História Finally Found You - Swan Queen - Emma Swan e o concurso

Algumas semanas haviam se passado desde que os Swans se mudaram para Nova York e todos já estavam acostumados com suas rotinas.

Emma decorou seus horários e não entrou mais na sala errada ou discutiu com Mills; Riley estava estudando como louca, aproveitando ao máximo tudo que a Fordham tinha para lhe oferecer. Henry estava tentando se adaptar na escola, tinha muitos amigos, mas estava se esforçando.

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Riley estava em mais uma de suas aulas com Mills quando a mesma pediu a atenção de todos e disse que tinha um anúncio a fazer.

- Como muitos de vocês já sabem, a cada cinco anos A Fordham organiza um concurso e o aluno que tiver as melhores notas, participação e entusiasmo será premiado com uma viagem para a Europa, um tour pelos principais museus e galerias de arte. Tudo será por conta da Universidade e eu estarei lá para acompanhar o ganhador. Mais detalhes serão informados com ao longo do amo e se houverem dúvidas, não hesitem em me procurar. Boa sorte. – Os alunos começaram a conversar entre si, animados com o tal concurso e seu prêmio. Riley sorriu. Um tour pela Europa com Regina Mills? Seu maior sonho estava se tornando realidade.

Pegou um caderno e começou a se programar para as próximas provas e trabalhos, precisava ganhar aquele concurso.

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Era hora do lanche e Henry procurava um lugar para sentar. Como ainda não havia conseguido se enturmar, os intervalos eram um pesadelo.

- Ei, pirralho! – Um grupo de garotos de aproximou. Eram mais velhos, altos e não pareciam muito amigáveis.

- O-Oi. – Disse, nervoso.

- O que é isso na sua perna? – Apontou para a prótese do garoto, que só então havia percebido que estava de bermuda.

- Oh, é uma...

- Olha só, o garoto é aleijado. – Um deles comentou e os outros começaram a rir. Henry abaixou a cabeça, desconfortável.

- Tadinho do deformado, buá. – Continuaram a rir e o mais novo lutou para conter as lágrimas.

- Por favor, parem... – Pediu com um fio de voz.

- Own, vai chorar? – Debochou o mais alto. – Passa o dinheiro do almoço, pirralho. – Henry os entregou o que tinha e saiu correndo para o banheiro. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo com ele, o que fez para merecer ser tratado assim?

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- Bom te ver, patinho. – Ruby falou quando entrou na sala.

- Oi, Swan. – Killian acenou antes de ir para seu lugar.

- Bom dia, professora. – Belle sorriu para ela.

- Olá, pessoal. – Cumprimentou os três e começou a dar sua aula.

Emma já havia descoberto como as coisas funcionavam na Fordham e não teve problemas em se adaptar. Fez amizade com alguns professores, aprendeu a evitar outros e não arrumou mais brigas com uma certa morena.

De todas as turmas, a que Swan mais havia se apegado era a 332. Todos os alunos – principalmente Ruby, Killian e Belle – eram bem humorados e a tratavam como uma velha amiga, o que a fez se sentir acolhida e gerou uma certa intimidade entre eles.

Enquanto escrevia no quadro, Swan ouviu os alunos cochichando sobre alguma competição, ela não sabia do que se tratava mas havia ouvido sobre o dia inteiro. Como aquela turma era mais tranquila, decidiu perguntar.

- O que é esse tal de concurso? Todo mundo só fala disso, meu Deus.

- Você não sabe, patinho? – Ruby ficou confusa.

- Ela é nova aqui, lembra? – Killian olhou para a amiga, que concordou.

- A cada cinco anos, a Senhorita Mills escolhe o aluno com as melhores notas e participação para um tour pelos principais museus da Europa com ela, tudo pago pela Fordham. – Belle explicou.

- Oh. Que chique. – Não estava acostumada a trabalhar em lugares tão ricos, então tudo aquilo era muito novo para ela. Pensou em Riley, ela com certeza participaria.

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Já era meio dia e Mills estava indo almoçar quando Rose a viu e decidiu ir até ela.

- Regina, oi.

- Boa tarde, Rose. – Trocaram sorrisos.

McIver era uma das únicas amigas que Regina tinha em Nova York. Conheceram-se quando ainda estavam cursando a faculdade e se tornaram inseparáveis, a loira sabia tudo sobre a morena e era a primeira a defende-la quando criticavam seu jeito frio.

- O que acha de um almoço? Faz tempo que não conversamos. – Sugeriu enquanto andavam até o estacionamento.

- Claro. Vamos no meu carro, conheço um ótimo restaurante aqui perto.

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As amigas comiam a sobremesa enquanto conversavam sobre suas vidas, rindo e brincando.

Rose era uma das poucas pessoas com quem Regina se permitia abaixar a guarda, era mais bem humorada e espontânea com ela do que com seus outros colegas de trabalho.

- Você já anunciou o concurso, ó toda poderosa? – Regina riu do apelido.

- Sim, senhorita. Contei para a maioria das turmas hoje cedo. Ainda faltam algumas, mas como eles conversam entre si, já devem estar todos sabendo.

- E quem você acha que vai ganhar? – Colocou uma colher de seu pudim na boca, atenta.

- Ainda está cedo demais para dizer, todos têm ótimas chances. – Desconversou.

- Ah, qual é, Regina, você deve ter alguns candidatos.

- Tudo bem, tudo bem. – Revirou os olhos e a loira riu. – Belle é muito inteligente, como você já sabe, e também é muito dedicada. August também é bom, Roni... Oh, tem uma garota do primeiro ano, Riley. – Rose percebeu uma mudança na expressão da morena e decidiu prestar mais atenção. – Ela chegou há poucas semanas, mas parece ser muito dedicada e inteligente. Veio falar comigo no primeiro dia de aula, parece ser muito fã do meu trabalho. Apesar de ser nova, acho que ela tem uma ótima chance. – Rose percebeu que a morena parecia falar de um jeito especial da jovem.

- Regina, Regina, não vá roubar para a garota. – Mexeu a cabeça em falsa negação.

- O que? Rose, você sabe que eu nunca faria nada assim!

- Era brincadeira, calma. Você parece gostar muito dessa tal Riley.

- Tenho que admitir que ela ganhou pontos comigo quando falou que é fã do meu livro. Apesar de eu odiar aquela época da minha vida, a obra é muito especial para mim. – A loira arqueou uma sobrancelha e abriu um sorriso. – Mas eu não tenho preferidos na sala de aula. – Rose riu.

- Você pode falar isso o quanto quiser, mas eu também sou professora e sei que não é verdade. – Regina revirou os olhos.

- Só não conte nada do que eu falei para ninguém, ok? A última coisa que eu quero é que me acusem de ter roubado se algum deles ganhar o concurso.

- Pode deixar, capitã. – Fez uma saudação com a mão, arrancando uma risada da mulher.

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Já era tarde e Emma estava tomando um café na sala dos professores, jogava conversa fora com alguns deles para tentar se distrair do cansaço daquele dia. Como aconteceu em todas as suas aulas, acabaram falando do concurso de Mills.

- Como isso surgiu, afinal? – A loira perguntou.

- Há uns dez anos, Regina e Gold tiveram a ideia de fazer uma disputa para aumentar o desempenho dos alunos e incentiva-los a participar mais das aulas. Era para ser algo temporário, mas com o passar dos anos foi se tornando uma tradição, todos os novos alunos esperam ansiosos por sua vez de participar. Como Mills teve a ideia, ela é a responsável por organizar tudo, incluindo a festa que acontece no final do ano, onde é anunciado o vencedor. – Robin, o professor de anatomia, explicou.

- Festa? Esse lugar é mais chique do que eu pensei... – Rose riu do comentário de Swan.

- Você se acostuma, sério. As coisas são bem mais simples do que parecem.

- Assim eu espero.

Todos se calaram quando ouviram o bater de saltos sobre o piso. Mills havia entrado para pegar um café e, logo que o fez, saiu sem sequer olhar para os presentes.

- Ela não é muito comunicativa, não é? – Emma comentou, mordendo um biscoito e se encostando na cadeira. Não conseguia entender aquela mulher, como alguém poderia ser tão fria?

- Regina não é uma pessoa ruim, só é mais fechada e, bom... não é fã de fazer novas amizades. – Rose explicou. Realmente amava a morena, mas sabia que ela poderia parecer hostil para quem visse de fora.

- Isso eu percebi. – Riu, lembrando-se de quando a encontrou pela primeira vez.

Algo em Regina intrigava Emma Swan, ela não conseguia entender porquê a mulher agia do jeito que agia e, ainda assim, era tão respeitada. Apesar de odiar seu jeito rude, Emma sentia uma certa curiosidade, queria descobrir porquê ela era tão fechada, saber o que estava debaixo daquela pose de indiferença.

Porém, por mais que sentisse vontade de provoca-la e ver até onde iria, a professora sabia que não valia a pena arriscar. Havia aprendido já no primeiro dia que não deveria mexer com Mills, era melhor deixar as coisas como estavam.

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Depois de longas horas de trabalho, Emma finalmente chegou em casa.

Deu boa noite para Riley e, quando foi fazer o mesmo com Henry, percebeu que o mesmo estava um pouco cabisbaixo.

- Está tudo bem, meu amor? – O garoto deu de ombros e forçou um sorriso.

- Sim, mãe, eu só estou cansado.

- Se você quiser conversar eu estou aqui, tudo bem? Pode me contar qualquer coisa. – Por um momento, a criança pensou em falar sobre seu dia na escola, mas, ao reparar no semblante cansado da mãe, decidiu deixar para lá. Ela parecia exausta e ele não queria dar-lhe mais um problema.

- Eu sei. – Abriu um meio sorriso e recebeu um beijo na testa. – Boa noite.

- Boa noite, meu amor. – A loira apagou a luz e foi até a porta.

Estava preocupada com o pequeno, mas não queria força-lo a nada, então deixou quieto. Trocar de escola era difícil, talvez ele só esteja tento problemas durante a adaptação, algo temporário.

Ou não.