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História Filematofobia - Eu preciso de ajuda


Escrita por: onedmoon

Capítulo 28 - Eu preciso de ajuda


 

Se há alguns meses atrás, me contassem sobre tudo o que aconteceu em minha vida, eu iria dar uma sonora gargalhada, por isso, eu entendia o fato de Meghan estar gargalhando a exatos dois minutos de minha cara. Quando eu joguei uma pipoca em sua boca aberta, a fazendo engasgar, ela finalmente parou.

 

— Desculpe, desculpe – pediu após se desengasgar do grão – Eu só...cara isso tudo é muito louco, tipo, você?

—Como assim? – fiz careta.

— Não me entenda mal Line – Meghan se ajeitou, deixando o pote de pipoca no chão – Mas...cara você teve esses transtornos por tanto tempo, e hoje me diz que tem um namorado?

— Não namoramos – a corrigi, fazendo-a revirar os olhos.

— Querida, se vocês são exclusivos e se gostam, são namorados – engoli em seco, caindo na real. Ai caramba, eu tinha um namorado? – E agora, você tem um monte de amigos e eu não poderia estar mais orgulhosa, aliviada e assustada por tudo isso.

— Eu sei – remexi na pipoca – Espere – a olhei confusa – Teve? Eu ainda tenho os transtornos Meghan.

— Será que tem? – pisquei em choque – Digo, você ainda tem receio de se aproximar de garotos? De beijar? De se apaixonar?

— E-eu – gaguejei, confusa – Eu não sei, digo...Não tenho com Justin – Meghan fez careta.

— Isso não é bom – negou com a cabeça repetidas vezes.

—O quê? O que não é bom? – perguntei com os olhos arregalados.

— Não acha que está muito dependente do Bieber? – a olhei ainda mais confusa – Tipo, você não tem medo dele, de o beijar, e está praticamente apaixonada por ele mas...E os outros caras? Isso significa que você está curada só por ele?

— Eu sou amiga de Lucas e ás vezes falo com Christian.

—Mas como se sente só de pensar em beijar Christian? Dê se apaixonar por ele ou outro cara?

— Eu...não sei – suspirei – Você quer dizer que eu deveria sair com outros caras?

— Quero dizer que você não deveria ficar tão dependente de Justin, se isso que vocês têm der errado, tenho medo que na verdade você não tenha se curado. – me joguei para trás na cama, exausta de tudo aquilo.

— Eu queria ser normal Meghan. – contei em um murmuro.

— Você já pensou que se contar o que realmente te afeta, possa te ajudar? – olhei-a piscando lentamente, assimilando o que disse – Eu quero que melhore Line, mas para isso, deve permitir que as pessoas te ajudem. Moore sempre me pergunta se sei o que aconteceu, ela se sente culpada, eu me sinto culpada, isso não afeta só a você Line, afeta a todos ao seu redor.

 

[...]

 

Rosey High School

Miami, Flórida

Sexta feira chegou, e com ela, um Lucas com mexas ruivas no cabelo.

 

— Que merda você fez? – Rose perguntou, deixando cair seu lápis. Eu e Meghan o olhávamos atônitas. Hana havia pego uma virose e não tinha vindo para a escola, perdendo a grande confusão que estava na escola com a falta de alguns professores, causando a junção das duas salas do terceiro ano.

— Bom dia minhas deusas, como estão? – perguntou, dando um beijo em mim e em minha prima. Rose continuava com a cara de nojo – Lhe respondendo, querida Rose, eu fui no salão mudar o visual.

— Isso até quem está a dois quilômetros de distância percebeu mané – se recuperou, voltando a sua cara de irênia comum que sempre estava presente ao falar com Lucas – Quero saber o porquê – olhou novamente o cabelo dele – Disso. – fez careta. Lucas revirou os olhos, se sentando na cadeira ao lado de Rose.

— Bom, já que ninguém quer pintar o cabelo de ruivo, eu mesmo decidi pintar, na verdade, fazer mechas porque convenhamos, eu ficaria horrível ruivo.

—E achou que com mechas ficaria melhor? – Rose zombou, mas Lucas apenas ignorou.

— Espera – Meghan, ao meu lado, exclamou – Isso é por causa daquele lance de meninas superpoderosas?

— Meu Deus Lucas – exclamei, negando com a cabeça.

— O quê? Alguém tinha que se sacrificar pelo grupo.

— Eu tenho os amigos mais estranhos do mundo – Meghan murmurou. No segundo seguinte, a porta se abriu, causando mais alvoroço por ter mais vozes na sala. Os garotos do time de futebol entraram, ostentando suas jaquetas. Ryan, junto com Chaz, parou na frente da sala e o segundo soltou um assobio, fazendo todos se calarem.

— Ae galera, temos um jogo no domingo, e amanhã vai ter uma festa de comemoração da vitória lá na minha casa – um burburinho começou após a fala de Ryan – Estão todos convidados. – gritos de empolgação soaram por toda a sala, principalmente das lideres de torcida. Um garoto do time de basquete gritou.

— Comemorar a vitória? Os Tigers vão acabar com vocês – gritos de apoio dos outros do time de basquete soaram. Ryan revirou os olhos enquanto Chaz ficava vermelho de raiva.

— Pelo menos nós estamos na final, e vocês? A quanto tempo não conseguem nem ir para as quartas? – os garotos do futebol gritaram em apoio a Chaz. Revirei os olhos, essa competição entre os dois times era ridícula. De repente, pude ver Stacie, com seu costumeiro uniforme de torcida, se levantar.

— Tem certeza que quer chamar todos? Acho que alguns não deveriam ser convidados – olhou em nossa direção, onde a maioria dos excluídos e esquisitos, como Rose dizia, se sentava. Quando vi Meghan se levantar, quase murmurei um palavrão.

— Oh querida, tem medo de que ofusquemos você e essas piranhas ai? Sinto muito se nossa beleza te incomoda. – Stacie gargalhou mas quem respondeu foi uma das garotas daquele dia da briga. Deus, onde estava o professor com a maldita prova?

— Beleza? Já viu o cabelo do seu amigo ai? -alguns riram.

— Nisso ela não mentiu – Rose murmurou e eu chutei sua bunda pela cadeira.

— Pelo menos meu cabelo é hidratado, enquanto o seu dá para ver as pontas duplas de longe. – a garota abriu a boca em choque.

— Dane-se, vocês podem ir, mas a Angeline não está convidada. – todos se calaram pela fala de Stacie e me encararam. Senti meu rosto esquentar tanto que poderia fritar um ovo nele. Meghan abriu a boca para retrucar mas eu segurei sua mão.

— Eu não entendo o motivo dessas rixas femininas, acredito que todas as garotas deveriam se apoiar, principalmente vivendo nessa sociedade machista – uma garota que ninguém nunca havia ouvido a voz começou a bater palmas, mas parou ao ver que era a única – Eu respeito seu pedido, mas como a casa é de Ryan só deixarei ou não de ir caso ele queira. – os olhos arregalados de Stacie e de outras garotas foram em sua direção. Ryan sorriu, cruzando os braços, nada afetado.

— Angeline está totalmente convidada – Stacie bufou, voltando a se sentar – Principalmente por também ser o aniversário do Bieber, acho que sua presença é obrigatória. – alguns gritos ressoaram pela sala, e eu me afundei na cadeira fazendo Ryan rir. Então finalmente o professor chegou, fazendo todos se sentarem e a algazarra diminuir. Do outro lado da sala, Stacie me encarava com um misto de raiva e confusão.

— Qual foi a do discurso? – Lucas perguntou, se virando para trás – Se fosse eu, a teria mandado rodar a bolsinha. – soltei um riso.

— Só acho que essas rixas deveriam acabar – dei de ombros.

—Pensei que detestasse a ruiva – Rose comentou. Arregalei os olhos negando com a cabeça;

—Nunca disse isso, e espero que seja reciproco porque ficar com raiva de mim por causa de um garoto é ridículo.- Rose sorriu, voltando a se virar para frente quando o professor começou a distribuir as provas. Senti os braços de Meghan em volta de meu pescoço.

— Você é meu orgulho lindinha. – dei risada, mas no fundo, totalmente preocupada com a reação de Stacie, sentia que o que viria não seria nada bom.

 

[...]

 

Pelo resto do dia, eu fugi de Stacie. Ela parecia me perseguir em todos os lugares, e no banheiro, subi em cima do vaso sanitário fingindo que não era eu ali, ela saiu soltando fogo, acho que queria conversar comigo, ou me bater, ou os dois ao mesmo tempo, mas coisa boa não era.

Na saída, eu fui uma das últimas a sair pelas  portas do colégio, havia dispensado a carona de Meghan, na verdade, ela cansou de me esperar sair já que eu só sai depois que todas as lideres de torcida foram embora. Não havia sido uma boa ideia, agora eu teria que ir de ônibus e eu me amaldiçoei por não saber dirigir. Quando estava perto do ponto de ônibus, meu celular tocou. O alcancei, franzindo o cenho ao ver o nome de Justin na tela, sendo que ele estaria agora no hospital com seus irmãos.

 

—Alô? – atendi, mas não foi a voz de Justin que me saudou.

— Angeline?

— Jenie? – perguntei, cada vez mais confusa – Oi, tudo bem?

— Sim, quer dizer, não, eu... – ouve alguns minutos de silencio e eu ouvi algo ser quebrado ao fundo – Você poderia vir aqui? 

—No hospital? – fiz careta.

—Hospital? Quê? Não – meu nível de confusão estava nas alturas – Aqui em casa, eu...preciso da sua ajuda – continuei em silêncio, tentando assimilar tudo – Por favor.

— Ok – respirei fundo – Me passe o endereço por mensagem, falando nisso, por que está ligando pelo celular de Justin, está tudo bem?

—Eu te explico tudo quando chegar – outro barulho – Tenho que ir, fico te esperando, obrigada Angel.

 

Desligou, e minutos depois, recebi o endereço por mensagem. Confusa, botei no maps o endereço e vi que ficava quase do outro lado da cidade. Olhei para cima pedindo uma luz, eu realmente não sabia se ia ou não, as palavras de Meghan reverberavam em minha mente.

 

— Loirinha – virei para trás, assustada, e vi Christian se aproximando com um sorriso no rosto. Ele estava suado, fazendo a blusa do time de basquete grudar em seu tronco e confesso que dei uma olhada rápida naquela direção.

— Você é a luz? – perguntei, o fazendo parar de sorrir para assumir uma expressão confusa.

—Luz? Sei que tenho uma beleza angelical mas não é para tanto – agora, eu que fiz careta – Tu usou drogas?

— O quê? – perguntei, indignada – Claro que não, eu só... – olhei para o celular, recebendo outra mensagem de Justin, ou melhor Jenie “Você vem mesmo, né?“ – Pode me dar uma carona? – Christian cruzou os braços.

— Acha que sou seu chofer? Sempre que nos vemos rola uma carona no meio – encolhi os ombros, me sentindo culpada – Tô brincando loira, relaxa – gargalhou, descruzando os braços – Me espera tomar uma ducha? É rápido.

— Tudo bem – respirei fundo – Posso esperar no carro?

— Quem me garante que não vai me roubar? – o olhei erguendo a sobrancelha.

—Eu não sei dirigir?

— Não muito bom argumento, mas eu aceito. – jogou as chaves em minha direção, e por pouco elas não me acertaram na cara – Tome conta da Dolly.

—Dolly? – perguntei, mas Chris já estava correndo para longe.

 

[...]

 

O caminho até a casa dos Bieber’s foi rápido e eu até diria engraçado, se não tivesse tão preocupada com a ligação de Jenie. Christian cantava todas as músicas que tocava no rádio, chegava até a imitar notas altas de certas cantoras. Em um momento, ele se empolgou tanto com a música que quase atropelou uma pomba! Eu me perguntava porque algumas pessoas como Justin não gostavam dele, ele era legal, tinha um humor meio estranho mas eu estranhamente gostava. Rose havia dito que era porque os dois além de serem de times distintos, eram os machos alfas do colégio. Eu gostava daquela coisa que eu e Chris tínhamos, e eu queria realmente tornar-me sua amiga e não somente ficar o pedindo carona.

 

— Chegamos madame – pisquei, percebendo que o pontinho azul no celular havia chegado ao seu destino. Tirei o cinto, pronta para sair do carro mas sentia que devia algo a Chris.

— Obrigada pela carona e... – Chris me olhou, sorrindo de lado – E-eu – tossi – Digo...

— Fala logo loira – revirou os olhos, aumentando o sorriso.

—Quer sair um dia desses? – Chris ergueu a sobrancelha – Quer dizer, vai sair um filme legal sexta que vem no cinema, a gente podia ir ver, ou eu...

—Eu aceito – soltei um suspiro de alivio – Mas, iriamos como...

—Amigos – completei, percebi o sorriso de Christian diminuir um pouco mas ele pareceu disfarçar, coçando a sobrancelha.

— Escuta, esse lance entre você e o Bieber é sério? – abri a boca um pouco em choque pela pergunta.

— Eu... – atrás do ombro dele, vi, através da janela, a porta da casa atrás de nós se abrir e uma Jenie assustada olhando para nosso carro – Preciso ir – abri a porta do carro, pegando minha mochila, mas antes de sair, deixei um beijo na bochecha dele – Obrigada pela carona. – o vi sorrir antes de sair do carro e correr em direção a Jenie que acenava de forma desesperada. Assim que cheguei perto da mesma, ela me puxou para dentro e fechou a porta. Assim que olhei ao redor, levei um susto.

— O que...aconteceu? – perguntei, enquanto olhava os estilhaços de vidro no chão, o sofá revirado e até a TV de tela plana quebrada.

— Meu irmão aconteceu. – puxou-me a mão, e eu a segui em direção a escada.

—O que está acontecendo Jenie? – perguntei, a impedindo de andar mais assim que chegamos ao topo da escada. Jenie me olhou e em seguida soltou um suspiro.

— Você deve saber dos problemas que meu pai e meu irmão tem né? – assenti com a cabeça – Ele não gosta de comemorar seu aniversário, ele tem suas razões mas...Minha mãe foi no obstetra, uma consulta de rotina, e quando chegou em casa, anunciou para todos que na verdade, está grávida de gêmeos – abri a boca em choque – Meu pai não aceitou a noticia, ameaçou bater nela, Justin impediu mas eles discutiram, começaram a brigar e... – começou a olhar ao redor impaciente – No meio da discussão minha mãe saiu correndo, meus irmãos entraram em choque e se trancaram no quarto. Meu – tossiu – Jeremy pegou as garrafas de bebida e saiu batendo a porta, consegui trancar Justin no quarto para que parasse de quebrar as coisas mas eu preciso muito ir atrás da minha mãe Angel – segurou minhas mãos, me olhando tão desesperada que senti meus olhos marejarem – Não queria lhe colocar nisso, mas além de você, só Ryan sabe de toda a situação, mas ele não atendia o celular e eu to-

— Tudo bem – a interrompi, tentando a acalmar – Procure sua mãe, eu tento acalmar a fera.

— Obrigada Angel – me abraçou forte – Meus irmãos estão no quarto de Jaz – apontou para a porta ao lado – Mas eles não saírão tão cedo, Justin está no quarto dele, tem uma maleta de primeiros socorros debaixo da pia do banheiro, um banho frio ajuda. Preciso ir, volto o mais rápido possível. – depois de me dar uma chave, desceu as escadas correndo, e eu mal tive tempo de dizer algo antes de ouvir a porta bater.

— Primeiros, socorros? – perguntei ao vazio. Olhei para as portas ao redor, identificando a porta de Justin e respirei fundo, tomando coragem para enfrentar a situação. Lá vamos nós.

 


Notas Finais


Hellou galera, semana passada não rolou atualização mas além de hoje, vai ter algumas outras essa semana.
Espero que tenham gostado, o próximo capítulo é extremamente fofo e triste, aguenta coração.
Beijos e até breve


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