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História Fixed - 6


Escrita por: ALouise

Notas do Autor


Olá, amores!
Desculpe por não postar na semana passada, mas não estava bem.
Espero que gostem desse cap.

Links das músicas e da playlist nas notas finais.

Bjão e ótima semana com muito amor!
=*

Capítulo 7 - 6


Fanfic / Fanfiction Fixed - 6

Quem Eu Sou - Sandy

 

Ryan e eu fomos juntos para a empresa. Chegamos com dez minutos de antecedência ao terceiro andar. A secretária pediu para que esperássemos em um dos sofás.

- É bonito. – Murmurei.

- E grande. Olhe o tamanho das portas. – Comentou Ryan e eu concordei. Havia três grandes portas em cor escura. Duas delas tinham placas. Hayley Warner e Gemma Styles. O elevador se abriu e vimos Gemma e Hayley chegando. Nos levantamos quase num salto.

- Hey! Bom dia! – Desejou Gemma.

- Bom dia! – Falou Hayley e nós as respondemos – Bom, esta é Britney, nossa secretária. – Acenamos para a loira madura com sorriso simpático – Vamos até a minha sala que explicaremos a vocês onde irão ficar e mais algumas coisas.

 

Hayley e Gemma explicaram sobre o trabalho em si, a política da empresa e as normas. Também disseram que gostam de sugestões, que não precisaríamos de uma vestimenta totalmente social nos dias normais de trabalho, mas nada de nos descuidarmos; ficaria ao nosso critério. E eu sabia que Mike teria que me ajudar e muito nas compras quando recebesse meu primeiro salário. Gemma falou que algumas vezes aconteciam eventos nos quais a formalidade era necessária e que seríamos avisados com antecedência.

- Ok. Ryan, vou levar você até a sala dos programadores. Vocês estão em dois agora. Sei que vai se dar bem com o Pierre. Vamos? – Ele assentiu, sibilou para mim um “Te vejo no almoço” e saiu com Hayley. Gemma me olhou com um meio sorriso.

- Certo, Ariane. Ahm... Vou mostrar a sua sala.

 

Era a porta sem placa. A sala era enorme e com muito espaço. Havia duas mesas em formato L com computadores, blocos de nota e canetas dentro de uma lata enfeitada em vermelho e branco. As grandes janelas mostravam a cidade em movimento.

- Gostou?

- É linda! – Disse um tanto anestesiada com tudo isso. Havia também alguns armários menores e cabideiro em um dos cantos. Era mais do que um dia imaginei. Encontrei Gemma no meu centro de visão e tinha um pequeno sorriso. Acredito que eu estava com uma cara de boba e tentei concertar – Ahm... Eu vou ter companhia, não é?

- Sim. – Isso será muito bom! – Ainda estamos entrevistando pessoas. Então, por enquanto, a sala é toda sua. Você pode decorar a mesa como quiser, trazendo fotos de família, de namorado... Enfim, como desejar.

- Obrigada.

- Vou te mostrar o sistema em que trabalhamos aqui.

 

Gemma me mostrou como funcionava o sistema e para a minha alegria eu entendi o básico rapidamente. Ela me disse que estava a disposição, caso precisasse de algo e que estaria em sua sala. Assim que saiu, me atrevi a ir até a janela. Era alto, mas lindo. Me trazia uma sensação boa de liberdade. Uma liberdade que nunca havia sentido antes.

 

 

~#UmPoucoMaisDeUmMêsDepois~

 

 

Estávamos no Outono e Londres me parecia ainda mais linda com as folhas das árvores caídas no chão. Eu não tinha sentido um Inverno tão rigoroso quando vim no início do ano, mas definitivamente eu podia afirmar que minha estação favorita aqui é o Outono.

No trabalho tudo corria bem. Gemma e Hayley contrataram mais uma pessoa para a parte de revisão. Catlyn Walsh, uma linda ruiva irlandesa, muito agradável e muito bem casada, como ela mesma gosta de dizer. Todas nós estávamos nos dando bem.

Gemma nos chamou para sair uma vez. Catlyn teve que ficar cuidando do filho de 6 anos que estava doente e Hayley saiu com o namorado. Acabamos por ir apenas nós duas a um pub um pouco mais requintado do que eu imaginava... E eu estava nos meus jeans surrados e minha camisa meia estação, além de um casaco antigo, mas ela pareceu não se importar. Foi gostoso, conversamos com mais liberdade.

 

*Flash Back ON*

 

- Mas me fale de você. – Ela me indicou com o copo.

- Sobre o quê, exatamente?

- Sobre o que quiser falar.

- Bom, eu gosto de assistir um pouco tevê antes de dormir, de ler, cozinhar, ahm... De conversar com o Mike, Evan e o Ryan...

- E algum deles... – Subiu a sobrancelha com sorrisinho insinuando algo.

- Ah, não. – Eu ri – Mike é gay. Evan é um bom amigo, mas só. E Ryan...

- Também é gay. – Apenas a olhei. Eu sabia que ela não tinha preconceitos, mas não era um assunto meu para que pudesse tocar. Nem sabia se Ryan gostaria disso. Ela sorriu – Não precisa ficar com essa cara assustada. Ele me contou.

- Ah. – Ufa!

- Me disse que precisava ser sincero e que, caso Hay ou eu tivéssemos algum problema com isso, ele entenderia. – Riu novamente – Acho que ele nunca tinha ouvido falar de mim.

- Não mesmo. – Murmurei. Quando Mike e eu falamos sobre Gemma com ele, não tinha ideia de quem era. Apenas falava “Só sei que ela é minha chefe” e Mike disse a ele “Em que porra de mundo você vive?!”. Ele respondeu “Eu ouço Rock dos anos 70/80, baby. Não entendo praticamente nada de Pop”. Gemma me olhou por um tempo e sorriu.

- Mas você já, não é?

- Ah... Sim. Eu sempre li seu blog. – E isso era verdade. Era uma maneira que tinha de treinar o inglês e sempre gostei da maneira que Gemma se expressa sobre o que pensa. É autêntica.

- Verdade? E por que não me disse isso na entrevista?

- Para não parecer que estava puxando o seu saco. – Ela gargalhou.

- É... Isso seria bem verdade. Mas... Você sabe sobre meu irmão, a banda e etc.

- Sei. Mas não era conveniente falar sobre isso. Eu estava ali por outro assunto. Era por mim e pelo que eu desejo... E ainda é. – Afirmei e ela me olhou com mais atenção, mantendo um sorriso leve nos lábios.

- Sabe... Você foi uma das poucas pessoas que entrevistamos que não comentou sobre meu irmão, a banda ou minha família. A maioria das pessoas já perguntava de Harry, mandavam beijos, pediam fotos ou que ele lance logo o próximo CD. – Rolou os olhos e eu ri – Isso enche o saco!

- Eu imagino, Gemma.

- Me chame de Gem. Sim?

- Vou tentar, Gem. – Piscou sorridente – Deve ser estranho ter a vida vigiada por tanta gente.

- Sim. Mas no meu caso ainda é menos do que com Harry e todos os outros da banda. Eles sim não têm realmente liberdade. – Suspirou pensativa – Mas me fale, Ariane, o que mais gosta de fazer aqui? – Sorri.

- Pode me chamar de Aria. – Ela assentiu – Sabe, gosto de ir ao Oakley Square Gardens sozinha nos fins de semana. Eu sento em um dos bancos e fico observando as árvores, as pessoas e pensando.

- Em alguém especial?

- Vários “alguéns”. – Nós rimos – Meus pais, minha irmã, minha sobrinha...

- Você tem uma sobrinha? – Seus olhos brilharam – Como se chama? Quantos anos ela tem?

- Se chama Ana Luz e tem 1 ano.

- Ana Luz. – Seu sotaque me fez sorrir – Que nome lindo! Ah, me fale dela, por favor?! Eu amo crianças!

 

*Flash Back OFF*

 

 

E relembrar essa conversa estava me deixando um pouco triste... Por lembrar de minha família... Ainda mais hoje.

 

- Está tudo bem, Ariane? –Perguntou Catlyn.

- Está sim. Eu só... Estou um pouco cansada. – Tirei os óculos por um momento para esfregar o rosto.

- Hoje é sexta-feira. Pense que pode sair e se divertir um pouco mais tarde. E as ruas já estão em polvorosa pela chegada do Halloween. – Sorri mesmo sem vontade.

- É a primeira vez que vou comemorar o Halloween.

- Sério? – Ela se surpreendeu.

- Sim. No Brasil não é uma data tão comemorada. Foi de alguns anos para cá que as pessoas se importaram mais. – Hayley entrou na sala interrompendo a conversa.

- Não vão sair para o café?

- Nossa, eu nem percebi. – Catlyn comentou.

- Nem eu.

- Então, vamos. Gemma saiu rapidinho para pegar o presente que havia encomendado para a mãe dela. É aniversário da Anne hoje.

- Ah, que legal! – Comentou minha colega de sala.

- Sim. Ela vai para a casa da mãe depois do trabalho para comemorarem. Acredito que Harry também vá. Desde que Robin se foi eles passam essas datas especiais juntos sempre que podem. – Explicou Hayley.

- E quem não gosta de passar o aniversário ao lado da família, não é?! – Falou Catlyn e nós concordamos.

- Então, vamos?

- Ahm... Hayley, vá você e Catlyn na frente. Eu já encontro vocês.

- Tudo bem. – E se foram. Peguei meu celular e abri uma foto na qual meus pais, Gui, Ju, Ana Luz e eu estávamos juntos. Meu peito estava tão apertado de saudade que sentia medo de desmoronar perto de alguém. Abri a mensagem que recebi logo que cheguei ao trabalho de manhã.

 

“Hoje é o dia de uma das pessoas mais lindas desse mundo!

Gostaria de te dar um abraço como aqueles que sempre damos em datas como essa....

Sinto muito, muito, muito a sua falta, minha irmã... Todos os dias. Mas hoje é especial.

Que você tenha mais saúde, mais alegrias e tudo de lindo que o mundo pode oferecer.

Gui manda um puxão de cabelo e Luz várias dúzias de sorrisos e beijos.

Feliz aniversário, minha linda!

Te amo! <3”

 

Respirei fundo para controlar tudo o que sentia e guardei o celular no bolso antes de seguir as meninas.

 

~~~Fixed~~~

Batlle – Colbie Caillat

 

À noite vi as mensagens dos meus amigos e meus pais me ligaram com ajuda de um primo meu. Achei que havia chorado toda a água do meu corpo depois que desliguei o telefone. Mas chorei de novo quando Sam me ligou. Sobre a ligação da minha irmã, então... Eles compraram um pequeno cupcake e colocaram uma velinha. A minha Luz cantou “Parabéns” a sua maneira, bateu palmas, riu e assoprou a velinha para mim. E eu desejei dar um abraço apertado naquela menina linda.

Eu sabia que estava aqui por um bom motivo... Só que desligar o telefone e olhar aquela casa vazia me doía como nunca havia doído. E eu imaginei pela primeira vez como seria o meu Natal. Eu só queria um abraço... Era tudo o que desejava.

Ouvi batidas na porta e respirei fundo antes de abrir, tentando em vão dar um jeito nos meus olhos lacrimejantes e inchados. Evan estava com um pequeno sorriso quando me olhou, mas logo mudou a feição.

- O que aconteceu? – E eu chorei aos soluços de novo. Parece que quando você está triste e quer chorar, basta alguém perguntar “o que aconteceu?” para as comportas se abrirem e não quererem fechar mais. Senti seus braços me envolverem e eu o abracei como faria com minha irmã; como se, por um momento que seja eu pudesse senti-la mais perto de mim – Aria... Meu Deus! O que houve? – Ouvi a porta se fechar e senti que sentamos no sofá – Céus, minha linda! – E eu chorei ainda mais... É como minha irmã sempre me chama, mas em português. Eu sentia tanta saudade, tanta! – Aria... Tenta se acalmar para me contar o que aconteceu, tudo bem? – Solucei sem responder e ele retirou meus óculos – Quer que eu pegue água pra você? – Neguei com a cabeça – Ok. Posso... Ficar abraçado com você... Até se acalmar? – Assenti e ele afagou as minhas costas com carinho e ficou em silêncio até que eu me acalmasse – Quer um pouco de água agora?

- Sim. – Murmurei. Ele foi buscar no balcão e me entregou o copo – Obrigada.

- Você... Quer conversar? – Terminei de tomar a água devagar e suspirei.

- Hoje... É meu aniversário.

- Sério? – Seu rosto se coloriu em rosa – E-eu não sabia. Me desculpe, Aria. Pego tanto prontuário de aluno que...

- Tudo bem, Eve. Eu só... É a primeira vez que não tenho ninguém da minha família por perto em uma data assim e... Eu não sei. – Meus olhos marejavam novamente e sua mão afagou minhas costas com carinho.

- Eu entendo. Já passei alguns aniversários assim. A gente se sente... Vazio. Completamente sozinho. – Assenti. Era como me sentia.

- Faz tempo que você mora aqui?

- Doze anos. E em datas como essa eu fazia o mesmo que você. Chorava sozinho no dormitório. Conforme o tempo passou, eu vi que tinha que seguir adiante e quando me fixei no emprego consegui deixar datas certas para viajar e ver meus pais e o restante da família.

- Sua família é grande?

- Sim. – Sorriu – Somos em quatro irmãos. – Pegou seu celular e abriu uma foto com várias pessoas. Enquanto falava, indicava com o dedo – Linda tem 32 anos, Hannah tem 26 anos e Dylan tem 16 anos. E esses são meus pais, Bárbara e Martin.

- Sua família é linda.

- Obrigado. – Peguei meu celular e mostrei a minha para ele.

- Essa é minha irmã Julia, meu cunhado Guilherme, minha sobrinha Ana Luz, meu pai Vicente e minha mãe Ana Luiza.

- Sua família também é linda! – Sorri em agradecimento – E eles não iriam gostar de te ver triste.

- Eu sei que não. – Suspirei.

- Nós podemos comemorar. – Sugeriu.

- Obrigada, Eve. Mas não estou com a mínima vontade de sair de casa.

- Se você quiser, pode ser aqui mesmo com um filme, umas pizzas. O que acha? – Bateram na porta novamente antes que pudesse responder – Estava esperando alguém?

- Não. – Fui atender e Mike entrou com tudo, enquanto Ryan vinha devagar.

- Right e eu vimos que vão passar vários filmes de comédia naquele canal que só passa filmes e... – Ele parou ao notar Eve sentado no sofá – Eu estraguei alguma coisa?

- Não! Não. Eu vim chamar a Aria para dar uma volta e a encontrei chorando, então...

- Oum! – Me abraçou – Meu docinho, o que aconteceu? Fizeram alguma coisa no trabalho? Right por que você não fez nada? – Falou raivoso.

- E-eu nem sabia! Trabalho no andar de baixo. – Me olhou preocupado.

- Não aconteceu nada no trabalho. – Falei.

- Então o que houve, docinho?

- É aniversário dela. – Entregou Eve.

- Hoje? – O casal perguntou ao mesmo tempo e eu concordei.

- Ahhhhhh! Parabéns, meu amor! Muito sexo na sua vida!

- Baby, isso é jeito de dar os Parabéns?

- Claro que é, Right! Quando se deseja sexo para uma pessoa automaticamente se deseja amor, alegrias, felicidade e tudo de melhor que se pode sentir. Tô mentindo?

- Mike, pelo amor de Deus! – Eve estava muito sem jeito. Eu também, apesar de ter achado engraçado.

- Olha, o que ele disse tem muito nexo, cara. Não vou negar! – Ryan o apoiou e pediu para me abraçar – Parabéns, Aria! Desejo o melhor para você, sempre!

- Obrigada, Ryan. Obrigada, Mike. – Olhei para os homens que estavam em minha sala e sorri de verdade – É muito bom ter vocês comigo, em minha vida. E espero ter sempre.

- E vai ter, docinho. Sempre! – Beijou meus cabelos – Agora vamos para a minha casa que vou comprar pizzas, bolo, sorvete... Tudo que você tem direito para ficar feliz! Em casa eu tenho puffs e vamos maratonar muitos filmes. – Sorri concordando.

- Tudo bem.

 

Eve comprou um bolo de morango, já que perguntou o meu gosto e eu avisei sobre minha alergia a chocolate e camarão. Mike ficou com as pizzas e Ryan com o sorvete. Não me deixaram pagar nada porque tudo foi presente de aniversário. Mike tirou uma foto nossa em meio aos puffs, edredons e comidas. O dia começou tristonho, mas a noite terminou com muita risada e em ótimas companhias.


Notas Finais




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