POV. Justin
- Não, não pode ser. – falei com desgosto.
Eu estava em pânico ao ouvir aquelas palavras. Só de imaginar a minha garota com depressão sinto pavor, meu coração aperta e sinto vontade de gritar. Mas eu faria de tudo para que ela ficasse bem.
- Temos que ajuda-la. – propôs Hannah.
- Sim, como faremos? – perguntei.
- Ela no mínimo não irá admitir, vamos esperar um tempo e caso ela continue assim, você terá que convencer ela a se internar.
As coisas iam ficando cada vez pior, como eu ficaria com ela por longe? Seria frustrante não só para mim, mas para Ashley também.
- Não podemos fazer isso. – eu disse.
- Não tem outra escolha Justin, você a quer bem? – perguntou. Fitei Ashley que dormia tranquilamente.
- Eu só quero que ela fique bem.
POV. Narrador
Enquanto Justin caminhava de volta para sua casa, refletia sobre os últimos acontecimentos em sua vida. Será que realmente tinha valido apena agir daquela forma? Será que ele fez algo certo alguma vez?
Justin pensava em como as coisas poderiam ter seguido um rumo diferente caso esquecido de sua vingança, mas do que importa se arrepender agora? As coisas já estão feitas, e talvez isso realmente devesse acontecer.
Chegou em sua casa, ainda frustrado e cansado. Foi direto para seu quarto tentar descansar e esquecer um pouco de todos os problemas que lhe cercava. Chris ao perceber que o amigo havia chegado, subiu as escadas lentamente para tentar saber como estava Ashley, ele pretendia se desculpar por ter agido como um idiota por causa de um ciúme obsessivo.
- Justin? – Chris bateu na porta e logo depois entrou.
- Oi? Entra. – disse Justin enquanto saia do banheiro, com o rosto molhado.
- Como estão as coisas? Ficou tudo bem entre vocês? – Chris queria que os dois ficassem juntos e felizes, mesmo que isso custasse a sua própria felicidade.
- As coisas estão complicadas. – Justin suspirou ao falar, sentou-se na cama para tirar o tênis.
- Complicadas quanto? – perguntou o amigo, preocupado.
Justin não poderia esconder as coisas, ele precisava contar para alguém. Alguém que o pudesse ajudar. Suspirou novamente.
- Quando cheguei à casa de Ashley, fui até seu quarto – sentiu um nó se formar em sua garganta. – Ela estava no banheiro, ela estava se afogando Chris – Justin o olhou, foi inevitável controlar sua voz falha. – Ela estava tentando de matar.
Logo em seguida lágrimas quentes escorreram pela sua pele macia, lágrimas cheias de decepções, tristeza, desabafo.
Chris levou as mãos até a boca, chocado com o que aconteceu, nunca imaginaria que algo assim fosse possível. Pelo visto Ashley lhe escondia muitas coisas, pensou.
- Como ela está agora? Eu preciso vê-la, preciso saber como ela está. – disse Chris, andava de um lado para a o outro.
- Agora ela está bem Chris, está dormindo então é melhor deixar para amanhã. – Justin disse, logo prosseguiu. – Hannah estava lá e ela acha que Ashley está com depressão.
- Depressão? – perguntou o amigo, confuso.
- Sim, agora vou tentar dormir um pouco, amanhã irei lá saber como ela está e você pode vim comigo se quiser. – falou Justin. Deitou-se na cama onde dividiu com Ashley meses atrás.
- Tudo bem. – apenas disse, Christian saiu do quarto em direção ao eu com o sentimento de culpa em si.
Todos se sentiam culpados, mas a culpa não é completamente deles. Isso apenas aconteceu pelo modo como Ashley ver e receber as coisas, talvez isso fosse diferente se sua personalidade fosse diferente, se fosse forte, resistente a qualquer tipo de decepção.
Afinal todos nós sabemos que por trás da armadura de ferro durona que ela criou, se esconde uma garotinha fraca, sensível e ferida.
Enquanto Justin finalmente conseguiu dormir. Ashley sonhava que estava em um lugar muito bonito, era um jardim cheio de flores coloridas, ela corria entre as rosas ao redor sentindo-se livre e feliz. Porém estava cansada de correr, não tinha ninguém ao seu redor, as rosas iam se transformando em cravos e espinhos que lhe furavam os pés. Nuvens escuras se formavam no céu que antes estava azul, trovões ecoavam ao seu redor e uma forte chuva começou a cair, Ashley gritava para que alguém a tirasse dali, mas ninguém aparecia lá, ninguém a via. Em meio do seu desespero, se jogou naquelas flores de braços abertos, ferindo sua pele, chorando por não ter ninguém consigo.
Com a respiração ofegante, Ashley acordou pulando da cama. Fitou o seu redor e suspirou aliviada por perceber que havia sido apenas um pesadelo, mas sentiu seu coração apertar ao lembrar-se do sonho, e começou a chorar de verdade pela angustia que sentiu.
Tentando controlar a vontade absurda que crescia dentro de si de fazer alguma besteira, deitou-se novamente para tentar dormir. Mas o brilho do sol começava a refletir em seu quarto, atrapalhando completamente sua tentativa de voltar ao sono.
Desistindo de voltar a dormir, Ashley foi até seu banheiro onde lhe trouxe lembranças do dia anterior. Encolheu-se um pouco e foi para o box tomar um banho demorado.
- Que água gelada. – reclamou dando pulinhos. Lavou seu cabelo enquanto observava algumas marcas em seu corpo provocadas de ontem. Após terminar o banho, suspirou e puxou a toalha enrolando em seu corpo. Ao sair do quarto, se assustou ao encontrar Justin sentado na sua cama observando a janela.
- Justin? – chamou a atenção do garoto. Ele lhe fitou e logo sorriu.
- Como você está? – foram às primeiras palavras de Justin, ele se levantou.
- Me sinto melhor, o que faz aqui tão cedo? – perguntou a garota enquanto andava até seu closet. Justin a seguiu.
- Eu não consegui dormir direito, precisava saber como você estava. – ele disse observando ela pegar suas peças íntimas.
- Estou melhor. – ela fitou os pés. Justin sabia que ela estava mentindo.
- Não minta para mim Ashley. – alertou.
- Não precisa ficar se preocupando assim, já falei que estou bem e você já pode ir para sua casa agora. – falou arrogante.
- Eu não vou deixar isso acontecer de novo, você quer discutir não é?! Quer apenas um motivo para justificar suas tentativas de suicídio, para cometer a besteira de antes, mas não deixarei isso acontecer.
- Não é isso, eu só... – ela não conseguiu continuar, porque talvez fosse verdade.
- Não faça isso comigo Ashley, não faça isso consigo mesma. – pediu Justin, se aproximou. – Você é nova demais para jogar tudo fora.
- Você não sabe o que estou sentindo. – ela falou com os olhos úmidos.
- Você tem razão, eu não sei. Mas eu sei que preciso de você pra tudo. – murmurou próximo ao ouvido de Ashley. Ela o fitou.
- Não vale a pena. – disse se virando para evitar o olhar de Justin.
- Claro que vale. – Justin gritou. Ele a empurrou contra a parede e segurou seus braços com firmeza. – Escute bem, eu não vou deixar você acabar com tudo assim entendeu?!
- Eu não sei se consigo Justin. – ela falou logo em seguida começando um choro desesperado, um choro preso dentro do seu peito que lhe faz mal.
- Consegue sim meu amor – Justin falou segurando o rosto da garota, olhos de ambos se encontraram. – Eu estou com você está bem?!
Ashley sorriu, seu sorriso era verdadeiro, sincero e demonstrava alivio por ter alguém ao seu lado. Justin também sorriu, suas mãos puxaram a cintura de Ashley para seu corpo, a toalha caiu do corpo da garota, mas mesmo assim Justin pareceu não se importar com isso, e Ashley apesar do rosto corado, apenas retribuiu o abraço sentindo-se quase esmagada.
Justin a beijou, ele tocou com delicadeza os lábios doces da garota em seus braços. Com cuidado, deslizou as mãos em suas costas e a apertou ainda mais em seu corpo. As mãos de Ashley se perdiam no cabelo do garoto, Justin a pegou no colo com cuidado, como se qualquer passo em falso fosse-a quebrar no meio.
Em passos lentos e longos, Justin chegou à cama e se jogou de costas nos lençóis brancos. Ashley partiu o beijo com risadas que foram acompanhadas com as de Justin. Logo ele ficou por cima dela, e voltou a beijar seus lábios.
As mãos de Ashley entravam de baixo da camisa de Justin para acaricia-lo, sua pele quente acendia chamas no corpo da garota, ela o amava tanto. Subiu a camisa dele sem deixar de toca-lo e depois a jogou no chão.
Justin abraçou Ashley com força deixando o contato de seus corpos ainda mais próximo. Deu beijos pelo pescoço da garota enquanto deslizava a mão no braço esquerdo dela. Suas bocas se tocaram mais uma vez. Só que o beijo agora era diferente, era intenso, era quente, era forte assim como o sentimento que eles sentiam um pelo outro.
As trocas de caricias continuaram por longos minutos, para Ashley não tinha coisa melhor do que os lábios de Justin nos seus, mas ela precisava de mais. Levou suas pequenas mãos até a bermuda dele e desabotoou com delicadeza, pois tentava disfarçar sua vergonha nesse momento. Justin sorriu e selou seus lábios, deixou que ela prosseguisse.
Apenas encarando o rosto do Bieber, Ashley desceu o zíper e afastou a bermuda dele até os pés. Sua mão atrevida agarrou com cuidado o membro de Justin por cima da cueca e acariciou, parecia que seu corpo ia entrar em chamas ao sentir o quão duro ele estava.
Ele gemeu em seus ouvidos e apertou novamente sua garota em seus braços e levou seus beijos até o ombro de Ashley, logo em seguida encontrou o seio da garota que tanto gostava, não demorou muito para possui-los em sua boca.
Sua língua era calma, ele não tinha pressa. Sugava o seio de Ashley fazendo a garota se contorcer, ele sorriu e desceu os beijos molhados pela sua barriga.
Ashley o empurrou de lado e se sentou na cama, levou suas mãos até a cueca boxer vermelha de Justin e puxou para baixo tirando do corpo dele. Sentiu sua intimidade úmida assim como suas mãos que soavam. Sempre ficava nervosa ao lado de Justin.
Foi com ele que ela teve sua primeira vez, foi com ele que ela se entregou completamente, foi para ele que ela confiou sua virgindade, e no fim isso gerou grandes problemas, mas dessa vez ela iria confiar em Justin, sentia que ele não a magoaria como antes.
Ashley sorriu para Justin, apoiou as mãos em seu peito e em seguida se sentou em seu colo, suas intimidades se encaixaram fazendo ambos gemerem. Justin deslizava as mãos pelas pernas de Ashley e segurou firme em sua cintura, a garota começou a movimentar o quadril tomando velocidade aos poucos. Ashley deitou o rosto no ombro de Justin e ele abraçou seu corpo, acariciava as costas dela enquanto aprofundava seus movimentos.
Justin deitou em cima de Ashley e aumentou o atrito entre seus quadris, enterrou o rosto no pescoço da garota e a encheu de beijos e mordidas.
- Eu te amo tanto. – ele murmurou em seu ouvido enquanto lançava os braços ao seu redor. Ashley segurou nos cabelos de Justin e sua outra mão apertou o ombro dele com firmeza sentindo uma sensação prazerosa se aproximar.
- Eu também te amo. – respondeu apertando seus braços em Justin da mesma maneira que ele fez ao chegarem a o orgasmo juntos.
...
Estavam no banheiro do quarto de Ashley, Justin passava todo minuto suas mãos no corpo da garota.
- Pare com isso. – ela falou tirando a mão boba de Justin do seu seio.
- Só estou te ajudando a tomar banho. – respondeu como se fosse a coisa mais simples do mundo, os dois riram.
Após algumas brincadeiras no banheiro, terminaram o banho. Justin estava sendo muito cuidado e fazia de tudo para deixar Ashley animada, ele sabia que ela não poderia ter pensamentos negativos, pois acabaria fazendo-a cometer besteiras novamente.
Ela foi até o closet e Justin permaneceu no quarto vestindo sua roupa de antes. Logo Ashley voltou usando um vestido preto.
- Por que preto? – perguntou ele.
- Eu gosto. – Ashley respondeu, fitando seus pés ao caminhar até a porta.
- Antes você costumava usar roupas mais coloridas – ele disse. – E eu gostava delas.
- As coisas mudam Justin. – ela sorriu de lado. Justin resolveu não falar mais nada, acompanhou Ashley até a cozinha já que foi convidado pela garota para tomar café da manhã.
Ao chegarem à cozinha, encontraram a família reunida, Hannah já sabia que Justin estava lá em cima e fez questão de avisar aos pais que nesse momento se encontravam tensos pelo que tinha ocorrido com a filha no dia anterior.
- Bom dia. – falou Justin animado, sendo respondido por todos. Ashley apenas sentou-se e pegou um pequeno recipiente de vidro, colocou salada de fruta. Já Justin pegava de tudo que tinha na mesa, o café da manhã estava realmente caprichoso.
A família conversava sobre diversos assuntos, sempre tentando cortar o clima tenso. Hannah contava sobre suas experiências na faculdade e também e quanto foi constrangedor quando chegou a seu quarto, e sua colega de quarto estava transando com o namorado em sua cama.
- Juro! – Hannah colocou a mão na barriga após rir muito. – Troquei todos os lençóis da cama, e a Cindy pediu desculpas por três dias seguidos.
- Que hilário. – Justin disse rindo. Ashley apenas dava alguns sorrisos.
Ashley estava com os ombros encolhidos, dava apenas alguns sorrisos. Enquanto todos comiam, ela fitava as pessoas ao seu redor, pois já havia terminado sua salada de frutas.
- Você só vai comer isso querida? – perguntou sua mãe.
- Estou satisfeita. – ela respondeu.
- Você nem comeu direito Ashley – Justin interrompeu. – Olhe que gostoso.
Justin pegou um pedaço da panqueca e enfiou na boca de Ashley obrigando-a a comer. Em vez de brigar, ela limpou a boca e começou a rir, em seguida pegando uma panqueca para si. Estava realmente muito bom.
Minutos depois Ashley estava devorando um pouco de tudo que tinha no café da manhã. Era engraçada a cara de satisfeita que ela fazia a cada mordida.
As horas se passaram rapidamente, após muita conversa Justin resolveu ir embora. Ashley o acompanhou até a porta.
- Foi muito bom ficar com você Ash. – Justin falou segurando a mão da garota e acariciando.
- Eu também gostei muito – ela falou e sorriu. – Obrigada.
- Você não tem que me agradecer – ele disse aproximando Ashley do seu corpo, segurou sua cintura. – É um prazer para mim está ao seu lado.
O sorriso no rosto de Ashley se alargou mais ainda, era incrível como Justin conseguia deixa-la feliz facilmente com apenas palavras sinceras. Ela segurou o rosto do garoto e aproximou suas bocas de forma desajeitada.
Justin lançou os braços por volta de sua garota e a apertou com força sentindo o seu cheiro entrar em suas narinas. Aprofundou o beijo sentindo suas línguas se tocarem. Justin segurou o cabelo de Ashley deixando o beijo ainda mais intenso.
Por falta de ar, afastaram com selinhos e sorriram um para o outro. Justin acariciou o rosto de Ashley.
- Amanhã passo aqui para irmos ao colégio juntos, pode ser? – ele perguntou.
- Pode sim. – ela respondeu e selou novamente seus lábios com o de Justin. Em seguida fechou a porta após ele ir embora.
Ashley voltou toda feliz para seu quarto. Deitou-se na cama onde teve momentos maravilhosos com Justin horas atrás e fechou os olhos sentindo o sono tomar conta de si novamente.
...
Era domingo a noite. Ashley se lembrara das atividades que não havia feito e correu até sua mochila pegando alguns livros e cadernos, voltou para a cama jogando tudo em cima. Seu pai apareceu na porta do quarto.
- Filha, eu, sua mãe e Hannah, iremos jantar fora, você não vai se vestir? – ele perguntou.
- Ah não posso ir pai, tenho muitos exercícios para fazer e são todos para amanhã. – respondeu.
- Tudo bem então, traremos seu jantar então ok?! – ele disse, caminhou até a filha e beijou sua testa.
- Tudo bem. – ela sorriu observando ele deixar seu quarto.
Ashley se lembrara da noite anterior onde teve uma conversa seria com seus pais, eles se sentiam muito culpados por tudo e pediram desculpas por deixarem as coisas chegarem a esse ponto. Ela os abraçou e disse o quanto amam eles e tudo ficou bem novamente.
Voltou novamente sua atenção para os livros e respondeu em seu caderno as respostas. Passaram-se mais ou menos 40 minutos, Ashley havia terminado suas atividades, mas seus pais ainda não tinham chegado e ela estava com muita fome.
Ligou a televisão para se distrair, odiava ficar sozinha em casa. Nenhum canal atrativo passava essa hora e isso a acabou distraindo para pensamentos negativos.
Sempre que Ashley ficava sozinha, ela sentia-se isolada, deprimente. Lembranças desagradáveis voltavam em sua mente e logo uma vontade absurda de cometer besteira lhe dominava. Sua mão tremia e ela não sabia o que fazer. Para sua sorte, seus pais chegaram e rapidamente ela foi para a cozinha jantar e afastar esses tipos de pensamentos de sua mente.
...
O dia amanheceu lindamente, os raios solares estavam bastante intensos tornando o dia mais agradável. Justin levantou-se cedo está manhã, tomou seu café da manhã com seus amigos e sua mãe. Ele já havia conversado sobre os problemas de Ashley com eles.
Ao sair, Christian o chamou.
- Posso te pedir uma coisa? – Chris perguntou.
- Pode sim, o que é?
- Já que você vai levar Ashley para o colégio, poderia me dar alguns minutos para que eu possa conversar rápido com ela? Apenas para poder pedir desculpas? – se percebia que isso era muito importante para ele, pois Chris sentia-se muito mal por tudo que fez. Bater em uma garota era algo que ele odiava, então sabia que não tinha agido da maneira correta e essa culpa estava lhe corroendo por dentro.
- Tudo bem. – disse Justin.
A moto de Justin já estava do lado de fora, Chris permaneceu perto da moto enquanto Justin foi chamar Ashley. Ao vê-la, selou seus lábios e a abraçou com força. De longe, Chris observava tudo e fingiu não ver essa cena, ainda lhe causava incômodos.
- Princesa, Chris quer falar com você. Ele está ali te esperando. – Justin disse, indicando o local com o olhar.
- Não sei se é uma boa ideia. – ela respondeu.
- Ei está tudo bem, não vai acontecer nada. – ele falou, selou seus lábios novamente com direito a uma mordida de leve dessa vez, ela sorriu.
- Ok então. – andou até Chris. Antes de Justin sair também, Hannah apareceu e murmurou um “Cuide dela”, ele assentiu.
- Ashley, eu sei que você deve está bem chateada comigo, mas queria que me desculpasse de verdade, me arrependo de tudo que fiz naquele dia, você não mereceu isso. – Christian falou.
Ela suspirou. – Eu também tenho culpa Chris, vamos esquecer o que passou, é melhor para todos. – ela disse e em seguida o abraçou.
Ele acenou e voltou para a casa enquanto Ashley foi até a garupa da moto e subiu, agarrando firme a cintura de Justin. Ele deu partida na moto, se sentindo muito feliz por ter sua garota agarrada em seu corpo.
POV. Ashley
Rapidamente chegamos ao colégio, Justin estacionou a moto e desci esperando por ele. Sua mão agarrou a minha, fiquei sem reação no começo, mas logo sorri e andei até a entrada do colégio.
As pessoas nos olhavam, Justin parecia nem ligar, mas eu me sentia incomodada. Sei que muitos já devem está sabendo da cena terrível que aconteceu no camarim e isso me deixa muito insegura.
Paramos perto do meu armário e coloquei alguns livros lá dentro. Justin fez o mesmo no seu que ficava próximo do meu. Assim que ele fechou, caminhou até mim com um sorriso no rosto. Ele imprensou meu corpo no armário com o seu, coloquei as mãos em seu ombro sentindo seus lábios que tinham gosto de menta.
Ele tentou aprofundar o beijo, mas interrompi.
- Tem gente olhando Justin. – falei rindo.
- Não me importo. – voltou a me agarrar. Comecei a rir mais ainda.
- Na sala de aula essa hora não tem ninguém. – sussurrei em seu ouvido e sai andando até nossa sala. Ele veio atrás de mim.
Assim que entramos, Justin me puxou colando nossos corpos. Segurou minha nuca e me beijou intensamente, sentia sua língua explorar minha boca com urgência. Seu corpo empurrava o meu lentamente até a mesa do professor, ele me sentou em cima e ficou entre minhas pernas.
Justin levantou um pouco minha blusa e tocou minha minhas costas, puxou meu corpo ainda mais para perto de si. Era tão gostoso estar em seus braços, por mim ficaria o dia inteiro em seus braços dessa forma.
Ouvi vozes e risadas, afastei meu rosto do de Justin e olhei para a porta vendo Megan entrar na sala com seu novo grupinho de amigas. Pelo seu olhar, percebi que ela odiou ver aquilo. Suas amiguinhas falaram coisas ofensivas para mim. Chamando-me de vadia e coisas piores.
Me encolhi e empurrei um pouco Justin para descer, ele pareceu não gostar nada daquilo. Olhou para as garotas e logo disse:
- Quem vocês pensam que são para falar assim?
Elas o fitaram, Megan revirou os olhos.
- Pare de ser estúpido Justin, vai ficar defendendo essa dai agora? – Megan falou com raiva.
- Estúpida é você garota, se toca que ele nunca te amou e nunca vai ser seu. – praticamente pulei da mesa e avancei nela, mas Justin me segurou antes que eu arrancasse aquele cabelo.
- É o que veremos. – falou sentando-se em seu lugar. Justin me apertou em si e falou para não ligar, segurei sua mão e andamos até nossos lugares. Logo o sinal tocou e os outros alunos chegaram.
As aulas se passavam lentamente e eu não conseguia me concentrar em nenhuma delas, estava muito difícil manter a atenção com tantos pensamentos em minha mente. Queria conversar com alguém, queria falar com Chloe, mas ela havia faltado.
- Você está bem meu amor? – Justin perguntou próximo ao meu ouvido, todos os alunos estavam conversando e fazendo bagunça, menos eu que fiquei estática encarando a mesa.
- Estou bem sim. – murmurei de volta e sorri para ele. Na verdade eu não estava não, mesmo estando bem novamente com todas as pessoas que amo, eu me sentia incomodada, chateada.
Em minha mente, eu conseguia me imaginar morrendo de várias maneiras. Fechei os olhos e coloquei a mão no rosto, eu precisava parar de pensar nisso e se talvez eu tomasse atitude primeiro, eu conseguiria parar com isso.
O sinal para o intervalo tocou, mas preferi permanecer na sala de aula e Justin me fez companhia, acompanhado dos seus beijos maravilhosos e viciantes, é claro.
...
Rapidamente a semana se passou, e infelizmente eu ainda continuava me sentindo muito mal. Eu conseguia esconder muito bem, mas sei que Hannah desconfiava, após saber dos meus problemas, sempre que ela conseguia, vinha me ver nas horas de folga da faculdade.
Resolvi abrir logo o jogo e pedir ajuda, não dava mais para conviver com isso. Reuni minha família e Justin estava junto comigo, contei o que estava sentindo, o que estava acontecendo e que precisava de ajuda. Minha mãe logo começou a chorar e me senti muito mal, meu pai ficou atordoado sem saber o que fazer e Justin pensativo.
- Precisamos leva-la ao médico e depois ao psicólogo, eles saberão o que fazer. – disse Hannah. Assenti e meu pai também, pegou o celular e caminhou para a cozinha, creio que ele fosse marcar a consulta.
Minha mãe saiu da sala indo até o banheiro e Hannah a acompanhou. Justin se aproximou de mim e logo me abraçou.
- Vai ficar tudo bem. – ele sussurrou em meu ouvido, e seguiu uma trilha de beijos pelo meu rosto até meus lábios. Segurei seu rosto e o beijei, eu não me cansava de fazer isso nunca.
Minha consulta seria no próximo dia, me arrumei cedo, na verdade mal consegui dormir. Desci as escadas indo até a cozinha e encontrando meus pais, minha mãe tinha os olhos inchados, eu odiava vê-la assim. Logo desceu Hannah e fomos para a clínica.
Eu estava passando mal, hospitais me davam agonia. Ainda mais agora em que o médico disse que eu precisaria ser internada para passar por uma serie de tratamentos, e o mais rápido possível.
...
Era segunda feira. Minhas coisas estavam prontas e apesar de passar a noite toda chorando, eu estava preparada para enfrentar isso. Hannah voltou para a faculdade, Justin iria faltar hoje no colégio para me acompanhar. Avistei-o sentado no sofá, ele parecia pensativo.
Logo fomos para a clínica, não ficava tão longe da minha casa. O caminho todo Justin foi abraçado comigo, ele estava sendo muito carinhoso e cuidadoso.
Ao chegarmos, lá estava novamente minha mãe chorando. Abracei para conforta-la e meu pai também.
- Sentirei muito sua falta, todos os dias. – Justin disse segurando meu rosto.
- São apenas alguns meses, passa rápido. – falei e selei seus lábios. Ele me abraçou com força.
Fomos avisados que eu poderia receber visitas nos finais de semana, para não atrapalhar o processo do meu tratamento.
Me despedi e segui a moça que estava encarregada com o meu medicamento. Ela me levou até o quarto em que eu ficaria e me entregou outra roupa. Agradeci e me troquei rapidamente. Ela entrou no quarto com os remédios que eu precisaria tomar, são antidepressivos.
...
No dia seguinte, assim que acordei e tomei um banho fui até o refeitório. Enquanto eu caminhava, sentia alguém me seguir, mas ao olhar para os lados, eu não encontrava ninguém.
O corredor estava completamente vazio.
- Que bom te reencontrar, Ashley. – falou alguém atrás de mim. Virei dando de cara com o Joe e pulei de susto.
- O que faz aqui? – perguntei com a voz falha, eu me afastava. – Pensei que você estava na cadeia.
- Pois é Ashley, em vez de está preso, foi constatado que tenho problemas psicológicos e preciso de ajuda. – ele sorriu maldoso, se aproximou. – Pena que é tão fácil de manipular essas pessoas.
Senti meu corpo inteiro tremer, era obvio que ele não tinha nada disso. Apenas inventou para não ser preso. Dei passos para trás e comecei a correr, eu precisava sair daqui.
- Onde pensa que vai? – perguntou segurando meu braço com força.
- Me solte! Eu vou gritar. – ameacei.
- Só depois que eu acabar com você. – falou tampando minha boca com um pano e me arrastando para algum lugar. Eu tentava gritar e me debatia para me soltar, mas ele era mais forte que eu.
Nós entramos em uma sala, eu não conseguia reconhecer onde era, tinha caixas por todos os lugares. Joe me jogou contra uma estante de ferro, bati com força as costas e cai no chão. Comecei a gritar.
- Eles não vão te ouvir bobinha. – falou se aproximando e puxando meus cabelos.
- Me solte, por que está fazendo isso? – comecei a chorar, eu estava desesperada.
- Cale essa boca. – bateu em seu rosto e me jogou novamente no chão.
Nos segundos em que ele abriu o zíper da calça e caminhou até mim, comecei a me afastar. Joe agarrou meu cabelo novamente e me joguei em cima de si mordendo seu braço com força. Cravei os dentes e não soltei por nada, ele começou a gritar e tentar se soltar, pressionei ainda mais a boca em sua pele sentindo um gosto de sangue.
- Pare com isso vadia. – gritou e balançou o braço. Segurei firme e mordi com mais força sentindo o sangue aumentar. Soltei e aproveitei da sua dor para da uma joelhada em seu membro. Ele se jogou no chão e se contorceu de dor.
Pulei sobre seu corpo e corri desesperadamente, abri a porta e sai gritando pelo corredor em busca de ajuda. Minha boca escorria o sangue de Joe.
As pessoas me olhavam sem entender, mas eram pacientes e eles não poderiam resolver nada, eu tinha medo de Joe aparecer e me pegar novamente. Continuei a correr.
Entrando em um corredor e outro, consegui chegar à recepção que não tinha ninguém no momento. Agarrei o telefone e me odiei por não ter decorado o número de ninguém além do meu.
Mas deixei meu celular com Justin, então ele poderia atender. Rapidamente disquei meu número e com a mão tremula, aproximei o telefone do ouvido, enxuguei as lágrimas que desciam.
- Alô? - atendeu com a voz confusa.
- Justin? Socorro. – falei com a voz falha.
- Ashley? É você? – ele perguntou desesperadamente.
- Preciso de sua ajuda – comecei a soluçar, não conseguia controlar meu choro.
- O que aconteceu meu amor? – perguntou com a voz preocupada.
– Me tira daqui agora, por favor.
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