#Himchan POV#
Esperava Jongup em minha casa e os atrasos dele me deixavam cada vez mais impaciente. Felizmente ele havia aceitado ficar do meu lado e era o único que não era cego às ordens do idiota do Yongguk. Eu precisava de ajuda com aquilo então ou eu o esperava ou não faria nada. Verifico mais uma vez as armas a levar e suas respectivas munições, até que ouço soar a campainha antes mesmo de terminar aquela tarefa.
- Finalmente você chegou! - digo ao dar de cara com Jongup ao abrir a porta.
- Me desculpe hyung. Eu estava com sono. - ele diz, bocejando em seguida e entrando a passos lentos. - Tive uma noite agitada, você sabe como é…
- Por que não estou surpreso de estar bebendo loucamente em festas mais uma vez? - bato a porta, falando com aquele já jogado em meu sofá.
- Ai hyung não fale tão alto, minha cabeça está explodindo! - a minha vontade agora era de gritar de verdade para que ele parasse de ser tão irresponsável.
- Isso já é problema seu! - falo um pouco mais alto o vendo fechar os olhos com força, sua cabeça devia estar mesmo prestes a explodir.
- Pra onde nós estamos indo? Nós precisamos ir armados? - ele começa a despejar suas perguntas.
- Nós precisamos sim ir armados pois estamos indo resolver uma coisa que o irresponsável do Yongguk se deu ao trabalho de largar. - me volto pra ele, entregando uma pistola.
- Espera. Não vai me dizer que… - interrompo sua fala quando ele já estava de pé. Havia se levantado como se tivesse se recuperado em um milagre.
- Sim, nós vamos fazer a tomada do território. - me volto novamente as armas, tomando a minha escolhida e colocando-a presa no cós em minhas costas.
- Mas o Yongguk-hyung d- o interrompo mais uma vez.
- Não interessa o que ele disse! - esbravejo. - Se tem uma coisa agora é que Yongguk não tem mais autoridade nenhuma sobre nós. Principalmente eu e você. Se eles querem continuar sendo idiotas e o obedecerem, que sejam. Mas a gente vai tocar isso pra frente, pois vamos fazer o que temos de fazer. Você disse que estava comigo, então vamos fazer acontecer.
- Tudo bem, você tem razão hyung… - ele responde sem mais resistência.
- Então vamos, explico no caminho o que iremos fazer.
Dentro do carro, converso com Jongup sobre nossa ação em detalhes, eu havia desenhado um mapa e articulado nossos movimentos, do primeiro ao último. Seria sorrateiro e rápido, aquele lugar seria nosso em instantes.
Como era de nosso conhecimento, o perímetro controlado por eles não era muito grande, questão de duas quadras pessimamente vigiadas e protegidas, tão mal protegidas que Jongup era capaz de fazer isso sozinho se duvidasse. Paro o carro duas quadras antes das indicadas, elas ficavam em uma fronteira interessante da parte movimentada da cidade (uma grande avenida), com uns becos aparentemente calmos (até nossa chegada, claro). Aquele lugar poderia servir para nós de uma maneira que nem poderíamos imaginar e Yongguk querendo ou não, aquilo tinha de ser nosso.
Saímos juntos do carro depois de nos organizarmos perfeitamente e seguimos para a primeira quadra, nosso plano estava em ação.
[...]
Um esquentar em meus ombros fez com que eu despertasse aquela manhã, ainda que lentamente. Continuando de olhos fechados e com imensa vontade de permanecer na cama, me aconchego mais um pouco em meus lençóis e ao me esticar sinto meus pés tocarem algo. Meus olhos se abrem em instantâneo e ao vislumbrar a imagem daquele que dormia ao meu lado eu apenas consegui sorrir.
Não foi mais possível que eu fechasse meus olhos. Ele dormia tão profundamente que me fez lembrar a cena da primeira vez em que ele dormiu ao meu lado. Mas dessa vez era diferente, nós pertencíamos um ao outro e era possível que aquela cena se tornasse cada vez mais comum. Havia ainda uma certa timidez de minha parte, possivelmente por nossos corpos ainda estarem despidos, mas não era aquilo que me chamava atenção e sim seu rosto. Como eu me perdia naquela feição! Fazia com que eu me desligasse de todo o resto. Me aproximo mais um pouco dele com a intenção de voltar a dormir aconchegada em seu peito mas eu precisava fazer uma coisa essa manhã, de preferência antes que ele acordasse.
Deposito um leve selar em seus lábios e depois de o admirar por mais um instante, decido me levantar de maneira cautelosa e me dirigir até o banheiro para fazer minha higiene. Ao sair do cômodo envolta em minha toalha, noto nossas roupas espalhadas pelo chão. Me prontifico a juntá-las e me aposso de sua camisa, a vestindo, colocando em seguida uma peça íntima e me retirando do quarto.
Caminho pelo corredor secando meus cabelos na toalha, ao chegar na sala a tv ligada mostrava o menu principal do dvd correspondente ao filme que não terminamos de assistir aquela noite, trato de desligar tudo e abrir algumas cortinas, largando minha toalha em qualquer lugar e indo para a cozinha. Eu faria nosso café da manhã.
Coloco a chaleira com água no fogo para o café e enquanto a mesma esquenta, abro os armários a procura de ingredientes. Ao ver a farinha penso que algumas panquecas pareciam perfeitas para aquela manhã e aproveitando-me de minha disposição eu as faria. Deixando tudo a postos, também separo o café para adicionar a água quando estivesse quente, bem como ovos e presunto para rechear a panqueca.
Ligo o pequeno rádio que eu gostava de ter na cozinha para que as tarefas ali não se tornassem algo estressante. Meu cd de jazz favorito estava ali e deixando o volume baixo para não o acordar, a música começa, fazendo com que eu comece meu trabalho sem mais enrolações.
Despejando os ingredientes em um bowl, os misturo cuidadosamente enquanto cantarolava baixinho junto com o rádio, aquela sensação de estar na cozinha muitas vezes era reconfortante pra mim, eu era capaz de esquecer qualquer problema que eu pudesse ter. E hoje aquele café da manhã era infinitamente especial pois eu não estava sozinha e principalmente, eu não era mais sozinha. Aquele cara que me recusei a conhecer naquela festa, agora era meu namorado e definitivamente era o homem mais incrível com quem já pude estar.
Pouco tempo depois finalizo a massa e ponho a frigideira no fogo para aquecer, em seguida dissolvo o café e o cheiro se espalha pela cozinha, eu esperava que os sabor pudesse estar tão agradável quanto. Pegando outra frigideira também começo a aquecê-la para fazer os ovos mexidos com presunto. A próxima música começa e sendo uma de minhas favoritas, aumento um pouquinho o volume do rádio, a acompanhando cantarolando. Despejo a massa da panqueca na frigideira já quente e tomando cuidado para que não queimasse, a mexo devagar enquanto sua forma e consistência se afirmam. Fiz massa suficiente para umas quatro panquecas, a medida em que ficavam prontas as colocava em um prato próximo a mim. Quando a última porção da massa se tornava panqueca, quebro os primeiros ovos, que fazem o barulho característico ao tocarem a frigideira. Eu estava incrivelmente concentrada como era comum quando eu cozinhava, principalmente com música. A última panqueca fica pronta e apago o fogo que a cozinhava, concentro-me nos ovos, os temperando com sal e pimenta, acrescentando os pedacinhos de presunto que eu já tinha fatiados na geladeira. Era tamanha a concentração que não pude conter o susto quando braços me envolvem por trás. Seguido daquela voz que podia quebrar toda e qualquer concentração que eu pudesse estar inserida.
- Bom dia. - ele fala bem próximo ao meu ouvido, dando uma risadinha em seguida por meu susto.
- Bom dia. - volto meu rosto para ele, correspondendo ao sorriso. - Você quase me matou de susto! - volto minha atenção para a frigideira.
- Me desculpe. Mas não posso dizer que não foi a intenção. - ouço-o rir mais uma vez.
Com o recheio da panqueca finalmente pronto, apago o fogo correspondente e viro-me de frente pra ele, que parecia se recusar a me soltar.
- Te acordei? - digo ao colocar meus braços em cima de seus ombros.
- Não exatamente. Mas acordei por sentir sua falta do meu lado. - suas palavras sempre me faziam sorrir.
- Eu também não queria levantar, mas achei que seria interessante se eu fizesse nosso café.
- Cozinheira também? - ele sorri e cola ainda mais nossos corpos, afim de nos manter próximos.
- Não sempre. Mas eu gosto de cozinhar. E espero que esteja bom.
- Sabe o que pode ser tão bom quanto sua comida? - mantínhamos os olhares fixos um no outro.
- O que? - pergunto já imaginando sua resposta.
E em um inesperado nem tão inesperado assim, seus braços me seguram tão firme quanto estava segurando a instantes atrás, aproximando os centímetros que nos separavam, selando nossos lábios em um doce beijo. Afim de manter meu equilíbrio por nossa diferença de altura, me estico um pouco ficando na ponta dos pés, para evitar que meus braços continuassem escorregando de seus ombros, fazendo com que a sua camisa que eu vestia se erguesse um pouco. Nosso beijo continuava lentamente mas com certa intensidade, as mãos de Yongguk agora eram mais firmes, era como se estivéssemos bem mais seguros um sobre o outro, o que era óbvio considerando a noite anterior. Suas mãos que me seguravam firme tinham a liberdade agora de escorregar por minhas costas e me explorarem como o esperado. E até mesmo ali parecia haver um perfeito encaixe, ao suas mãos encontrarem minhas nádegas e as apertarem com certa leveza, era impressionante também a maneira com a qual ele conseguia dosar tudo perfeitamente de acordo com a situação.
- Nosso café vai esfriar. - sussurro por entre o beijo, mordendo levemente seu lábio em seguida, o fazendo sorrir de canto.
- Mas seu beijo ainda é melhor que seu café. - ele fala de maneira doce antes de nos afastarmos.
- Você ainda não provou meu café. - sorrio e pego o prato com as panquecas, os levando para a mesa e vejo-o me ajudar ao pegar a chaleira e a frigideira com o recheio.
Enquanto ele me ajuda finalmente percebo a maneira a qual ele estava, caminhando confortavelmente usando apenas sua cueca box. Ao colocar as coisas na mesa, paro um segundo o observando e antes que ele perceba logo me volto ao armário para pegar nossas xícaras, não contendo a pergunta:
- Costuma fazer isso? - digo quando já pegava as xícaras.
- Isso o que? - ele devolve.
- Isso. - respondo ao me voltar para ele, o olhando de cima a baixo e lhe arrancando uma risada.
- As vezes… Estou incomodando a senhorita? - seu tom de voz era levemente provocativo ao se inclinar um pouco na mesa para falar mais próximo a mim, que já havia me sentado.
- Não, você não está me incomodando. - e me inclino também, mantendo nossos rostos próximos, deixando-o achar que ganharia um beijo e quando alcanço a chaleira a trato para perto me afastando novamente, o deixando na mesma posição.
- Não acredito que está me enganando desse jeito. - ele balança a cabeça em negativo, com um sorriso que demonstrava sua leve indignação. Era engraçado fazer essas coisas com ele, Yongguk era tão previsível.
- Não estou te enganando, apenas peguei a chaleira. - desvio o olhar dele para servir nossos cafés. - Eu não tenho culpa se estava esperando outra coisa quando não lhe prometi nada. - sorrio com um ar de satisfação.
- Vem aqui jagiya. - ele estende sua mão ao dizer gentilmente. - Fica mais perto de mim. - seu olhar era tão doce quanto sua maneira de falar.
Cedendo a seu pedido, seguro sua mão e ele me traz gentilmente a seu colo, para que apenas pudéssemos tomar café juntos. Era engraçada a maneira com a qual eu me sentia confortável com ele, a maneira com a qual fazíamos as coisas tão naturalmente parecia que estávamos juntos a muito tempo e que aquela era nossa rotina de todo dia.
Pegando um talher, parto alguns pedaços da panqueca depois de colocar um pouco do recheio, espeto um dos pedaços e me volto a ele:
- O primeiro pedaço é seu. Quero que me diga se está bom. - e levando o garfo a sua boca o vejo a abrir sem hesitar. - Seja sincero por favor. - digo após colocar o pedaço em sua boca e ele começar a mastigar.
Ele primeiramente faz uma expressão de quem tentava sentir o gosto, logo depois ele fez uma careta, que me levou a aproximar um pouco o rosto do dele com uma expressão assustada:
- Ficou ruim? - pergunto apreensiva e ele mastigava devagar como se não estivesse conseguindo comer. - Ai me fala! - me agito um pouco em seu colo e ele abre um sorriso em seguida. Aquele ridículo estava fingindo.
- Está uma delícia. - ele fala com a mão a frente da boca, terminando de mastigar.
- Mesmo? - pergunto ainda apreensiva, e se ele estivesse mentindo pra mim?
- Mesmo. - ele acaba de mastigar e sorri pra mim mais uma vez.
- Ai por que você faz isso comigo?! - dou um leve tapinha em seu braço, não conseguindo ficar séria quando ele cai na risada.
- Eu queria ver qual seria sua reação. - ele diz ainda sorrindo. Como ele pode ser tão cara de pau assim?
- Você me assustou! Pensei que nosso primeiro café da manhã tinha ficado ruim. - abaixo um pouco a cabeça, levemente apreensiva.
- Não está, ficou perfeito. - sua mão repousa sobre a minha, fazendo-me olhar para ele. - Está tudo ótimo, você é uma ótima cozinheira. Obrigado por fazer tudo isso pra nós. - seu modo de falar era reconfortante e estimulante, eu me sentia apenas muito feliz.
- Eu fico muito feliz que você gostou. - não conseguia controlar meu sorriso que insistia em permanecer ali.
Até que eu me perco novamente, seus olhos. Eles eram como hipnotizadores pra mim. Quando me mantinha concentrada em seu olhar, tudo parava, assim como em nossos beijos ou qualquer coisa que fazíamos juntos. Estar com Yongguk fazia o mundo parar. Completamente perdida em seus olhos, minha mão toca seu rosto delicadamente e era como apreciar uma arte. Como ele podia ser tão bonito, tão encantador, tão envolvente?
Nossos rostos se aproximavam devagar automaticamente, da mesma forma em que eu parecia perdida nele, ele se perdia em mim, e assim perdidos um no outro, iniciamos outro beijo. Eu não queria sair dali nunca mais.
Com meus braços em volta de seu pescoço nosso beijo se desenvolvia lentamente, sua mão que repousava em minha coxa a acariciava no mesmo ritmo do beijo. Meus dedos agora bagunçavam seus fios e os agarra quase como em um puxão quando ele movimenta meu corpo me sentando de frente para ele. O beijo agora tinha a saciedade sentida na noite anterior, os arrepios sentidos em seus toques pareciam mais intensos. Suas mãos que se mantinham agora em minha cintura por baixo da blusa, fazia com que meus arrepios fossem mais frequentes. Nossa respiração começa a descompassar e com a falta de fôlego nosso ritmo diminui, onde voltamos a admirar um ao outro e a falar.
- Como pude viver tanto tempo sem você? - ele pergunta, mantendo suas mãos no mesmo lugar.
- Eu não sei. Eu acredito que as coisas acontecem quando têm de acontecer. - falo recostando minha cabeça em seu peito. - Se estamos juntos agora é porque era pra ser assim. - meu olhar agora estava em sua tatuagem do braço esquerdo, os traços daquele desenho do John Lennon eram bem característicos.
- Você ficou sexy com minha camisa.- sinto meu rosto esquentar com sua fala.
- Fiquei? - volto a olhar para ele com certo ar convencido.
E com aquele olhar cafajeste que só ele sabia fazer, seguida daquela leve mordida de lábio, ele responde sem hesitar, com a voz mais excitante que conseguia fazer. Que vagabundo!
- É claro que sim. - aquela voz bem próxima ao meu ouvido me faz pensar que vou perder os sentidos, até que seus lábios vão de encontro a meu pescoço. Aquilo era pura covardia.
- Oppa… - falo manhosa sabendo que aquilo o atingiria.
- Shiiiu - ele repousa seu indicador em meus lábios, os retirando em seguida e me tomando em um intenso beijo.
Uma de suas mãos encontra meu seio e um primeiro gemido escapa quando ele o aperta, gemido aquele abafado pelo beijo.
- Mas oppa… Você sabe que eu tenho que ir trabalhar não sabe? - falo com dificuldade devido a minha respiração descompassada.
Eu precisava parar aquilo antes que meu corpo correspondesse mais do que já estava, pois se acontecesse eu não teria mais nenhum controle.
- Ah não jagiya! - ele suspira. - Eu pensei que teríamos o dia inteiro juntos hoje. - sua decepção era visível.
- Me desculpe. Mas eu preciso ir, tenho que mandar textos para revisão hoje, se eu atrasar não terei mais um emprego.
- Ótimo! Assim você fica mais tempo comigo. - ele sorri esperançoso.
- Você está louco? - dou risada de sua atitude. - Eu não posso largar tudo assim. Precisaria de um motivo MUITO bom pra isso.
- E tem motivo melhor do que eu? - ele fala convencido, me fazendo rir mais uma vez.
- Estamos namorando a menos de 24h e você já quer que eu largue tudo por você? - me viro para comer um bocado da panqueca e estava realmente boa.
- É. - ele sorri e afunda seu rosto em meu pescoço.
Esboço um sorriso com sua resposta e me aproveitando da maneira que ele estava posicionado, eu o abraço, o acolhendo. Ficamos assim por alguns minutos até todo aquele momento precisar ser desfeito por conta de minhas obrigações. Terminamos nosso café e depois de uma troca de roupas demorada regada a beijos e abraços, Yongguk me leva para o trabalho.
#Jongup POV#
Nos aproximávamos da primeira quadra correspondente e eu observava cada lugar que passávamos com atenção. Não era possível saber se haviam capangas de Wooyoung escondidos e todo cuidado era pouco já que éramos apenas o hyung e eu. Na esquina correspondente a primeira quadra havia uma garagem e dois homens na porta. O plano era rendê-los e desarmá-los, levando-os para dentro da garagem em seguida, possivelmente haviam mais deles lá dentro e precisávamos deixar a primeira quadra livre de uma vez. Himchan hyung havia sido muito esperto, eu não sabia onde ele tinha conseguido aquelas informações mas elas pareciam estar precisas sobre o número de homens e o mapa do local.
Espreitávamos escondidos em um ponto mal iluminado quando um dos homens sai, parecia ser a hora em que ele fazia a ronda.
- Jongup-ah, vá atrás dele e o traga. Não o mate agora. - Himchan hyung sussurra e ao assentir com a cabeça, atravesso a rua cuidadosamente e tomo rumo, indo para um ponto onde eu poderia cruzar seu caminho.
Antes de virar a esquina, vejo hyung atravessar a rua também cuidadosamente e abordar o homem na porta. Apresso meus passos e depois de caminhar por alguns instantes vejo o homem vir em minha direção. Era agora.
- Ei! O que faz aqui? Não é permitido transitar nessa área. - escuto o homem falar ao se aproximar de mim.
- É proibido? Eu não sabia. Sou novo por aqui. - tento uma abordagem calma.
- Saia logo, eu estou sendo bonzinho com você quando minhas ordens são contrárias. - ele levanta a camisa, mostrando a arma na cintura.
- E por que faria isso comigo? - me aproximo mais um pouco. - Eu não estou fazendo nada demais.
- Apenas vá embora. - ele tira a arma da cintura e a aponta para mim, enquanto permaneço o encarando.
- Não devia apontar isso pra mim. - continuo a falar. - Você não sabe com quem está falando.
- Eu não preciso saber disso. Essa é sua tentativa de tentar escapar? - ele encosta a arma na minha cabeça.
Havia em mim certa excitação agora, nada como ser desafiado. A morte dele seria mais divertida pra mim.
- Você errou em continuar aqui garoto. Suas chances de escapar agora estão anuladas. Adeus bab - ao sentir seus dedos se afirmarem para puxar o gatilho, me antecipo a seus movimentos e com um golpe faço com que ele derrube sua arma e eu saque a minha logo em seguida.
- O que disse sobre minhas chances de escapar? Eu não te escutei bem… - ele tinha um olhar assustado agora mas ainda sim ele tenta se abaixar para pegar sua arma, fazendo com que eu me aproxime rapidamente e a chute pra longe. - Parece que não são minhas chances de escapar que são nulas… - encosto a arma em sua cabeça e minha vontade de explodir seus miolos estava quase que me consumindo.
- Se veio me matar por que não faz isso logo? - ele diz depois de tomar fôlego.
- Eu acharia divertido fazer isso agora mas infelizmente não posso. Se está preocupado com isso não deveria. Deveria pensar em quais serão suas últimas palavras… - encosto a arma com mais força contra sua cabeça. - Agora anda, meu parceiro não gosta de esperar.
Com o homem rendido, me aposso de sua arma e inicio o caminho de volta à garagem, com a arma apontada para ele. Qualquer movimento suspeito eu o derrubaria sem hesitar.
#Himchan POV#
Caminho devagar em direção ao homem que estava em frente à porta. Tinha de ser cauteloso pois ele com certeza estava armado. Aproveitando-me de uma ótima oportunidade quando ele se vira de costas enquanto dava alguns passos, me apresso e o abordo passando um de meus braços em volta de seu pescoço tentando deixá-lo sem fôlego. Noto que ele leva as mãos a cintura para pegar a arma e me antecipando, a pego antes dele e aponto-a para sua cabeça.
- Quieto ou então morre. - ele se debate mais um pouco e aperto contra seu pescoço. - Quieto! - falo ainda mais firme, engatilhando a arma e o fazendo parar.
- Q-Quem é você? - ele pergunta com dificuldade.
- Não te interessa quem eu sou. - respondo ríspido. - Quantos estão lá dentro?
- Não te interessa também. - ele inicia uma risada, interrompida por meu aperto em seu pescoço novamente.
- Não achei que quisesse morrer antes dos outros. - o ameaço.
- D-Dois e… - com sua dificuldade de falar, cedo um pouco. - E dois saíram.
Me preparava para levá-lo para dentro, quando Jongup aproximava-se trazendo o outro homem. Era hora de entrar na garagem. Mantendo os homens a nossa frente como escudos, chuto a porta e os homens são pegos de surpresa enquanto jogavam cartas juntos. Eles sacam suas armas e apontam para nós, fazendo com que eu tome mais uma atitude.
- Vocês não vão querer atirar. Muito menos apontar isso pra nós… - levo a arma a cabeça do homem rendido a minha frente e Jongup faz o mesmo.
- Quem são vocês? O que querem? - um deles esbraveja, claramente nervoso.
- Curiosidade reina entre vocês ou é impressão minha? - continuo falando, agora caminhando até eles.
- Fiquem onde estão! - o outro exclama, tão nervoso quanto seu parceiro.
- Ou o que? - os intimido chegando mais perto. - Vocês parecem tão assustados… - eu já estava bem próximo e os encarava.
Ao notar o quão distraídos eles estavam comigo enquanto eu apontava a arma para cabeça de seu companheiro, me aproveito daquela pequena distração deles e em rápidos movimentos, desfiro uma coronhada contra a cabeça do homem a minha frente e desarmo o primeiro deles, com o outro ficando por conta de Jongup, que também foi capaz de desarmá-lo rapidamente. Sem chance de defesa ou de pedirem ajuda, desacordamos os outros dois homens com coronhadas. Estávamos com as armas do quarto e o plano era seguido a risca como eu havia previsto.
Jongup e eu tomamos as cadeiras que estavam ocupadas pelos homens e nos deixando passar o tempo, continuamos o jogo de cartas abandonado por eles e depois de um tempo, os dois homens restantes abrem a porta, carregando algumas sacolas. Eles tinham ido comprar algo para comer. Ao notar nossa presença notamos que eles ficaram paralisados e só então depois de desacordá-los entendi que eles haviam saído desarmados por acharem que não haveria necessidade, portanto não houve reação e foi mais fácil lidar com eles. Eu estava agora sem a menor paciência para esses capangas de Wooyoung, cada um mais idiota que o outro, assim como ele.
- Podemos agora hyung? - Jongup pergunta como uma criança animada.
- Divirta-se. - sorrio de canto, me voltando para explorar a garagem enquanto ouvia Jongup disparar freneticamente contra os homens desacordados, ele amava aquilo.
Ao dar alguns passos, fui capaz de notar alguns sprays utilizados para pichação e percebo que seria perfeito para que deixássemos nossa marca. Depois de se sentir satisfeito ao descarregar duas pistolas nos tais capangas, entrego um dos sprays a Jongup e antes de deixar a garagem, acima da cabeça dos homens ficou escrito na parede: “We Make a New World”.
#Yongguk POV#
- Precisa mesmo ir? - pergunto em uma última esperança de que ela fique.
- Sim eu preciso. Mas nos falamos durante o dia. - ela diz, tocando meu rosto delicadamente em seguida.
- Tudo bem. - um suspiro escapa. - Mais um beijo antes de ir? - ela esboça um sorriso.
Ela faz uma expressão pensativa e depois de sorrir, seu rosto aproxima-de do meu e a tomo em um beijo doce e demorado. Eu amava tanto Minhee…
Antes que ela deixasse meu carro ainda consigo mais um beijo, até ela precisar realmente ir. A observo entrar no prédio e ao dar partida no veículo para voltar pra casa, meu coração já estava apertando de saudades.
Dirigindo no caminho de volta, ligo o som do carro como a muito tempo não fazia por conta própria, uma felicidade me movia, algo também que nunca havia sentido antes, era como se uma enxurrada de sentimentos estranhos tivessem me invadido e pelo incrível que pareça, eles me faziam muito bem.
Minutos depois eu já estacionava, entrando em minha casa em seguida. Dou os primeiros passos e ao voltar meu olhar para sala de estar a visão não era uma das melhores. Os 5 estavam lá e suas expressões denunciavam que algo de errado tinha acontecido.
- O que está acontecendo aqui? Não lembro de nenhuma reunião marcada pra hoje, ainda mais esse horário.
- Você não lembraria de nenhuma responsabilidade sua. Não aja como se estivesse se importando, sabemos que não está. - Himchan fala e levo a ponta de meus dedos a minha têmpora, ele não ia me estressar hoje.
- Vão me contar o que houve? - olho para os outros quatro que pareciam apreensivos.
- Você realmente não sabe hyung? - Zelo pergunta, ele parecia torcer para que eu falasse o contrário.
- Se eu soubesse estaria perguntando? - respondo prestes a perder a paciência.
- Eu avisei a vocês. - Himchan fala mais uma vez.
- Himchan hyung tomou o território… - Youngjae fica apreensivo antes de complementar a frase. - Junto com Jongup.
Era impossível formular alguma frase naquele primeiro instante. Volto meu olhar para Himchan e ele tinha um sorriso de canto sarcástico, junto com aquele ar vitorioso de quem estava se achando incrível por ir contra mim.
- Está achando engraçado? - pergunto mantendo meu olhar sobre ele.
- Confesse que isso está bem divertido. - ele responde, ajeitando-se no sofá, ele queria me confrontar.
- Realmente está divertido. Sabe por que? - Himchan mal piscava enquanto me encarava. - Sua porcentagem no negócio acaba de cair. Quando tudo estiver concluído, 5% será seu e não 10% como era o combinado.
- Mas você não p- o interrompo.
- Não é sua especialidade ir contra decisões acordadas? Isso não é engraçado? Lide com isso. Sorria! E ah, já que agora você fez questão de tomar a porcaria do território. Ele agora é sua responsabilidade e se invadirem... - faço uma pequena pausa. - Você morre.
- Eu não vou seguir a porcaria das suas ordens! Ainda mais quando você não tem mais nenhum controle aqui. - ele se levanta, fazendo que eu me volte para ele quando já estava de costas.
- Se não quer os 5%, a porta da rua é serventia da casa. Agora se me permite… - e com isso eu apenas me volto novamente e subo as escadas indo para meu quarto, eu pretendia não ter mais nenhum aborrecimento hoje e ficar longe de Himchan era um ótimo primeiro passo pra isso.
Eu devia agora me preocupar com Minhee e sua segurança. Se o idiota do Himchan fez aquilo, ela com certeza estaria correndo perigo novamente. Wooyoung não acreditaria que Himchan descumpriu ordens minhas e não seria algo interessante que ele soubesse, por esse motivo eu precisava pensar agora em como continuar protegendo-a para que nada a machucasse. Se algo acontecesse a ela Himchan seria diretamente responsabilizado por isso e eu não o perdoaria.
A verdade é que ele já estava passando dos limites comigo cada vez mais, eu precisava continuar me impondo e me mantendo as rédeas da situação ou Himchan acharia que era o dono de tudo. Eu não deixaria isso acontecer. Nem que eu precisasse o matar para que ele parasse de se meter onde não devia. Ele estava começando a me cansar.
1 ano depois…
[...]
1 ano. Esse era nosso atual tempo de namoro. Yongguk e eu estávamos muito felizes e nada nos fazia desanimar. Nesse ano nós já havíamos tido muitos momentos especiais juntos e não só momentos bons, também tinham momentos ruins. Como em todo relacionamento, nós já havíamos brigado sim, como qualquer outro casal, mas existia algo em nós, que fazia com que acabássemos pedindo desculpas um ao outro, as vezes até ao mesmo tempo, fazendo com que nos déssemos conta do quanto nosso amor era maior que tudo aquilo, do que qualquer obstáculo que pudesse surgir.
Naquele fim de semana, era o nosso aniversário de namoro e saímos pra jantar. Como era do feitio de Yongguk, fomos a mais um daqueles restaurantes caros que ele tanto gostava. Eu tentava me acostumar àquela vida dele e por mais que estivéssemos a um ano juntos, ser uma mulher extremamente formal e requintada era uma pequena resistência minha. Apesar da classe do lugar, pude me sentir a vontade graças a ele. Como era algo costumeiro entre nós, nós simplesmente nos sentíamos bem um com o outro onde quer que estivéssemos, pois quanto estávamos juntos era como se existissemos apenas mas dois e mais ninguém. Então aquele jantar havia sido perfeito, bem como eu sabia que o restante de nossa noite seria perfeita, pois simplesmente teríamos a companhia um do outro e aquilo era mais que suficiente.
E como também era o combinado daquele fim de semana, eu dormiria em sua casa como já era agora um costume. Depois de algumas insistências dele, passei a frequentar sua casa mais vezes e depois de dormir lá a primeira vez, ele insistiu para que ficássemos revezando entre a minha casa e a dele, até ele conseguir com que eu cedesse. Eu adorava a casa de Yongguk, era um lugar espaçoso e agradável, mas o fato de um de seus amigos morar com ele me deixava um pouco sem jeito sobre nós dois, sentia nossa privacidade um pouco invadida, então por causa disso sempre que eu dormia em sua casa, Zelo era obrigado a se mover para a casa de um dos outros rapazes, para que pudéssemos ter todo o espaço para a gente. Confesso que eu não gostava disso, que minha presença o fizesse sair de casa, mas Yongguk disse que ele não se incomodava então tentava e me manter tranquila quanto a isso. E de alguma forma eu tinha uma relação legal com Zelo, ele era um bom garoto, escutava bem os hyungs e era divertido, conversar com ele era sempre bom. E confesso que eu havia o acostumado mal, nos fins de semana em que eu dormia na casa deles, eu sempre levava algum doce ou qualquer outra guloseima para que ele pudesse comer enquanto estava fora de casa e era também como um pequeno pedido de desculpas por fazê-lo sair assim.
Entrar junto com ele entre beijos e abraços não era algo incomum. Muitas vezes não conseguíamos nos ver no fim de semana, o que causava nossa saudade excessiva e a vontade de não nos largar. O fato de Yongguk ter passado um mês viajando também tinha contribuído pra isso, prestar contas com seu pai sobre as ações da empresa sempre era algo demorado e que trazia muita dor e cabeça, eu só queria ser capaz agora de apagar suas preocupações e aproveitar o máximo daquele fim de semana.
Livrando de meu sapatos quando finalmente consegui colocar os pés no chão dentro de seu quarto, pude notá-lo pensativo enquanto tirava o relógio, o colocando em cima da cômoda em seguida. Me aproximo lentamente após jogar minha bolsa em qualquer lugar e o ouço suspirar, ele estava apreensivo.
- Gukkie… - ponho minha mão sobre a dele. - Aconteceu alguma coisa? Você está estranho desde que voltou de viagem… - e quando falo da viagem o vejo apertar os lábios, o que estava acontecendo?
- Mi… Nós… - ele fazia pausas que estavam me deixando ainda mais apreensiva. - Nós precisamos conversar. - ele finalmente volta seu olhar para mim.
Eu não gostava daquela expressão, não gostava do jeito que ele estava falando, não gostava daquela situação. Seja lá o que ele queria me dizer, não era bom e eu já pensava em péssimas coisas. Minhas mãos esfriaram e eu estava assustada.
- O que você quer me dizer? Yongguk para de fazer mistério, você está me assustando e sabe que eu odeio isso. - eu estava um pouco exaltada agora.
Segurando firme em minha mão, ele me conduz e nos sentamos juntos a cama, ele parecia tão confuso quanto eu.
- Mi antes de qualquer coisa… Tem que prometer que isso ficará entre nós, por favor. Por todo amor que você sempre me diz que sente por mim, promete? - ele não soltava minhas mãos.
- O que tem de tão importante pra me dizer que não posso dizer a ninguém? Yongguk apenas me conte. Você sabe que se é algo para ficar entre nós apenas ficará, não precisa que eu te prometa coisa alguma.
Ele respira fundo antes de voltar a falar.
- Lembra daquele atentado que sofremos? Onde aqueles homens atiraram contra o carro que estávamos… - aperto levemente os olhos e em seguida afirmo com a cabeça, com a intenção de que ele não parasse de falar. - Lembra daquele homem que te seguia também? - afirmo novamente com a cabeça. - Bem… Essas coisas não aconteceram por causa do seu trabalho. - ele engole em seco.
- Como assim? Do que está falando? - eu ficava cada vez mais confusa.
- Eles não vieram atrás de você por conta do que você escreveu no jornal e sim por minha causa. Um de meus inimigos tentou te machucar para que isso me afetasse.
- Inimigos? Yongguk desde quando você tem inimigos? - eu ficava cada vez mais assustada e todas aquelas teorias que tive no período em que o conheci voltam como um furacão em minha mente.
- D-Desde quando… - ele parecia não querer terminar a frase.
- Desde quando Yongguk?! - falo de maneira firme, o pressionando.
- Desde quando eu sou o líder da quadrilha de assaltantes mais procurada de Seul.
Eu congelo. Eu simplesmente não conseguia processar aquilo. Yongguk? Líder de quadrilha? Como era possível aquilo ser verdade? Aquele homem que cuidava de mim com toda sua doçura e cavalheirismo não era quem se mostrava pra mim agora, não era possível ser a mesma pessoa que me dizia aquelas coisas, eu estava sem reação.
- Nós fomos os responsáveis pelos assaltos as joalherias. - ele volta a falar. - Aquele funcionário do banco, que morreu naquele beco. Eu ordenei que o matassem. - olhava pra ele ainda incrédula das palavras que saiam de sua boca. - Himchan, Daehyun, Youngjae, Jongup e Zelo. Somos nós seis. - ele olhava profundamente em meus olhos e nossas mãos ainda estavam juntas. - Eu não podia esconder isso de você por mais tempo e não suporto a ideia de ficar sem você. - ele segura minhas mãos com mais firmeza. - Quero saber se você está comigo nessa.
- Você é inacreditável Bang Yongguk. - e soltando minhas mãos bruscamente das dele eu me levanto, a hora de ir embora havia passado a muito tempo. - Depois de me contar tudo isso você ainda quer que eu o apoie e FAÇA PARTE disso? Chega até mesmo a ser uma piada. - viro-me de costas pra ele, pegando minha bolsa e me dirigindo a porta do quarto.
#Yongguk POV#
- Jagiya vamos conversar… - ela já calçava seus sapatos novamente, de costas pra mim.
- Não me chama assim! - ela eleva o tom e era a primeira vez que a via realmente brava comigo.
O que você esperava Yongguk? Que ela levantasse, te aplaudisse e simplesmente te seguisse como se fosse algo normal? Você estava perdendo a única pessoa que amou na vida, por conta da sua ambição, do seu orgulho.
- Minhee, por favor. - ela se volta para mim.
- Yongguk eu não tenho mais nada pra falar com você. NADA! Você mentiu pra mim durante um ano inteiro, você foi um vagabundo durante esse tempo inteiro. Você é por quem eu tanto procurava em minhas investigações pessoais. Você Yongguk! - ela me empurra. - Você é a pessoa que eu mais amei e odiei ao mesmo tempo. Te amei quando estava com você e enquanto te procurava, você era meu maior ódio. - ela não desviava seu olhar do meu. - Tem noção do que você fez e está fazendo? Você é o ser mais repugnante com quem eu poderia estar. Parabéns, o título é seu. Eu tenho nojo de você, nojo deles e nojo até mesmo de mim, que me permiti entrar na porcaria do seu carro aquele dia e responder a droga das suas mensagens. Não pense que isso pode ser consertado pois isso não quebrou Yongguk, isso se dissolveu. - ela dá mais alguns passos para sair do meu quarto, parando na porta. - E ah, nunca mais pense que vou me meter nesse jogo sujo com você, eu não sou da tua laia. - e com essas últimas palavras ela deixa o quarto.
Eu estava completamente destruído agora. Ao mesmo tempo em que eu queria correr atrás de Minhee e convencê-la a ficar, eu não poderia fazer isso, afinal ela tinha razão. O que eu estava pensando ao convidá-la para estar nisso conosco? Os riscos que ela poderia correr seriam tão grandes quanto ela apenas sendo minha namorada. Eu era um completo idiota e falhei com ela, falhei com a única mulher que amei de verdade. O fato de apenas pensar que Minhee estaria indo pra não voltar nunca mais, faz com que meu corpo se mova prontamente e correndo para alcançá-la, a vejo já fechando o portão e entrando em um táxi rapidamente.
- Minhee! MINHEE! - e ao ignorar dos meus gritos o carro apenas segue seu rumo e as primeiras lágrimas caem de meu rosto.
Era isso. Eu estava chorando por uma mulher, e não um choro qualquer, um choro compulsivo e copioso me invadiu, achei que eu estava prestes a morrer diante tamanha dor que eu estava sentindo em vê-la partir. Não sei por quanto tempo irei aguentar ou até mesmo se eu serei capaz disso, mas diante essa circunstância de dor a qual eu estava inserido, apenas tenho certeza de que tudo acabou pra mim. Simplesmente acabou.
Continua...
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