1. Spirit Fanfics >
  2. Filhos do Sol e da Lua >
  3. Noite de celebração

História Filhos do Sol e da Lua - Noite de celebração


Escrita por: pyromanic

Notas do Autor


Olá meus amores, como vocês estão?
Então, no meio de uma quinta feira eu apareço aqui, nunca pensei que um dia me arriscaria a postar uma fic no meio da semana, mas estamos aqui.

Hallowen é um dos meus feriados favoritos! E eu estava sofrendo muito porque não iria postar nada, porque o gênero terror não me atraí :( Mas então, me veio a brilhante ideia de escrever algo sobrenatural, eu amo séries, livros e fanfics do gênero, então foi a oportunidade perfeita para eu finalmente escrever algo assim. Além de eu estar tentar me arriscar em alguns plot diferente, quem me conhece sabe que sou dos romazinhos e dos fluffy, mas agora irei tentar inovar ( sem deixar as raízes de lado)

O plot veio do nada, quando eu estava fazendo uma capa para uma garota (pois é) e talvez seja por isso que eu amei tanto.
De coração espero que gostem desse Chanyeol e desse Baekhyun. E do Sehun também, deem amor ao meu bixinho.
Obrigada bia, por sempre me ver surtando e obrigada etha porque alem de aturar meus surtos ainda betou a fanfic todinha ♡
Boa leitura ♡

Capítulo 1 - Noite de celebração


Fanfic / Fanfiction Filhos do Sol e da Lua - Noite de celebração

Filhos do Sol e da Lua.

escrito por: pyromanic

  betado por: ethealismo

Lua Cheia: Noite de celebração.

O Sol estava se pondo através do horizonte ao longe, o céu era dominado por uma coloração alaranjada deveras bonita. As luzes das grandes estrelas começavam a se despedir, porque logo mais o dia daria lugar à noite e a temperatura calorosa daria abertura para a brisa fria que invadiria a cidade, sem dó nem piedade, e obrigaria as pessoas a se esconderem e se abrigarem. 

Todos os dias eram assim; os seres humanos saíam junto com os primeiros raios solares, para aproveitar da melhor maneira, como conseguiriam, o dia. Iam à parques, visitavam familiares, trabalhavam ou estudavam; mas sempre estavam com um sorriso tão radiante quanto o Sol. Porém, quando o céu tomava a coloração escura, os humanos eram afugentados. Corriam das temperatura frias, buscavam o conforto de seu lar após um dia cheio, fugiam do perigo que as ruas ao horário noturno possuíam e das pessoas mal intencionadas que apareciam naquela escala. 

O dia era feito para as pessoas curtirem e a noite para temerem. As boas pessoas eram dádivas do deuses do Sol, pois assim como elas, eram terrivelmente necessário para um mundo melhor. E as más pessoas, eram crias dos deuses da Lua, pois tudo que poderia acontecer de ruim, acontecia nas sombras. Eram pessoas banhadas por luxúria, violência e pelos piores pecados. 

Baekhyun era um filho da noite e assim como todos seus irmãos, carregava todos os maiores pecados em suas costas, possuía um catálogo gigante de atrocidades que cometera em sua lista divina e, para ser sincero, ele amava aquilo. Era completamente devoto da vida que levava. Gostava do caos, do medo e principalmente dos desejos carnais; nunca negava nenhum sequer. Não era diferente das pessoas as quais a sociedade julgava serem ruins. Gostava da vida noturna, do perigo e da vida arriscada - vivia intensamente sua vida e não estava se importando muito com as regras estabelecidas por meros mortais.

Mas havia pegado um hábito um tanto peculiar. O tinha antes da noite cair totalmente, quando o Sol ainda dominava o ambiente e as pessoas ainda estavam sorridentes e consideravelmente seguras. O homem arriscava-se a sair do que chamava de casa, coisa que nenhum de seus irmãos aprovava muito fazer, mas ele não se importava. Saia da cidade grande, onde tudo acontecia e dirigia-se a uma floresta que não ficava muito longe de onde residia. E ali libertava de todas as amarras impostas a si. Libertava-se das regras, das leis e deixava se dizer livre, pelo menos por algum momento de seu dia, onde apenas obedecia unicamente a si mesmo.

Todas as cobranças, ele deixava jogadas pelo asfalto que não o acompanhava até ali e na floresta fazia o que bem entendesse. Gostava de ficar em contato com a natureza, respirar aquele ar puro que não era tão presente na poluição da cidade. Admirava os animais vivendo sua vidas em rotina, comia frutas retiradas diretamente de onde nasceram; sentia a natureza pelos poros de seu corpo, entrando em contato diretamente consigo. Qualquer um dos que eram iguais a si repudiavam aquela ideia ardilosa com fervor, mas Baekhyun simplesmente não ligava. Adorava aquela sensação, era um dos poucos momentos em que sentia verdadeiramente vivo.

Mas além da natureza em si, Baekhyun corria em meio aquelas árvores gigantescas, gostava de ir bem ao fundo da floresta, pois sabia que era onde os outros povos gostavam de ficar.

No meio do bosque havia um rio gigante, que se tornou morada para algumas pessoas e até lugar de entretenimento para outras. E Baekhyun sabia que era o lugar favorito dele.

Por isso que, após fazer suas atividades favoritas, enquanto o Sol ainda brilhava fortemente entre os galhos, o homem corria em direção ao rio localizado dentro da mata. Gostava de ficar escondido em meios os arbustos ou em cima de ou árvore, camuflado por suas folhagens - e foi aquilo que escolheu fazer naquele dia. Escalou com a maestria que possuía e ficou em um galho que deduziu ser resistente, relaxando-se sobre o mesmo, pois precisava descansar. 

E foi questão de minutos até ver a silhueta de um homem alto aparecer. Como de praxe, ele dispensava o uso da camisa a deixar seu torso à mostra, revelando como possuía um corpo escultural e definido, além da coloração de sua pele ser deveras linda e brilhar com os raios solares. Seus cabelos negros estavam molhados e jogados sobre seu rosto, o deixando ainda mais sensual do que ele já era. 

O homem caminhava calmamente sobre a grama, com os olhos fechados, enquanto os pingos de água ainda escorriam sobre seu corpo. De braços abertos, parecia que ele abraçava o próprio Sol. Baekhyun salivava com a visão privilegiada que possuía, sentia seu corpo esquentar apenas por olhá-lo consideravelmente de longe. Nunca em sua vida pensou que estaria na situação em que se encontrava agora, mas não a considerava ruim de maneira alguma.

Após abrir os olhos, o homem resgatou o violão que abandonara em algum momento enquanto se banhava. Começou a dedilhar uma música calma, com uma melodia alegre, que mostrava que aquele dia estava feliz. Baekhyun não gostava de admitir isso, mas aprendera até a reconhecer o humor do homem à sua frente, com sua maneira de se expressar e, principalmente, com a música que tocava. Assim como a si, ele apreciava bastante o contato com a natureza e ela era a única que partilhava de seus segredos; era com ela que ele conversava quando a angústia dominava seu peito. Colocava o violão sobre seu colo e desabafava, derrubando qualquer sentimento que estava preso em seu coração sobre ela. Também fazia isso quando estava embrulhado de felicidade, pois não podia compartilhar apenas sentimentos ruins. E aquele dia estava alegre, sem motivo aparente; mas queria que a floresta sentisse o que estava sentindo sobre aquele momento. 

Consequentemente, Baekhyun acabava tomando aquele sentimento para si, enquanto os raios alaranjados tomavam sua face escondida. Escutar aquela melodia acalmava seu coração, além de lhe dar um toque de felicidade, o qual não era uma sensação muito presente em sua vida. Agarrou-se a aqueles momentos de maneira dependente, acabou por tomar os sentimentos do homem para si. Então, naquele dia deixaria que a felicidade o tomasse por inteiro. Até um sorriso atreveu-se a aparecer, enquanto observava aquele homem com seu violão nos braços.

Porém, houve um momento em que a cena teve que se quebrar - aquilo acontecia sempre que a noite se completava. Não era de imediato, o moreno também precisava de alguns momentos sombrios, mas não eram todos os dias que poderia usufruir deles. Ele suspirava calmamente, admirando a Lua que agora se tornava completa e era ela quem o iluminava. Baekhyun não saberia dizer se ele era mais bonito com os feixes solares fortes sobre si ou com a luz lunar reservada contornando seu corpo. 

Logo após, levantou-se e caminhou em meio a floresta, se perdendo entre o bosque de árvores, deixando Baekhyun solitário. O platinado continuava ali, olhando para a Lua - agora aproveitando a própria solidão. Continuou cantarolando a música - antes era uma voz rouca e grossa a entonar. Agora, ela foi tomada por uma voz suave e melodiosa, porque até nisso os dois tinham que ser ardilosamente opostos.

Só saiu dali, quando a madrugada chegou e se sentiu obrigado a levantar para ir embora. Afinal, precisava se alimentar. Mesmo que ainda pudesse sentir aquele homem por todo o lugar, odiava ter que abandonar ali e deixar as memórias com ele, porque não levava nada daquilo consigo. Porém, era necessário.

Por isso usou a velocidade sobre humana que possuía e correu para fora daquela floresta, indo direto para a estrada que dava caminho para a cidade. Não demorou muito para chegar e notou o caos que ela já havia virado. Haviam algumas pessoas cambaleando com o álcool dominando suas ações; mulheres com roupas curtas tentavam ganhar algum dinheiro usando suas carnes como instrumento de trabalho; também era possível encontrar assaltantes perigosos indo ao encontro de pessoas desavisadas. Baekhyun caminhava por aquela rua, com o fone de ouvido altíssimo e o celular no bolso, totalmente despreocupado, como se fosse invisível - e talvez realmente fosse no meio daquele caos.

Mas algo o despertou de seu show particular. O cheiro forte de sangue tomou seu olfato e como um leão atrás de sua presa, correu em direção à onde sentia que vinha o odor forte. Chegou até uma rua mal iluminada e completamente vazia; apenas duas pessoas acomodavam-se ali e, ao se aproximar, reconheceu aqueles olhos pratas que conhecia tão bem, abrindo um sorriso para si. Sehun estava com seu famoso sobretudo preto que cobria todo o seu corpo, mas que ele o mantém aberto para esbanjar toda a roupa da mesma cor que se moldava em si, por ser bastante apertada. 

Havia uma menina jogada sobre seus braços com os olhos fechados, mas Baekhyun ainda conseguia ouvir seu coração pulsando forte, porém sabia que era questão de tempo até que ele cessasse, ainda mais olhando para Sehun, que segurava a moça como se fosse um pedaço de carne pronto para ser devorado:

— O jantar está servido, Byun. — Disse ao notar o amigo se aproximando. Ele o ofereceu o braço da moça para si, enquanto ele voltou com o trabalho que fazia em seu pescoço.

O platinado  deixou suas presas saltarem de sua boca para fora e puxou o braço da moça até colocá-lo diante do seus lábios, o qual mordeu a carne sem piedade alguma. Usou seus pulmões para chupar o líquido que ali corria. Ao sentir o primeiro contato com a bebida que para si era tão gostosa, saboreou-a como deveria. Aquele gosto metálico banhou seus lábios e os coloriu de vermelho, enchendo-o de vida novamente. Aquele com certeza era dos bons. Olhando para Sehun, o qual também lhe devolvia o olhar, voltou com a boca ao pulso da mulher, terminando de drenar tudo o que ainda possuía de sangue ali, até o corpo cair de seus braços já sem vida:

— Não precisamos matá-la. — Baekhyun comentou enquanto limpava os lábios sujos de sangue, fazendo Sehun dar uma risada.

— Por que não? Nós dois comemos bem essa noite e nem vamos precisar ir atrás de outra pessoa. — Disse, olhando para o amigo. — Já que agora o senhor decidiu se tornar parte dos vampiros bonzinhos.

— Não me tornei nada. — Suspirou cansado, recuperando as energias. — Mas você sabe que algumas vezes não precisamos levar ninguém ao limite.

— Eu sei sim e algumas vezes precisamos. É a nossa natureza Baekhyun. Não é sempre que podemos ir contra ela. 

Baekhyun infelizmente concordava com que o amigo estava lhe dizendo. A matança fazia parte de quem ambos eram e por mais que tivesse tentando evitar aquilo ao máximo, às vezes acidentes aconteciam.

Olhou novamente para o corpo falecido à sua frente, notando pela primeira vez que era uma moça com traços muito delicados - que em um conjunto a tornava muito bonita. Além da beleza, era bastante jovem e ao lado de seu corpo haviam diversos livros e cadernos jogados (talvez fosse pela maneira abrupta com que Sehun a abordou). Ali estava uma jovem que teria um futuro pela frente, se não estivesse no caminho dos dois impertinentes. Baekhyun, em outra época de sua vida, nunca notaria esse tipo de coisa e, agora que percebia o mal que fazia, não gostava do sentimento que o arrebatava depois de se banhar de sangue como fez naquele momento.

— Sabe do que você precisa? — O amigo descansou o braço sobre seu ombro, ainda com o mesmo sorriso no rosto. — Bebida, Baekhyun. É disso que você precisa.

— Claro. — Suspirou fundo. — Mas eu sinto falta da sensação de estar bêbado.

— Você sabe que não é impossível. Só precisamos beber tudo o que vier pela frente.

Deu um empurrão de leve no corpo do amigo, devolvendo o sorriso que Sehun o lançava. Os dois caminharam juntos por aquela rua escura, agora dividindo os fones de Baekhyun com a música alta e de batida forte tocando, enquanto dançavam como se não houvesse amanhã.

Em uma noite de tempestade forte, Baekhyun encontrou o homem alto abaixo de uma marquise de um prédio industrial, abrigando-se da chuva forte que caia. O mais baixo não se importava com os pingos fortes atingindo seu corpo, mas o outro parecia assustado e estava afugentado. Logo o reconheceu como um dos seus e não demorou também para perceber que não fazia tanto tempo que ele havia se transformado. O olhar assustado, o medo percorrendo suas veias, a desconfiança e a mente atormentada. Baekhyun conhecia os sintomas de longe. 

Sehun ainda não possuía a força e a inteligência dos vampiros mais velhos e, como acontecia muito com recém transformados, fora atacado. O mundo da magia não era um lugar pacífico e calmo; na verdade, as comunidades vivem se atacando: bruxos, fadas, sereias e principalmente vampiros e lobos, nunca se deram bem ao longo do tempo e cada vez a situação parecia mais extrema. Então aprendera que era importante cuidar dos seus. 

Baekhyun não fazia o tipo bondoso. Na época em que o encontrou, não era muito experiente também. Já haviam se passado alguns anos desde sua transformação, mas estava longe de ser um dos anciões que protegiam seus irmãos. Mas ao olhar naqueles olhos prateados, com o medo os domando, foi impossível deixá-lo sozinho. Além de oferecer seu próprio sangue para curá-lo, o levou até o esconderijo dos vampiros, onde encontrou diversos iguais a Sehun. Naquela época, uma guerra havia sido travada, pois algum mago achou que seria divertido brincar com os novatos. A comunidade mágica se abalou e brigas eram vistas à qualquer hora do dia. Muitas pessoas morreram naquela época e foram tempos sombrios, onde qualquer mínima coisa era motivo para eles se destruírem, uns contra os outros. 

Mas fora uma ótima experiência para os dois amigos pois viver naquela fase tão difícil foi quando aprenderam, realmente, a usar suas habilidades. Aprenderam muito observando os mais velhos, além de começarem a entender como cada vampiro funcionava de maneira diferente. Seus nomes se tornaram lendas pelo mundo sobrenatural; e muita gente conhecia o menino de olhos do mar e o de olhos da Lua. 

Por mais que tenha sido difícil e quase terem sido mortos, levaram as lições para o resto da vida e descobriram como a harmonia e paz entre as civilizações era uma fina linha que poderia ser facilmente quebrada. Também serviu para fortalecer a amizade entre os dois garotos, que eram melhores amigos por toda a eternidade que ainda os aguardavam. Não ficaram o tempo todo vivos dela juntos, mas o máximo que conseguiam, e mesmo que algum desaparecesse por um tempo, sempre voltavam a se encontrar, contando as histórias que vivenciaram enquanto afastados.

O bar o qual Sehun levou Baekhyun era o mesmo bar que ele o levava sempre. O lugar era conhecido por comportar todas as criaturas mágicas em busca de uma amizade pacífica, o que qualquer um sabia que jamais iria existir, mas era bom fingir às vezes. O lugar funcionava mais como uma boate e era dominada pelos vampiros, por isso a maior clientela eram eles. Mas também era cheio de novidade por ali; até as fadas tão cultas gostavam da cerveja que o ambiente oferecia.

— Byun! Oh! Meus favoritos! — Lee Taemin gritou assim que viu os amigos chegando. — Eu estava aguardando vocês. Essa é das boas, até nos vampiros ficaremos bêbados se bebermos muito. — Disse, levantando a garrafa com líquido verde claro para o alto. — Vocês precisam experimentar!

Os amigos riram e pegaram dois copos para se servirem juntos com o mais velho. Taemin era um velho conhecido deles e um amigo muito próximo da dupla. Afinal, era ele o ancião de seu grupo, ou seja, era ele quem cuidava de todos. Taemin era um vampiro consideravelmente velho e que já tinha vivido as piores experiências em suas duas vidas. Talvez fosse por isso que era tão sorridente e amigável com todos os povos. Não havia um recém chegado que o homem tratava mal, sempre sorria e dava um lar e conselhos para os vampiros novo com paciência - uma dádiva que poucos possuíam. O loiro também tinha um nome bem conhecido e era respeitado por todas as comunidades. Sua presença causava calafrios até nós mais corajosos e mesmo sendo bem bondoso, Taemin era um vampiro que não exitava em causar algum mal caso necessário; principalmente quando mexiam com seus filhos — como o próprio chamava os vampiros mais novos.

— Baekhyun, ainda está na fase de vampiro bonzinho? — Perguntou enquanto olhava para os amigos, sentados no bar.

— Infelizmente sim, mas eu espero que esteja passando né, Baekhyun? — Sehun lhe encarou, recebendo uma virada de olhos.

— Parem de pegar no meu pé! Só estou com a cabeça atormentada esses últimos dias. — Baekhyun disse, brigando com os dois amigos.

— Sabe do que você precisa. — O loiro disse fazendo um estalo com os dedos, olhando atrás dos amigos. Não demorou até que três mulheres com maquiagem pesada e roupas coladas surgissem e ficassem na frente deles. Taemin pegou o pulso uma loira de cabelos ondulados e de vestido azul e a trouxe para perto de si. Passou a mão pelo rosto da mulher que não se movimentou: apenas o olhava, enquanto ele possuía liberdade para fazer o que quisesse. Passou delicadamente os dedos pelo rosto dela, pedindo para a moça abaixar-se e levou os lábios até o seu pescoço, o selando primeiro antes de colocar as presas para fora e finalmente sugar seu sangue.

Os amigos olhavam toda a cena, Sehun entusiasmado e Baekhyun indiferente. O mais alto adorava Taemin e a delicadeza que ele possuía com suas vítimas, chegava a ser encantador a maneira como ele as tratava. Já Baekhyun estava acostumado com tudo que seus olhos captavam, sempre via o amigo fazer a mesma cena e por mais que fosse tentador, não havia nada de novo.

Foi questão de tempo até Sehun puxar uma das moças em sua direção. Assim como a que acompanhava Taemin, esta era muito bonita e sedutora. Ele colocou os cabelos escuros da moça para trás, dando total espaço para seu pescoço e, para a surpresa de Baekhyun, ele o puxou pela mão, fazendo-o ficar de pé em frente a mulher. Sehun o dispensou, puxou a terceira garota para si e, sem a enrolação de Taemin, avançou contra seu colo. 

A morena que Sehun escolhera para si, continuava imóvel o olhando. Era tão convidativa toda a cena que não esperou mais e avançou contra a moça, deliciando-se do sangue que corria em sua veia. Era tão gostoso… Abastecia-lhe de energia, encheia suas próprias veias e até podia sentir seu coração voltar a bater. Era aquilo que era de sua natureza e não poderia fugir dela. Amava a sensualidade que a cena carregava: seus amigos com mulheres de roupas curtas, aproveitando o melhor que elas poderiam oferecer. E como sabia que Taemin odiava a matança desenfreada, principalmente em sua boate luxuosa, tinha em mente que não ia matá-las; então permitiu-se aproveitar ainda mais o instante, entregando-se totalmente a ele, vivendo a madrugada como um vampiro vivia.

             ��

Cheirava álcool e sangue forte quando despertou. Seus olhos ardiam com o Sol entrando fortemente através da janela. Jogou o corpo de Sehun que estava sobre o seu para o lado, agora tendo espaço para conseguir levantar. 

Era verdade que os vampiros não necessitavam dormir, mas com tanto tempo disponível, Baekhyun gostava de fingir que precisava repor as energias. E seu amigo, jogado sobre sua cama, apreciava do mesmo pensamento que a seu - até parecia verdadeiramente de ressaca, após uma noite agitada.

O platinado olhou através da janela, vendo a forte luz do Sol iluminar toda a cidade à baixo, indicando qual era o horário. Normalmente acordaria mais tarde, mas estava agitado por aquele dia e não iria conseguir permanecer na cama por muito mais tempo.

A casa estava uma zona, mostrando os vestígios do que aconteceu anteriormente. Haviam roupas espalhadas, objetos quebrados e o cheiro de álcool e sexo impregnava o lugar. Mas Baekhyun, que estava com nenhuma vontade de limpar a baderna, apenas andou por ela desviando dos obstáculos e saindo pela a porta da frente. 

Eles moravam em um condomínio de luxo, que era a moradia de diversos vampiros assim como eles, com apenas alguns seres humanos que serviam de petiscos quando necessitavam. Mas eles eram mais para dispersar os inimigos do que realmente comida para a comunidade.

Ao descer as escadas, ia até a parte dos fundos do condomínio, onde possuía um enorme jardim e ali poucas pessoas habitavam. Mas seu destino foi cruzado com o de Taemin, que o puxou para segui-lo, antes de conseguir ficar em paz. O ancião, ao contrário do estereótipo de vampiro, gostava muito de companhia e dificilmente era visto sozinho. Sempre puxava um ou outro para se juntar a si e por esta razão adorava o saguão do lugar onde residiam, por poderem se reunir em paz como se forem meros vizinhos, colocando as notícias em dia. 

— Ora ora Byun. — Kibum disse ao ver o platinado se aproximar junto de seu líder. — O que devemos a honra dessa visita?

— Deixe o menino, Key. — Taemin sentou ao lado do outro amigo, deixando um espaço vago para Baekhyun. — Cadê o Sehun? Fingindo que dorme ainda?

— Às vezes eu acho que essas festas realmente acabam com ele. — O mais novo entre eles comentou.

— Ele tem mais de cem anos e age como se fosse adolescente. Essa geração de hoje em dia… — Kibum brincou. — E você, como está querido Baek? Já saiu de sua crise?

— Não estou em crise. — Bufou irritado por todos relembrarem isso, a todo momento.

— Sinto falta do Baekhyun maluco que eu conheci. — Kibum olhou para o horizonte, imerso em memórias. — Sabe, todos falavam do menino de olhos azuis delinquente. 

— Não diga isso como se ele tivesse morto. — Taemin repreendeu-o. — Deixe o menino. Cada um arranja um problema após o cem, não é mesmo Key?

— Por favor, o foco não é em mim. 

— Mas pode ser agora. — Baekhyun animou-se novamente com a conversa. — Adoro relembrar o sensível que você já foi.

Mais vampiros se aproximaram do trio e se juntaram para conversar. Eles entraram lembrando da vez que Kibum se apaixonou por um mortal e fez sua vida virar de ponta cabeça. O moreno sofreu muito na época, até porque ele o transformou para, no fim, acabar sendo traído. Mas todos nos dias atuais fazem piada com a história e ele até mesmo brinca com o seu passado. 

Por mais que o Baekhyun apreciasse a solidão e os momentos sem companhia, tinha que admitir que amava ficar com a família que ganhou. Eles eram divertidos e  brincavam com tudo e isso não significava que não se preocupavam, porque cuidavam muito um do outro, sendo capazes de matar pelos integrantes que ali compunha. 

O tempo foram se passando e cada um tomou seu destino. Baekhyun voltou para seu apartamento, afinal o fim de tarde se aproximava. Ao lá entrar, fora tomar um banho para se livrar do odor impregnado do dia anterior e colocar uma roupa mais confortável. Saiu do banheiro já vestido, encontrando Sehun acordado, deitado sobre a cama e lhe encarando:

— Está de saída? Acabou de entrar. — Comentou desinteressado, observando Baekhyun andar pelo cômodo.

— Preciso sair. Você sabe, não gosto de ficar muito preso. 

— Lembro de quando você saía apenas a noite. — Suspirou ainda encarando o melhor amigo. — Eu sei o que você está indo fazer, Baekhyun. Tome cuidado, sério.

— Não estou indo fazer nada perigoso e eu sei me virar, não é?

— Você está no território deles, Baek. Sabe a merda tremenda que isso pode causar. — Sorriu para o amigo, de repente. — Se bem que eu duvide que você se importe com isso.

— Eu não me importo, amigo. — Devolveu o sorriso, saindo do quarto.

Baekhyun precisou conversar com Sehun sobre os acontecimentos de sua vida. Devido a ligação construída com o passar de longos anos, o de olhos prateados conseguia lê-lo facilmente. Seu amigo não aprovava suas atitudes, mas também não o julgava. Sehun era tão inconsequente quanto a si e ele sabia que poderia contar com ele, caso qualquer coisa desse errado.

E o prateado caminhou pela longa estrada novamente, percorrendo o caminho que fazia quase diariamente para ir ao encontro da vasta floresta.

Quando seus pulmões respiraram o ar puro do lugar, caminhou calmamente sobre o gramado verde reluzente. Gostava de aproveitar aqueles momentos, porque sabia que eram muito curtos e logo teria que se despedir para retornar a agitação da cidade, onde morava.

Naquele dia, foi direto ao seu lugar favorito, pulando as várias etapas que fazia antes; o dia estava realmente quase acabando e teria pouco tempo para aproveitar da maneira como queria.

Escondido em um arbusto, Baekhyun buscou com olhos azuis o que tanto desejava. Não demorou muito até focar no homem alto que, como sempre, estava sem camisa e com os cabelos molhados jogados sobre o rosto. Dessa vez, ele estava sentado sobre o gramado, admirando os céus, perdido em seus próprios pensamentos. O coração de Baekhyun se acalma de uma maneira única apenas por observá-lo tão sereno daquela maneira; se pintasse, com certeza retrataria aquela cena em uma obra, de tão esplêndida que era aos seus olhos. 

O momento foi quebrado quando um segundo homem apareceu. Assim como o moreno, ele dispensava o uso de camiseta e estava com os cabelos molhados. Um sorriso gigante preenchia seu rosto. Ele aproximou-se na surdina, assustando o outro com um empurrão forte, fazendo o moreno cair sobre o gramado. Após se recuperar e notar o que tinha acabado de acontecer, levantou-se e correu atrás do castanho; que fugiu de si. Os dois estavam agindo igual a duas crianças, mesmo já sendo formados - e as risadas em seus rostos só mostrava o quanto estavam se divertindo com aquilo. 

Mas houve um momento em que o moreno alto conseguiu alcançá-lo e, antes de fazer qualquer coisa, o acastanhado o beijou. Não fora nada demais, apenas um selo em seus lábios cheios e depois voltou a correr pelo campo novamente. Poderia ser ato simples e sem significado para qualquer um, mas para Baekhyun, que era um espectador de toda a cena, foi como se quebrasse no exato momento. Não querendo ficar para ver o desenrolar da cena, usou sua velocidade para sair dela tão rapidamente quanto como havia ali chegado.

 

��

 

A madrugada estava quase chegando quando Baekhyun se direcionou ao bar. Queria beber a noite inteira e ir caçar quando o dia estivesse prestes a amanhecer; estava necessitando daquela adrenalina. 

Dispensou qualquer companhia que poderia ter, mesmo Sehun quase o seguindo. Queria ficar só e sentir um pouco da solidão que já fora sua companheira fiel. Seus pensamentos precisavam de ordem e nunca conseguiria ajustá-los com a bagunça que eram seus companheiros. 

Por isso estava vagando seus olhos, admirando o bar movimentado cheio de pessoas e seres sobrenaturais, com a música indie tocando fortemente ao fundo, enquanto bebericava um whisky de melhor qualidade. Estava atento aos mínimos movimentos, aos detalhes e as pessoas presentes. E foi assim que notou quando uma pessoa entrou no estabelecimento onde que, mesmo estando lotado, Baekhyun ainda conseguia sentir qualquer ação. Ainda mais quando inspirou aquele forte cheiro que invadiu as suas narinas. Os passos pesados se aproximavam de seu corpo sentado na bancada do bar. Antes de ouvir a voz, já sabia de quem se travava:

— Estou sentindo o odor forte de vira-lata. — Comentou, aparentemente com ninguém. — Esse lugar já foi melhor frequentado.

— Você não parece o desaprovar em outros momentos. — A voz grave e rouca tão familiar para si soou ao seu lado e foi impossível evitar o sorriso ladino de aparecer.

— Não estou falando do seu. — Disse, finalmente mirando seu olhar ao dele, encontrando aqueles olhos da cor mel tão forte, lhe lançando o mesmo encarar. — Eu estou sentindo o cheiro de cachorro molhado impregnado na sua pele. Você tem más companhias.

— Se eu não te conhecesse até diria que isso é ciúmes. — Brincou com o platinado, fazendo sua expressão mudar de imediato.

— Faça-me um favor, Park. — Irritou-se, voltando a bebericar a bebida esquecida.

— Você nem sabe disfarçar. Eu vi no momento em que você saiu correndo da floresta.

— O que? — Perguntou realmente surpreso - não fazia ideia de que ele sabia que ia lá observá-lo.

— Não se faça de desentendido. Eu comecei a perceber que você está indo a floresta mais do que o normal. Eu o vejo escondido, Byun.

— Não me insulte dessa maneira! — Esbravejou. — Qual o motivo eu teria para ir lá? Eu gosto de ficar nos campos, mas isso não seria motivo para ir lá sempre.

— Eu sei disso. — Aproximou-se. — Então... porque você não diz o motivo?

— Porque não há. Você está vendo coisas. 

— Eu reconheceria você de longe. Não me diga isso e não esqueça de que, no olfato e na audição, vencemos vocês em disparada.

— O que quer dizer com isso? Quer dizer que sente meu cheiro por aí? 

— Sim. — Ousou ao colocar seu rosto na curvatura do pescoço de Baekhyun, que não queria o contato, mas também não o expulsou. — Todos os vampiros fedem fortemente a sangue, mas você não. — Passou o nariz levemente pelo local, enquanto sua mão buscou a cintura fina de Baekhyun, a subindo em um carinho gostoso. — Estranhamente, você exala cheiros de flores. E das mais perfumadas possíveis. 

— O que você está fazendo…— Perguntou em um sussurrou, enquanto o rosto do moreno continuava no mesmo lugar. — Estamos em público.

— As pessoas estão presas em seus próprios pecados para notarem os nossos. — Disse, arrancando um riso de Baekhyun.

— Você não era ousado assim. 

— E você não era dengoso assim. — Começou a trilha de beijos que costumava a fazer em seu pescoço até arrancar um suspiro abafado; ele sabia que era uma área sensível de si.

— E o que você quer fazer? — Perguntou, completamente rendido, entregando-se aos braços do homem.

— Qualquer coisa que seja com você. — Parou com os movimentos que fazia, voltando a encará-lo.

— Você sabe dia é hoje?

— Dia trinta e um, o dia que podemos fazer o que quiser. Hoje é nosso dia.

— Exatamente. O dia em que os pecadores são os homenageados, Park.

— E o que está querendo dizer com isso?

— Que temos que comemorar como sempre comemoramos. — O platinado segurou sua mão, entrelaçando seus dedos e o tirando daquele bar, na velocidade sobrenatural que lhe era concedida. 

O dia era especial. Afinal, uma vez por ano as criaturas sobrenaturais se sentiam no direito de comemorar e celebrar por suas próprias vidas. Assim como as matriarcas no dia das mães ou casais nos dias dos namorados, havia um dia para celebrar a vida e as peculiaridades místicas. 31 de outubro. Para as crianças, dia de se fantasiar e pedir guloseimas pelas ruas; para os adolescente dia de festas, bebidas, fantasias e bagunças; para os adultos, motivos de dor de cabeça ou diversão e para os sobrenaturais, dia de celebração.

Todos os dias da vida dos vampiros eram festejadas mas, no Halloween, gostavam de inovar. Mesmo com as festas e a bebida desvairada, aproveitavam o dia para poderem se deliciar do mais variados sabores de sangue, fazendo dos corpos humanos como sua real fonte essencial de vida, usufruindo da maneira como queriam. Afinal, tudo era permitido. 

Os lobos se permitiam à transformação e corriam além da floresta, invadindo cidades e até tendo contato com humanos - acabavam por vezes tendo até demais, o que em algumas tribos era extremamente proibido, com exceção daquele dia. As sereias tomavam a forma humana, atraindo os mais desavisados e levando suas almas até as profundezas dos mares; outras usavam o benefício para descobrir mais do mundo terrestre que lhe era proibido. As fadas aproveitavam para descontar toda sua fúria e amargura que sofriam o ano inteiro, devido a tudo que a humanidade gostava de causar a natureza: era seu dia de vingança. 

E haviam as bruxas, que canalizavam toda as energias possíveis para realizarem os mais desafiadores feitiços. Faziam rituais e era um dia de muita festa, com roupas típicas e uso de toda a magia que conseguiam. Afinal, era naquela data que seus poderes estavam mais fortes. Também era o local favorito de Baekhyun e Chanyeol naquele dia. Baekhyun achava muito repetitivo a vida que os vampiros levavam e Chanyeol achava tedioso o modo dos lobisomens, mas os dois descobriram juntos que adoravam como as bruxas aproveitavam aquela conjuntura.

Primeiro, Baekhyun puxou a mão do moreno e o levou para um lugar conhecido por eles: a floresta. A comunidade mágica havia estabelecidos regras para conseguirem viver em harmonia com todas as partes, então havia lugares em que os seres mágicos apareciam eventualmente e outro para eles residirem, cada um respeitando o espaço um do outro. Porém, como dito anteriormente: dia 31 não havia regras.

Por esta razão, puxou o menino para irem até onde as bruxas ficavam. Os bruxos possuíam uma parte da floresta para si, uma parte bem pequena comparada com tudo os que os lobos dominavam. Mas como as duas comunidades eram amigas desde os primórdios, não era estranho vê-los perambulando por territórios que não os pertenciam. No entanto, naquela noite, eles tomavam grande parte para fazerem seus rituais e suas festas; até seres mitológicos que quase não viam no dia a dia compareciam.

Quando chegaram, a festa já havia começado. Bruxos e bruxas fazia um círculo em volta de um Pentagrama, pintado no centro com grafite preto. Alguns cantavam, outros apenas olhavam e alguns iam ao centro da roda, dançando ao som agitado da música. Havia vampiros no meio, lobos, fadas voavam espalhando alegria àquele tipo de festa. Dia 31 era realmente mágico.

Baekhyun adorava a energia que as bruxas eram capazes de transmitir, a sentir correndo por suas veias foi o que o fez, em poucos segundos, estar no meio da roda, dançando com outras pessoas. Não era de seu feitio fazer esse tipo de coisa. Seu amigo Sehun adorava aquele tipo de festança, sendo o oposto do platinado. Porém, como era dia de festa, permitiu-se levar pela emoção que aquele tipo de celebração lhe trazia e deixou seu corpo tomar conta de suas ações. Sem pensar muito, misturava-se com outras criaturas; sabia que merecia comemorar aquele dia. Era seu dia de paz.

Chanyeol estava sentado um pouco afastado, apenas observando tudo e rindo quando o vampiro lhe olhava fazendo graça com outras pessoas. Realmente, era um cena bonita ao seus olhos. Quando o conheceu, Baekhyun era o estereótipo de vampiro: frio, calculista; e ele permanecia com essa personalidade. Mas agora era possível ver alguns traços de sorrisos em seu rosto às vezes, além das que permitia deixar sua personalidade mais brincalhona se sobressair ao seu jeito asqueroso, e Chanyeol não conseguia não se animar ao vê-lo daquela maneira.

— É bizarro e bonito ao mesmo tempo. — Uma voz feminina soou ao seu lado e sorriu ao olhar e encontrar os olhos verdes de Joohyun, sorrindo para si também.

A menina de longos cabelos escuros e olhos tão brilhantes era sua melhor amiga de anos. Os dois começaram a construir uma amizade após um encontro por acidente na floresta. Gostos comuns pela rebeldia que não fazia parte da natureza, nem do lobo e nem das bruxas, os uniu e desde então consideram-se inseparáveis. Irene — como gostava de ser chamada — se apegou ao lobo pelo seu lado protetor e acolhedor, pela sua gentileza, bom humor e principalmente por sua coragem de fazer o que achava certo, sem dever satisfações aos maiores.

— Do que está falando? — Perguntou curioso, com os olhos voltando a admirar Baekhyun, que continuava dançando com os bruxos.

— De vocês dois. Se não fosse não errado, seria até que...bonitinho.

— Não tem nada que achar bonitinho. — Imitou a maneira que a amiga falou. — Você sabe que tudo isso é carnal.

— É o que vocês dizem. — Comentou a amiga, continuando a olhá-lo. — Principalmente ele e que já te convenceu, pelo jeito. Mas eu realmente espero que não passe disso.

— Não tem moral para me julgar, Joo. — Chanyeol a respondeu. — Não está em uma situação melhor do que a minha.

— Nunca te julgaria, Chan. Isso é proteção. — Suspirou. — Hoje a minha casa é de vocês. Não acho uma boa ideia vocês irem se aventurar no mundo dos humanos enquanto os vampiros estão fazendo festa por lá. Está infestado deles, até de outras cidades vieram.

— Não tenho medo de nenhum sanguessuga. — Voltou a dizer, olhando nos olhos da amiga. — Eu sei o que eu estou fazendo, Joo.

— Eu duvido que saiba, Chan. Mas sei que é uma batalha perdida, não é? — Perguntou retoricamente, sorrindo para o amigo. Desde que se aproximara do vampiro, o lado delinquente de Chanyeol havia ganhado um gás que preocupava a mulher. — Tudo bem. Dança comigo então? — Convidou-o se levantando e estendeu sua mão, em um convite.

— É uma honra.

Levantou-se e dirigiu-se com a moça até perto de onde todos presentes se divertiam. Os dois começaram a dançar com toda a energia que seus corpos permitia, batendo os pés no chão e palmas no ritmo da música, como a tradição pedia. Chanyeol girava Joohyun, enquanto ouvia vozes gritando e aplaudindo os dois; riam e cantavam, pois estavam verdadeiramente felizes. 

A música acabou e o olhar permaneceu conectado, estavam prontos para irem a próxima música, mas Baekhyun aproximou-se do casal de amigos e Joohyun pediu licença aos dois, indo dançar com outro rapaz disponível na festa.

— Irene não perde tempo, não é? — Foi ao encontro do Park, encostando seu corpo ao dele, deitando-se sobre seu peito. — Não posso te deixar por alguns minutos, Park?

— Não pode. Mas eu gosto. Gosto quando fico só te observando.

— E por que você gosta disso?

— Porque te admirar de longe, Baekhyun, é ver você se moldando de diferente formas. Gosto como, no dia de hoje, você permite que essa máscara sua de vilão caía.

As palavras que Chanyeol dizia sempre carregavam um peso gigante e conseguiam atingir Baekhyun de uma maneira avassaladora. O platinado adorava a sensação que ele trazia, mas não deixava transparecer isso.

— Sabe que eu nunca serei um dos mocinhos.

— Eu não quero que seja um. — Sussurrou, rente aos seus ouvidos. — Eu sempre preferi os vilões.

— Mas você não faz parte deles. — Continuou o jogo em que haviam entrado. — Você sempre será um dos mocinhos, Chanyeol, e eu sempre serei o vilão que lhe ludibriou, o envenenou até estarmos aqui.

— Tudo bem. Eu aceito. Se você é o veneno, admito que sou fraco perante à isso e me deixarei induzir. Estou aqui para satisfazer seus desejos, já que me tornei prisioneiro de sua armadilha.

— Não. Nós dois nos tornamos prisioneiros, porque eu desejo ser bom apenas para agradá-lo. Estou aqui porque eu sou dependente de você, tanto quanto você é de mim...

— A gente é louco. — Encerrou a brincadeira, fazendo Baekhyun rir, mostrando que concordava com seus pensamentos.

— Vamos visitar os humanos. Eu quero ver o que estão fazendo esse ano.

Chanyeol não apresentou objeção, então o menor segurou sua mão, o guiando até o fim da floresta, correndo pela longa estrada até estarem onde os prédios subiam e as casas iluminavam a vivência humana.

Os dois começaram a andar pelas ruas como se fosse amigos, ou até mesmo namorados. Há alguns anos atrás, quando estavam se conhecendo ainda, Baekhyun criou aquela fantasia e realmente envenenou a mente de Chanyeol, como o próprio havia dito. Em uma conversa banal, propôs para o mais alto uma história, uma nova versão deles. A que eles eram apenas dois mortais, dois homens comuns, com um interesse mútuo. Para eles, que já possuíam admiração e curiosidade sobre a vida humana, não foi difícil acabar se aprofundando naquele conto, acabando por gostar mais do que deveriam daquele jogo. 

Já era tarde para conseguir voltar atrás; agora os dois eram cúmplices dos piores desejos e dos piores atos que poderiam cometer. Haviam pegado gosto por observarem os humanos a viver suas vidas. Como se fosse um espetáculo, se encontravam para realizarem o feito, principalmente naquele dia especial. 

— Esse ano todos irão se fantasiar de palhaço. — Chanyeol comentou, vendo um menino fantasiado de coringa, logo após esbarrar com diversos pennywises pelas ruas.

— Aposto que iria fazer o mesmo se tivesse alguma festa para ir. — Brincou, vendo as feições do moreno mudarem.

— E eu tinha uma para ir. O baile dos vampiros está muito bom. Pelo menos todo mundo estava animado a semana toda por isso.

— É, pelo menos esse ano tentaram fazer alguma coisa diferente.

— E você, Byun? Se fosse a uma festa a fantasia, que nem a dos mortais, iria com qual?

— Pergunta difícil... mas acho que algum personagem do meu jogo favorito. Não consigo pensar em nada melhor, ou de vampiro mesmo, só pela ironia.— Deu de ombros, sem muito interesse pelo assunto.

— Você não é nada criativo. 

Os dois continuaram caminhando. As pessoas estranhavam a falta da vestimenta adequada, mas eles não se importavam e só continuavam seus passos em meio às multidões. Até Baekhyun parar um garotinho e pegar dois pirulos de sua cesta cheinha de doces; o menino resmungou, mas saiu sem dizer uma só palavra para o platinado, que se divertia com a situação. Colocou o pirulito em forma de morcego azul na boca e olhou para Chanyeol, que devolvia o olhar com reprovação pela sua atitude anterior:

— Que foi? — Perguntou, com entonação divertida.

— É sério isso? Roubar doce de criança? — As mãos do Park foram parar na própria cintura, mostrando desconforto com a situação.

— Ah, qual é? Foram só dois e essa criança vai se entupir de açúcar a noite inteira. — O moreno continuou com a mesma expressão de antes e Baekhyun aproximou-se de si, colocando um dos pirulitos que havia roubado em sua boca, assustando-o inicialmente. 

A coloração azul não demorou muito tempo até tomar os lábios cheio do lobo, já que aquele tipo de pirulito causava isso. Baekhyun riu e mostrou a língua, pois sabia que estava igual. Chanyeol perdeu toda sua pose séria, porque não se aguentou e entrou na brincadeira, puxando-o pela cintura, deixando um selo em seus lábios.

— Não está tirando as mãos de mim hoje, Park. O que é isso? Saudades? — Debochou, com o sorriso que não abandonara seus lábios durante a noite toda.

— Talvez seja mesmo. — Entregou-se sem se importar, nenhum pouco. Baekhyun ainda não sabia se adorava ou odiava a sinceridade do lobo.

— Sabe que hoje eu posso matá-la da maneira como você desejar.

— Por que está tão gentil hoje? — Perguntou, com a voz rouca rente a sua boca, causando um frio em sua barriga.

— Talvez eu também esteja com saudades. — Admitiu, deixando o mais alto com uma expressão assustada. Baekhyun era uma pessoa de jogos e que nunca admitia nada, apenas deixava com que cada um tirasse as próprias conclusões sobre suas palavras. Não as negava, mas não as afirmava. Porém Chanyeol, com seu jeito doce, estava começando a amolecer seu coração frio. Ele odiava cada vez que se via em situações semelhantes a essa, mas não conseguia mais ser seco com o lobo toda vez que ele lhe dizia coisas como aquela.

Nada mais foi dito; Chanyeol não queria abusar da delicadeza que Baekhyun estava usando consigo naquela noite; e Baekhyun estava precisando de mais ação para alimentar a sede que estava do lobo. 

Foi assim que Chanyeol voltou com as mãos em sua cintura só que, dessa vez, segurando-a fortemente sobre suas palmas, pressionando seu corpo sobre o outro. Enquanto isso, as mãos de Baekhyun faziam um carinho gentil sobre seus fios escuros. O lobo olhava atentamente aquelas imensidões azuis, que se tornaram sua perdição e seu maior segredo. 

Foi ali que Chanyeol descobriu que era capaz de trair as pessoas que mais amava e ir contra todas as regras que lhe foram impostas a vida toda. Perdeu-se nos globos azuis de Baekhyun há tempos e não estava preocupado em achar a saída. Desta maneira, entregou-se novamente ao desejo mais insano de sua mente, que gritou durante a noite inteira para fazer. Beijou os lábios finos de Baekhyun, selando o contato que mostrava que, realmente, não havia mais esperança para si.

O vampiro não encontrava-se muito diferente, Ansiava por aquilo a noite inteira, querendo logo que Chanyeol tivesse a iniciativa de tomá-lo por completo. Porque Baekhyun gostava do jogo da sedução e gostava ainda mais quando conseguia alcançar seus objetivos, fazendo o maior perder o controle e entregar o que realmente desejava. E Baekhyun adorava quando ele fazia aquilo, adorava ver sua mente perturbada, seu corpo agitado. Adorava o que havia feito com o lobo certinho que um dia fora, adorava vê-lo quebrando os limites - e o que mais adorava eram aqueles lábios grossos que conseguiam arrancar os suspiros mais suplicantes de sua boca.

— Vamos para o hotel. — Chanyeol disse assim que findaram o beijo, com a voz ainda pesada.

— Apressado? Nem começamos ainda. — Baekhyun respondeu na mesma altura, com o tom que gostava de usar com ele.

— Eu quero poder fazer tudo o que eu desejo com você sem limitações logo. Não temos tempo a perder, Byun.

— Devíamos voltar ao covil das bruxas. Os vampiros dominaram a cidade.

— Eu fui avisado disso. E eu ainda quero fazer o que nós dois fazemos todos os dias desse ano. Quero ir ao nosso hotel, foder contigo a noite inteira, até o Sol mostrar seus primeiros raios de luz.

— Não está com medo?

— E você está? — Devolveu a pergunta, usando o mesmo tom que Baekhyun gostava de usar consigo. — Não está com medo de ser pego com um lobo? Imagina o que os vampiros fariam contigo...caso descobrissem o que fazemos.

A mente do vampiro nublou-se após as palavras do lobo. Chanyeol sabia que a sensação de perigo o atiçava e que a adrenalina era seu maior combustível. Era uma arma muito potente que conseguia deixar Baekhyun a mercê de si. Por isso, sempre a usava com sabedoria, para aproveitá-la da melhor maneira.

Não precisou dizer mais nada para que Baekhyun o puxasse para o hotel que sempre iam comemorar o dia deles. Diferente dos humanos, dispensavam os motéis, até mesmo os luxuosos, desde a primeira vez que acabaram rendendo-se a àquilo que tinham. Eles iam àquele hotel, que não ficava próximo da floresta, mas era afastado o suficiente da cidade para possuírem a privacidade que queriam. 

Era deveras arriscado conviver tanto tempo com os mundanos, ainda mais se encontrando da maneira descarada como faziam; mas os dois não se importavam, porque todo aquele cenário havia se tornado tradição para eles. E aquele hotel havia se tornado o hotel deles desde o primeiro dia, e continuaria sendo até o último. 

Como o previsto, ao chegarem se depararam com diversos vampiros fazendo uma pequena festa perto do lugar marcado. Os humanos compartilhavam da bagunça junto com eles, pois não sabiam com quem estavam lidando. Mas, de longe, Baekhyun conseguiria reconhecer a própria espécie e o olfato de Chanyeol não falhava, o cheiro forte de sangue invadiu suas narinas como uma avalanche.

Aproximando-se da festa que acontecia, os olhares foram direcionados para os dois. As mãos de Chanyeol continuavam cravadas na cintura de Baekhyun e enquanto eles andavam, os olhares alheios eram direcionados para a cena que acontecia. O platinado sorria para seus semelhantes, que devolviam o gesto. Afinal, em suas mentes, era só mais um vampiro que havia se dado bem com um humano desavisado, o qual usaria seu corpo para todos os intuitos que um vampiro desejava.

Passaram sem problema algum pelo caos que acontecia, dispensando os convites que eram oferecidos pelos presentes ali e logo chegaram ao hotel. Como do costume de qualquer mundano, o lugar sempre estava com uma decoração para a data comemorativa. Eles sempre tentavam dar um clima mais sombrio ao ambiente, colocando qualquer tipo de apetrecho do tema, até mudando os uniformes dos funcionários - sem perder a luxuosidade que o lugar turístico pedia.

Já eram conhecidos dos gerentes e em poucos minutos conseguiram um quarto na cobertura. Mesmo com os quartos cheios, sempre sobrava um aguardando pelos dois.

Caminharam pelo corredor com o fogo percorrendo suas veias, com os olhares trocados pelo caminho, sentindo as batidas aceleradas do coração, com a tensão preenchendo todo o espaço. A cobiça ludibriava a razão em suas mentes, as dominando, deixando-os ansiosos para poderem se fechar do mundo exterior.

E não precisou que entrassem no recinto para os corpos se colarem novamente, porque enquanto Baekhyun mal inseria o cartão na maçaneta da porta, Chanyeol já estava atrás de si. As mãos viciadas em sua cintura grudavam sua pélvis ao seu pênis, que, mesmo preso na calça, começava a dar sinais de vidas; enquanto sua boca deixava beijinhos atrás da orelha de Baekhyun, arrepiando por inteiro, tornando difícil completar a tarefa que tinha que fazer. 

E foi só a porta se abrir que os dois entraram apressados, ainda na mesma posição, com Baekhyun caminhando pelo quarto, carregando Chanyeol em sua costas junto consigo. Até ouvirem o baque do fechar da porta, indicando que, enfim , os dois estavam presos no próprio mundo.

Baekhyun finalmente virou-se, encontrando os olhos mel de Chanyeol, que o encaravam em puro desejo. Suas mãos foram direto para seu pescoço e sem perder nenhum tempo, tomou a boca para si. Invadiu-a com sua língua, entrando naquele contato ritmado que apreciava. Gostava da maneira como o beijo deles se completava, de como as línguas disputavam o pequeno espaço, descobrindo o gosto presente do paladar um do outro. Ser tomado pelos seus braços, puxar seus fios escuros, intensificando todo o ato; era disso que Baekhyun gostava.

A calma e a gentileza da personalidade de Chanyeol, quando entrava na maluquice que era Baekhyun, se esvaía aos poucos; perdendo seus próprios traços e se misturando aos dele. Porque, para o platinado, não havia espaço para aquilo: era de sua natureza gostar das coisas mais loucas. Mas ele gostava ainda mais quando era o Park que o proporcionava as maiores loucuras.

O mais alto desceu com suas mãos, passando pela sua bunda com um toque suave, até chegar aos seus quadris, onde apertou a carne com força e fez Baekhyun suspirar pesado entre o beijo. Suas mãos desceram mais um pouco, até encontrar a coxa, onde usou-as para dar impulso e fazê-lo cruzar as pernas em seu quadril. O menor não dava brechas para o maior, apenas alguns segundos para dois recuperarem o fôlego e logo já estava grudando seus lábios novamente.  

Foi dessa maneira que Chanyeol caminhou com Baekhyun pelo quarto, pois queria encontrar alguma superfície para poder fazer o que tanto almejava com vampiro. Poderia foder consigo por todo o quarto que, por ser luxuoso, possuía muitos lugares para tal feito. Porém Chanyeol, sendo o usual que era, caminhou com o corpo até encontrar com os pés a cama. Lá jogou o vampiro e tirou a própria camisa, dando uma visão privilegiada à Baekhyun, que poderia assistir toda a cena deitado.

Logo jogou-se sobre o corpo alheio, ficando por cima. Chanyeol começou distribuindo beijos pela extensão de pele do pescoço de Baekhyun, o que o fazia arfar. Poderia ser algo a ver com vampiros, mas o menor era bastante sensível no pescoço e o maior tinha esse conhecimento. Por isso, não negava em aproveitar bem daquela área, começando com beijinho suaves, até chegar nas mordidas e chupões que, com certeza, marcariam a pele pálida.

Ia descendo com as mãos enquanto a boca ainda fazia seu trabalho. Logo tirou a blusa de Baekhyun, expondo o torso definido que ele possuía e não demorou para Chanyeol fazer a mesma coisa com sua calça, a jogando em algum canto do quarto.

Antes de fazer alguma coisa, parou para olhá-lo. Chanyeol odiava esses momentos, porque percebia o quanto havia se afundado em um labirinto que nunca conseguiria achar a saída, pois estava perdido por toda a eternidade. Era Baekhyun deitado sobre a cama, com a baixa iluminação na pele branca pálida e com as marcas vermelhas ali sobressaídas; os cabelos platinados que sempre eram perfeitamente alinhados estavam bagunçados e os olhos azuis vivos transbordavam um brilho único. 

Chanyeol poderia até compará-lo com o um anjo, de tão peculiar que era sua beleza. Porque, para si, não havia ser mais bonito do que ele na Terra. Odiava-se por desejá-lo tanto, por querê-lo no seu dia a dia e por não se abastecer em apenas uma noite. Não conseguia mais, necessitava vê-lo, porque sua mente sempre jogava lembranças para que Chanyeol não tivesse controle sobre seus próprios atos. Ela o fazia desejar a repetição da dose por todos os dias, até que, finalmente, tivesse um encontro com o vampiro outra vez. Só para acabar naquele ciclo sem fim.

— O que foi, hein, Park? — Baekhyun perguntou, chamando a atenção do moreno para si novamente. — Está pensando em desistir?

Perguntou unicamente querendo o colocar em mais um de seus jogos, pois tinha uma pequena noção no que a mente de Chanyeol trabalhava. Às vezes, achava que o moreno estava começando a nutrir sentimentos por si. Quando o pegava naqueles momentos, dava algum jeito de os quebrar. Por mais que amasse o olhar impenetrável de Chanyeol, não gostava para onde sua própria mente estava o levando. Baekhyun precisava manter o controle sobre isso.

— Jamais. — Voltou aos seus eixos, deixando seus pensamentos guardados em uma caixinha de sua mente. 

Estava prestes a voltar ao trabalho quando Baekhyun inverteu, sorridente, as posições. O corpo de Chanyeol agora estava abaixo do seu, enquanto permanecia sentado em cima da ereção, já acesa, dele. Curvou-se sobre o corpo para beijá-lo, (porque realmente amava muito beijar aqueles lábios), puxando consigo o lábio inferior do maior e não deixando com que o contato dos olhos fosse quebrado.

As mãos de Baekhyun dedilhavam o rosto do lobo, tocando delicadamente cada mínimo detalhe e passeando por seu pescoço, onde ousava deixar alguns selos delicados com a boca. Levou seus dedos pelo colo do maior, circulando seu peito e fazendo um carinho na auréola, para então descer por seu abdômen bastante definido pelo trabalho braçal que tinha na floresta. Era uma das partes favoritas de Baekhyun em seu corpo, então ele deixou que as duas mãos brincassem por ali, arranhando a pele com força, usando suas curtas unhas para marcar a derme morena. 

Chanyeol gostava bastante de admirar Baekhyun, mas não tanto quanto o vampiro gostava de olhá-lo. Havia se tornado a cruz de Baekhyun, porque o platinado fugia todos os dias apenas para conseguir uma brecha e pegá-lo fazendo as coisas mais banais de seu dia a dia. E quando os dois estavam na cama, não conseguia abandonar aquele vício. 

Olhava o corpo moreno bronzeado, os músculos bem definidos com os quais sonhava todos os dias, o rosto delicado o qual era uma tatuagem em sua mente, pois pensava no mesmo sempre. Os lábios cheios que, na maioria das vezes, era o embargador de um sorriso gentil; e os olhos mel, tão bonitos e tão claros, que quase se assemelhavam à cor do Sol - assim como tudo no moreno, porque ele conseguia ser mais radiante que a estrela que dava vida àquele planeta.

Por que esse maldito lobo tinha que ser tão perfeito?

Era a pergunta que o assombrava no dia a dia, principalmente quando lembrava-se do moreno, quando recordava-se de momentos como aquele: com Chanyeol abaixo de si, gemendo e enlouquecendo por conta do prazer. Ou dele sorrindo a correr em meio a floresta. Baekhyun descobriu que, infelizmente, adorava as duas versões.

Curvou-se novamente sobre o corpo de Chanyeol, levando sua boca até os mamilos enrijecidos do maior. Deixou sua língua trabalhar, chupando um de seus botões, puxando-o com os dentes, enquanto sua mão ainda trabalhava ardilosamente em arranhar qualquer centímetro de pele que encontrava.

Baekhyun levantou-se depois de algum tempo, o que fez Chanyeol ter que se apoiar nos cotovelos para poder saber qual seria seu próximo passo. O platinado afastou-se um pouco da cama, arrancando a box preta; ou seja, a última peça que continuava em seu corpo. Seu pênis saltou para fora e o alívio de não ter nada lhe apertando fora instantâneo. Sua mão fora de encontro com o próprio, se massageando em busca de alívio do tesão que se acumulava em seu corpo, por não ter sido tocado ali ainda. Chanyeol apenas olhava a cena toda. Sabia que, na maioria das vezes, era Baekhyun quem direcionava o caminho que deveria percorrer e ele não se importava nenhum pouco com a visão de tê-lo se masturbando, sucumbindo aos próprios anseios. 

— Vem cá, Park. — Chamou, abrindo seus olhos e direcionando aqueles mares azuis unicamente ao lobo. — Vem me chupar. Preciso da sua boca em mim hoje.

O maior não ousou desobedecer. Levantou-se da cama e dirigiu-se à frente do corpo menor que o seu. E se ajoelhou, batendo os joelhos no chão e ficando com o rosto de frente ao pau de Baekhyun, que já estava bastante lambuzado. Tirou a mão fina para substituir pela sua grossa, começando a masturbá-lo com leves movimentos de vai e vem, apenas para prepará-lo um pouco antes de, enfim, colocá-lo na boca. E quando o fez, Baekhyun gemeu alto. 

Segurou as duas coxas durinhas com firmeza para ajudar em seus movimentos. Sua boca estava sendo detonada pela penetração que Baekhyun fazia em si. Ele o deixava ir o mais fundo que conseguia, sentindo cada uma de suas veias pulsando dentro de sua boca. Ficou ainda mais excitado com a cena em que estava participando, o que causou uma dor em seu próprio pau, pois ele sofria apertado, ainda dentro da calça.

Puxou a cabeça para trás, deixando o pau escapar de sua boca, o que causou um som erótico a reverberar entre as paredes. Deixou sua língua passar pela extensão de pele e logo voltou a encaixar o membro em sua boca. Os movimentos foram se tornando cada vez mais firmes e, com a ajuda do vampiro, sentia a ponta da glande chegar à sua garganta. 

O platinado não estava aguentando e entregou-se totalmente ao prazer que Chanyeol lhe proporcionava, verbalizando tudo que estava sentindo e deixando os gemidos mais altos escaparem de sua boca.

E vendo a situação na qual seu amante se encontrava, sabia que era questão de tempo até que ele finalmente gozasse. Por isso, aumentou o aperto em uma das coxas, deixando uns tapas estalados pela mesma. Intensificou os movimentos de vai e vem com a boca, deixando ser fodido pelo mesmo.

As mãos de Baekhyun agarram-se aos seus fios emaranhados com força, amplificando as ações e seguindo o que o Park fazia com seu corpo. Olhar para baixo e encontrar a bagunça em que o Chanyeol estava, enquanto fodia a boca dele, o deixava mais excitado ainda. Não aguentou mais e gozou, deixando toda sua porra preencher a boca do lobo.

Não costumava fazer isso, mas engoliu todo o líquido branco, sentindo o gosto salgado cobrir seu paladar e descer pela sua garganta. Buscou Baekhyun com os olhos e os mesmo estava jogando sobre a mesa que usava de apoio, com o corpo suado e quase desfalecido sobre a mesma. Chanyeol sorriu e levantou-se, com seus olhos finalmente encontrando os dele. 

Baekhyun nem deixou com que pronunciasse algo. Tomou seus lábios para si, sem aviso prévio, só porque realmente não conseguia ficar muito longe dos mesmos. 

Jogou o corpo grande sobre o colchão novamente e subiu em cima de si, como havia feito anteriormente. A noite ainda estava longe de acabar.

Subiu sobre si, passando a língua agora por todos os gominhos que Chanyeol tinha na barriga, enquanto sua mão massageava o pênis bastante ereto ainda coberto pela calça. 

Cansado da enrolação, Baekhyun desafivelou o cinto que Chanyeol usava, agora possuindo total liberdade para finalmente livrá-lo daquela peça. E foi o que ele fez.

Deixou a calça ter o mesmo fim que a sua, perdida no chão do quarto. Agora só restava a box branca que escondia o pênis visivelmente ereto de Chanyeol. Não esperou para que sua mão começasse a trabalhar ali, massageando-o ainda coberto, arrancando afares aprovadores do moreno enquanto se beijavam. 

Seus movimentos sobre o membro coberto eram leves ainda, o que era certa tortura para Chanyeol, perceptível pela maneira como resmungava quando o beijo era quebrado. O sorriso característico de Baekhyun voltava a desejar seus lábios enquanto via Chanyeol praticamente implorar em silêncio por si.

— O que você quer, Park? — Perguntou, em um sussurro rente aos seus lábios, olhando diretamente em seus olhos. — Hoje eu estou gentil. Eu irei fazer o que você quer. — Continuou falando da mesma maneira, sem mover nenhum músculo - apenas suas mãos aumentando os movimentos que fazia. — Quer que eu chupe você, hum? Faz tempo que eu não faço isso. — Novamente perguntou, vendo os olhos de Park brilharem.

— Eu quero foder você. Não quero mais enrolar para isso. — Respondeu de maneira direta, surpreendendo Baekhyun.

— Por que está tão apressado? 

— Porque eu estou imaginando isso a noite inteira.

A sinceridade nas palavras de Chanyeol nunca o abandonava. O menino, de fato, não se preocupava em esconder o que sentia, nem mesmo com os jogos de Baekhyun. O ego do vampiro se infla a cada frase dita pelo lobo, porque ser desejado por alguém daquela maneira era uma das melhores sensações que Baekhyun já havia experimentado.

— E como você quer? — Perguntou, agora indo com os lábios ao pescoço do maior, deixando beijinhos pela extensão de pele que já estava vermelha por atos anteriores. Ele amava fazer aquilo, amava como desejava mordê-lo, do controle que possuía para não o fazer.

— Eu quero que você rebole em mim hoje. — Disse, por fim com a mão em toques sutis pela costas de Baekhyun, dedilhando de maneira delicada. — Quero você quicando em mim, até suas pernas doerem.

Baekhyun sorriu. Amava quando o lado sórdido dele se evidenciava, revelando aquele Chanyeol que poucos tiveram o prazer de conhecer.

— Seu desejo é uma ordem. — Sussurrou, ainda com o rosto rente ao ouvido de Chanyeol.

Saiu da curvatura de seu pescoço para poder posicionar-se melhor sobre o colo alheio. Levou os próprios dedos à sua boca, lambuzando-os com saliva. Mas antes de concluir o ato, Chanyeol o impediu, substituindo os dedos de Baekhyun pelos seus pela segunda vez naquela noite. Deixou Baekhyun chupar seus dedos e vê-lo fazer aquilo de maneira obscena. Desejou muito que fosse seu pau saindo e entrando dentro daquela boca.

Quando os dois acharam que já era o suficiente, Baekhyun levantou-se um pouco para se empinar sobre o corpo de Chanyeol, que confortavelmente levou a mão até a bunda de Baekhyun, até encontrar sua entrada, na qual enfiou seu dedo indicador sem aviso prévio. O vampiro gritou, em uma mistura de dor e prazer, sentindo finalmente o que almejou a noite toda. O lobo não enrolou para colocar o outro dedo dentro de si, porque sabia que Baekhyun já estava acostumado com aquilo. E o mais velho realmente não se importou. Gemendo em total aprovação, começou a rebolar sobre os dedos melados de Chanyeol.

O lobo usou a outra mão para segurar o membro novamente ereto de Baekhyun, o masturbando na mesma medida em que enfiava os dedos dentro de si. O fez entrar em êxtase de prazer. Seus olhos estavam fechados. Sua boca, aberta, a deixar os maiores gemidos escaparem e dando até para Chanyeol ver seus caninos sobressaltados. Seu corpo suava e seus movimentos já não eram mais calculados, apenas deixava que o moreno proporcionasse os melhores dos prazeres para si.

Vendo a maneira como ele estava e sabendo que apenas seus dedos eram capazes de deixá-lo daquela maneira, era impossível não imaginar como seria quando fosse seu pau no lugar, como seria quando finalmente o fodesse como Baekhyun merecia.

Acordando para o que estava acontecendo, Baekhyun, de maneira brusca, tirou as mãos do Park de si. Não iria aguentar mais por muito tempo e estava quase gozando novamente. Por isso, antes de qualquer ação que o lobo poderia ter, tirou sua box branca a jogando pelos ares, finalmente deixando o pau de Chanyeol respirar em alívio. Levou seus dedos finos ao pau melado e ali fez movimentos fortes e precisos, arrancando gemidos roucos e grossos da garganta do moreno.

Baekhyun queria tanto torturá-lo, queria o masturbar, lhe chupar e fazer um milhão de coisa consigo. Queria levá-lo ao limite, até que o mais alto implorasse para fodê-lo e, só assim, Baekhyun consideraria seu desejo e deixaria o foder até que perdesse todos os sentidos. Mas, naquela noite, tudo acontecia de maneira reversa e era ele que estava completando inebriado pelo prazer que o lobo lhe proporcionava. 

De maneira sutil, Chanyeol aos poucos tomou o controle de toda a cena, fazendo Baekhyun achar que era ele que estava no comando quando, na verdade, era ele quem, de maneira inocente, ditava os passos de ambos. O vampiro até desejava virar o jogo mais uma vez e fazer Chanyeol pagar pelo que estava causando em si, mas não estava em condições de fazer aquilo e ele havia aprendido a gostar de contornos de situações como aquela.

Por isso, levantou-se um pouco, apenas para sentar novamente, agora sobre o pau de Chanyeol. Gemeu alto quando sentiu a extensão grande o preencher por completo e o invadir de uma vez só. O lobo não estava diferente, pois deixou uma lamúria sair de sua boca, entregando o prazer que estava sentindo. 

Baekhyun levou as mãos até os ombros largos de Chanyeol para conseguir apoiar-se de melhor maneira. E foi olhando na imensidão que eram seus olhos mel que começou a rebolar do jeito que ele havia pedido. Seus movimentos não eram bruscos nem muito rebuscados. Por mais que não estivesse jogando com ele, ainda queria torturá-lo um pouco. E estava funcionando, porque os olhos de Chanyeol imploravam por ações mais agitadas e suas mãos o denunciaram quando foram de encontro à sua cintura, incentivando-o a rebolar mais rápido - coisa que não fez. 

— Me diz o que você quer. — Baekhyun falou soprado sobre seu rosto, naquele contato que era apenas dos dois. O menor gostava de ouví-lo enquanto transavam.

— Mais rápido, Baekhyun. Rebola mais rápido. — Pediu, em um choramingo.

Vendo o estado que lhe deixava, aceitou seu pedido e começou a movimentar-se de maneira mais rápida. Segurou nos ombros fortes de Chanyeol, usando-o de apoio às pernas e começou a quicar sobre o pau do mesmo. Com o metabolismo mais preparado do que o dos mortais, Baekhyun permitiu-se canalizar toda sua energia para sentar naquele pau. 

O mais novo direcionou suas mãos até a carne farta de sua bunda, segurando e ajudando nos movimentos, usando-a de apoio para movimentar sua própria cintura para cima e para estocar Baekhyun. 

O qual, aliás, não dispensava gemidos de prazer cada vez que sua próstata era surrada, forçando ainda mais seu corpo para sentar sobre a rola de Chanyeol, em busca daquele prazer que queria sentir pelo resto da vida. Direcionou seu rosto até a curvatura do pescoço lobo, aspirando seu cheiro e colando seus corpos, sendo capaz de sentir o coração pulsar fortemente.

— Me morde. — Chanyeol disse, sussurando de repente, fazendo Baekhyun parar seus movimentos. Até direcionou sua cabeça para observá-lo. Ele só podia estar ficando louco.

— Não sabe o que está pedindo.

— Eu sei que daqui a pouco você vai desmaiar de fome. Eu sei que não está se alimentando como antigamente, Baekhyun. — Continuou falando, com as mãos passeando pela região baixa de seu corpo. — Eu sei o que eu estou pedindo.

Sabe o que isso significa para os vampiros.

Sabe o que isso significa para os lobos.

O vampiro levou a mão até o pescoço suado do mais novo, fazendo um carinho ali enquanto encara a extensão de pele bronzeada. Ele sabia exatamente onde morder, ele sabia exatamente o que fazer e seu corpo desejava tanto...

Mirou os olhos de Chanyeol em busca de algum impedimento. Porém, o que recebeu foi totalmente o contrário. Ali só havia a confirmação para que completasse o ato. Da maiores loucuras que já fizeram, aquela poderia ter consequências realmente graves e irrecuperáveis para ambas as partes, mas aquela adrenalina e tensão de cometer o errado só fazia Baekhyun desejar seu pescoço ainda mais.

Deixando a moral de lado, atacou o pescoço de Chanyeol. Mas ao contrário do que fazia com suas vítimas, deu uma mordida de leve e deixou o sangue escorrer pela pele, observando o líquido transbordar do corpo que tanto amava. Passou levemente a língua até onde havia a mordida, voltando a quicar sobre seu pau enquanto continuava chupando o sangue que escorria do pescoço.

Sempre tinha ouvido as maiores lendas sobre o sangue dos lobos, porque foram bem poucos os vampiros que haviam tido aquela experiência. No entanto, todos concordavam que o gosto era único. Mesmo com o metal presente no paladar, havia um adocicado e um amadeirado que não era presente no gosto do sangue humano, coisa que Baekhyun estava apreciando muito.

E envolvido pelo prazer de ser fodido até o talo enquanto bebericava aquele sangue delicioso, gozou fortemente pela segunda vez, deixando o líquido branco escorrer de seu pau e molhar a barriga de ambos. Antes de fazer qualquer coisa, Chanyeol puxou-o pelo pescoço, usando uma força que não era de seu usual. Segurava seu pescoço fortemente, quase o sufocando, e seu rosto trazia uma expressão muito séria. Baekhyun estava com a passagem de ar fechada para poder perguntar qualquer coisa.

E nem fora necessário, porque Chanyeol o jogou sobre o colchão novamente, ainda apertando seu pescoço, dando estocadas fortes contra seu corpo e fazendo a cama tremer, sendo capaz até de quebrar o chão - porque ele claramente possuía uma força sobre-humana. Também não tardou o vir de seu orgasmo, porque havia trabalhado a noite inteira para que isso acontecesse. Deixou seu gozo preencher Baekhyun por inteiro, enquanto sua boca soltava um som alto e grave. 

Olhou para Baekhyun, que estava completamente acabado, com o sangue que escorria por seus lábios manchando seu rosto quase por inteiro, completamente marcado e com os olhos em um azul mais vivo do que nunca. Para qualquer pessoa com uma consciência estável, aquela cena poderia ser considerada no mínimo assustadora. Mas, com a mente maluca, Chanyeol estava encantado pelo o que via e sorriu para Baekhyun, selando seus lábios aos deles, sentindo o gosto do próprio sangue invadir seu paladar.

— O que foi esse final? — Baekhyun perguntou, estampando seu sorriso característico. — Ficou com medo?

— Um pouco. — Aproximou-se do corpo estirado no colchão. — Mas eu lembrei que você jamais seria capaz de tentar algo contra mim.

— Quem te garante isso? 

— Você mesmo e sabe do que eu estou falando. — Voltou a percorrer com sua mão grande a barriga do menor, de maneira delicada. — Você é completamente meu e não adianta negar.

— Não sabe do que está falando. 

— Eu tenho a plena consciência do que estou falando. E seus olhos te entregam, Baekhyun.

— Está convencido demais, Chanyeol. — Esticou-se para ficar mais próximo de si e para encará-lo, olho no olho. — Sabe que esse jogo é perigoso.

— E nós já estamos nele faz tempo, não adianta mais nada. 

— Vamos mudar de assunto. — Roubou um beijo do lobo, o fazendo rir. — Temos uma madrugada inteira para aproveitar ainda.

— Só admite que iremos continuar de onde paramos.

Baekhyun o encarou incrédulo. Odiava quando Chanyeol começava com seu sentimentalismo. Porém, naquele dia realmente havia rendido-se completamente ao maior e, como ele mesmo havia dito: não havia mais volta.

— Eu sou completamente seu. — Disse, confessando mais para si do que para o lobo à sua frente, que alargou o sorriso. — Da maneira mais louca possível, mas real.

Não precisavam dizer mais nada, pois tudo poderia ser encerrado ali. Chanyeol apenas inclinou-se para beijá-lo novamente de um modo mais delicado, como gostava. E Baekhyun entregou-se àquele gesto de carinho que não costumava receber. Os dois, em um combinado mútuo, sabiam que agora afirmavam que tudo o que os beijos transmitiam era de maneira pura e realista, o que tornava os dois os piores seres sobrenaturais que o mundo mágico já vira.

Mas eles não se importavam, porque dentro daquele quarto, o mundo era apenas dos dois para eles se deliciarem de seus corpos e usufruírem da maneira mais carnal que conseguiam. Também poderiam falar as coisas que suas mentes estavam guardando há tempos, deixando um pouco do sentimentalismo se sobressair e encaixando-se perfeitamente no caos que os dois se tornaram, juntos.

Afinal, Baekhyun desejava Chanyeol da mesma maneira que inferno deseja os céus.

 


Notas Finais


Olha só gente, estava com saudades de fazer um lemon, mas fazia muito tempo que não escrevia, então nem sei como ficou, espero que tenha agradado. E como era de se esperar, eu me apeguei a esses personagens, não sei se estou pronta para me desapegar :( Mas isso depende de vocês amorzinhos.
Espero que tenham gostado. Não se esqueçam de me seguir no twitter, estou sempre falando de fanfic por lá. Até a próxima! ♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...