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História Fifty Shades of Stark (Starker) - Último: Resultado final


Escrita por: unitysprouse

Notas do Autor


🥂: Agradeço a todos que acompanharam a história até aqui, foi um enorme prazer ter vocês ao meu lado nessa adaptação dessa história perfeita. Se ainda não assistiram Cinquenta tons de cinza, assistam pois não vão se arrepender.

Boa leitura:

Capítulo 14 - Último: Resultado final


Fanfic / Fanfiction Fifty Shades of Stark (Starker) - Último: Resultado final

Passei na casa de May e peguei minhas coisas, me despedi dela e dei apenas uma breve explicação sobre o que tinha acontecido a alguns minutos entre mim e Tony. Fiquei com medo dele vir até a casa dela me procurar, então caí na estrada o mais rápido possível. 


Tenho certeza de que dirigi mais rápido do que deveria, mas não estava ligando para isso. A raiva que senti por Tony durou apenas alguns minutos, eu já tinha tomado a decisão de encerrar com isso, o que ele fez apenas me fez ter certeza de que não dava mas para continuar.


Quando cheguei em Seattle, separei todas as coisas que ele tinha me dado e deixei no Audi. Não iria ficar com elas, isso me faria lembrar dele e eu não precisava disso. A minha consciência estava pesada, eu estava chateado comigo mesmo por ter me submetido a isso.


Você é um idiota, você é o culpado. E é verdade, em nenhum momento Tony errou comigo, ele sempre foi tão transparente quanto aos seus interesses, fui eu quem me perdi na história. Acho que me sentiria muito melhor se a culpa fosse dele, talvez eu não ficasse tão triste dessa forma. 


Por que estou triste? Por que estou prestes a acabar com uma coisa que fez eu me sentir vivo como a muito tempo eu não sentia, estar com Tony me deixava feliz. Ele me mostrou tantas coisas, me fez ter experiências que eu desejava a muito tempo. Fez com que eu me sentisse especial, mas logo depois passei a me sentir inútil. 


Queria acabar com aquilo o quanto antes, mas não fazia ideia se ele já estava em Seattle ou se ainda estava em Tacoma. Não queria deixar uma mensagem perguntando, não queria falar com ele por telefone. Gostaria de ter coragem para terminar tudo por mensagem, mas sei que não sou capaz disso e tenho medo dele encarar como uma brincadeira pelo o que aconteceu da última vez.


Me reservei e optei por não comentar com ninguém sobre aquele assunto, o que foi uma coisa difícil por que eu estava com um conflito de sentimentos dentro de mim e morava com uma pessoa que me conhece melhor do que eu mesmo. Michelle deu muitas indiretas quando a semana começou, evitei olhá-la o máximo possível.


Eu não queria conversar sobre aquilo, e mesmo que quisesse eu tinha assinado um acordo de confidencialidade que me impedia. Fodasse o acordo, murmurei para mim mesmo.


Ter que trabalhar ajudou muito, não só a evitá-la e sim a distrair minha mente. Meu primeiro dia na empresa não poderia ter sido melhor, eu tinha uma sala própria para trabalhar e revista os manuscritos que chegavam até a editora. 


Só pude conhecer meu chefe, Harry Osborn, no dia seguinte, não estava muito ansioso para isso, a mulher que me entrevistou disse que raramente eu iria interagir com ele dentro da empresa. Fomos apresentados formalmente quando ele assinou minha carteira de trabalho. 


— Seja muito bem-vindo a nossa empresa, Peter. — Ele desejou e sorriu, é um cara simpático. Espero me dar bem com ele e não ter uma relação esquisita como tinha com meu último chefe. 


A semana passou como um sopro, foi muito bom ter algo para distrair a cabeça, por um momento até me esqueci de Tony. Confesso que fiquei esperando uma mensagem dele conforme os dias foram passando, mas ele não me mandou nada. 


Fiquei de olho nos sites de fofocas para saber se ele estava na cidade, fui apenas ter notícias dele na sexta-feira. Eu não sabia ao certo o que fazer, se deveria ligar ou apenas mandar uma mensagem, só sabia que precisava terminar com o que a gente tinha. 


Decidi mandar uma mensagem:


"Está em casa? Em Seattle?" 


Recebi minha resposta logo depois que mandei a mensagem, sua rapidez para responder me deixa feliz. 


"Sim. Quer vir para cá?"


Dei um sorriso amarelo. 


"Se possível, sim". 


"Estou te esperando 🙃". 


Droga, um emoji sorrindo. O que isso significa? Ele deve pensar que estou indo para me desculpar e transar como ele, ou só está feliz por que vai me ver e exigir que eu assine o contrato para eu poder ser o que ele quer que eu seja.


Desliguei o celular e fui para casa, o carro dele ainda estava onde eu deixei no domingo quando cheguei de Tacoma, o MacBook e os contratos no banco do passageiro. Entrei em casa apenas para pegar a chave do Audi, entrei no carro e liguei o motor.  


Enquanto estava dirigindo até o apartamento dele, me perguntei o que diria quando visse ele. Só então percebi o quanto essa conversa seria difícil e complicada, pelo menos para mim. Para ele não vai ser nada difícil, vou ser apenas mais um na lista dele, muito em breve ele irá conseguir outra pessoa para ocupar o meu lugar.


Sou substituível para ele… grande merda. 


Deixei o Audi em frente a portaria, Happy poderia colocá-lo na garagem de Tony depois. Peguei o Mac, os contratos e subi para o último andar. Segui no corredor que dava a porta de entrada, antes de abri-la repassei na minha mente os motivos pelo qual eu estava fazendo aquilo.


Abri a porta e adentrei o apartamento, fiquei uns segundos parado antes de continuar a andar. Tony estava deitado no sofá, tinha uma música tocando na sala e ele parecia estar curtindo a melodia. Pigarreei, não sabia outra forma de chamar sua atenção.  


Ele passeou os olhos pela sala até chegar em mim, deu um sorriso e levantou-se logo em seguida. Seu sorriso se desfez quando ele olhou em minhas mãos e viu o que eu segurava. 


— Tony-


— Não. — Ele falou de maneira autoritária, me cortando e me impedindo de terminar. Agradeci, nem sabia por onde ia começar. Tony foi até a mesa de centro e desligou a música, depois começou a me olhar.


Ficamos assim nem sei por quanto tempo, eu ainda estava tentando achar as palavras certas e ao mesmo tempo tentando saber o que ele estava sentindo. É tão difícil decifrar ele, mesmo quando seus olhos estão fixos nos meus. 


— Acho que não posso ser tudo o que você quer que eu seja. — Eu disse por fim, a tensão entre nós só estava aumentando conforme passamos a nos encarar.


— O que está fazendo? — Ele me perguntou, dei de ombros e senti vontade de rir. Rir da forma como eu parecia um idiota ali parado. Ele fechou os olhos e quando abriu sua expressão foi de desalento. 


— Eu não sirvo para isso, não posso ser seu submisso. No começo eu achei que isso não iria importar tanto, que você mudaria de ideia com o passar do tempo, mas isso não aconteceu.


Ele arqueou a sobrancelha e sua expressão voltou a ser séria novamente. 


— A culpa não é sua, você deixou claro desde o início o que queria, eu não deveria ter me metido nisso pra começo de conversa. — Ele não disse nada, e isso estava começando a me deixando nervoso. — Nós dois queremos coisas diferentes, você quer alguém com quem possa transar e que obedeça todas as suas ordens, e eu não sou essa pessoa. 


— Você tem razão, você não é essa pessoa. Mas foi exatamente por isso que você me intrigou, confesso que achei que você era um completo submisso quando nos conhecemos, mas depois vi que não era bem assim. Não se engane, Peter. Eu não quero só sexo, quero outras coisas também. Nós podemos tentar fazer funcionar.


— Não, não podemos. Eu adoraria que pudéssemos fazer isso, adoraria de verdade por que eu me apaixonei por você. — Decidi ser honesto com ele, mas acho que não foi a melhor das escolhas. 


Tony pareceu assustado e arrependido ao ouvir aquilo, ele desviou o olhar e então suspirou. 


— Eu torci para que isso não acontecesse. — A voz dele é angustiada, parece que ele cometeu um erro. — Isso não podia ter acontecido. 


Ele parece em pânico, me pergunto o por que. 


— Por que não? Por que eu deveria ser apenas mais um escravo sexual ou isso tem a ver com a Pepper? 


Ele me olha, angústia misturada com raiva. 


— Ela foi uma submissa sua? 


Agora ele está com raiva e tristeza. Algo em mim diz que eu não deveria estar questionando isso, mas a curiosidade dentro de mim falou mais forte. 


— Isso não interessa a você, é uma parte da minha vida que eu quero muito esquecer. Agora, quanto a você. — Tony me olha com ressentimento. — Por favor, não vá embora. 


É nesse momento que sinto ódio por ele, é tão confuso tentar entendê-lo. Por que ele quer que eu fique? Tem tantas pessoas que dariam tudo apenas para ficar ao lado dele, eu não posso ser o que ele quer e mesmo assim ele quer que eu permaneça? 


— Por que eu não deveria ir? — Pergunto para ele, e pela primeira vez desde que eu o conheci, ele fica sem palavras. — Maravilha, se não consegue me dar um motivo é porque não tem. 


— Peter. 


— O que foi? 


Ele abre a boca e torna a fechar sem dizer nenhuma palavra, o que é isso? 


Deixo o Mac e os contratos na mesa de centro, junto com a chave do Audi. Eu não quero mais ficar aqui, preciso ir embora. 


— O seu carro está lá embaixo. Pode me dar o dinheiro que conseguiu com o meu Fusca?


— Por favor, não vá embora. 


— Tenho certeza que você vai encontrar outra pessoa para me substituir, deve ter alguém por aí que adoraria ser seu submisso.


— Nenhum deles seria igual a você.


Não entendo o que ele está tentando fazer, quer com que eu me sinta culpado e fique? Não vai conseguir. Se realmente ele não quer que eu vá embora, poderia me dar um motivo, mas pelo visto ele não tem nenhum. 


Adoraria que tivesse, mas não tem. Ficar com ele é complicado, ele não fala dos sentimentos, não se abre nem se comunica o suficiente para eu saber o que se passa dentro dele. Tudo bem que eu também não fiz isso, mas pelo menos eu consigo dizer minhas razões para desistir disso. 


Ele não pode simplesmente me explicar o por que dele ser assim? Por que ele quer que eu permaneça? Eu tentei, não sei se fiz o suficiente mas pelo menos tentei. Esse é o resultado final, não tem como mudar isso. 


O silêncio se instala novamente entre nós, não consigo olhar ele nos olhos, deve ser porque estou com os meus cheios de lágrimas. 


— Aceita cheque? — Tony fala depois de algum tempo, limpo meu rosto com minhas mãos e concordo com a cabeça. Ele sai da sala e vai até o escritório, permaneço de pé esperando por ele. — Aqui. — Ele volta e me entrega o papel, um cheque no valor de oito mil dólares. 


— O carro não valia tudo isso. — Digo e tento entregar o cheque de volta a ele, mas que droga, não quero seu maldito dinheiro! 


— Happy conseguiu vendê-lo por esse preço, pode perguntar para ele se não acredita em mim. Está esperando por você na recepção. — Tony responde sem emoção.


Coloco o papel no bolso, depois decido o que vou fazer com ele. Não sou idiota, sei que o carro não valia isso e é lógico que o motorista de Tony não vai contraria-lo. 


Gostaria de ficar com raiva dele, mas é impressionante como eu não consigo. 


Dou um passo para trás e me viro, sigo caminho até a porta de entrada e vou caminhando de volta até o elevador. Tony está me seguindo, consigo ouvir seus passos me acompanhando. Como posso me despedir dele? 


Aperto o botão para chamar o elevador, dois minutos e as portas se abrem, não tem ninguém dentro dele. Entro na caixa metálica e então tomo coragem para olhar para Tony, seus olhos estão marejados assim como os meus. 


— Não quero me despedir de você. — Ele murmura, só então percebo que está segurando a porta do elevador. Por que ele não pode simplesmente me deixar ir? 


— Nem eu. — Falo e faço um esforço enorme para não me desmanchar em lágrimas ali mesmo, Imploro mentalmente para esse dia acabar o quanto antes. 


Tony tira sua mão da porta e então se afasta do elevador, lentamente, a caixa metálica se fecha e nos despedimos apenas com o olhar. 



***



Entrei no meu quarto e me joguei na cama. É isso, acabou. Acabou mesmo, não tem mais volta. Não sabia que ia doer tanto, não fazia ideia de que ia me sentir dessa forma. Dói tanto, e não sei explicar.


É como se tivesse um vazio dentro de mim, um vazio que ele tinha preenchido. Eu estava tão acostumado em me sentir sozinho, e então ele apareceu e preencheu o buraco no meu coração. Agora ele se foi, e o buraco reapareceu, trazendo com ele a dor da solidão. 


É engraçado e triste ao mesmo tempo, voltei ao fundo do poço, voltei pro lugar de onde nunca deveria ter saído. Senti as lágrimas caindo sobre meu rosto, não quis evitá-las, afinal de contas eu nem tinha como fazer isso. Me apaixonar por Tony Stark foi o pior erro que cometi na vida, mas então por que não me sinto arrependido?


Deve ser por que em boa parte do tempo ele me fez feliz, acho que fantasiei coisas demais com ele, por isso não deve ter dado certo. Lógico, a culpa é minha, a culpa sempre é minha.


Eu não devia ter entrado de cabeça nisso, devia ter entendido os sinais. Fui muito burro, do começo ao fim achei que pudesse fazer funcionar. 


Não sou suficiente para ninguém, por isso estou sozinho agora. E é assim que devo ficar pelo resto da vida, sei que nunca mais vou amar alguém da mesma forma como amei aquele homem. E isso dói, dói demais. 


A solidão aos poucos foi tomando conta de mim, minha mente foi fazendo questão de me lembrar dos momentos felizes que vivi ao lado do Stark. Do que adianta, agora já era. Tudo acabou.


Comecei sozinho e vou terminar sozinho. 















Fim.


Notas Finais


Obrigado mais uma vez por me acompanharem nessa jornada, estou muito feliz por ter conseguido concluir a fanfic e trazer mais uma história pro reino Starker.

Não foi a melhor de todas, mas dá pro gasto né gente? Os primeiros capítulos devem ser reinscritos em breve então fiquem de olho.

Nunca vou poder agradecer todo o carinho de vocês, cada comentário e favorito significam muito para mim. ❤️❤️❤️❤️

P.s. Dizem por aí que vai ter um epílogo especial pra encerrar realmente com a fic 👀

Link para quem quiser ler Cinquenta tons de cinza: https://drive.google.com/file/d/1Rgci22J1F9aRb6reuqkRNsJJXyfpgw9D/view?usp=drivesdk


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