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História First (Limantha) (Cancelada) - Capítulo 1


Escrita por: lmjstro

Notas do Autor


Oi gente, tudo bom com vocês?

Bom, eu decidi escrever essa história, pois estou achando super importante a representatividade do casal Limantha, estou achando incrível a química das duas e a forma como elas estão começando um relacionamento, de uma forma leve e sem força nada. Eu simplesmente me apaixonei pelas as duas e resolvi escrever uma história sobre, espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo 1


Poin't View Lica.

Eu não acreditava que aquilo estava realmente acontecendo comigo.

Eu sempre quis me apaixonar, ser correspondida nesse amor, mas eu não esperava que acontecesse dessa maneira, e principalmente, com ela. 

Ela é a pessoa mais divertida e solta que alguém poderia conhecer, não dá para imaginá-la namorando sério com alguém, principalmente comigo. Nós nunca vamos dar certo, mesmo que estejamos dispostas a tentar, nossa relação é fardada ao fracasso. Nós sabíamos disso, mas mesmo assim estávamos dispostas a tentar, pelo momento, por nós mesmas. Nós duas precisávamos disso nesse momento, não seria má ideia, certo? Errado. Eu acabei me apaixonando por ela. Eu não queria isso, ela não queria isso. Mas aconteceu. O que significa que o universo me odeia muito.

Não tem explicação para o que eu estou sentindo neste momento, só medo. Medo dela descobrir e acabar com o pouco que temos, medo de não conseguir esconder o que estou sentindo, medo das pessoas perceberem, medo de sentir isso por ela. Eu não fazia ideia de como lidar com esse sentimento, nunca havia sentindo ele antes, por ninguém. 

E ao mesmo tempo que é maravilhoso, é assustador.

Eu tinha acabado de chegar na escola, tinha avistado de longe os meninos, mas preferi não ir até eles, eu precisava ficar um pouco sozinha e ir até eles só iria render perguntas sobre o que eu e a Samantha temos, e eu não queria responder sobre isso, pois não tínhamos nada. Ficávamos quando estávamos com vontade, somente isso. E isso me incomodava, pois eu queria ter algo com ela, eu queria muito. Mas como contar para a garota que não gosta de relacionamentos, que você está apaixonada por ela? É uma missão suicida.

Me sentei em um dos bancos que havia no pátio, um pouco distante de todos que estavam ali.

- Merda! - Digo para mim mesma, passando as mãos nervosamente no rosto. Eu estava odiando com todas as minhas forças sentir o que eu estava sentindo. 

Amar as pessoas nunca foi uma tarefa fácil pra mim, se isso fosse uma matéria de escola, eu seria reprovada todas às vezes, disso eu tenho certeza.

Levantei a cabeça e olhei para a entrada do colégio, e no mesmo momento eu me arrependi. 

Lá estava ela. Linda, como sempre. 

Como ela consegue ser tão linda todos os dias? 

Ela estava indo em direção aos meninos, até que me viu e começou a virar em minha direção. Droga!

- Ei, por que está aqui sozinha? - Engulo em seco, e ela se senta ao meu lado, ficando perto demais de mim.

- Eu... Eu quis ficar um pouco sozinha. - Sorrio nervosamente. Ficar perto dela me deixava nervosa, minhas mãos soavam e parecia que tinha uma escola de samba na minha barriga.

- Você está bem? Nunca vi você querer ficar sozinha, sempre chega nessa escola abafando. - Ela ri. 

E que riso! Até o riso dela é maravilhoso. Tudo nela é maravilhoso, na verdade. O riso, o sorriso sempre cativante, a postura de quem não se abala nunca, a expressão. Tudo.

- Tá tudo bem. Juro. - Digo, ainda sorrindo pra ela. É impossível não abrir um sorriso quando se está perto ela.

Ficamos conversando por mais uns minutos, até termos que entrar para a primeira aula do dia, que era com o professor Ernesto. Eu não sou muito fã de física, mas as aulas dele eram super divertidas e interessantes.

- Lica. - Grita Tina, chegando perto de mim.

As aulas haviam acabado de acabar e eu estava louca para ir para casa e tentar organizar meus pensamentos.

- Oi Tina. - Sorrio amarelo para ela. Eu não estava muito afim de conversar.

- Samantha disse que quando chegou você estava sentada sozinha. Aconteceu alguma coisa? - É claro que a Samantha contaria para ela. Isso quer dizer que ela se preocupa?

- Vamos pro galpão. Chama o resto das meninas. - Digo, saindo do colégio, com Tina ao meu lado. 

Ellen não tinha ido na aula hoje, então teríamos que mandar uma mensagem.

Assim que chegamos no galpão todas já estavam lá, até mesmo a Ellen, pelo o que eu entendi, ela tinha dormido na Keyla. E ambas tinha faltado aula hoje. É estranho Ellen faltar as aulas, mas deveria ter algum bom motivo, preferi não perguntar, se ela quisesse, ela falava.

- Qual o motivo dessa reunião? - Pergunta Benê, assim que eu e Tina sentamos.

- Samantha disse que quando chegou na escola, ela estava sentada sozinha. - Tina aponta pra mim.

- Eu não entendo o problema deu querer estar sozinha por alguns minutos. - Bufo.

- Com certeza alguma coisa aconteceu. - Afirma Keyla. - Anda Lica, fala.

Estavam todas me olhando com expectativa, eu quero contar pra elas, mas ao mesmo tempo estava com medo de admitir isso em voz alta. É difícil pra mim admitir que estou gostando de uma pessoa, e tudo piora quando eu lembro que essa pessoa é a garota que mais odeia relacionamentos.

- EuestougostandodaSamantha. - Digo tudo de uma vez só e elas me olham sem entender.

- É o que? - Pergunta Ellen.

- Eu entendi o que ela disse. - Fala Benê. E todas olham pra ela. - Ela falou que está gostando da Samantha, o que é estranho, porque nunca ninguém viu a Samantha gostando de alguém ou em um relacionamento. - Assim que ela acaba de falar, eu baixo minha cabeça. 

Eu já sabia de tudo isso, e o que era ainda pior, é que se ela descobrir que estou gostando dela, tudo o que temos, que já é pouco, acaba.

- Lica? - Keyla me chama, eu à olho. - Não precisa ter vergonha de admitir que está gostando de alguém, é normal. - Ela pega na minha mão, tentando mostrar que estava tudo bem, mas não estava.

- Eu não tenho vergonha. - Passo a mão nervosamente no cabelo. 

- Então qual o problema? - Pergunta Tina.

- O problema é que ela não gosta de mim. - Olho pra ela. - Nós estamos ficando, mas ela não se apega a ninguém, não gosta de relacionamentos e assim que ela descobrir que eu gosto dela, o pouco que temos acaba de vez. - Abaixo a cabeça novamente. Todas levantam e me abraçam, menos Benê que apenas segura minha mão. 

Ficamos assim por alguns minutos até ouvirmos um barulho e olharmos em direção a entrada do galpão. 

Lá estava ela.

- Desculpa atrapalhar. - Aquela voz. O que ela estava fazendo aqui?

- Oi Samantha. - Diz Keyla. 

Ela havia ido em casa trocar de roupa, pois não estava mais com o uniforme. Ela estava mais linda do que de manhã. Como isso é possível? 

- Não quis atrapalhar vocês. - Ela estava sem graça, dava pra perceber.

- Não tem problema. Eu vou pegar alguma coisa pra beber, vamos comigo garotas? - Kayla levanta. Tina, Ellen e Benê vão atrás dela.

Samantha sorri e vêm se sentar perto de mim, mas não falamos nada uma com a outra, apenas nos olhamos. Nossos olhares eram intensos, se alguém visse poderia dizer que éramos apaixonadas uma pela outra, mas eu sabia que não era. Só eu sentia. E isso é uma droga! Eu quero que ela sinta, quero que ela me queira, quero que tenhamos algo a mais, quero que ela seja minha, mas eu sabia que isso nunca iria acontecer. Nossos olhares não se desgrudaram nem por um segundo, e mesmo que eu estivesse desconfortável com tudo aquilo e com a pouca aproximação dela, eu não queria desviar o olhar. 

Eu amava olhá-la. Admirá-la.

- Suponho que você esteja melhor. - Ela não desviava o olhar e eu não queria que ela desviasse, porque mesmo que seja coisa da minha cabeça, naquele olhar parecia que ela sentia alguma coisa por mim.

- Eu conversei com as garotas, mesmo que elas não tenham me ajudado, foi bom conversar. - Sorrio para ela, que na mesma hora sorri de volta.

Ela não diz mais nada, apenas chega mais perto de mim e me abraça forte. Ela não fazia ideia de como eu estava precisando daquele abraço e vindo dela deixou tudo ainda mais maravilhoso. Sentir ela perto de mim, sentir seu cheiro natural, pois eu sabia que ela tinha alergia a perfume, deixou meu coração quentinho. Eu não fazia ideia do quanto eu gostava dela, até ela me abraçar. 

É constrangedor admitir, mas eu estou perdidamente apaixonada por ela.

- Obrigada! - Sorrio, assim que nos separamos do abraço. Ela me olha confusa. - Pelo abraço, eu estava precisando mesmo disso. - Ela toca meu rosto com a mão, fazendo um carinho de leve na minha bochecha.

- Não precisa me agradecer, sempre que precisar eu estou aqui por você. - Sorri, me dando um beijo na bochecha em seguida.

Alguns segundos depois as meninas entram no galpão com bandejas, com sucos e sanduíches em cima. Eu tinha quase certeza que elas estavam ali a mais tempo, só observando minha interação com a Samantha, mas não disseram nada e eu também preferi ficar calada. 

Samantha lanchou com a gente, mas logo que terminou de comer teve que ir embora, disse que precisava resolver algumas coisas com o Guto, me deu um beijo da bochecha, deu tchau para as meninas e foi embora.

- Lica, você tem certeza que a Samantha não gosta de você também? - Benê pergunta, dando mais uma mordida no seu sanduíche. Eu não tinha certeza, mas eu imaginava que essa era a verdade, pois ela nunca se apaixonou por ninguém, não que eu saiba.

- Tenho, Benê. - Abaixo a cabeça.

Nenhuma das meninas tocou mais naquele assunto durante o resto do dia, elas perceberam que só em tocar no nome da Samantha eu ficava pra abaixo, mesmo sem nenhum motivo aparente, eu ficava. 

Samantha é linda, divertida, pode ter qualquer pessoa ao lado dela, se ela quiser, é meio óbvio que ela não vai querer nada sério comigo, no máximo ela só vai querer continuar ficando comigo quando der na cabeça dela, e eu obviamente irei concordar com isso, pois na minha cabeça é melhor ter isso, do que não ter nada, e da Samantha eu aceitava qualquer coisa, mesmo que mínima. Eu sei que isso é errado, e que se eu sei que ela não gosta de mim, eu deveria me afastar pelo meu próprio bem, mas eu não conseguia, ela era como um imã pra mim, sempre me atraindo diretamente pra ela. Eu não conseguia ficar longe dela, o sorriso dela, o jeito dela, o corpo dela, tudo me atraí, tudo! 

É horrível pensar que eu estou tão perdidamente apaixonada por alguém que não está por mim, na verdade é doloroso, super doloroso, pois eu nunca senti isso por nenhuma outra pessoa, nem pelo MB e muito menos pelo Felipe, na época em que namorei com eles, eu pensei que amava eles, mas agora que eu sei o que é amor de verdade, e infelizmente também sei como é a dor de amar e não ser recíproco, eu sei que nunca amei nenhum dos dois. 

Eu amava uma garota incrível, que não tinha preconceito nenhum dentro dela, que ama amar as pessoas do jeitinho que elas são, que ama não ser presa a ninguém e que ama ainda mais a liberdade que tem, acima de tudo. 

Samantha e eu somos muito parecidas e ao mesmo tempo muito diferentes, e eu amava todas as nossas diferenças, pois na minha cabeça era o que podia fazer dar certo. 

Como eu pude me apaixonar por ela? Ela não fez absolutamente nada para que isso acontecesse, ela simplesmente foi ela mesma.

- Lica. - Tina me chama, me tirando dos meus pensamentos. Eu à olho. - Eu sei que não quer falar sobre isso mais, mas por que você não experimenta contar a verdade pra Samantha?

- Porque eu já sei exatamente o que vai acontecer. - Abaixo a cabeça. As meninas continuaram caladas, apenas observando minha conversa com Tina.

- Não tem como ter certeza que ela não sente o mesmo por você.

- Tina, é a Samantha. - A encaro. 

- Isso não significa que ela não possa gostar de alguém algum dia. - Minha amiga é bem insistente.

- Nós concordamos. - Diz Keyla. E as outras concordam com a cabeça.

Eu não queria mais falar sobre aquele assunto e não aguentava mais elas insistindo nisso, então me levantei.

- Onde você vai? - Pergunta Ellen. 

- Pra casa. - Me limito a dizer e saio do galpão, ignorando todas as chamadas vindo delas.

Eu precisava pensar, precisava fazer alguma coisa sobre tudo o que eu estou sentindo e eu precisava fazer isso sozinha, então fui pra um balada. Sozinha. Eu tinha prometido que não iria mais para as baladas, não do jeito que eu estava, mas eu precisava daquilo naquele momento. 

Eu precisava distrair minha cabeça, que no momento só tinha um único pensamento: Samantha.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do primeiro capítulo, em breve postarei mais um!

Qualquer dúvida ou pergunta podem me mandar no meu Twitter  (@jsguar) ou por aqui mesmo.

Até o próximo!


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