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História Fique Longe Dele - Kim Taehyung - Um convite inusitado.


Escrita por: Maaru

Notas do Autor


Boa Leitura! ♥️

Capítulo 24 - Um convite inusitado.


Fanfic / Fanfiction Fique Longe Dele - Kim Taehyung - Um convite inusitado.


Choi Yuri.


Talvez, se houvesse sido avisada a respeito de toda essa situação, eu não estaria aqui agora, e refiro-me a muito antes, muito antes de me mudar para este lugar, de entrar para esta nova escola.


Dentre tantas pessoas, por que tinha de ser logo Kim Taehyung a estudar nesta escola?


Por que ele tinha de ser a minha dupla? 


Este rapaz me deixa louca, confusa, sem saber o que sentir a respeito dele, sempre aparentando ser um babaca, um garoto desapegado que não se importa com nada além do próprio ego. Mas se for realmente esta a sua verdadeira personalidade, então por qual motivo estou sentindo que não é tudo isso agora?


Eu quero tanto odiá-lo, Taehyung… 


Desejo ficar longe de alguém como ele, não quero me apaixonar por alguém que não irá me corresponder da forma que gostaria, e talvez eu seja uma egoísta por pensar coisas assim… por querer que certas coisas e sentimentos sejam só meus.


Mas a culpa é toda dele! 


Eu não sei o que ele tem ou o que exatamente faz, apenas que… é impossível não chamar a atenção, é impossível não notar Kim Taehyung em qualquer lugar que vá, ou qualquer coisa que faça. Uma parte minha ainda resiste, mas não sei se a outra porcentagem que resta de mim ainda consegue olhá-lo e jurar que não sente nada.


Taehyung é simplesmente isso? Um homem carnal? Que apenas interpreta o papel que as garotas querem quando está com elas, fazendo com que se sinta desejadas e "amadas"? 


E quanto a ele? Me pergunto o tempo inteiro, o que deve sentir em relação a isso, se realmente soa como algum tipo de diversão para si, ou se simplesmente já tornou-se uma espécie de "piloto automático".


O que ele quer encontrar? Aonde pretende chegar? Está competindo com alguém? Quer afastar alguém? 


Talvez eu nunca vá saber, mas gostaria… 


Eu gostaria muito de saber o motivo de não conseguir fingir que Taehyung não existe.


A única coisa que eu queria neste momento, era que ele parasse de me olhar dessa maneira, tão intensamente que parece estar vendo a minha alma. 


— Pela primeira vez… o que? — Arrumei a postura, erguendo um pouco mais o tronco e apoiando minhas mãos uma de cada lado da sua cabeça.


Vi seus lábios se entreabrirem, pela primeira vez não foi rápido em me dar uma resposta como costumava ser.


— Pela primeira vez, eu tenho certeza de que irei chegar em casa com cheiro de merda de pato. — Riu.


Franzi as sobrancelhas, sentindo vontade de rir de mim mesma. Estava sendo hipnotizada de novo, mas não de um modo sexual, incrível…


— Por que acha isso? — Perguntei, tentando focar na conversa.


Em nenhum momento ele me tocou ou ameaçou algum ato físico, estava aqui abaixo de mim, imóvel.


Isso era tão bizarro vindo dele, eu não sabia o que fazer ou como interpretar.


— Essa área é para os patos, e eu estou deitado nela, acha mesmo que eles não defecam aqui? — Rebateu.


Sorri ladina, vendo meus cabelos escorregarem por meus ombros, como se formassem uma cortina ao redor da cabeça dele.


— Eca… — Esbocei uma careta. — Ainda bem que eu não sou você agora.


O moreno suspirou, desviando os olhos dos meus. E confesso que me senti um pouco aliviada pelo ato.


— Ainda bem…


— Como assim? Por acaso tem medo de que eu fosse melhor do que você mesmo? — Enunciei.


Seus lábios moldaram um sorriso.


— Não, é só que… se você fosse eu agora… — Em um ato inesperado, sinto o toque de seu palmo na lateral de meu rosto sua mão, puxando lentamente uma folha seca que estava presa em meu cabelo. — Eu não poderia estar assim com você, nem vê-la de tal maneira como agora.


Merda…


Como devo considerar este gesto? Fora um elogio ou o que?


Eu não o entendo! 


Meus batimentos cardíacos pareciam entrar em colapso, tão intensos…


Por favor, Yuri, seja forte, lembre-se do que sua mãe disse, não se entregue facilmente, lembre-se do que ele fez com você antes. Eu imploro…


Ele não serve para isso.


— Com certeza, as companhias de cinema estão perdendo-o, sabia? Isso foi realmente bom. — Zombei.


O vi dar de ombros.


— Gostou? Andei aperfeiçoando. — Piscou para mim.


Revirei os olhos.


— Engraçadinho.


— Tem problema se eu pedir para sair de cima de mim agora? É que nessa posição fica difícil eu me manter calmo por mais tempo. — Retrucou.


Arregalei os olhos, percebendo a forma a qual estávamos, levantei-me, saindo de cima dele, ficando de pé.


Taehyung também levantou-se, retirando o blazer, e o cheiro que emanava quase me fez engulhar.


— Deve lavar bem essa peça… — Falei, esboçando uma careta.


— Gostaria de lavar para mim? Eu pago bem! — Debochou.


— Vá sonhando. — Cruzei os braços. — Vamos, antes que aquele ganso surtado volte, estou com fome.


Comecei a caminhar, notando a silhueta masculina se aproximar de mim e se posicionar à minha frente.


— Gosta de burritos? — Questionou.


Ergui o cenho.


— Pretendo comer na minha casa… 


O rapaz encarou-me confuso.


— Ainda está pagando a sua dívida! — Rebateu.


— O que? Nada disso, você pediu para que o acompanhasse, eu vim, isso já é o suficiente para pagar a minha dívida. — Gesticulei.


Taehyung formou um bico nos lábios.


— Ora, vamos… por favor, coma comigo! — Pediu.


Bufei.


— Por que eu deveria? Acha que pode fingir que está tudo bem? — Tentei passar por ele, mas meu pulso foi segurado.


— Acha que não me sinto mal por isso? 


Arregalei os meus olhos, sem acreditar no que havia escutado.


Pensei que ele não se importasse.


— O que? — O olhei incrédula.


— Eu sei que fui um babaca. E não é novidade para você, mas não espere que eu vá pedir desculpas, isso não mudaria nada. — Disse em tom sério.


Minha nossa, bom saber que ele tinha consciência.


— Então o que vai fazer a respeito? Não é como se eu fosse lhe desculpar também, já que sabe de tudo o que fez, por que insiste? — Retruquei.


Ele riu, dando de ombros.


— Só direi se comer burritos comigo.


Suspirei pesada.


— Eu te odeio! — O acompanhei até uma tenda próxima que vendia burritos.


— Ainda bem que não disse que me ama. — Proferiu, enquanto esperávamos os lanches.


— E por que eu diria isso?


— É um saco, sabe quantos "eu te amo" eu já ouvi? É engraçado como algumas garotas se apaixonam em apenas um dia. — Riu. — Eu não entendo, duas pessoas que sequer se conhecem direito precipitando sentimentos? Pelo amor de Deus…


Suspirei, achando engraçado o seu jeito de falar, Taehyung não entende nada mesmo, de fato isso para ele é apenas carnal. 


— Você não entende as garotas, só se aproveita delas, talvez se agisse como um homem de verdade, não julgaria assim. — Peguei o burrito que fora oferecido em minha direção.


— É difícil entender vocês. — Suspirou. — O básico já está bom. — Disse convencido, dando uma mordida em seu burrito.


Franzi o meu cenho.


O que ele quis dizer com "básico"? Espera um pouco…


Não acredito!


Descemos um pequeno morro de grama, nos sentando para comer, sentindo a brisa da natureza percorrer por nossos rostos.


— Não acredito que me trouxe para alimentar patos. — Exclamei, enquanto comia.


— Não gostou?


— Sim, eu apenas não imaginava que você gostava de fazer isso, achei que me levaria para outro lugar, menos aqui. 


— Jura? E para que lugar você achou que a levaria? — Perguntou.


Dei de ombros.


— Pelo seu tipo… outro restaurante super caro, e depois…


— Tsc, porra, é verdade… bem que você poderia ter pago a sua dívida desse jeito!. — Gargalhou.


Senti as minhas bochechas queimarem ao imaginar.


— Você é tão idiota, eu jamais faria isso!


— É brincadeira, esquentadinha. — Empurrou-me de leve com o cotovelo. 


— É você quem me provoca… — Murmurei.


Ouvi Taehyung suspirar.


— Para ser sincero, a trouxe só por trazer mesmo, eu costumava vir até aqui com a minha mãe quando era criança, nós alimentávamos os patos juntos. — Contava distraído. — Eu gostava muito disso, principalmente quando me sentia triste, esquecia das coisas por um momento enquanto brincava.


— Se sente triste? — Indaguei.


Seu olhar se direcionou a mim.


— O que?


— Você disse que vinha aqui principalmente quando se sentia triste, então… está triste? 


Ele riu fraco.


— Não, eu acho que não…


Inclinei a cabeça para o lado.


Esse homem, diz que não entende as mulheres, mas também não entende a si mesmo.


— Quantas garotas já trouxe aqui? 


— É sério? — Estreitou os olhos.


Gesticulei, rindo.


— Ora, vamos, não posso ter sido a única, isso é tão clichê, o cara leva a garota para algum lugar que ele diz ser "sentimental" somente para ela se derreter, mas na verdade era só um lugar comum que ele ia pela primeira vez, é só um jeitinho de garantir a trepada mais fácil. — Revirei os olhos, rindo.


Taehyung meneeou a cabeça.


— Você é engraçada… — Umedeceu os lábios.


— Devo acatar como um elogio? 


— Bom, é você quem decide, aliás, por que não para de me julgar só um pouquinho? — Se debruçou no chão de grama.


— Eu julgo você pelo que você mesmo demonstra ser. — Disse, séria. 


Ele virou-se para mim, encarando-me tão intensamente que foi impossível não sentir um arrepio.


— Você não tem noção de quem eu sou, Choi Yuri… — Sorriu ladino, sensualmente. — Eu posso ser o que você quiser… — Levantou-se, curvando-se um pouco em direção à minha face. Tão perto. — De um bom garoto, à um homem muito, muito mau… 


O seu timbre de voz, eu nunca havia conhecido alguém com uma voz assim, tão potente, grave e ao mesmo tempo… céus…


A minha respiração falhou por um momento.


— Andou aperfeiçoando isso também? — Crispei os lábios, disfarçando.


— Não, esse foi improvisado. — Estalou a língua. — Venha, irei levá-la para casa.


Assenti, o seguindo até o seu carro. Ele deve adorar agir assim.


Adentramos o veículo e ele deu partida no mesmo, rumo à minha residência, seguimos a viagem em silêncio, admito que estava com um pouco de sono, ter passado mal deve ter me debilitado.


Passados vinte minutos e ele estacionou na porta de minha casa.


Hesitei por um momento, deveria dizer "Adeus" e sair? Como ficaríamos agora? Me sinto como naquele dia outra vez…


— Não precisa falar comigo se não quiser, só tinha de pagar a sua "dívida", certo? Estamos quites. — Disse ele. — Podemos voltar a agir como implacáveis inimigos.


Deixei escapar uma risada, olhando para ele.


Estava diferente, ao menos hoje, eu senti que estava, mesmo manifestando o lado ousado que tinha.


— Desculpas não mudam as situações que já passaram, mas atitudes sim! — Exclamei. — Então… 


— Da próxima vez eu jogarei a bola mais devagar, prometo! — Brincou, rindo em seguida.


Grunhi, desferindo um leve soco em seu ombro.


— Não consegue levar nada a sério? Estou tentando fazer dar certo, mas você dificulta, o nosso rendimento escolar está em jogo aqui!


— É mais interessante se apenas deixarmos tudo acontecer naturalmente, Yuri. — Destravou as portas. — Não precisamos estabelecer nada, apenas deixa os dias passarem. Mas se deseja que eu fale sério agora, eu dou a minha palavra de que jamais lhe machucaria, reconheço isso, satisfeita?


Assenti, saindo do carro.


— Então acabou de admitir que estava com ciúmes! — Gargalhei.


— Eu não estava com ciúmes!


— Até logo, Taehyung, ciumentão! — Zombei, fechando a porta do carro.


O perdi de vista quando entrei em casa.


Caramba, o que nós temos na cabeça? E lá vamos nós de novo…


Espero que seja diferente desta vez.


                                     [...]

 

11:48.


Todos se levantaram, prontos para irem embora, menos os que tinham atividades em clubes. Segurei na manga do blazer de Taehyung, atraindo a sua atenção.


Ele imediatamente se virou, olhando-me confuso.


— Pegue, você só precisa passar à limpo para a sua letra e colocar o seu nome. — Entreguei a ele as outras duas amostras e o rascunho dos relatórios.


Seu cenho se franziu..


— Pensei que faria sozinha.


— Não seria justo… — Murmurei.


— Tem certeza? — Pegou os vidrinhos da minha mão, mas não os papéis.


— Não vai levar os papéis? 


— Não seria justo fazer isso às suas custas também, farei meu próprio relatório, obrigado. — Sorriu.


Assenti.


Ele se retirou da sala.


Min-Ji veio até mim, abraçando-me.


— Está tudo bem entre vocês? — Perguntou.


— Eu não sei, até agora parece que sim, mas e daqui cinco minutos? Amanhã? Depois…? — Suspirei com pesar. — Quem sabe…


— Credo, desde que você não dê a florzinha para ele tudo está ótimo. — Brincou. — Vamos embora?


Peguei a minha mochila, já estávamos prestes a sair da sala, quando Min Yoongi nos abordou.


— O que foi, floco de açúcar? — Diz Min-Ji, em tom sério.


O Min esboçou um sorriso sapeca, estendendo a mão com dois lindos convites em formato de diamante.


Fiquei surpresa.


— O que é isso? — Indaguei, curiosa.


— O aniversário de casamento dos meus pais, eles permitiram que eu convidasse alguns amigos, mas sabem… quanto mais mulher melhor! — Soou convencido e atrevido como sempre.


Ergui o cenho.


— Temos que levar algum presente? Pois já vou logo avisando que sou pobre. — Min-Ji avisa.


— Vocês estão indo como minhas convidadas e não deles, mas se quiserem me dar um presente, não irei recusar. — Deu de ombros.


— Obrigada, Yoongi. — Agradeci sorrindo.


— Por nada. — Retirou-se da sala.


Virei-me para Min-Ji, percebendo rapidamente que ela parecia pálida, olhando para o convite.


— Ji? Você está bem? — Toquei em seu ombro.


— Yuri… veja o endereço… 


Abri o convite, e assim que li o endereço como ela havia dito, Pus a mão sobre a boca.


— Min-Ji…


— Um cruzeiro, porra! — Declamou empolgada. — Um aniversário de casamento em um cruzeiro de luxo! Yuri! 


Eu estava tão boquiaberta quanto ela, não imaginei que a família do Yoongi fosse tão rica, e muito menos que eu seria convidada para tamanho evento, será que os outros também foram?


Já sentia a ansiedade me percorrer as veias.


Será que a minha mãe irá me deixar ir?






Notas Finais


Ueeeepaaaa!!!

Estão prontos para a festa? 🥳
O capítulo será atualizado amanhã (Domingo, 26/09) tá bom? Portanto fiquem de olho nas notificações. ♥️


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