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História Fighting - Capítulo 2


Escrita por: Monikemoraes

Notas do Autor


Olá xuxuzinhos, postei antes porque estava pronto. Então pra que ficar guardando, não é mesmo?
O primeiro cap foi com alguns espaços a mais que no meu bloco de notas não tem! Não sei o que é então me desculpem, quis morrer quando eu vi.

Espero que gostem desse <3

Capítulo 2 - Capítulo 2


A noite estava acolhedora, o vento gelado em meu rosto, o céu estrelado e a companhia agradável de Min-hyung. Um ramen quentinho e os cabelos da garota a minha frente balançando conforme o vento batia. Até parecia idiota, no mínimo estupido, ficar tanto tempo trancado naquele prédio.
Ela tinha voltado a mexer no cabelo, parecia macio, o que me lembrou que eu realmente tinha que cortar minhas madeixas o mais rápido possível.

- O que está fazendo?- hyung não tinha aberto a boca durante todo o tempo que estávamos lá comendo. O que me fez ficar curioso sobre sua pergunta.

- Fazendo o que? Como assim? - eu só estava viajando em alguns pensamentos, será que ele queria que eu falasse com ele sobre isso? Não ele não faria isso.

- Não para de olhar pra ela - acenou com a mão para a garota um pouco longe de nós. - Eu vi ela outro dia também, é por isso que vem aqui? - um sorriso travesso estava em seus lábios - quero dizer, se não quiser contar tudo bem..

Ele queria saber sim! Como ele era idiota, pergunta e depois desconversa. Ri fraco, realmente parecia isso? Ok eu tinha achado o cabelo dela bonito e isso não quer dizer nada.

- A primeira vez que a vi foi ontem...- Eu estava realmente falando aquilo com Yoongi? - Não é por causa dela!

- Então pare de olhar assim, daqui a pouco ela percebe esse olhar mortífero sobre ela.

- Suga ela é nossa fã pelo amor de Deus. - ele tinha me irritado. - Olha só.

Peguei meu celular e liguei para a central que cuidava das músicas que tocava no rio Han. A essas horas eles atendiam e ja colocava a música no instante seguinte, mas de dia poderia demorar horas. A música de fundo, que eu já estava acostumado começou a tocar baixa no meu ouvido.

- Boa noite eu queria que você tocasse uma música do Bangtan, se chama Butterfly... Não senhora! Não contém palavras ofensivas - Um riso soprado escapou deixando a mulher irritada. - É que eu vou fazer uma supresa pra minha namorada e ela ama essa música. Se você pudesse.... Sim sim, isso... pode colocar um pouco mais alto. - A mulher que provavelmente seria uma louca romântica, suspirou ao telefone me dando boa noite e dizendo que era pra eu fazer minha "namorada" muito feliz.

- Mas que porra foi essa? - Yoongi estava rindo tanto que até ficou vermelho, não é que isso seja novidade ele era tão branco  que qualquer esforço o deixava corado.

Não deu dois minutos e a música já estava tocando um pouco mais alto que o normal. Vi quando a garota tirou os fones tentando prestar atenção na música que tocava. Achei estranho quando ela começou a  balançar a cabeça em negação, ela guardou os fones dentro do bolso e arrumou o cabelo em um choque.

A garota sorria fraco, o pescoço pendendo pra trás deixando o vento bater livremente em seu rosto. Ela era muito bonita, tinha a pele morena o que me deixou intrigado, aqui a maioria das pessoas não eram hospitaleiras com gente de outro país. Principalmente pessoas mais escuras ou que tivesse o mínimo de diferença da beleza asiática, volto a dizer: os padrões são um saco. Eu e os meninos não tínhamos nenhum preconceito, sempre queríamos saber e ficar perto de nossos fãs em outros países.
O cabelo negro se soltou do coque fraco e  por causa do vento, começou a voar em diferentes direções. A parte do Suga na música estava tocando, sua cabeça pendia de um lado pro outro acompanhando o ritmo e  provavelmente ela estava cantando junto, mas por conta do cabelo e a cabeça mexendo, não pode  mais ver alguns traços do seu rosto.

Senti os olhos dele meu rosto, quase perfurando meu crânio querendo saber o que eu pensava. E eu não pude dizer nada porque eu realmente não sabia o que estava pensando. Ela parecia bonita e digamos que tinha um ótimo gosto musical.
Já tinha tanto tempo que eu não sabia mais o que sentir em relação a uma garota. Não que eu estivesse sentindo alguma coisa, nem sabia seu nome e NADA em relação a ela. Isso é estúpido ninguém gosta de outra pessoa sem conhece-la bem.

- Da pra parar de me olhar? - literalmente rosnei. Voltando o olhar pra ele.

- Não. - abriu um sorriso amarelo - Vamos embora! Já são quase 3:15 e eu estou com sono. Amanhã voltamos para você bancar o maníaco com essa garota.

Eu nem pude responder, meu hyung ja estava de pé ao meu lado com nossas coisas em mãos. Disse que era pra eu jogar as vasilhas que tínhamos comido no lixo e que ele iria pegar o carro. Saiu andando nem se importando se eu queria ou não ir embora, eu era mais novo, ou seja, ele praticamente mandava em mim. A música tinha acabado e a moça já não dançava mais. Eu só tinha que passar por ela pra chegar na lata de lixo mais próxima.

- Filho da... mãe.

Minhas mãos estavam em meu rosto, as levei até meu cabelo dando um puxão bem leve. Eu tinha que passar ao lado dela. Literalmente. Eu ainda matava Min Yoongi com minhas próprias mãos! Ok era só uma garota que possivelmente ou não, era minha fã. Respirei fundo, realmente não queria sair tirando fotos.
Tomei coragem, juntei as coisas em meu braço e comecei a andar em direção a ela. Faltava dois degraus... um... passei e nem olhei pra mini pessoa do meu lado.

Senti seus olhos ardendo em minhas costas, continuei andando normalmente como quem não quer nada. Eu teria que fazer o caminho inverso para ir até o carro, do qual eu não fazia ideia da onde estava e por que o suga estava demorando tanto. Me virei pra ir embora, a cabeça dela virou tão rápido que eu podia jurar que ela não estava olhando antes. Mas seus olhos denunciaram suas ações passadas.
Fazendo meu caminho para onde eu estava antes pensei em dizer um "boa noite" ou só assentir com a cabeça, mas primeiro: eu era muito tímido pra qualquer interação assim com as pessoas, segundo: um cara as 3 da manhã de ta boa noite em um lugar aonde não tem ninguém, lembrei de como ela ficou na outra noite e não queria que ficasse com medo de novo, eu indo embora ela ficaria sozinha. Olhei pra moça em minha frente, não me importei muito se ela me reconhecesse, fui me aproximando e tirando coragem da onde nem sabia que tinha. Ela não podia ficar ali sozinha à essa hora era perigoso!
Suas bochechas estavam vermelhas, seus braços envolvendo suas pernas em um abraço e o queixo apoiado entre os dois joelhos, seus olhos eram pretos como o rio de noite, seu nariz era gordinho o que deixava seu rosto fofo, não pude deixar de rolar meus olhos para seus lábios que eram cheios e bem desenhados, estavam levemente vermelhos possivelmente por causa de algum batom. Quando eu parei alguns passos perto ela nem sequer levantou o olhar, continuo a fitar o rio como se eu não estivesse lá.
Soltei um pigaro. Talvez ela realmente não tenha notado minha presença ou não queria mesmo olhar para mim. Nada.

- VAMOS LOGO JEON EU QUERO IR EMBORA. -  Mais que merda de problema aquele garoto tinha?

Olhei mais uma vez pra ela e não tinha olhado pra mim. Não vou mentir que me senti quase rejeitado, quando dei meia volta para ir embora pude ouvir ela dando uma risada baixinho. Ela estava rindo de mim? Não sei. Só sei que ela era muito sem educação, isso sim. Sai andando sem olhar pra trás.

Nem tinha pego a maçaneta da porta e ele já veio com uma enxurrada de perguntas como: você falou com ela? Por que estava parado igual idiota do lado dela? Por que não disse tchau? Acha que não vi que saiu sem fazer o mínimo de educação com a moça? Ela é nossa fã, e daí? Não que eu esteja curioso em saber é só que eu sou seu hyung né?

Eu não respondi a nenhum delas, se ele não estava curioso para saber se eu tinha falado ou não com ela, não sabia então o porquê daquele interrogatório. A única coisa que matutava na minha cabeça era: por que ela não olhou pra mim?
Sei que não sou tão bonito, entre nós sete eu provavelmente era o 6° em questão de beleza. E se ela simplesmente não tivesse mesmo prestando atenção? E por que diabos eu estava pensando nisso?
Passei a mão no rosto descendo para nuca, igual o Jimin normalmente faz. Mas que droga! Intuitivamente soquei o porta luva do carro, o que claramente foi um erro. Hyung quase deu um murro na minha cara.

- Se você socar meu carro de novo, eu te jogo na rua. - e ele não estava brincando o que me fez ficar sentado em cima das mãos lançando um sorriso falso. - Se foi tão ruim assim é melhor nem voltar amanhã.

- O que? Olha eu não vou lá por causa dela ok? Foi super avulso ela aparecer!

- Então por que foi falar com ela?

- Você é cego só pode! Não viu que eu não falei com ela? E outra eu só ia aconselhar que ela fosse embora porque estava tarde. Mais que droga suga - dei uma ênfase no aconselhar por que ele era meio lerdo pra entender que eu não queria mandar ela embora ou algo do tipo.

- Hum.. tudo bem - deu de ombros - chegamos. Vai, sai logo eu quero dormir.

Nem entramos direito e ele já foi pro quarto sem nem dar boa noite. Eu não queria dormir. Eu não queria ficar ali, com todas aquelas memórias. Tentei ao máximo não fazer barulho, não queria que o Nanjoom acordasse. Ele dormia todo encolhido de frio porque o cobertor estava caído no chão, peguei e coloquei em cima dele me certificando que tinha coberto todo seu corpo.
Olhei pra minha cama e meu coração apertou, eu nunca iria me livrar daquele sentimento, era simplesmente impossível esquecer. Coloquei meu pijama e deitei olhando pro teto. Não queria dormir e ter outro pesadelo, mas eu estava tão cansado que fechei os olhos só por alguns segundos e apaguei. 

Pov. Luiza

Eu sentia falta da minha família, minhas amigas e amigos. Sempre que eu não conseguia suportar essa dor eu ia ao Rio Han, era um dos pontos turísticos da Coréia do Sul e também um dos meus favoritos. Não que eu tenha ido a muitos lugares, minha vida aqui era bem corrida, da escola pro trabalho, do trabalho pra casa do tio Sun hee.
Ele não era meu tio de verdade e sim um primo de 17° grau da minha mãe. Quando descobriu que tinha uma família distante ficou louco pra nos conhecer. Foi um choque pra ele saber que os "familiares" dele moravam nada mais nada menos que no Brasil, digamos que ele é meio louco da cabeça, apesar de ser um senhor com seus 65 anos, gosta muito de curtir a vida e viajar esbanjando todo seu dinheiro. Ele vinha de uma família tradicional e condição financeira média, lutou muito pra chegar aonde chegou e o admiro muito por isso.
Quando chegou uma carta na minha casa,  e também na dos meus tios, nos comunicando que um parente queria saber se poderia nos conhecer. Claro que estava escrito em inglês o que facilitou muito a vida de todo mundo, foi um fuzuê entre nossas famílias. A carta estava detalhada com muitas informações sobre a ligação que nossa família tinha com a dele, deixando caro que não tinha nenhum interesse financeiro ou qualquer outra coisa do gênero, se quiséssemos fazer exames de sangue ele de bom grado o faria, pois também estava muito curioso.
O três irmãos, minha mãe Anastasia e meus dois tio Ricardo e João se reuniram para decidir o que fazer. A princípio pensaram que fosse engano, toda via não tinha como ter chegado errado! Havia nomes e detalhes importantes que deixou claro que a carta nos pertencia. Pois bem, todos concordaram em aceitar o pedido deste homem que nunca tinham visto e nem ouvido falar. Minha irmã e eu que somos as mais velhas entre nossos primos, ajudamos a escrever uma carta com a resposta e que queríamos o exame de DNA, mesmo sendo um provável parente muito muito distante, nos informamos que se tivesse o mínimo de DNA compatível ele seria sim um familiar.
Depois que finalmente o encontro havia acontecido, do qual tio Sun Hee contratou uma mulher para traduzir tudo que falava e vice-versa, do teste comprovando esse pequeno e distante laço sanguíneo o bom senhor decidiu que passaria um tempo aqui conosco, em uma pousada que fica na região.
Acabou que esse "tempo" durou 7 meses e durante essa estadia ele me ensinou muitas coisas em coreano e sobre as tradições e respeito. Claro que a Julie estava sempre conosco para traduzir e ela acabou me ajudando muito também. Quando ele foi embora eu fiquei muito mal! Tínhamos ficado amigos de verdade e sentiria sua falta. Três meses depois ele voltou, mas dessa vez foi para me levar com ele para estudar e trabalhar na sua empresa. Meus pais ( não sei como) já sabiam e autorizaram. Eu pirei claro e quando finalmente estava entrando dentro daquele avião vi que minha vida estava virando de cabeça pra baixo.

A um ano atrás eu nem imaginava que um dia estaria aqui, sentada em frente ao Han pensando na minha vida. Sempre que dava eu ligava em casa e de vez em quando fazia chamada de vídeo com meus pais e minha irmã, ela não tinha vindo por conta da faculdade.
Hoje eu tinha descoberto o quanto foi duro pro tio Sun me trazer junto com ele, fiquei péssima com isso. Não queria deixar ele saber por isso sai sem que ele notasse, o motorista era uma pessoa doce com quem eu sempre conversava horas então ele me trazia aqui as vezes pra ficar um pouco"sozinha", mas ele sempre ficava por perto pra não me deixar totalmente sem proteção.
Não vou mentir a xenofobia é forte e eu não tinha ideia na onde eu estava me metendo quando cheguei, as vezes eu só queria saber o porque algumas pessoas maltratam outras só por não serem iguais a elas. Mas eu não ligava ou eu pensava que seria melhor se não ligasse, eu tinha era muito mais que estar grata por tudo que tinha e estava acontecendo comigo. Minha mente estava a mil, lembranças horríveis estavam vindo a tona, normalmente era sempre nesse horário. Eu realmente tentava fugir... Mas quem não tem seus próprios demônios internos?

Achei que estivesse "sozinha" até que comecei a ouvir dois garotos rindo atrás de mim. Não entrei em pânico que nem outro dia, o sr° Sehun estava a uma distância segura vendo tudo, então simplesmente fiz que não tinha notado a presença deles. Ainda estava pensando em coisas que tinham acontecido comigo, meus olhos rolaram para meus braços e me encolhi com as lembranças que eles me traziam. Essas que eu só queria esquecer, mas não dava, porque cada uma daquelas marcas me faziam ser quem eu sou hoje.
Estava de fone porém consegui ouvir a música que tinha começado a tocar pela rádio do rio e tirei meus fones. Eu simplesmente adorava aquela música, era minha preferida do Bangtan. Intuitivamente minha cabeça tombou pra trás para que eu sentisse o ar gelado em meu rosto , meu coque que outrora estava preso se soltou formando cascatas em minhas costas e logo depois voando em todas as direções por conta do vento forte. Era a minha parte favorita então comecei a me balançar no ritmo cantando junto baixinho.
Um deles estava olhando, eu sentia seu olhar sobre mim o que me deixou um pouco desconfortável. Voltei a fitar o rio é tentei esvaziar minha mente de tudo, nem sei quanto tempo fiquei para ali.
Ouvi que eu um dos garotos estava se aproximando, já estava preparando uma boa resposta se ele falasse alguma coisa é ao contrário do que eu esperava o garoto alto passou reto indo até a lata de lixo. Parecia ser o mesmo menino que estava lá antes e viu minha cena falha de tentar dançar uma música que tocava. Comecei a avaliar sua postura que era tensa, suas costas não era muito largas só proporcional a sua anatomia. Seu cabelo estava de baixo de um toca e suas mãos eram grandes com dedos compridos e parcialmente finos. Quando ele se virou para voltar rolei os olhos para o rio fingindo que não tinha ficado olhando. Seu passos era determinados no começo, até que ele começou a se aproximar, estava perto... só mais alguns passos.. ele estava parado ao meu lado. Meu coração acelerou e fingi novamente que não o tinha visto, talvez se o ignorasse ele fosse embora, engano meu. Ele não me encarava diretamente só vez ou outra lançava olhares e desviava logo em seguida. O que ele queria afinal? Ouvi quando o outro começou a gritar para que ele fosse pro carro porque estava com sono. Não pude conter minha risada, foi quase fofo como ele ficou sem jeito e girou os calcanhares para ir embora.
Vi quando ele foi embora com a cabeça baixa, não sei se devia ter falado com ele, não sou muito de falar com estranhos e nem socializar muito com as pessoas. No passado talvez eu tivesse ido primeiro falar com eles e ser bem "porra louca" e agora isso estava fora de cogitação! Me levantei e fui ate o senhor que estava encostado no carro. Acenei pra ele e entramos no automóvel.

- A srt° está melhor? Aquele garoto que se aproximou.. - Ele era um doce, sempre me perguntava como eu estava na sentido e no que podia me ajudar.

- Eu estou bem sr°Sehun. Quantas vezes tenho que pedir para que me chame de Luiza ou me trate como "você"? - cruzei os braços fazendo cara de brava que logo se desfez dando lugar pra um sorriso. - Vamos diga comigo - disse fazendo gestos de incentivo - Luiza como você está?

Ele repetiu os gestos e as palavras dando risada. Eu não me sentava atrás, ele podia ser pago pra me levar pra cima e pra baixo, mas eu não era esse tipo de garota. Nunca gostei e nem admiti que diminuíssem alguém na minha frente! Por isso sempre sentava no banco da frente e ia conversando com o jovem senhor ao meu lado.
Lhe contei que os meninos não haviam feito nada e que ele não tinha falado nada e que eu nem o tinha olhado e que estava mal com isso.

- Ele pode pensar que você não tem educação e respeito Luiza, não foi certo o que você fez! Uma menina tão bonita e gentil não pode ser assim com as pessoas.

-Ele é o mesmo menino da outra noite - lhe informei.

- Se ele for amanhã - olhei com ou olhar curioso - não me olhe assim mocinha, acha que eu não sei que vai querer vir amanhã também? Você está quase todo dia indo ao Rio, mesmo eu dizendo que você tem escola. Já reparei que quando não vamos você fica o dia todo mal humorada e até mesmo abalada.

-Esta tão na cara assim? Eu me sinto livre lá, como se nada fosse me machucar.... de novo - soou quase como um sussurro, disse mais pra mim mesma do que pra ele.

Eu sabia que ele tinha ouvido mesmo que tenha saído baixo e não comentou nada sobre o que acabara de escutar. Isso era outra coisa que eu gostava: ele nunca falava quando achava que não seria certo. Fomos o resto do caminho em silêncio, não aqueles desagradáveis e tenso, era acolhedor e calmo, nós dois perdidos em pensamentos.

De longe reconheci a casa que era tão familiar e aconchegante. Quem passa lá e vê aquela mansão deve realmente pensar que há felicidade e uma família completa morando ali, o que é um enorme engano. Nos aproximamos do portão que se abriu no mesmo instante, costumamos o jardim enorme que tinha vários tipos de flores, umas raríssimas e mesmo não gostando muito de flores tinha que admitir que eram incríveis. A fonte em formato de elefante ficava em frente a porta principal que por sua vez também era enorme.

Sehun parou e me disse que ia trocar o carro de amanhã e que depois entrava. Só mais uma coisa sobre o tio Sun Hee: ele adora a casa cheia então praticamente todos dos empregados moravam lá. O que eu amava porque nunca ficava chato.

Abri a porta e tirei os sapatos, para poder andar no carpete branco que incrivelmente continuava claríssimo todos os dias. O sofá era vermelho sangue e tinha uma mesinha de centro. Andei a até a cozinha que era na frente do estilo americana, com a bancada separando da sala e fiz um sanduíche rápido pra poder comer. Sook que é responsável pela comida aqui em casa tinha deixado suco pra mim na geladeira e estava uma delícia.
Terminei meu lanche e fui pro meu quarto, a escada era grande o que sempre me fazia cansar quando chegava no topo, uma coisa que eu nunca entendi é: por quê essas pessoas ricas gostam tanto de escadas que demoram uma eternidade pra subir?
Quando chega no final, se for reto da pra sala de jogos, uma sala com tatame e todos os materiais necessários para lutas e pra uma mini academia de ginástica. Se virar pra esquerda ou pra direita e ir pelo corredor, da para os quartos. O meu era o último do lado direito, segui o caminho já tão conhecido vendo os quadros que tem na parede, posso passar lá 1000 vezes que nas mil vou ficar olhando cada um, é inclusive como tio Sun realmente tem um gosto muito bom pra praticamente tudo.
Meu quarto era de um azul claro e não tinha muitas coisas, uma cama de casal que ficava encostada na parede, a mesinha de cabeceira com alguns retratos e o despertador, o guarda roupa na mesma parede que a porta e na frente uma janela que ia até o chão dando passagem pra mini varanda com uma poltrona e aquela cadeira de madeira que fica presa no teto, parecendo um balanço só que com uma corda só. O banheiro ficava no outro canto do quarto.
Era simples, mas muito aconchegante e eu gostava muito.
Me joguei na cama e fechei os olhos já imaginava o dia cansativo que seria amanhã.



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