-AGORA EU PRECISO LIDAR COM ISSO – Falei enquanto andava de um lado para o outro – ELE VAI EMBORA, EM MAIS UM EPISÓDIO DE EGOÍSMO E EU TENHO QUE ACHAR O MÁXIMO QUE ELE QUER CONHECER O M-E-U FILHO?
-Eu posso cortar a garganta dele, se preferir –Logan disse não vendo tanta gravidade na situação
-Ninguém vai cortar ninguém – Xavier interveio – Anne, sabíamos que isso acontecer em algum momento, pense num cenário em que se sinta um pouco mais confortável e proponha a ele
-Tudo bem, Charles, vamos tentar do seu jeito e se não der certo, eu gosto da proposta de Logan –Respondi olhando ele ficar animado com a hipótese
NUMA CASA PRÓXIMA DALI
Enquanto eu surtava com a proximidade do meu ex-sei-lá-o-quê, ele mesmo, Erik, quebrava a casa num acesso de raiva.
-NÃO ACREDITO NISSO –Dizia enquanto jogava tudo que estava em cima da mesa no chão
Depois de já ter quebrado a maioria das coisas encontrei a foto de Anne que Xavier levou para mim na prisão, tive coragem suficiente para rasga-la. Não havia mais chance para nós mesmo, só me interessava compensar o tempo perdido com meu filho. Acho que a final o “vilão” não era eu.
Dois dias depois de descobrir tudo, me preparava para voltar a mansão X e vê-lo novamente.
NO INSTITUTO XAVIER
-An, você vai me contar sobre a relação estranhíssima com o novato? –Logan perguntou enfatizando que eu não havia falado sobre isso com ele
-Ele está aqui há 5 anos, não é exatamente novato. E nem eu sei como explicar isso. Quer dizer, eu gosto dele. É uma ótima pessoa, muito bom com o Magnus e é divertido. Mas nesse momento como eu posso me concentrar nisso? Eu não quero magoá-lo
-Melhor decidir, ele está vindo para cá agora –Ele disse se levantando e indo embora
-QUE? NÃO, LOGAN, NÃO ME DEIXA SOZINHA
-Anne? –James apareceu atrás de mim enquanto eu juntava as coisas no fim da aula
-JAMES, OI –Tentei disfarçar agindo naturalmente
-Olha só quem parece nervosa – Ele provocou e desmascarou meu (ótimo) disfarce – Escuta, não nos falamos direito depois daquela noite... eu sei que foi diferente do que prevíamos, mas achei que tinha gostado.
-James –Coloquei as coisas de volta na mesa e olhei nos olhos dele –eu gosto de você, gosto de como as coisas acontecem entre a gente. Mas... aparentemente eu vou ter que lidar com o pai do meu filho que resolveu querer fazer parte da nossa vida e você é incrível, mas eu não estou com cabeça para me dedicar a isso entre a gente. Eu sinto muito.
-Tudo bem, eu entendo, mas.... se importa se eu não desistir? –Ele perguntou sedutor e eu não esperava essa pergunta
-Fique à vontade –Respondi rindo –Acho que vai continuar sendo divertido
Deixei ele sozinho na sala enquanto saía rindo da conversa.
Cheguei ao instituto e fui direto para a sala onde Charles costumava ficar
-COMO PÔDE ESCONDER ISSO DE MIM? –Entrei falando
-Erik, que bom te ver fora da prisão.
-NÃO PRECISAMOS FINGIR, XAVIER
-Eu não estava fingindo em momento algum. Quis contar um milhão de vezes e perguntei várias vezes à Anne. Mas eu respeitei a decisão dela, ela não queria que você soubesse e eu não passaria por cima disso. –Ele, como sempre, manteve a calma enquanto eu estava indignado.
-Ele está dizendo a verdade, Lehnsherr – Ela interrompeu a conversa entrando na sala e fechando a porta com os poderes.- Eu não permitia que ele contasse e não me arrependo disso. Mas Charles ainda é uma das pessoas que mais escuto e, de certa forma, obedeço. Por isso, eu tenho uma proposta para você – Ela disse e cruzou os braços me desafiando
COMO ASSIM ELA NEM AO MENOS SE ARREPENDIA?
-Que tipo de proposta? –Respondi descrente
-Você quer conhecer Magnus –Ela se aproximou – E eu não estou interessada em deixar que o MEU filho seja abandonado como eu fui – Admito que fiz de propósito para provoca-lo – por isso vamos fazer isso do meu jeito, afinal, eu sou mãe dele.
Ele riu debochando da minha postura
-Você pode vir vê-lo quando quiser. MAS só quando eu estiver em casa e não pode sair com ele a menos que eu vá junto.
Não acredito que ele vá aguentar a pressão de criar uma criança sob meus termos, então não estava preocupada. Ele ia se cansar de brincar de casinha
-Então vou precisar saber quando você está em casa – Me aproximei dela mostrando a falha em seu plano perfeito –Vamos ficar muito próximos, exatamente como você quer.
Não tinha pensado nisso, mas mantive a pose.
-É um sacrifício, em nome do MEU filho.
-Fechado.
-Fechado. Inclusive, eu preciso ajudar no treino dos X-Men agora. Boa sorte, papai.
Ele me olhou com raiva da ironia
-Vamos lá pessoal, conhecem as regras por aqui. Hoje é defesa pessoal, nada de usar poderes, só luta corporal. Quem conseguir vencer seus oponentes ganha um prêmio especial. Que comecem os jogos!
A quadra tinha uma ótima visão das mesas do quintal, onde Erik ficava com Magnus. Era uma ótima ideia, eu podia vigiá-lo e correr caso algo desse errado.
-Você é o amigo da mamãe que entra pela janela –Não era exatamente o que eu tinha imaginado para primeira conversa.
-Bom, por que não começamos a usar nossos nomes? Eu sou Erik, lembra?
-Tá bom, Erik. A mamãe vai demorar? –Ele respondeu pintando desenhos que estavam na mesa
-Não sei, mas daqui podemos assistir ela brincando com seus muitos tios e tias.
-Tia Kitty diz que é impossível vencer a mamãe –Observávamos ela lutando.
Tinha me esquecido de como ela era boa em ação. Ainda era a melhor e continuava linda como antes.
-Kitty e Kurt, venham aqui os dois. Kurt, tente derrubá-la.
-O QUE? POR QUE EU?
-Porque você é o melhor amigo dela, e é a posição mais difícil de se combater. A verdade é que tem que haver um certo profissionalismo no que fazemos. Vamos lá, tente derrubá-la.
Enquanto eles tentavam não se amarem na luta, eu tentava a mesma coisa com Erik. Pelo menos de longe, ele parecia estar indo muito bem, não estava preparada para essa possibilidade.
-E SE VOCÊ GOSTA DE CACHORRO, APOSTO QUE GOSTA DE RED?
-SIIMM, ELE É MEU AU-AU
-Sabia que ele era meu antes? Eu que dei ele para o seu tio Pietro
Ele me olhava com os dois olhos animados
-Quando eu posso ficar com a mamãe? –Ele olhou ela na quadra
-Daqui a pouquinho ela acaba. O que quer fazer enquanto isso?
-Eu queria ficar com ela –Ele começou a fazer cara de choro e eu comecei a pensar desesperadamente no que fazer
-Ele se sente melhor se ficar no jardim –Um cara que mais parecia um índio de cabelo grande se aproximou - Anne sempre leva ele lá para ficar com as flores, a grama e essas coisas.
-Hmm, e você é...? –Perguntei sem muita simpatia
-James, pode chamar de Apache, se preferir.
-Não foi Quicksilver que te deu esse nome...ele costuma dar bons nomes
James ignorou a provocação
-E você é? – Ele me perguntou parecendo já saber a resposta
-Erik, Magneto, Pai do Magnus.
-Se ele ficar irritado pode deixar que eu levo ele para brincar, ele costuma ficar um pouco mal-humorado quando Anne tem que fazer alguma atividade. Mas comigo ele já está acostumado, já que... Eu sempre fico com ele. –Ele disse indo acenando para ela na quadra e ela acenou de volta.
Admirei a coragem e audácia porquê de resto, eu poderia ter acabado com ele ali mesmo.
-Isso, Kurt, foi um ótimo começo. Kitty, sua vez, derruba ele. Akirah, você ganhou sua luta por isso seu prêmio é lutar com Logan. –Claro que todos reclamavam da pegadinha.
-Vai ser divertido –Ela respondeu animada, era a única que gostava do desafio de treinar com ele.
-Bom, foi um prazer, Erik. Tchau Magnus
-Tchau, tio Xames, depois podemos jogar bola?
-Claro, só me chamar.
COMO ASSIM JOGAR BOLA COM UMA PESSOA QUE NÃO É SEU PAI? ESSA É A FUNÇÃO BÁSICA DOS PAIS.
Assim que a aula acabou, levei Magnus para ficar com ela.
-Oii filhinho, sentiu falta da mamãe? –Ela disse bagunçando o cabelo dele
-Sentiii, quando você vai deixar eu brincar de lutinha com você?
-Prometo que vou pensar nisso –Ela disse disfarçando que nunca faria
-Anne, aquele índio de cabelo grande...é seu namorado? -Perguntei
- Como é? James? Não, quer dizer, não, mas nós saímos as vezes. -Mentira né, só saímos uma vez e olhe lá - Por que? Algum problema?
-Não –Ele respondeu rápido- só para entender a dinâmica daqui, já que eu fiquei fora por tanto tempo.
-Aham –Respondi provocando
-Enfim, já vou indo... amanhã eu volto.
Ele se afastou e foi se despedir de Magnus, observei de longe quando eles se abraçaram e fizeram um soquinho.
-Você não acha isso o máximo? -Kitty se aproximou de mim- Dois homens estão brigando por você
-Não, Kitty, estão brigando pelo meu filho, o que eu não gosto nada. –Respondi séria.
-E SABER QUE TEM DOIS GATOS MUTANTES QUERENDO VOCÊ NÃO TE ANIMA NEM UM POUQUIIIINHO?
-Você é doente, Kitty.... Mas –Abri um sorrisinho-.... Pode ser divertido né
Observamos juntas Erik caminhar até o portão principal.
-Ele continua gostoso –Ela disse perto do meu ouvido
Eu ri e concordei com a cabeça.
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