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História Fifty Shades of Perversion - Só um pontinho


Escrita por: ellebrocca

Capítulo 31 - Só um pontinho


CAPÍTULO TRINTA E UM

A balada estava lotada. Era de um tipo de festa neon. Todos estavam com tinturas que brilhavam no escuro em seus corpos e roupas. Jiraiya mandou desenhar o simbolo de sua bandana de myoboku em suas costas, mas para isso, ele teria que ficar só de calça e tirar a camiseta se ele quisesse que sua pintura neon fosse visível. Já eu pedi apenas formas de flores em meus braços. Mesmo com todos se divertindo, eu não conseguia ficar animada observando Koji dançando com Mei sendo que ele está a traindo.

- Você está bem? - Perguntou Jiraiya percebendo que não estou dançando como os demais.

- Não. Tenho que avisar Mei de algo, e não posso esperar mais por isso.

Me distanciei de Jiraiya e caminhei até Mei. Ela não pode ficar com um homem infiel, e odeio ter que saber que o irmão de Jiraiya é esse homem. Quando eu estava no meio do caminho Koji pegou na mão de Mei e começou a chamar todos nossos amigos para um centro particular da boate só para nós. Jiraiya segurou minha mão e me levou até eles. Parece que Koji quer dizer algo. Quando ele terminar eu conto pra Mei a verdade.

- Gente... - Koji começou a falar. - Eu gostaria de dizer algumas coisas, e fico feliz de finalmente minha chance ter chegado. - Do que ele tá falando? - A alguns meses atrás, eu tive a oportunidade de conhecer essa linda mulher... - Koji apontou para Mei. Ela não sabia que reação fazer. - Eu nunca achei que poderia ter um relacionamento certo que durasse, principalmente com uma mulher incrível como é a Mei. E é por isso que digo no fundo do meu coração de que eu a amo, e... - Koji pegou uma aliança de seu bolso e se ajoelhou na frente de Mei, pegando todos de surpresa, inclusive eu. - Mei, quer casar comigo?

- Sim! - Mei chorou de alegria e estendeu seu dedo para Koji colocar a aliança nele.

Eu não entendo! Ele estava com a Elizabeth! Todos aplaudiram da felicidade dos dois e voltaram a comemorar na pista de dança. Antes de Koji alcançar Mei eu o puxei para um canto.

- Você não está traindo a Mei?! 

- Do que está falando, Tsunade? - Koji ergueu uma sombrancelha.

- Eu vi você com a Elizabeth hoje mais cedo! E sei que vocês já tiveram um caso...

- Lize estava me ajudando a escolher uma aliança. - Koji me cortou meio que achando engraçado meu desespero.

- Nani?

- Lize é só uma amiga minha agora, e ela sabe que eu amo a Mei. Por isso ela me ajudou a escolher o anel perfeito. Faz tempo que estou querendo pedir Mei em casamneto, e eu ainda te dei uma pista quando estavamos andando na trilha hoje de manhã. 

Foi então que me toquei. Naquela hora em que Koji falou com sí mesmo, ele tinha pensado alto de sua chance de casamento com Mei. Ele não está mentindo. Ele está sendo sincero. Fiquei bem mais aliviada. 

- Me desculpe por isso. É que eu fiquei com medo de você trair a Mei.

- Eu te entendo. Mas eu te prometo, que não importa o que aconteça, eu sempre vou proteger a Mei. E jamais irei magoa-la.

- Confio em você, Koji. - Toquei seu ombro mostrando minha total confiança. - Não quebre sua palavra.

- Pode deixar. - Koji fez uma reverência pra mim com um sorriso sincero e foi dançar com Mei na pista. 

Shizune apareceu de repente atrás de mim e me levou pra pista de dança também. Juntas começamos a dançar de qualquer jeito, só procurando a diversão. Quando começou a tocar uma música mais sensual eu rebolei meu quadril de um lado pro outro lentamente, com minhas mãos levantando meus cabelos. Mãos apertaram minha cintura, e pelo toque estranho e sem compaixão percebi de que não era Jiraiya.

- Que corpo delicioso você tem. - Disse um homem alto e me olhando de um jeito pervertido.

Antes que eu pudesse lhe dar um grande soco na cara Jiraiya já o fez por mim. Ele empurrou o estranho para longe de mim e deu três socos e um chute no desconhecido. O homem caiu duro no chão e teve dificuldade pra levantar. Ele provavelmente esta bêbado. Para provar de que eu já tinha dono, Jiraiya me agarrou e me deu um beijo voraz na frente de todos os homens e mulheres ali presentes. Meu coração incendiou. Ele encerrou nosso contato, dando-me seu sorriso galante.

- Ninguém encosta na minha boneca. - Sussurrou me puxando para uma dança. 

Aquela noite saiu de ruim pra melhor. É uma pena que tudo durou tão rápido. Já se passou uma semana que estamos aqui, e hoje segunda-feira, é hora de voltar para Konoha. Eu e Jiraiya nos despedimos de Orochimaru e agradecemos mais uma vez por ele ter nos emprestado a casa nessa semana. E como sempre ele disse que sempre seríamos bem-vindos.

Quando chegamos em nossa vila, eu e Shizune já fomos direto para o hospital. A família Ogata foi pra casa e com Mei junto. Jiraiya foi para o prédio Hokage tratar de assuntos importantes sobre Konoha, e eu como de costume comandaria o hospital. No meio da tarde, veio um advogado jurídico, com uma papelada em mãos sobre a prisão de Madara Uchiha.

- Sra. Ogata, precisamos conversar sobre Madara... - Ele disse se sentando no sofá como eu indiquei. 

Me sentei ao seu lado, cruzando minhas pernas e tendo total atenção. O que Madara aprontou dessa vez?

- O que houve? É algo sério? - Perguntei me encostando mais no sofá. 

- Bem... Madara fez a defesa dele e ele disse que não te assediou, e sim, foi você quem foi pra cima dele querendo ter total posse de seu cargo no hospital...

- NANI?! - Aquela foi a coisa mais ridícula que ouvi hoje. - Não aconteceu nada disso! O Madara me assediou, tentou me sequestrar e me matar...!

- Na verdade, ele disse que foi na sua casa para tentar convence-la de que "não pode" ficar com ele, pois você já é casada. Mas que mesmo assim foi pra cima dele de novo, só que usando a força e ele tentou se defender.

- ISSO É UM OBSURDO! Acredita mesmo nele?!

- Eu sou só um advogado. Não ligo pra quem fala a verdade ou menti. Só digo que a senhora precisa comparecer ao tribunal para uma reunião com o juiz e Madara amanhã de manhã. É melhor contratar um advogado muito bom para acreditarem na sua palavra.

E com essas palavras ele se despediu e foi embora. Continuei sentada no sofá sem conseguir pensar ou fazer nada. Estou perplexa. Aquele maldito do Madara ainda tem a audácia de contar uma mentira dessas pra um juiz?! Preciso fazer alguma coisa. Peguei meu celular e liguei para Jiraiya. 

- Tsu? O que houve? 

- Jiraiya... Um advogado apareceu aqui dizendo que Madara inventou uma mentira sobre mim pra se safar. E agora, eles querem que eu compareça ao tribunal amanhã. 

- Aquele filho da puta não aprendeu a lição ainda?!... Ta, calma. Eu vou arranjar um bom advogado pra você ainda hoje! Vai ficar tudo bem. Só faça a sua parte.

- Tenho medo de encara-lo. Toda vez que vejo os olhos dele eu... eu... Sei lá, parece que vejo o inferno neles...

- Tsunade todo mundo sabe que o Madara é o diabo em pessoa, nem me admira você enxergar o inferno naquele homem. Eu preciso desligar agora, depois a gente se fala. Te amo.

- Também te amo.

Desliguei o celular e me sentei na cadeira, ficando mais uma vez pensativa. Tenho que pensar em outra coisa para me acalmar. No começo eu pensei na viajem que fizemos com a família Ogata, Mei e Shizune a uma semana atrás. Até que de surpresa comecei a lembrar de meu sexo com Jiraiya. Eu ando muito desejosa ultimamente, to começando achar que Jiraiya é como uma droga pra mim. Eu simplesmente sinto desejos do nada, sem falar na fome que estou sentindo agora. Mas que merda eu acabei de almoçar! 

Ao anoitecer voltei para a casa e Jiraiya já estava a minha espera. Joguei minha bolsa em qualquer canto e o abracei firme. Nos sentamos no sofá próximo a lareira e conversamos sobre amanhã. Meu advogado já estava contratado, e ele era um proficional muito bom. Na hora de dormir Jiraiya deitou sob meu peito, com seu braço direito em volta de meu quadril. Eu aproveito aquela posição para massagear sua cabeça, sentindo os fios de seu cabelos causarem cócegas em meu nariz. Na hora Jiraiya dormiu, e em seguida, eu também. 

~~*~~

É um pesadelo estar aqui. Mesmo eu tendo o direito de sentar onde eu quiser, de longe, eu conseguia sentir a energia negativa de Madara que estava sentado na fileira na frente bem perto do juiz com o seu advogado ao lado. Faz uma hora que estamos num debate, e me sinto enjoada só de olhar para os cabelos escuros de Madara, que estava de costas para mim.

Como eu estou sentada na última fileira, na hora em que ele entrou, não me viu. Eu estou usando um óculos escuros e meu cabelo está num coque, então, isso me ajudou a me disfarçar um pouco. O debate chegou ao fim, e pelo o que foi decidido, Madara continuaria preso. Quando ele ia protestar uma filmagem feita de dentro da minha casa foi mostrada num telão. Mostrou claramente Madara com a kunai em meu pescoço tentando me tirar pra fora de casa e logo em seguida Damon aparece para me salvar. A sorte que Jiraiya tinha instalado câmeras de segurança pela casa inteira. Mas na verdade, ele fez isso com o objetivo de me ver pelada pela casa, e não para capturar bandidos. 

Madara foi levado pelo AMBU Yamato de volta para um corredor, que de certa forma, levaria para as celas da prisão rank SS. Porém, antes de prosseguir seu caminho, ele notou minha presença. Nos encaramos intensamente, e lhe lancei um sorriso de vitoria para mostrar a ele de que venci. Madara continuou sério, e me olhava com ódio, e depois de ser empurrado por Yamato ele voltou para sua cela. Acabou. Me levantei e fiz meu caminho para ir embora. 

No entanto, eu comecei a sentir enjoo de novo. Acho que comi algo estragado. Deixei isso de lado, mas quando o vômito subiu até minha garganta eu tive que segurar até correr para o banheiro. Cheguei na privada a tempo de vomitar toda a minha refeição pra fora de meu intestino. E o pior de tudo, é que comecei a ficar com dor de cabeça. Isso tá acabando comigo. Deve ser estresse, mas mesmo assim, preciso ir no hospital para me examinar. Talvez eu esteja doente.

Voltei para o hospital, e o primeiro enfermeiro que encontrei foi Boris. 

- Tsunade-sama. - Boris fez uma reverência. - Esqueceu algo?

- Não, na verdade eu vim fazer um exame. Estou sentindo enjoos e acabei de vomitar. Pode me ajudar a me examinar? Estou com muita dor de cabeça pra isso.

- Claro. Me acompanhe. - Boris me levou até uma sala de exames e me deu um copinho de plástico. - Preciso que a senhora urine neste copo, e depois traga para mim.

- Hai.

Fui até o banheiro e me sentei no vaso sanitário, tentando me concentrar para urinar. Acabou saíndo pouco, mas acho que já é o suficiente. Fechei a tampa do copo e voltei para a sala de exames. Entreguei o copo para Boris e ele começou a fazer as pesquisas, e eu fiquei sentada numa maca um pouco preocupada. 

- Então? O que eu tenho? - Perguntei ao perceber que Boris terminou o exame.

- Tsunade-sama... - Ele me olhava com fascinação e confusão ao mesmo tempo. - Não sei como isso foi capaz de acontecer, só pode ser um milagre... - Boris olhou para o exame e depois voltou seu olhar pra mim. Por que tenho a impressão de que não estou doente? - Pelo o que mostra os exames... parece que está grávida, Sra. Ogata.

Grávida? Parece que o mundo parou em volta de mim. Tenho quase certeza de que minha boca está aberta e meus olhos são difíceis de demonstrar alguma emoção. 

- Eu... nani? - Estou com um peso na garganta. - Como assim?

- Aqui mostra que é de duas semanas. - Boris me entregou o exame. Duas semanas? Ah, não! Quando Jiraiya e eu transamos no carro... Eu não tomei a pílula! E o pior, eu nunca mais lembrei de tomar. Nem nas outras vezes que Jiraiya e eu fizemos amor! - Tsunade-sama, mulheres de sua idade são raras de engravidarem, por conta disso o bebê não consegue mais se desenvolver ou a mulher acaba sofrendo um aborto espontâneo. Mas, garanto que foi por causa do seu ninjutsu médico e de sua linhagem, como tendo sangue Senju, que o bebê conseguiu se desenvolver no seu útero. Isso só pode ser um milagre! Você é uma mulher de sorte.

Sorte? Eu com sorte? Isso era algo que eu nunca tive. O azar era o meu legado. Não consigo acreditar de que estou grávida de Jiraiya. Eu preciso ver!

- Pode fazer um ultrassom em mim?

- Claro que sim. Deite-se na maca.

Me deitei na maca e levantei minha blusa para Boris passar um gel no meu ventre e passar um sensor pela minha barriga, que por enquanto, era uma pequena barriga. Na tela de uma TV dava para ver meu útero por dentro, e eu de todas as formas tentava encontrar o humano que estava crescendo dentro de mim.

- Parece que o bebê está bem. - Disse Boris adimirado vendo para a TV.

- Onde? - Eu ainda não conseguia ver.

- Aqui... - Ele apontou para um pontinho preto no canto do meu útero. - Esse é o coração dele.

- Meu Kami... É só um pontinho. - Eu olhava aquele pequeno ponto como sendo um começo de uma nova vida. Um herdeiro para o meu clã, e filho do Hokage. - É só um pontinho. 

~~*~~

Terminei de fazer a janta e Jiraiya me ajudou a colocar a mesa. Ele se serviu de vinho, e se espantou quando eu decidi que ficaria na água. Ainda não contei pra ele sobre o bebê. Nem sei como ele vai reagir, e é disso que tenho medo no momento. Tentei parecer normal, mas ele percebeu como eu estava incomodada.

- Como foi no tribunal? - Ele perguntou tentando puxar assunto.

- Madara voltou para a prisão. As câmeras de segurança ajudaram bastante. - Respondi não conseguindo comer minha comida.

- Tem outra coisa te incomodando? Você está estranha. 

- É complicado, Jiraiya.

- Meu amor... - Jiraiya segurou minha mão em cima da mesa. - Pode contar qualquer coisa pra mim. Sabe que devemos confiar um no outro e...

- Eu to grávida! - As palavras escaparam drasticamente de minha boca.

Olhei para Jiraiya, e ele ficou com a respiração acelerada e um olhar de confusão, raiva e angústia. 

- Você ta grávida? - Ele perguntou murmurando, mas sua voz era perigosa ao mesmo tempo.

- Me.. Me desculpe, Jiraiya. Eu não sabia que eu poderia...

Jiraiya bateu com os punhos na mesa me fazendo calar a boca e ele levantou-se querendo socar a primeira coisa que ver pela frente. Meus olhos lacrimajeram, e eu juro que tentei ao máximo controlar minhas lágrimas. 

- Você esqueceu da pílula?! - Ele perguntou apoiando as mãos na mesa e me olhando desapontado.

- Jiraiya, como eu iria saber que...?!

- VOCÊ TINHA QUE SABER, TSUNADE! VOCÊ TINHA QUE TER TIDO RESPONSABILIDADE!

- POR QUE VOCÊ ESTÁ AGINDO ASSIM COMIGO?! - Eu gritava chorando. 

- Eu queria te dar o mundo, Tsunade! E não bebês, fraudas e merda! - Ele exclamou com raiva.

- Eu sei que você não ta preparado pra ser pai, e eu também não estou preparada pra ser mãe! Mas a gente dá um jeito, a gente sempre deu!

- Eu não consigo mais, Tsunade! 

Jiraiya simplesmente pegou um casaco e saiu de casa.

- JIRAIYA!

Corri atrás dele, mas sua ferrari já estava longe. Voltei para dentro de casa e subi para o quarto. Por favor Jiraiya, não faça nenhuma besteira. Eu olhava a aldeia iluminada pelos postes de luz, acariciando minha barriga que estava dando vida a um novo ser. Sei que não estou pronta para ser mãe, muito menos uma mãe velha, mas eu vou tentar. Quando eu era adolescente me perguntava como seria ser mãe, mas desisti quando os anos foram se passando e eu fui envelhecendo. E agora, tudo o que Jiraiya me disse está me afetando, me dando um pouco de medo de não poder cuidar desse bebê. Eu não posso culpar o Jiraiya, afinal, seu pai o educou como um Domador, e não como um filho.

- Ele vai voltar. - Murmurei pra mim mesma, dando carinho em meu ventre.

Deitei-me na cama, esperando pela volta de Jiraiya. E nisso, acabei cochilando. Era onze e quarenta da noite quando eu dormi, e na hora em que acordei era duas horas em ponto. Jiraiya não estava deitado comigo na cama, nem sequer estava em casa.

Começando a ser tomada pelo desespero peguei o celular e fiz várias ligações e mandei mensagens do tipo "Jiraiya, to preocupada. Vem logo pra casa.", "Cadê você, querido? Vem pra casa, por favor.", "Jiraiya, preciso falar com você. Não fica assim.". Quando o relógio bateu duas e treze da madrugada a porta da sala foi aberta e Jiraiya entrou... bêbado. 

- Ô DE CASA! - Ele gritou por alguém. - Ah, você ta ai. - Jiraiya sorriu pra mim andando torto. - Você ta muito linda.

- E você ta muito bêbado. - Segurei em seu rosto e senti o cheiro do álcool em sua boca.

- Shiii... - Jiraiya colocou o dedo indicador na minha boca. - Fala baixo... Se não vai acordar um certo alguém. 

Jiraiya olhou para a minha barriga, e eu entendi o que ele quis dizer.

- Vem cá... - O segurei firme para ajuda-lo a subir até o quarto. - Vamos pra cama.

- Agora falou minha língua. - Ele disse com um tom de perversão. 

- Nós vamos ninar...

- Nani? Você disse trepar?

Ele deve estar tão bêbado que confundi palavras com outras. Quando chegamos no quarto o sentei na cama e tirei sua camiseta, fazendo a mesma coisa com seus casacos.

- Deita ai. - Tentei faze-lo deitar, mas Jiraiya se recusava. 

- É assim que acaba. - Ele murmurou enrolando um pouco a língua. 

- Acaba o que?

- O sexo. Bebês impedem o sexo.

- Não é verdade, como você acha que surgem os irmãos? - Levei na ironia. Jiraiya revirou os olhos e se jogou de qualquer jeito na cama. - Não. Deita direito. 

Eu o puxei até que ele sentasse na cama de novo, mas desta vez Jiraiya inclinou sua cabeça até tocar seu nariz na minha barriga.

- Olha só... - Jiraiya levantou minha blusa para ficar cara a cara com a minha barriga. Nisso, ele começou a sussurrar baixinho como se tivesse falando com o bebê. - Temos um intruso... Você vai rouba-la de mim, não é? Eu sei que vai.

- Jiraiya... - Me distanciei um pouco dele.

- Você vai ver. - Ele disse tentando ser sério. - Você vai escolher ele ao invés de mim.

- Primeiro de tudo, não é assim que as coisas funcionam e... ele pode ser ela.

- Ah, não! Tem mais isso! - Jiraiya se jogou de novo na cama e acabou dormindo rápido. 

O máximo que eu pude fazer é pegar um cobertor e cobrir seu corpo. O celular de Jiraiya vibrou em cima da mesinha ao lado da cama e por curiosidade fui ver quem que tinha mandado mensagem. 

De: Elizabeth Saito.

Para: Jiraiya Ogata.

"Adorei a noite. Conte comigo sempre que precisar."

Aquilo, foi pior do que contar para Jiraiya de que estou grávida, do que a quase traição de Koji, da perseguição de Madara e de tudo que já me aconteceu. O homem que eu amo, e que sou esposa, traiu toda minha confiança a partir daquela "simples" mensagem. Deixei Jiraiya no quarto e voltei para a sala. Peguei as chaves do quarto de jogos e decidi que irei passar a noite ali. Não posso ver Jiraiya, não depois daquela mensagem. Me deitei na cama e usei o cobertor de plumas para me cobrir. E entre aquelas tantas algemas, chicotes e braçadeiras... Dentro deste mesmo quarto que um dia me causou a dor, eu choro por uma dor maior.







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