~Ponto de vista do Foxy~
Freddy, Golden e eu não estávamos fazendo absolutamente nada! Quero dizer, Freddy mexia no seu celular enquanto Golden tirava uma soneca. Que bosta! Não aguento mais esse tédio! Resolvi pegar uma folha de papel e amassá-la, assim fazendo uma bolinha.
Leitores, lembrem-se: se vocês querem começar uma guerra caótica e destrutiva, façam uma bolinha de papel e jogue no seu amigo. Sempre funciona e não há como evitar conflitos.
– Vai começar? – Freddy perguntou, observando a bolinha que se encontrava na minha mão. – Vou ser sincero, não aguento mais mexer no celular. Sinta-se à vontade para lançá-la à fileira da frente e causar discórdia. – Freddy deu um sorriso maligno.
– Pode deixar! – Respondi animado e joguei a bolinha em direção aos assentos que estavam em nossa frente. Espero que eu não tenha acertado a Chica, ela vai reclamar para caralho!
– Quem jogou esta bolinha?! – Não demorou para que Chica gritasse furiosa, Freddy e eu olhamo-nos assustados. Golden acordou, também assustado, por causa do berro. – Senhores, quem foi? Posso saber? – A garota virou-se, ficando cara a cara conosco.
– Mas o quê? – Golden estava completamente perdido na situação, não entendia nada.
– Foi... não sei. – Freddy falou suando de nervoso, Chica olhou torto para ele. – Calma! Não fui eu! Juro! – Freddy disse desesperado, mas Chica não o perdoou e arremessou a bolinha nele. Fechei os olhos para não ver a cena extremamente violenta. – Quê? – Ouvi a voz do Freddy, abri os olhos por curiosidade e notei que a bolinha estava flutuando no ar.
– Como?! – Chica perguntou surpresa.
– Deus me salvou? – Freddy sorriu, observando a bolinha flutuando em sua frente.
– O que está acontecendo? – Bonnie também se virou para compreender a situação.
– Eu acabei de acordar ou ainda estou sonhando? – Golden indagou com uma voz sonolenta.
– Vocês acharam mesmo que perderíamos essa viagem? – Uma voz misteriosa soou, entreolhamo-nos curiosos.
– Isso com certeza é um sonho! Vou voltar a dormir que ganho mais! – Golden aconchegou-se na poltrona e fechou seus olhos. – Esperem! Se isso é um sonho, como eu volto a dormir? – Perguntou sério e abriu os olhos em seguida.
– Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe! Enfim, agora eu vou me revelar... – A voz misteriosa disse e, de repente, uma sombra formou-se em volta da bolinha de papel. – Olá, pessoas. – Shaddy?! Não acredito! Esse filho da puta desliga a televisão e ainda embarca conosco?
– Só podia ser este babaca mesmo. – Revirei os olhos.
– Não sou só eu. – Shaddy disse sorrindo.
– Tem eu também! – Plush pulou no ombro do Shaddy. – Autor, eu, como personagem secundário, quero fazer reclamações aqui! Estou sofrendo um abuso! Quase não apareço como personagem importante nesta história! Só faço breves aparições e sou citado em outros capítulos. – Plush cruzou os braços. – Exijo mais oportunidades! – Berrou revoltado, ficamos encarando o pequeno.
– Acabou já? – Perguntei impaciente.
– Tanto faz. – Freddy disse sério. – Shaddy e Plush? Por que caralhos estão aqui? – Ergueu uma sobrancelha.
– Pois já era hora de eu voltar a brilhar! Eu estou sendo esquecido aos poucos, lembram quando eu aparecia mais que o Bonnie e a Chica? Agora posso ser comparado com o Balloon Boy, dois personagens que não fazem a menor diferença. – Shaddy disse cabisbaixo.
– Enquanto eu estou muito ansioso para chegarmos a Paris! Quero comer muito pão francês! Eu adoro pão francês, é gostoso demais! – Plush saltou do ombro da sombra para a minha perna.
– Dá para sair de cima? – Perguntei, retirando cuidadosamente o pequeno de cima da minha perna. – Obrigado. – Sorri. Na verdade, eu apenas empurrei-o, fazendo com que ele caísse duro no chão.
– Estou de mal agora! – Plush exclamou zangado e pulou nas pernas do Golden.
– Era só o que me faltava... mais dois retardados para aturar. – Chica disse, referindo-se ao pequeno loirinho e sua amiga sombra.
– Estou começando a achar que a Chica só anda conosco por causa do Bonnie. – Freddy disse, olhando para mim. – Tens esta sensação também? – Questionou.
– Tenho um pequeno sentimento de que você está certo. – Falei sorrindo, Bonnie começou a encarar-me. – O que você quer? – Perguntei sério.
– Talvez sejam vocês falando que a Chica só anda com vocês por minha causa. Não sei se você sabem, mas isso é uma ofensa para mim também. – É até estranho conversar com o Bonnie hoje em dia, ele mudou tanto do primeiro capítulo para cá.
– Isso é uma ofensa para ti? Nós não te xingamos! Somente sugerimos a hipótese de que a Chica tem você como única motivação para continuar com a gente. – Freddy explicou-se e, em seguida, deu um longo suspiro. O coitado deve estar chateado realizando isso.
– Falem mais baixo, por favor! Estou tentando dormir! – Golden resmungou.
– E estou tentando entender o porquê de você estar dizendo isso, Frederick. – Havia uma expressão séria no rosto da garota quando ela falou aquilo, tudo isso enquanto encarava o pobre Freddy.
– Vamos aos fatos? – Preparei o discurso. – Para começar, Golden, Freddy e eu somos o foco da história apenas porque você dois estão sempre juntos em outro lugar, logo resta a missão de fazer uma aventura épica para nós três, vulgo melhor trio do mundo. – Falei sério e Freddy assentiu.
– É? – Ainda com os olhos fechados, Golden perguntou.
– Com exceção do dia em que fomos ao parque aquático, só vejo você andando com o Bonnie quando estamos unidos como grupo! – Falei emburrado. – E está muito óbvio que você quer ir a Paris por causa de quem? Bonnie! Pois é a cidade do amor, o clima é romântico e coisas do tipo! Pois bem, aposto que enquanto vocês se beijam na esquina do hotel, eu, Freddy e Golden estaremos fazendo algo muito mais maneiro!
– Exatamente... eu acho. – Freddy disse, parecia melancólico ao concordar comigo. Bonnie e Chica olharam-se confusos.
– Estou começando a entender o que está acontecendo... – Chica sorriu fraco. – Está com ciúmes porque estou namorando o Bonnie?! Vou contar à Mangle, senhor Foxy! – Chica disse aumentando o tom de sua voz. Golden começou a gargalhar enquanto Freddy calou-se.
– Claro que não! Endoidou de vez?! – Perguntei indignado, Golden se matava de rir.
– Até perdi o sono. – O loiro estava quase sem ar e continuava rindo da situação.
– Estou sem palavras. – Em compensação, Freddy também devia estar sem ar, mas por outros motivos. Sua expressão indiferente dizia tudo.
– Que tal invocarmos aquele demônio mexicano para saber se esse lance da Chica só andar com vocês por causa do Bonnie é verdade? – Shaddy sugeriu invocando uma folha de papel e dois lápis.
– Boa, Shaddy! – Plush exclamou enquanto montava o “tabuleiro” do ritual. – Finalmente descobriremos se a Chica é uma santa ou uma falsa. – Plush disse com um sorriso macabro.
– Não acredito que vocês vão fazer isso. – Chica falou séria.
– Não há nada melhor do que invocar um espírito mexicano enquanto vamos à França. Isso tudo apenas para saber se a menina anda conosco por causa de um macho. – Freddy suspirou.
– As coisas estão começando a ficar interessante. – Golden esfregou uma mão na outra.
– Qual era o nome dele mesmo? – Shaddy perguntou pensativo. – Charlie Charlie, você está aqui? – A sombra perguntou. Para a nossa surpresa, o lápis moveu-se e apontou para o sim que estava no papel.
– Opa! Opa! Alguém soprou? – Bonnie perguntou assustado.
– Não é possível. – Freddy disse sem acreditar.
– Ninguém soprou. – Shaddy encarava a folha de papel. – Meu detector de sopros não identificou nada. – Retirou um dispositivo bizarro de seu bolso.
– Achei que tínhamos que falar mexicano. Tacos! Burritos! – Plush vestiu um chapéu mexicano. – Arriba! – Gritou animado.
– Vamos logo com isso, rapazes! – Chica exclamou impaciente. – Estou deveras curiosa.
– Eu não. – Freddy retrucou sério.
– Charlie Charlie, a Chica anda conosco por causa do Bonnie? – Perguntei e todos ficaram em silêncio. O lápis começou a girar ininterruptamente e permaneceu assim por vários segundos, até parar apontando para a resposta negativa.
– Sem sopros! – Shaddy verificou o dispositivo.
– Viu? Falei, gente. Tomem! – Chica disse sorrindo, Freddy parecia aliviado, mas eu estava irritado.
– Olhem! Está voltando a se mover! – Apontei para o tabuleiro. De repente, o lápis retornou e indicou a resposta positiva. – Não é possível! – Não consegui conter um sorriso, eu estava certo! Não acredito!
– Mas... será? – Plush questionou-se.
– Caiu no sim! – Shaddy exclamou assim que verificou o dispositivo. Golden, Shaddy, Plush e eu começamos a rir, Chica e Bonnie encaravam a gente seriamente. Freddy nem se movia.
– Isso é bem triste na verdade! Por que estamos rindo? – Golden perguntou, parando de gargalhar.
– É verdade. – Freddy, obviamente, concordou com o seu irmão, logo paramos de rir.
– É mesmo! Que coisa feia, Chica! – Falei sério.
– Esse demônio está mentindo! – Chica gritou irritada e deu um tapa na folha de papel, os lápis voaram longe. – Eu sou amiga do Golden também! – Falou, Golden sorriu.
– Isso doeu mais que um foda-se. – Freddy disse sério.
– Vamos considerar isso um erro do demônio mexicano então. – Plush falou enquanto montava o tabuleiro do ritual novamente.
– Charlie Charlie, é verdade que a Chica só gosta do Golden e do Bonnie? – Perguntei e o lápis indicou a resposta positiva rapidamente. – Ele nem demorou para responder. – Comentei.
– Nossa. – Foi a única coisa que o Freddy conseguiu dizer.
– Parem com essa merda! – Chica pegou a folha de papel e rasgou em vários pedaços. – Vão acreditar nisso mesmo? Falam como se eu fosse um monstro. – Cruzou os braços. – É lógico que eu sou amiga de vocês, não tem como não ser! Conhecemo-nos desde o primeiro ano. – Falou chateada.
Percebi a reação negativa da garota, Freddy, mesmo que um pouco triste também, notou que algo estava errado. Credo! Estou sentindo-me mal consigo mesmo agora.
– Calma, Chica! Estávamos brincando, certo, Foxy? – Freddy forçou um sorriso, tentando aliviar a situação.
– Sim! Só uma brincadeira! Não sabíamos que levaria para o pessoal. – Dei alguns tapinhas em seu ombro. – Fique sabendo que o Freddy e eu adoramos você. – Sorri.
– Eu diria que o Freddy gosta até demais do que... – Golden foi interrompido com um tapa na cara. Óbvio que o Freddy era o autor do golpe.
– É isso mesmo! O que o Foxy disse está corretíssimo. – Freddy assentiu. – Nós... te amamos de certa forma. – Desviou o olhar, corado.
– Bom mesmo. – A reposta veio de uma forma mais convencida do que esperávamos. – Pois considero vocês uma família. – Chica sorriu estendendo seus braços em nossa direção.
– Que bonito! – Plush batia palmas.
– Que bizarro. – Shaddy murmurou.
– Logo o Bonnie é o marido da família, né? – Plush perguntou curioso.
– Exatamente. – Chica respondeu sorrindo e beijou o Bonnie em seguida. Olhei para o lado e vi Freddy afundando seu rosto na poltrona.
– Preparando o pouso. – A voz de uma das aeromoças ecoou pelo avião.
– Mas já? – Shaddy perguntou confuso. Golden retirou o plástico que tampa a visão da janela e observou a pista do aeroporto francês. – Afinal, vocês ficaram um tempão sem fazer nada durante o intervalo entre os capítulos ou este capítulo durou quinze horas? – Indagou.
– Provavelmente primeira opção. – Freddy respondeu descontente.
– Eu quero subir na Torre Eiffel! – Plush gritou alegre.
~Cinco horas depois~
Estávamos no quarto do hotel, havia quatro camas, logo faltaria um lugar para o Plush dormir, mas ele simplesmente invocou uma almofada confortável e resolveu chamar aquilo de cama.
– Mais tarde nós vamos ver a Torre Eiffel, certo? – Plush observava o enorme monumento pela janela.
– Claro! – Bonnie e Chica responderam juntos.
– Mais tarde?! – Freddy perguntou surpreso. – Uma vírgula! – Abriu a porta com um chute. – Eu vou agora! Quem vem comigo?
– É uma boa ideia. – Plush mostrou-se interessado.
– Eu topo! – Golden e eu levantamos a mão.
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