História Five Nights at Freddy's - O Show de Horrores - Conhecendo o Local

 Os dois dias se passaram e eu fui ao endereço que haviam me mandado por email. Ficava ao lado da bilheteria para pegar o elevador e descer ao subterrâneo, onde ficavam essas atrações. Eu acho isso muito estranho, pois além de ser algo que pode ser macabro e perigoso, todos podem acabar sendo massacrados caso o elevador pare de funcionar e possa ter um assassino entre eles, quem sabe seja um próprio animatronic. É, acho que estou pensando muito mais do que deveria.
 No lugar, eu encontrei outras 4 pessoas. Uma delas se vestia de forma mais elegante, com um terno preto e gravata azul. Ele se apresentou à nós e começou a falar sobre o emprego enquanto nos conhecia melhor.
- Boa tarde à todos aqui presentes, o meu nome é Peter Williams. Sou o novo dono da Fazbear, e a atração Fazbear's Freakshow é de minha posse. Diferente do antigo dono, eu não deixo a responsabilidade por completo na mão dos funcionários; na verdade, tomo a maioria das decisões. Por incrível que pareça, levar um processo ou uma denúncia é algo raro para nós atualmente, e o dinheiro que ganhamos da bilheteria vai para aqueles que trabalham aqui, para melhorar a atração e para pagar antigos processos judiciais.
- Meu nome é Lucas. - Disse um garoto de cabelos loiros.
- Ah, eu sou Daniel.  - Um outro, um tanto mais cheinho, respondeu.
- Meu nome é Jolene - Respondi em um tom mais baixo.
 Agora, percebo que eu nunca nem me descrevi para vocês. Meu nome é Jolene Emily, 21 anos, tenho cabelos castanhos um pouco longos, e meus olhos são de mesma cor em tons mais claros. Sou desenvolvedora de jogos, mas ainda não terminei os meus estudos de um curso online que meus pais pagaram pra mim. Os dois são aposentados.
 Enfim, o senhor Williams nos levou até o lugar e entramos sem ter que pagar, é claro. O salário seria de 21 dólares por hora. Fazendo um cálculo básico, preciso multiplicar os dólares por hora pela quantidade de horas que trabalho por dia e depois ainda multiplicar por 30. Assim, terei a quantidade de dólares que ganharei mensalmente. Desculpa, sou uma CDF. Em resumo, são 3780 dólares por mês, trabalhando 6 horas por dia.
 O período era de madrugada, de meia noite à seis da manhã. Lucas e Daniel pareciam preocupados com isso, mas haviam noites que eu passava a madrugada inteira acordada e só ia dormir quando o dia já estava claro. Sei que não é nada apropriado, mas eu nem saio de casa direito. Acho que consegue compreender que eu sou a típica "garota gamer" que muitos procuram, de uma forma até estereotipada. 
 Enfim, antes de finalmente pegarmos o elevador e descer, em um horário em que já não tinham pessoas visitando o local, mostramos alguns documentos à Williams. Ele parecia mais interessado em mim e nas 'coisas importantes' que eu carregava, mas no momento eu não sabia o motivo.
 Começando com a visita, nós pegamos um elevador e descemos um andar para baixo do solo, onde localizada a Fazbear's Freakshow. Deixarei um mapa anexado do local, que era consideravelmente grande. Eu fiquei com medo desde quando o elevador desceu até quando ele subiu novamente. Quase tremi, mas me segurei para dar uma boa impressão. De qualquer forma, Lucas e Daniel também estavam bem preocupados.
 Antes de começarmos nossa visita, fomos ensinados a como controlar os animatronics sem chegar perto deles. Passamos por um corredor e chegamos a um lugar chamado de Control Module, onde metade dele era usado para as pessoas passarem e irem para as atrações e a outra metade era para darmos um choque de controle. Havia um pequeno painel luminoso com dois botões, sendo um deles esse choque e o outro servindo para iluminar uma sala. 
 A primeira que vimos era Freakshow Circus Baby, ou simplesmente F. Baby. Uma das atrações principais, que fazia sua performance sozinha. Diziam que ela tinha pequenos bonecos a acompanhando, mas destruiu todos eles antes de todos esses animatronics serem reunídos em um só local. Para chegar até ela, era necessário reservar um horário na bilheteria, pois sua sala fica na frente da Control Module, fazendo com que o trabalho de supervisor seja exposto ao público, e isso dá uma certa simpatia e segurança a mais, pois veem que os animatronics eram, de certa forma, controlados. Se errassem algo, levariam um choque. Eu não entendi isso, pois são programados para fazer algo, sem que sejam interrompidos... Ou pelo menos eu achava isso.
 Chegamos a outra sala, Circus Control, após passarmos pelo corredor. Era bem parecido com a Control Module em todos os aspectos, porém mais simples. Caminhando por um corredor lateral, se chegava à Circus Gallery, onde Freakshow Baby fazia sua performance, que consistia basicamente em dar movimentos repentinos quando percebesse que alguém chegava um pouco perto dela. Parecia ter um sorriso macabro, que foi o suficiente para deixar minhas pernas trêmulas, e uma de suas mãos era uma garra com vários "dentes", como uma serra.
 Voltamos para a Control Module e fomos para a esquerda, local conhecido como Ballora Gallery. Era um animatronic similar a uma bailarina, mas é claro, dava medo. As pessoas passavam frequentemente no local, mas nem era para ver a Ballora, pois na sala ao lado, Breaker Room, havia uma atração bem mais interessante.
 Protegida com um vidro blindado e uma porta hidráulica sempre fechada, estavam vários bonecos destruidos no chão, em uma cena que poderia ser considerada como grotesca. Peter nos disse que antes eles se chamavam Bidybab e Minireena, mas Ballora e Baby os destruíram. Mas é claro que as pessoas não ficavam passando pela grande bailarina quebrada para ver outras coisas quebradas, e sim para ver uma criatura que diziam ser uma "mistura de homem com robô que deu errado".
 Freakshow Springtrap era uma espécie de coelho dourado, porém tão envelhecido que já havia ficado verde, e parecia ter um corpo humano em decomposição dentro de si. Eu passei mal vendo ele, até por que se mexia de uma maneira tão estranha e até se aproximou de nós, com dentes cinzas afiados que pareciam ter sido colocados nele a força. Sinceramente, parecia um Demônio... Não que os outros também não fossem. Eu me recuperei mais depois de sair de lá, e ficar observando Ballora um pouco, que apesar de tudo, era a que menos dava medo.
 Fomos para um local um pouco diferente dos demais, tão grande quanto a Ballora Gallery, porém lá haviam dois animatronics realizando sua performance. O Funtime Auditorium havia Freakshow Freddy e Freakshow Foxy, que um dia já foram Funtime Freddy e Funtime Foxy.
 Freakshow Foxy até que estava bem com seu corpo, e sua performance era a menos interativa, já que ele apenas se mexia e olhava as pessoas. Freakshow Freddy, pelo que Peter Williams disse, na verdade se chamava Ennard. Ele apenas "se uniu" com Funtime Freddy, e assim criou algo que alguns chegam a chamar de Molten Freddy, pois alguns dos fios que formavam seu corpo pareciam mais soltos. Ele se rastejava de forma ágil e rápida pela sala, sem atrabalhar Foxy, e falando coisas ao chegar perto de alguém.
 Ele chegou perto de mim e disse "Olá, de novo!". Eu sinceramente fiquei com medo, não por que era um animatronic se rastejando até mim e falando na minha orelha, mas esse "de novo" da fala realmente me incomodou. Poderia ser simplesmente uma fala programada, mas e se não fosse? Ele já me viu antes? Melhor não pensar tanto nisso...
 Williams disse que também havia uma sala onde apenas funcionários podiam entrar, chamada de Parts & Services, mas não nos mostrou ela. Disse que há alguém lá que não pode ser perturbada. Sim, usou palavras femininas para se referir ao que esteja lá.
 Após voltarmos para a bilheteria, onde eu finalmente pude respirar um ar bem mais puro se comparado com o local em que estávamos, Peter disse algo que me deixou ansiosa.
- Eu creio que já tomei minha decisão. Amanhã, irei mandar uma mensagem para vocês três, dizendo quem será o novo segurança noturno. Começará a trabalhar segunda-feira, e poderá ir embora desse trabalho quando achar que não aguenta mais.
 Nós concordamos, e após conversamos por um tempo mínimo, fomos embora. Eu comecei a pensar em tudo e comecei a ficar com medo, além de ansiedade. Tomara que esse "não aguentar mais" tenha sido somente da boca pra fora, pois eu obviamente não quero ser atacada por um desses monstros. Espero que eu consiga simpatizar com o local, ou pelo menos me acostumar com o trabalho... Não pretendo ficar muito tempo trabalhando aqui, e irei parar quando eu começar a ganhar dinheiro com a minha real especialidade.