida!

- Desculpa, mas é que nas fotos dos jornais de Konoha ele quase nunca aparece com uma mulher. É sempre o Orochimaru que está com ele...

- Orochimaru? - Agora fiquei mais confusa. 

- Sim, o Orochimaru é um dos chefes de uma das empresas que Jiraiya construiu. Os dois são sócios. 

- Okay, eu vou tomar um banho antes que eu perca a cabeça. 

Entrei no chuveiro, deixando a temperatura da água o mais quente possível. Fechei meus olhos, voltando a me lembrar de Jiraiya. Ele ficou muito bem de terno vermelho, seus olhos ainda eram os mesmos olhos fascinantes e negros, seus cabelos ainda brancos como neve. Ele ainda era mais musculoso do que eu me lembrava. Senti meu corpo ferver junto com água, como se tivesse alguém atrás de mim, passando suas mãos grossas pela minha pele, fazendo-me arfar com seus toques enquanto suas mãos acariciavam meus seios e sua boca sussurrando em meu ouvido aumentando mais meu desejo...

- Entregue-se á mim.

- Jiraiya... - Abri meus olhos e não ví nada além da fumaça do banho e de minhas próprias mãos segurando em meus seios. O que ele fez comigo?

Terminei meu banho e deitei-me na cama, ainda de toalha. A tecnologia está evoluindo em Konoha, agora inventaram o tal do computador/notbook e celulares. Ainda estou me acostumando a essa tecnologia, mas já sei fazer ligações e pesquisas. Procurei por Jiraiya Ogata e achei vários sites sobre ele. Todos diziam quase a mesma coisa.


Biografia Jiraiya Ogata.

Um dos Sannins Lendários de Konoha tornou-se o Hokage mais rico que já existiu no país do fogo após ter descoberto seu clã desaparecido e ser dono de uma grande herança. Em bilhões. É chefe de várias empresas famosas, e tem como sócios Kakashi Hatake e Orochimaru Tsukikage, seus amigos mais fiéis pelo o que diz as fontes de confiança. Jiraiya Ogata é um homem atraente e galanteador, mas tem uma vida muito confidencial. A única coisa que conseguimos descobrir sobre o atual Hokage foi de o próprio ter sido adotado aos quatro anos de idade pelos Ogatas, e desde então tem se tornado o dono de uma das maiores heranças de família. O atual status de Jiraiya é solteiro, 1,80 metros de altura, bilionário e um dos grandes ninjas do país do fogo.


Havia também fotos de Jiraiya na internet, a maioria ele se encontrava sozinho e no trabalho. Algumas eram de Jiraiya andando pela aldeia nos fim de semana. Como ele é bonito. Tinha uma foto dele tirada bem na hora que ele olhou para a câmera do paparazzi, fazendo seu rosto ficar com um jeito de príncipe encantado. "Sem querer" acabei salvando a foto na minha galeria do notbook e vesti minhas roupas.

~~*~~

Cheguei no hospital de manhã empolgada, só passei uma tarde fora e já senti saudades. Me encontrei com minha ex-pupila, Shizune, ela se casou e agora morava com o marido e filha e era uma das enfermeiras mais bem sucedidas de Konoha. 

- Eu soube que entrevistou o Godaime ontem. - Comentou Shizune enquanto limpavamos uma das salas de cirurgia. Aposto que foi Mei que disse.

- É eu... - Pigarriei um pouco. - Fui no lugar da Mei, ela ficou doente.

- E como o Jiraiya-sama está? Eu soube que ele está mais bonito do que antes.

- Muito... Quer dizer... Ele ta decente. - Fiquei sem jeito de novo.

- Decente? Essa é a palavra que você usou para elogia-lo? - Shizune estava com uma das sombrancelhas arqueadas. Dei de ombros. - Pelo o que eu vi na internet, ele está muito mais atraente e cheio do dinheiro. Comprou até um helicóptero. 

- Aquela máquina que voa que recém inventaram?

- Exatamente. Ele voa as vezes com alguns membros da família. 

- Como sabe tanto sobre ele? E como assim ele voa com a família? - Fiquei curiosa.

- Ah, eu esqueci que você esteve fora por três anos e que voltou a poucos meses. Foi pouco depois que você viajou que o Sr. Ogata virou Hokage, e a família dele veio junto. Eles não moram aqui na aldeia mas num condomínio enorme ao lado de Konoha. - A coincidência é que quando eu estava voltando pra aldeia, me lembro de ter passado em frente a uma casa enorme num campo aos arredores de Konoha. Então era a casa da família do Jiraiya. - Não me surpreende o fato de você não saber muita coisa que aconteceu nesses três anos. Você esteve fora por muito tempo, Tsunade-sama

- É, eu estive. - Lamentei em voz baixa.

- Ah, não! - Exclamou Shizune colocando a mão na testa. - Esqueci de comprar balde de tinta pro quarto da Sara. Tsu você pode passar na loja de arquitetura para comprar pra mim? Tenho que cumprir meu horário perdido hoje e não posso sair do hospital até as dez horas.

- Tudo bem.

 Shizune me deu o dinheiro e me disse para comprar tinta rosa. A loja do qual eu iria comprar a tinta é de um velho amigo meu, Benjamin, mas eu sempre o chamava de Ben. Fazia tempo que eu não o via. Para não me atrasar tanto, andei a passos rápidos até a loja e abri um grande sorriso ao encontrar Ben arrumando uma das estantes de cordas.

- Ben-kun... - Chamei.

- Não pode ser... Tsuna! - Ele veio correndo e me abraçou. - Nossa, a quanto tempo não te vejo! Como você ta linda!

- Arigatou. É bom te ver também. 

- Me diga, o que a trás aqui, minha amigona?

- Vim pegar um balde de tinta rosa.

- Eu vou ali no estoque pegar. - Disse ele andando animado. Acompanhei Ben até o balcão e o esperei até ele encontrar a tinta no estoque. A campainha da loja tocou e isso chamou minha atenção. - Pode atender pra mim, Tsu? - Gritou Bem de dentro da sala de estoque. Quando eu era mais jovem eu trabalhava com Ben nessa loja. Ainda guardo boas lembranças desse lugar.

- Claro. - Respondi.

Atravessei os corredores até me encontrar com o cliente que acabou de entrar e... Puta que pariu...!

- Jiraiya?! - Perguntei meio desesperada.

- Não sabia que você trabalhava aqui. - Ele sorriu. Ele vestia uma calça moletom preta com uma blusa branca e kimono vermelho. Já vi que vermelho é a cor preferida dele. - Que bela surpresa encontra-la aqui, Sra. Senju.

- N-não trabalho aqui, só estou ajudando meu amigo que é dono da loja. Ele me pediu para atender enquanto procura tinta pra mim. - Expliquei meio nervosa. Que merda, por que fico sempre desse jeito perto dele?!

- Bem, nesse caso, pode me ajudar a achar uma braçadeira de plástico? 

- Claro. Por favor, me acompanhe.

- Terei o maior prazer em acompanha-la, Sra. Senju. - Ele sorriu, mas agora era diferente, era um pouco pervertido. Ah, então o safado ainda existe em você. 

- Por favor, me chama de Tsunade. - Pedi. Esse jeito formal dele estava me dando nos nervos.

- Claro, Sra. Tsunade.

Sério?! Revirei os olhos, mas não pude conter um sorriso. O levei até uma estante com varias braçadeiras, e de imediato ele pegou um pacote. Acho que ele já veio aqui antes.

- Tem mais alguma coisa que queira? - Perguntei.

- Fita adesiva. 

O que caralhos esse homem vai fazer com isso?

- Ta fazendo alguma reforma? - Perguntei o guiando até outra estante.

- Não. - Foi o que respondeu. 

- Tem a de cinco centímetros. - Mostrei uma fita do tamanho que disse para ele. - E tem a de dois e meio.

- Qual é a mais apertada? - Ele me olhava intensamente. Minhas mãos tremiam.

- Qualquer uma das duas é boa para não deixar nada escapar. - Respondi com meus lábios tremendo.

- Então eu vou querer a de cinco centímetros. 

Por que eu sentia que ele falava com malícia em suas palavras? Lhe entreguei a fita.

- Algo mais?

- Sim. Corda. - Okay. Quem você vai matar? Fomos para o outro corredor e puxei um rolo de corda, medindo o tamanho, exagerado de grande, que o Sr. Ogata me pediu. - Impressionante. Você já foi escoteira?

- Não. Só tenho experiência de quando eu trabalhava aqui. - Lhe entreguei a corda. - Mais alguma coisa?

- O que você me recomendaria?

- Para um faz tudo? Ah... Um macacão... - Para não manchar suas roupas com o sangue da sua vítima. - Para não sujar suas roupas com a carpintaria. 

- Acho que eu posso fazer sem roupa. - Ele mordeu o lábio. Acabei imaginando como Jiraiya seria sem roupas e fiquei vermelha.

- T-tá... Sem roupa então... Que-quer d-dizer, sem macacão! - Gaguejei. Agora eu estava que nem um pimentão. Ele me olhou de um jeito safado. Esse é o Jiraiya que conheço. 

Fomos até o balcão e Ben chegou do estoque.

- Ah, Hokage-sama, é bom reve-lo de novo em minha loja. - Ben fez uma reverência. 

- O prazer é meu, Ben.

Eles se conhecem? 

- Achei a sua tinta. - Ben me entregou o balde de tinta rosa. - Arigatou por ter atendido por mim... - Ben encostou sua mão em meu ombro e senti o olhar de Jiraiya sobre nós. Algo me diz que ele não aprovou o jesto de Ben.

- Arigatou, Ben. - Peguei a tinta e acompanhei Jiraiya até a saída. - A Mei adorou as suas respostas, ela queria muito lhe agradecer pessoalmente e também tirar umas fotos para o jornal. 

- Posso fazer as fotos amanhã as dez horas e ponto. 

- Sério?!

- Claro. E depois das fotos eu gostaria de te convidar para beber. Você aceita.

- A-aceito.

- Ótimo. Até amanhã então. 

Ele andou até um carro, uma das invenções dessa nova geração, e foi embora. Voltei para o hospital e mal podia esperar para contar a novidade para Mei.

~~*~~

Já fazia quinze minutos que Jiraiya estava fazendo a sessão de fotos. O fotógrafo era um amigo de Mei, e a própria estava ao meu lado com um grande sorriso no rosto. De fato estava orgulhosa de conseguir uma foto do Hokage, já que era difícil de conseguir uma.

- Ele é mais lindo pessoalmente. - Sussurrou Mei no meu ouvido. 

- Ele me chamou para beber depois das fotos. - Falei tímida. 

- Amiga, você se deu bem! - Mei me abraçou. 

- Para, só vamos ter um reencontro de velhos amigos.

- Será mesmo?

Olhei para ela, e nos encaramos, e alguns segundos depois começamos a rir baixinho para Jiraiya não ouvir. Depois do que pareceu uma enternidade, finalmente Jiraiya e eu fomos para um bar e pedimos o de sempre. Admito que senti saudades. Mesmo assim, eu ficava estranha perto de Jiraiya. Meus dedos brincavam com as gotas de água sob o copo de vidro da bebida gelada que pedimos. Tentando me conter do o olhar de Jiraiya sobre mim.

- Você ta nervosa? - Perguntou ele percebendo meus movimentos.

- Você me intimida. - Confessei.

- Mas não deveria ficar assim perto de mim. Você me conhece. 

- Será que o conheço? - Perguntei me lembrando do que Jiraiya havia dito a dois dias atrás. 

- Okay, vou tentar melhorar as coisas. - Ele abriu seu terno vermelho, e alguns botões de sua blusa social branca exibindo suas clavículas e dando um sorriso de malandro. Ele se transformou no antigo Jiraiya. - Me conte, Tsunade, o que rolou na sua vida? - Agora ele esta falando minha língua. 

- Bem, eu me apaixonei por Dan, mas ele morreu num acidente de carro. Fiz uma viagem tentando melhorar minha vida mas tive azar e voltei para cá. Shizune casou-se, tem uma filha e estou morando com Mei. - Resumi.

- Você deve ter sua própria casa. - Falou de um jeito mandão. 

- E você deve parar de dizer o que tenho que fazer. - Indaguei. - Você mudou um pouco, Jiraiya.

- Aconteceu algumas coisas comigo nesses últimos três anos. E além do mais, as pessoas mudam...

- Não você. - Eu realmente queria entender o que ouve com ele. Eu me importo com o Jiraiya. - Eu gostaria de conversar com o antigo Jiraiya, mas se você prefere desse jeito... - Segurei em sua mão em cima da mesa. Ele estremeceu com o meu toque. O antigo Jiraiya ainda está ali. Eu sinto! - Deixe-me entrar nessa sua nova vida.

Nossos olhares se encontraram. Eu consegui ver que ele me queria, mas algo o impedia.

- Lamento, isso não vai dar certo. - Jiraiya se levantou da mesa e pagou a conta com o garçom mais próximo. O que deu nele?!. - Não posso ficar com você. - E ele se retirou.

Eu peguei minha bolsa e o segui até a esquina, tentando acompanhar seus passos largos.

- Você tem namorada, é isso? - Perguntei meio sem fôlego. 

- Comigo não tem essa coisa de namorada. - Ele respondeu frio.

Andei mais rápido sem olhar para os lados.

- Então o que é...?!

- CUIDADO!

Jiraiya me puxou com força, fazendo nossos corpos se chocarem. Um carro passou em velocidade, e se Jiraiya não tivesse me puxando eu teria sido atropelada. Ele me salvou. Nós nos encaramos, suas mãos ainda me seguravam firme pelo braço e cintura. Nossos rosto nunca estiverem numa proximidade tão grande como agora. Eu sentia seu alito de saquê do bar, um cheiro bom. Sua mão apoiada em minha cintura agora subiu até meu rosto, acariciando minha bochecha. Fechei os olhos com o seu toque. Querendo mais daquilo.

- Eu não posso ficar com você. - Ele lamentou, se distanciando um pouco de mim, me fazendo sentir falta do seu calor. - Você precisa ficar longe de mim.

Aquilo me magoou.

- Adeus, Sr. Ogata. - Falei mais num tom de ironia e raiva.

Atravessei a rua voltei para casa tentando segurar as lágrimas. 




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