Demetria estava sentada em uma das cadeiras que havia na recepção daquele enorme hospital. Ainda pensava no que Joseph queria lhe contar, se esforçou algumas vezes para adivinhar, mas nada fazia sentido. Uma voz grave tirou Demi de seus pensamentos.
— Está melhor? — disse seu marido. —
— O que você quer? Por que não vai embora? — cruzou as pernas e os braços, indicando o quão irritada estava. — Não precisamos de você aqui.
O mais velho segurou em seu braço com força, apertando.
— Você deveria me agradecer. — ele disse. —
— O que acha que está fazendo? Me solte! — puxou seu braço, soltando-se. — Você enlouqueceu, Alexander? Parece estar em outro lugar. De repente fica agressivo comigo, você nunca foi assim, nunca sequer encostou um dedo em mim para me machucar.
— O que fazia naquela boate, Demi? — o homem olhava fixamente nos olhos da morena, parecia já saber a resposta. —
— Como sabe que eu estava lá? Você anda me seguindo?
— Responda! — falou alto, mas logo ajeitou sua postura e abaixou sua voz, sabendo que poderia chamar a atenção de alguém. — Responde, Demi. — pediu, dessa vez mais calmo. —
— Eu queria me divertir, Alex, algum problema? — revirou os olhos. —
— O que você fez lá?
— Deus! É sério? Você nunca se importou com isso.
— Diz logo, Demetria, não piora tudo.
— Tudo o quê? — perguntou rápida. —
— Nada. O que fez lá? — repetiu. —
— O que você acha que eu fiz na boate? Isso mesmo, o que todos fazem. Eu dancei.
— Só isso?
— Sim, Alexander, só isso.
O homem negou com a cabeça, não acreditando que sua mulher estava mentindo. Tirou seu celular, abriu na galeria de fotos, não haviam tantas, então logo abriu a foto onde Demetria beijava Lauren. Virou o aparelho para a morena, que arregalou os olhos.
— Esqueceu de me contar isso. — o celular tremia na mão de Alexander. — Como pôde, Demi?
— Alex... — balbuciou. — Eu...
— Tenho que ir. — ele disse levantando. —
— Não, Alex, por favor. Me deixa explicar. — suplicou. —
— Não tem o que ser explicado, Demetria. Agora saia da minha frente. — esbravejou. —
— Não, eu não vou sair. Você precisa me escutar, baby.
A morena aproximou-se dele, mas o mesmo a empurrou.
— Não me chame mais assim. É nojento. Aliás, eu estou com nojo de você. Aposto que sua família iria adorar saber que você me traiu com outra mulher, tão nojenta quanto você.
O coração de Demetria apertava dentro do peito. Aquelas palavras estavam magoando seu coração, só de pensar na reação de sua família, sua cabeça rodava.
— Alex, me desculpa. — disse enquanto deixava escapar sua primeira lágrima. — Desculpa, por favor, eu não quero que a gente acabe desse jeito.
— Sai da minha frente agora. Depois conversamos.
— Promete? Promete que vai me ouvir, me deixar consertar a burrada que eu fiz? Por favor, baby. — lembrou em seu pedido para não chamá-lo assim. — Alex. — corrigiu. —
— Sim, Demetria. Depois você pode falar o que quiser, mesmo que não adiante nada. Agora faz o favor de sair da minha frente.
A morena afastou-se, dando espaço para seu marido passar. Assim que ele o fez, mas ao invés de ir embora, foi em direção ao corredor. Demetria ignorou, só queria chorar por ter errado, por estar machucada, pelo que seu marido disse sobre ela. O que ela não viu, foi Lauren ao canto daquele local, que assistia tudo.
— Lauren? — a morena disse surpresa, limpando os vestígios de lágrimas. — Há quanto tempo está aí?
— O suficiente para saber que sou uma "burrada" que você fez.
A DJ dizia enquanto segurava o choro. Em seu rosto estava nítido o quanto estava magoada e decepcionada.
— Lauren, eu não quis dizer aquilo. Por favor, você não é uma burrada. — a morena chorava mais ainda. —
— Não precisa dizer mais nada. Eu já entendi tudo. Já entendi que é ele que você ama, é com ele que você quer ficar e que se arrepende do que tivemos.
— Está terminando comigo? — a morena pressionou um de seus lábios no outro, apertando-os enquanto chorava esperando a resposta. —
— Você fez isso sozinha. Você acabou com a gente. "A gente" — riu sem humor. — Nunca deve ter significado nada para você. Sabe o pior? — aproximou-se. — Eu estou, ou estava, sei lá, apaixonada por você. Espero que esteja bem feliz.
— Lauren. — engoliu seco. — Podemos ir para sua casa?
— Pra quê, Demetria?
— Por favor, eu quero conversar com você. Não pode terminar comigo assim, não pode me deixar do jeito que estou, não agora. Se quiser terminar comigo, eu vou entender, mas não faz isso agora, por favor, Lauren.
As mãos de Demetria suavam frio, aquilo não podia estar acontecendo.
— Tudo bem, Demetria. Mas já aviso, não adianta me convencer do contrário, eu escutei bem o que você falou.
Demetria abraçou forte a DJ, que não retribuiu. Deu de ombros, pois já tinha conseguido o que queria, conversar com ela iria deixar tudo esclarecido. A morena avisou que iria ver Joseph e seus pais antes de irem.
— Eu posso vê-lo? — Demetria perguntou à enfermeira. —
— Sim, mas tem um moço lá dentro, melhor esperar um pouco.
Demetria franziu o cenho. "Quem poderia estar lá? Talvez seja o papai. Que seja!", pensou. Sem se importar, abriu a porta do quarto e deu de cara com Alexander quase que em cima de Joseph. Suas mãos firmes estavam em volta do pescoço dele. A morena ficou paralisada, mas logo correu empurrando seu marido, fazendo-o soltar o homem.
— Você enlouqueceu? — gritou a morena. —
Seu marido a encarou, semicerrou os olhos e foi em direção a ela. Colocou uma de suas mãos por volta do pescoço da morena, sufocando-a. A moça tentou reagir, batendo em seus fortes braços, mas parecia impossível.
— Me solta! — falou com dificuldade. —
— Eu vou acabar com você e com aquela DJ. Aliás, espero que não conte nada disso a ela. Sabe quem me mandou as fotos? Seu cunhadinho Joseph.
Demetria encarava o marido com um olhar desesperado e confuso.
— Solte-a! — Joseph exclamou em um murmúrio. —
A risada de Alexander foi de deboche. Soltou a morena e a mesma afastou-se dele com rapidez. Quando ia saindo do quarto, seu marido a segurou pelo braço.
— Se contar para alguém, eu juro que você nunca mais verá aquela mulher.
— O que vai fazer com ela, Alex? — choramingou. — Me solta, droga! — puxou seu braço, conseguindo soltar-se. —
— Você saberá se fizer isso. Vamos para casa.
— Não, não vou à lugar nenhum com você. — protestou. —
— Não era você que queria falar comigo?
— O que tem para conversar depois disso? Você me machucou, Alexander. Está vendo isso? — mostrou seu braço e pescoço com as marcas das mãos dele. — Foi você quem fez.
— Você me traiu.
— E por isso eu mereço isso?
— Isso ainda não é nada perto dessa nojeira que você fez. Você acabou com o nosso casamento.
— Eu não tenho que escutar isso, Alexander.
A morena falou e saiu batendo a porta. Chamou uma das enfermeiras, não queria que Joseph passasse mal depois de presenciar aquilo. Chegou à recepção e Lauren não estava mais lá. Demetria pensou muitas vezes se a amada poderia estar muito magoada, se a mesma estava achando que ela tinha desistido e foi embora. Pensou em ligar, mas tudo que ela queria de verdade, era um colo para chorar.
— Marissa, eu não sei o que fazer. — Demetria dizia entre choro, depois de ter contado tudo à melhor amiga. — Nick, desculpa fazer você ouvir isso.
— Demi, não se preocupe, eu quero ajudar você também. Esse cara não pode se sair por cima nessa história.
— Mas eu errei fazendo isso com ele.
— E você acha certo o que ele fez? — Marissa perguntou. —
— Não, Mari, claro que não.
— Você precisa contar para os seus pais, Demi.
— Eu não posso, Nick, ele disse que eu não poderia falar para ninguém, eu nem deveria estar aqui agora.
— Demi, você está muito nervosa. Passa a noite aqui, estou com medo do que pode acontecer.
— Não posso, Mari, eu tenho que ir pra casa. Não vai nem dar pra ir na casa dos meus pais pegar minhas coisas, não consegui falar com a Dallas depois que ela teve o bebê, eu nem sequer sei o nomezinho dele. — suspirou. —
Marissa suspirou, sabia que tudo poderia piorar se Demi não voltasse logo para casa. Conversou mais um pouco com a amiga, dando conselhos e acalmando a mesma. Em seu celular tinham muitas chamadas perdidas de Lauren, doía na morena ter que recusar todas, mas ela não podia vê-la agora, não depois de tudo, não depois de ver o quão seu marido é perigoso.
— Estava na casa daquela vagabunda, não estava? — o homem gritou enquanto bebericava o álcool que tinha no copo. — Fala, Demetria. O que ela tem de tão especial?
— Alex, me dá esse copo. Você nunca foi de beber muito, está completamente bêbado. — a morena aproximou-se do mais velho. —
— Sai de perto de mim.
— Alexander, eu estou falando sério. Me dá esse copo. — repetiu. —
O homem não deu ouvidos, encheu mais o seu copo de whisky diversas vezes em poucos minutos, virando o copo sem parar.
— Alex, por que está fazendo isso comigo? — a morena encostou na parede e pôs-se a chorar. —
— Eu? Ou seria você? Acabou com o amor que eu sentia, acabou com nosso casamento. O que te levou a fazer isso? Foi o sexo? Por isso você não queria mais foder comigo?
O homem deu passos lentos até a esposa.
— Já disse para parar de beber, está falando besteira. Larga esse copo agora. — pediu calma. —
— Claro. — atirou o copo num canto qualquer da casa, quebrando-o. — Está bom assim?
A morena encolheu-se ao ouvir o barulho. O mais velho aproximou-se mais, até chegar na mesma.
— Você não me respondeu.
— Alex, por fa..— não conseguiu concluir. —
O homem a puxou com força e a atirou com tudo no chão. A moça arfou quando seu corpo chocou-se com o chão. Levantou de imediato.
— Sobe pro quarto. — ele gritou quase que ordenando. —
— Não, Alex, você está me assustando.
— Sobe! — gritou. — Eu quero saber se eu não fodo melhor que ela.
Segurou pelo braço e pelos cabelos de Demetria, obrigando-a a subir a escola. A mesma gemia de dor com a brutalidade do homem. Seu coração acelerava a cada degrau de subia, sabia muito bem o que ele estava prestes a fazer. Ao chegar no andar de cima, direcionou-se junto à Demetria, para o quarto. A jogou com tudo na cama.
— Alex, o que você vai fazer? — perguntou vendo o mesmo tirar a roupa. — Não. Você não vai fazer isso comigo. — dizia ofegante. — Saia daqui agora ou eu chamo a polícia. — ameaçou. —
O homem ignorava, apenas sorria e a olhava enquanto suava. Tombava algumas vezes pelo efeito do álcool, mas continuava de pé. Aproximou-se da morena, dessa vez completamente despido.
— Não ouse em chegar perto de mim, Alex. — a moça saltou da cama, correndo para perto da sacada que havia no enorme quarto. —
— Não adianta correr, Demetria. — riu. — Hoje a gente vai se amar muito. — falou umedecendo os lábios. —
— Não, não! Sai daqui, Alex. — berrou. — Sai! — exclamou. — Eu morro, mas você não me toca.
Demetria abriu as portas de vidro que davam para a sacada e foi para perto da mesma.
— Vai se jogar agora? — ironizou. —
— Se for preciso, sim. Eu odeio você, eu odeio, odeio e odeio você. — falou travando o maxilar, dando entonação em sua frase. — Você não vai fazer isso comigo, nem que eu tenha que me jogar dessa droga.
— Então faz isso, Demi, faz que eu quero assistir a sua derrota de perto. — cruzou os braços. — Traiu o marido com outra mulher, foi para festas, todo mundo deve ter visto a vadia que você é, e ainda vai se jogar da sacada. — riu. — Tenho pena de você, amor.
Demetria respirava ofegante, seu peito subia e descia, não estava conseguindo controlar seu medo, nervosismo e muito menos seu choro. Alexander deu passos rápidos até a moça, acreditando que a mesma nunca se jogaria daquela sacada, mas para sua surpresa, foi o que aconteceu. Correu desesperado para mais perto da beira da sacada, seus olhos procuravam por Demetria, que logo avistou. Ligou para a ambulância enquanto se vestia novamente, e desceu até onde a moça estava. Tocou na mesma e viu que ela ainda estava respirando. "Demi, acorda, por favor!", suplicou. A ambulância não demorou a chegar, Alexander Barlow tentava explicar o que aconteceu, mas não conseguia. Ligou para Dianna e Eddie, mas os mesmos ainda estavam no hospital junto à Dallas. Ao chegar lá, inventou uma história qualquer para seus sogros e todos acreditaram. Mas o semblante de culpa estava estampado no rosto dele, e Madison conseguia ver.
— Filha, meu amor, o que aconteceu? Alex disse que você caiu da sacada, estamos tão preocupados com você. — Eddie foi o primeiro a falar. —
Demetria ainda estava acordando e ouvia tudo de longe. Sua visão foi ficam mais clara e as vozes mais próximas, foi enquanto que lembrou de tudo que passou com Alexander Barlow e sentou-se na cama em desespero. "Onde ele está?", perguntava frenética.
— Quem, meu amor? De quem está falando? — Dianna perguntou acariciando os cabelos da filha. —
— Onde ele está, mãe?
— Ele quem, filha? Só quem estava com você era o Alexander. Se não fosse por ele, não queremos nem imaginar o que teria acontecido.
A morena respirava ofegante, as lágrimas começaram a cair e espalhar-se por todo rosto dela.
— Filha, seu pescoço, seu braço... — Dianna parecia chocada ao ver as marcas no corpo de Demi. — Não me diga que...
— Não, não, mãe. Alexander nunca faria isso comigo. — engoliu o choro e limpou seu rosto. —
Respirou fundo.
— Pode chamar Marissa para mim? — continuou a falar. — Podem me deixar sozinha um pouco? Minha cabeça está doendo.
Dianna e Eddie obedeceram o pedido da filha, menos Maddie.
— Demi, o Alex que fez isso, não é?
— Claro que não, Maddie. Eu fui inventar de fazer umas coisas bestas naquela sacada e fui burra o bastante para cair.
— Demi, aquilo é alto, você só cairia caso se jogasse.
— Maddie, não fala besteira. É óbvio que eu subi em um banquinho e perdi o controle.
— Tudo bem. — encerrou o assunto mesmo desconfiada. — Mas, qualquer coisa, você precisa nos dizer, sim? Eu amo você, Demi, todos nós te amamos.
A mais velha sorriu sem mostrar os dentes e abriu os braços, chamando a irmã para perto da cama. A abraçou forte e disse o quanto a amava.
— Eu vou acabar com esse cara, Demi! — Marissa exclamou no quarto. —
— Fala baixo, Mari, imagina se ele escuta.
— Eu estou pouco me importando se ele vai ouvir ou não. Demi, ele ia te estuprar!
— Para. Por favor, não fala isso, eu sinto ânsia quando penso. Não acredito que ele iria fazer isso. Mari, ele me odeia, eu fiz tudo isso acontecer.
— Não, Demi, não vou deixar você se culpar.
— Mas, Mari...
— Cala a boca, Demetria. Eu preciso pensar. — a loira encarava o teto enquanto sopros saíam por entre seus lábios. —
— Marissa, não faz nada, por favor. Aliás, liga para Lauren. Ou melhor, vai na casa dela, você sabe onde é.
— O que quer que eu faça lá?
— Diga que não podemos mais ficar juntas.
— Demi... — a loira não soube reagir. —
— Mari, por favor, faça isso por mim. Eu já fiz muita coisa ruim, eu não quero que ela se machuque mais, eu não aguentaria.
— Tudo bem, Demi...
— Diga que a amo, mas que não posso mais fazer isso. Peça para que ela fique bem, pois eu também irei ficar se souber disso.
— E se ela perguntar o que aconteceu?
— Diga que... Que eu... — gaguejou. — Que apesar de tudo, eu ainda amo meu marido. — fechou os olhos com força e voltou a chorar desesperadamente. —
— Demi, não precisa fazer isso agora.
— Não, Mari, por favor, faz isso por mim. Diga para ela não me procurar mais, não adianta ela ir na empresa, eu não vou falar com ela, eu não posso magoá-la mais, Mari.
— Tudo bem, Demi, tudo bem.
Marissa tinha os olhos marejados, sabia que Demi amava Lauren e sabia o quanto aquilo estava sendo doloroso. Fez o que a melhor amiga pediu. Despediu-se dela e dirigiu até a casa de Lauren.
— O quê? — Lauren perguntava pela segunda vez, ainda desacreditada. —
— É isso, Lauren. Eu sinto muito.
Marissa havia dito tudo que Demi pediu, menos a parte que ela ainda ama Alexander.
— Não, Marissa, isso não está certo. Demetria nunca faria isso comigo, ela não é desse tipo... Marissa, aconteceu algo com ela, não aconteceu? Meu coração está em pedaços com tudo isso, mas eu a amo, eu a quero, por favor, diga isso a ela.
— Eu posso dizer, mas não sei se vai adiantar muito. Ela está decidida.
— Não pode ser, Marissa, eu não entendo. — na voz da DJ a dor era nítida, o nó na garganta era imenso. — Eu a amo tanto. Eu faria qualquer coisa para tê-la aqui. Eu preciso vê-la. Aonde ela está?
Disse levantando-se do sofá.
— Lauren, ela não quer te ver.
— Aonde ela está, Marissa? Se ela ainda me ama, nem que seja o mínimo, ela vai querer me ver e me ouvir.
Marissa suspirou, não estava conseguindo fazer aquilo, então disparou.
— Ela está no hospital.
— Hospital? O que aconteceu?
— Ela caiu da sacada.
— Por que não me disse antes?
Pegou as chaves do carro, mas Marissa impediu.
— Eu estou de carro.
As duas foram em direção ao hospital. Lauren correu em direção àquele lugar. Marissa a encaminhou para o quarto da melhor amiga.
— Demi! — a DJ exclamou e correu em direção a amada. —
— Lauren? — disse surpresa. — Marissa...
A loira sorriu forçado e encolheu os ombros. Demetria negou com a cabeça, mas não era hora de brigar com a melhor amiga, e sim de resolver aquela situação.
— Demi, meu amor, eu não estou brava com você. Não precisa fazer isso, eu te amo. — encheu o rosto da morena de beijos. —
— Lauren, para. — pediu sem encará-la. —
— O que foi, amor? Te machuquei?
— Para, para. Por favor, para. — disse de uma vez por todas. — Você precisa ir. — concluiu. —
— Como assim? Demi, eu falei que não estou brava.
— Não é isso, Lauren. Droga, não dificulta as coisas.
— O que é então? Demi, eu sei que você me ama, eu sei disso.
— Mas eu... Eu amo meu marido também. — "desculpa, meu amor, me perdoa por dizer isso.", pensou. — E você precisa ir, eu não posso mais te ver, não quero mais isso.
— Demetria...
— Você ouviu, Lauren.
Lauren negou com a cabeça enquanto as lágrimas caíam sem sua permissão.
— Não, não... Essa não é a Demetria que eu conheço.
— Essa é quem eu sou agora, Lauren. Para de dificultar tudo. Vai embora, por favor, não me procura, eu não quero mais isso pra mim. — virou o corpo para o outro lado da cama, escondendo o choro. — Anda. Eu estou com dor de cabeça.
A DJ saiu às preças daquele quarto. Marissa correu em direção a mesma.
— Lauren, espera, eu te levo.
— Não precisa, eu pego um táxi.
— Por favor, Lauren, faço questão.
— Marissa, eu te peço... Me deixa ficar sozinha.
Marissa suspirou e assentiu o pedido da DJ, que não demorou muito para pegar um táxi. A loira voltou para ver a melhor amiga, sabia que a mesma estava mal. Ao adentrar o quarto, viu Demetria encolhida como uma criança, chorava como um bebê. A dor que tinha em seu peito era imensa, havia acabo de mandar o amor da sua vida ir embora.
— Eu te amo, Demi. Eu prometo que não vou te deixar passar por isso sozinha.
A morena não conseguia falar, estava soluçando, e soluço era a única coisa que saía dela.
Sete anos se passaram desde o incidente. Demetria estava sentada em seu escritório, a casa era nova, moderna e bem iluminada. Ouviu pequenos passos aproximarem-se de seu sagrado escritório, a porta estava aberta, e não demorou para que o pequeno corpo estivesse completamente em sua visão. Tirou seus óculos de grau, e sorriu para a garotinha.
— Mamãe, mamãe! Olha o que eu trouxe! — sua filha parecia animada ao mostrar-lhe a rosa amarela que havia pegado no jardim da escola. —
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