História Filhos Da Máfia HIATUS - Capítulo 3 - Depois Das Aulas...

Região Kinki – Osaka, Japão

11 de Abril de 2016

15:57 P.M

Uma semana havia se passado tão rápido que tanto Senju e Uchiha não perceberam que os dias acabavam rápidos. Estavam tão ocupados com as vidas duplas, que sequer encontraram nada sobre os seus inimigos.

Isso os irritavam.

Experimentavam uma realidade totalmente diferente das suas, e isso eram um tanto curioso.

E durante aquele fim de tarde, a líder do Byakugou realizava novamente, uma das tarefas que todos os estudantes faziam para preservar a escola. E claro, a Konoha não seria diferente.

Ela teve o azar – ou sorte – de seu nome ser sorteado no primeiro sorteio, feito por Iruka Umino, seu professor. Toda semana, depois que os alunos terminarem de limpar a sala, segundo ele, haveria um sorteio e aquele que for chamado, ficaria para arrumar a maravilhosa estante de livros da turma.

Quando o sinal tinha tocado, suas companheiras Tenten e Ino, passaram em sua sala para acompanhá-la, porém, Sakura avisou-lhes que deveria ficar e que as duas garotas estavam liberadas por hoje.

Talvez estivesse se entregando demais ao papel de estudante. Mas ela adorava um trabalho bem feito.

Desceu da cadeira para pegar mais alguns livros, quais ela tinha separado por volumes, temas e matérias. Sentiu o bolso da saia vibrar. Pegou o aparelho celular e abriu a mensagem.

“ Espero que esteja se divertindo no seu papel de colegial. Quem diria, uma líder fazendo uma faxina. – T.N ”

Continha a raiva que sentia, e enfiou o eletrônico no bolso novamente. Com toda certeza esse T.N estava caçoando dela. E esse desgraçado nem sequer tinha coragem de revelar seu nome.

Agora gostaria mais do que nunca terminar a maldita arrumação destes livros. Pegou um monte e subiu novamente na cadeira, colocava um por um na ordem.

- Que droga de mensagem. Droga de sorteio! – Estava completamente irritada. Enfiou o ultimo livro com brutalidade.

- Descontando a raiva nos livros. Ótima maneira. – Disse o rapaz adentrando a sala. Foi pega de surpresa, que a fez desequilibrar de onde estava. – Cuidado. – Amparou uma provável queda.

- Sasuke?! – Ficou um tanto nervosa, afastou-se. E se ele tivesse ouvido algo? – O que faz aqui?

- Vim buscar a minha mochila. – Ele aponta. – Que azar, hein.

Ela sabia que ele se referia a arrumação. Ela simplesmente concordou com um balançar leve de cabeça, mas já havia terminado tudo. Soube que o rapaz a sua frente era emancipado, segundo ele, seus pais vivem viajando e não tinham tempo para resolver coisas de adolescente, então ganhou a emancipação. Assim sendo responsável por seus próprios atos.

Por que Jiraiya não pensou nisso?

Sakura estava tão focada em seus pensamentos que não percebeu a aproximação de Sasuke. Na verdade, nunca conseguia detectar a aproximação dele. Era como um felino de passos leves. Só percebeu quando o sentiu por uma mecha rosa atrás da orelha, a assustando com a tamanha aproximação e ousadia.

Estavam tão próximos... Até podia sentir o cheiro de café, provavelmente ele havia tomado um pouco, ou até mesmo comido uma daquelas balinhas.

- Por favor, não... – Murmurou fechando os olhos.

 Eles pensavam que aquilo era errado. Pensavam que um era mais velho do que o outro, e isso estava fora dos planos.

Mesmo assim o Uchiha queria. Aquela colegial a sua frente era atraente. Não só fisicamente, a sua personalidade forte chamava atenção também. Se ela soubesse a sua verdadeira idade, o que ela pensaria?

Já viu diversas vezes menores de idade saírem com caras mais velhos. Muitas vezes os homens persuadiam as meninas, oferecendo roupas boas, acessórios caros...

Sentiu a maciez dos lábios da menina contra os seus. Também pôde sentir duas mãos o empurrando de leve, só para se afastar de si.

- Me desculpe. Eu ... – Não sabia o que dizer. Por um momento, sentiu-se que nem um daqueles homens.   

- Eu estou bem. – Disse desviando do corpo do moreno.

Pegou a sua mochila e saiu o mais rápido que podia dali. Seu coração parecia tambores. Ela não queria aproximação de rapazes, e muito menos de um estudante. Estava nervosa, não por gastar dele, pelo o contrário. Ele era apenas um adolescente irresponsável, que fazia tudo o que vinha a mente, não o culpava. Porém, o motivo de estar assim, é que fazia muito tempo que não tinha esse tipo de contato.

Tudo o que ela amava, a morte levava.

E quem a amava, a vida não era nada gentil.

Não que ela o amasse, mas também não queria que o garoto chegasse a sentir isso por ela.

Sasuke soltou um suspiro de irritação, tinha feito algo idiota. E se ela tivesse um namorado? Ou se aquele fosse o primeiro beijo dela? Garotas se importavam demais com aquilo. Com as mãos, bagunçou os cabelos de cor escura, uma característica herdada dos pais, assim como a cor dos olhos.

Pegou a sua mochila e saiu em disparada ao encontro da garota. A viu parada checando o que parecia um ferimento um pouco abaixo do ombro de um garoto menor.

- Sakura...! – Parou próximo deles.

- Não acredito que se esqueceu do nosso passeio! – Falou Nawaki, estava um pouco decepcionado. Afinal, ele lembrou a sua irmã mais velha esta manhã. E ainda veio sozinho da escola para vim buscá-la.

- Me desculpe. – Ela realmente tinha esquecido. – Ligarei para o Jiraiya e logo iremos.

Afastou-se um pouco dos dois para fazer a ligação.

- Hey, você não é o cara do avião? – Perguntou Nawaki, agora se dando conta da presença dele.

- Sim.

- Agora entendi. – Exclamou, estalando os dedos como se tivesse descoberto algo grandioso. – É você o cara que ela vive reclamando.

- É mesmo? – Não pôde de sorrir com aquela revelação.

Antes que o assunto rendesse mais algumas revelações, Sakura voltava guardando o celular e se perguntando o que o moreno ainda fazia ali. Tinha que confessar, ele era persistente quando queria.

Perguntou para o seu irmão mais novo para onde ele gostaria de ir e o mesmo respondeu que passar o resto do fim da tarde em um parque e um jantar fora não seria uma má idéia, e prontamente a mais velha concordou.

Nawaki já tinha entendido e ouvido falar por Jiraiya, que Sakura de uns anos pra cá, começou a ter alguns problemas que dificultou o convívio dela com algumas pessoas. E claro, não é tão fã de contato humano. Por tanto, percebeu que ela fazia um esforço para corresponder os seus carinhos e afeto de irmã.

Durante o trajeto, Sasuke observava o quanto Sakura era calada mesmo na presença de seu irmão, porém, sempre atenta ao que o caçula tagarelava sobre o seu dia na escola. Pôde perceber que o pequeno tinha até um sotaque diferente, chutava que ele viveu em outro país, talvez. Concluiu que ambos viveram separados, pois um sempre estava tentando conhecer o outro. Pais divorciados? Talvez tenha sido isso, por  ter a encontrado naquele avião. Também não pôde deixar de notar que Nawaki tinha um curativo, o qual viu a irmã mais velha examinar.

Pensou por um tempo que estava se intrometendo até demais no programa dos dois. Mas ainda gostaria de se desculpar adequadamente pela a besteira que fizera na sala de aula.

O cenário mudava, as ruas eram substituídas por trilhas, os comercio e as casas por árvores. Procuraram um lugar para se sentarem e escolheram uma arvore próxima a um córrego. Por um momento ficaram em silencio, observando as crianças que brincavam, os casais que andavam.

Era calmo.

- Pensei que tivesse desistido de nos seguir.

- Posso comprar um sorvete? – Perguntou Nawaki.

 Podia dizer que aquilo era uma desculpa esfarrapada para deixá-los um pouco às sós, mas ele realmente queria um. Saltitante a criança foi à procura de um sorveteiro.

- O que quer, Tsubasa?

- Quero me desculpar. – Coçou a cabeça sem jeito. – Você tem todo o direito de ficar irritada comigo. Nem sei se você tem namorado ou algo do tipo...

E pela primeira vez a viu soltar um sorriso involuntário da parte dela. Ele tinha falado algo engraçado?

Após escolher o sabor das bolas de sorvete e da calda que queria por cima, o pequeno pagou ao moço e deu a sua primeira lambida. O aprovou.

Deu alguns passos na direção de onde estava a sua irmã e logo foi parado por uma mão que pousou sob em um de seus ombros.

- Olha quem eu encontrei, um Senju. – Ao ouvir a voz masculina desconhecida, se arrepiou. – Meu dia de sorte.