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História Flames In The Heart. - Quadragésimo sétimo.


Escrita por: xwanyag

Notas do Autor


hello; desculpem o atraso.

Capítulo 47 - Quadragésimo sétimo.


— Mark? E então, o que deu? — a voz de Jackson soara ansiosa ao outro lado da linha, o que acabou causando o riso do loiro, que escutava-o. Mark ouviu o namorado resmungar algo baixinho e suspirou, fixando o olhar na parede a sua frente.

— O que você acha? — fez o possível para forçar o desânimo na voz, soltando um falso muxuxo.

— Não sei, por isso estou perguntando. — ele franziu as sombrancelhas diante a resposta mal educada, desviando o olhar para o advogado que passava ao seu lado. Devolveu o sorriso cordialmente. — Mark? Diz logo!

— Calma, Jackson. — riu baixo, encarando agora, pelo canto dos olhos, Yujin, que saía pisando firme da sala jurídica. Novamente, o resmungo impaciente o trouxe de volta a ligação. — Você já tomou os remédios?

Desviou o assunto, sorridente. O grunhido baixo que rompeu a linha telefônica fora o bastante para fazê-lo rir. Passasse o tempo que fosse, irritar Jackson sempre seria sua tarefa favorita. Podia até imaginá-lo com as bochechas inchadas e os olhos revoltosos.

— Já, Mark, já. — o chinês bufou e o Tuan pôde imaginá-lo revirando os olhos, como costumava fazer.

— Já comeu? Eu deixei o almoço sobre o fogão para você. — novamente, Jackson murmurou algo em concordância, ainda com a voz impaciente. Tuan sorriu. — Não está fazendo esforço algum, não é?

— Não, Mark! Me conta logo, que coisa chata. — o americano sorriu, não conseguindo conter o riso que escapou-lhe. Ouviu o noivo xingar. — Você faz de propósito, não fez?

— Eu já disse, adoro vê-lo irritado. — sorriu ao falar, sentando-se em uma das cadeiras dispostas próxima a recepção. Yujin estava à alguns metros mais longe. Mark agradeceu por ela não ter ido ali perturbar-lhe como havia feito mais cedo.

— Você é um idiota. — Jackson murmurou, resmungão. Mark voltou a sorrir. — Vai me contar ou não?

— Não deveria pelo xingamento. — murmurou, risonho. — Mas, irei sim.

— E então? — a ansiedade havia voltado a voz do mais novo. Tuan suspirou.

— Claire é pequena, Jackson. O juiz acha melhor fazer com que ela permaneça com a mãe. Está era uma decisão dele até há alguns minutos atrás. Todavia, o que Keith disse fora quase que o ponto, o que eu precisava. — Mark sorriu, embora por dentro, temesse que a decisão do juiz não houvesse mudado. — Ele fez uma pausa curta para a decisão e toda aquela baboseira. Então, eu tenho que esperar.

— O que Keith disse? — Jackson agora, mostrava-se curioso. Minutos depois, soltou um resmungo choroso. — Queria estar aí.

— Você precisa melhorar, meu anjo. — Mark sorriu ao falar, estalando a língua no céu da boca. — Keith algumas coisas que pesaram, sabe? Ela disse que Yujin não dá a atenção necessária para Claire e que em uma outra época, deixava-a por conta própria.

— Que horror! — Jackson resmungou, parecia indignado. — Diante essa acusação, eu como juiz, não pensaria duas vezes ao te dar a guarda. Mas, burocracias...merdas. Amor, vai dar tudo certo.

— Acredito em você. — Mark sorriu ao falar. O advogado chamou-o, fazendo com que o loiro suspirasse. — Tenho que desligar, amor. Se cuida, uhh? Amo-te! Já já irei embora.

— Tá bom. — a voz alheia soou desanimada. Tuan sorriu como tal. — Traz comida. Te amo, até!

Mark disse mais algumas palavras, encerrando a ligação a seguir. Guardou o celular no bolso, caminhando até estar perto do advogado. Hoseok era um amigo antigo seu, conhecera-o quando ainda morava em Los Angeles e ainda curtia as festas da faculdade. Não diria que tiveram um caso, não fora bem aquilo. Ficaram juntos em uma festa, mas só. Trocaram alguns beijinhos, carícias rápidas, mas somente. Não era bem um caso. Ele não queria pensar no quão inseguro Jackson ficaria caso descobrisse tal história. O mais novo podia ser bastante ciumento quando "ameaçado".

— Não está tão complicado para nós agora. — Hoseok murmurou em seu tom profissional. Mark acenou, encarando-o. Era um rapaz bonito. A pele era clara, olhos pequenos e puxados. Tinha belos traços e possuía alguns centímetros e massa muscular a mais do que Mark. — Descobriu tarde ser pai?

— Há alguns meses atrás. — Tuan sorriu ao falar, ppassando as mãos nas madeixas lisas. — Porém, só consegui vir agora. Claire é um amor de garota.

— Imagino. — o platinado concordou, exibindo uma fileira de dentes brancos ao falar. — Mais alguns minutos e teremos a resposta.

— Confesso estar nervoso. — ele admitiu em um suspiro, passando as mãos pelos braços. Mark pensava no quanto se decepcionaria e o quão decepcionado Jackson ficaria caso não conseguissem. — Embora, confiante.

— É algo relativo, tipo o tempo. Não podemos afirmar muita coisa, mas, quase tudo está a nosso favor. — Hoseok sorriu novamente. O olhar pousou sobre a mão do Tuan, que apertavam uma na outra. — Você está noivo?

— Ah. — Mark sorriu sem graça, concordando. — Tem alguns dias.

— Quem é a sortuda? — a pergunta soou curiosa. Mark limpou a garganta, piscando rapidamente. Estava estranhamente sem jeito.

— Não, não é sortuda. — ditou baixo, os olhos rodando a sala inquieto. — No caso, seria sortudo, é um rapaz.

— Oh! — o Shin mostrava-se surpreso. Mark sorriu, ainda sem graça. — Parabéns. Imagino que você esteja feliz, não? Estão juntos há muito tempo?

— Estou sim. — Tuan sorriu ao falar, colocando as mãos nos bolsos. Hoseok acompanhou seus movimentos. — Há bastante tempo. Eu sou horrível com datas, você sabe.

— Sim, lembro-me bem. — o platinado sorriu, encostando-se na parede ao lado. As mãos adentraram os bolsos da calça cinza. — Você sempre esquecia de datas comemorativas, inclusive, do próprio aniversário.

— Aquilo foi algo inusitado. — o americano sorriu ao falar, encarando o relógio pregado à parede. Yujin estava mais ao canto, falando ao telefone. Todavia, o olhar mantinha-se em Mark, que retribuía com um pesaroso. — Não aconteceu novamente, acredite.

— Yujin ainda gosta de você. — a fala fora espontânea, pegando o americano totalmente de surpresa. As sombrancelhas arquearam-se. — Ela te olha com admiração, todavia, há algo a mais. Você confia nela?

— A resposta é óbvia, Hoseok. Eu não confiaria nela novamente, nem se ela fizesse por onde, imagina assim. 

— Você foi à delegacia esses dias. Aconteceu algo?

— Jackson sofreu agressões, fui prestar uma queixa. — ditou baixo. Yujin ainda tinha o olhar em sua direção. — Mas, não resolveram muito, meu namorado não lembra nada dos caras.

— Assalto? — Tuan negou. Hoseok estalou a língua, encarando a moça que chamava-o mais ao lado. — Ao que parece, já temos um veredito. 

Caminharam juntos para dentro da sala outra vez e após quinze minutos, onde o júri e o juiz ficaram conversando algo baixo, este último levantou-se e pediu pelo silêncio. Keith encontrava-se mais ao lado, apreensiva. Yujin mantinha a expressão fechada, todavia, parecia prestes a explodir em uma raiva contida. Hoseok, o advogado, encontrava-se ao lado do Tuan, que mantinha os braços cruzados e a expressão apreensiva. O silêncio pairou na sala durante bons minutos, sendo interrompido apenas pelo toque da caneta contra o papel.

Mark mordeu o lábio inferior, apreensivo. Sentia-se estranho. Parecia que algo não o conformaria. Temia a resposta, todavia, a ansiava. E se não pudesse ter a guarda da pequena? Como seria? Teria de se afastar novamente e deixar que ela vivesse mais anos longe de si? Visitas mensais? E o convívio? O carinho? A distância seria um problema e tanto. Sem contar que, já encontrava-se totalmente apegado a pequena. A amava tanto, tanto. Talvez, fosse todo o amor acumulado. Houveram as vontades. Talvez, ele já existisse fazia um tempo.

— Sr. Tuan? — a voz do juiz soara baixa, todavia audível. Mark encarou-o, dando total atenção. — Pode me dizer novamente o motivo que levou-o a demorar tanto para conhecer a criança?

— Yujin e eu terminamos de uma forma diferente. Estavam a um passo do casamento, literalmente e ela simplesmente desistiu. Eu não a procurei para saber de nada, estava magoado. Portanto, não sabia que ela esperava um filho meu. — o loiro fez uma pausa, inspirando profundamente. — A notícia veio há uns dois meses atrás, quando ela mesma resolveu que era a hora de me avisar. Quase, dois anos depois.

— Senhorita Yujin? — a mulher resmungou algo baixo, desviando o olhar para o juiz. — Por quê demorou tanto tempo para dizer ao Tuan que ele seria pai?

— Eu pensei que não houvesse porque ele saber. Eu havia largado-o no altar, para quê avisar? Sem contar que, eu se quer desejava a criança. Mas, a mantive. Claire veio-me como uma fonte de me redimir. — Yujin ajeitou os cabelos, cruzando as pernas. — Não adiantou tanto, visando que Mark seguiu em frente.

A mulher pensava alto, não parecia mais estar respondendo o juiz. O dito cujo, cruzou os braços sobre a bancada, encarando-a com interesse e curiosidade. O júri e os demais faziam o mesmo. Yujin voltou a falar pouco depois, não parecendo perceber que o fazia:

— Uma semana após eu largar Mark no altar, eu descobri a gravidez. Já havia me arrependido naquela época de tê-lo largado, mas, decidi que não o avisaria sobre a pirralha. Há uns meses atrás, eu li num artigo empresarial uma matéria sobre ele e algo em mim reacendeu. — a morena sorriu, enrolando uma mecha de cabelos nos dedos. O olhar voltou-se a Mark, que mostrava-se inexpressivo. — Então, eu o avisei. Falei que tivemos um filho, não disse o sexo. Eu sabia que Mark, sendo como era, viria até mim. Demorou alguns meses? Sim, mas ele veio.

— Então, se a matéria não existisse, ele nunca saberia que tiveram uma filha? A menina cresceria sem saber quem era o pai, como era ou o por que de não o conhecer?

— Talvez eu contasse quando ela estivesse maior. — Yujin deu de ombros, ainda com o mesmo sorriso. Havia um brilho excitado em seu olhar. — Claire tem a mim, não precisa de Mark. Precisaria caso estivéssemos juntos.

— Isso quer dizer quê? — a voz do juiz era calma. Incitava a mulher a fala quando nem ela percebia que o fazia.

— Mark teria uma relação com Claire caso estivéssemos juntos. Simples.

— Você acha que o estado emocional da menor, será o mesmo caso ela tenha um pai, aparentemente ausente?

— Não sei. Eu não posso afirmar nada. Mas, eu li em algum lugar que os filhos tem de ficar com suas mães. — o sorriso havia sumido dos lábios da mulher e a expressão agora, era visivelmente perdida. — Claire tem quase dois anos e está comigo desde o nascimento. O que você acha que ela pensará caso não tenha a mãe?

— Não foi a senhora que a largou em uma noite, sozinha? — a pergunta soou firme, repreensiva, séria.

— Foi uma necessidade. — pontuou com um dar de ombros, exasperada. — Eu precisava sair e não tinha com quem deixá-la.

— E hoje em dia, a senhora repetiria tal coisa se houvesse outra necessidade?

— Sim, faria. Ela já está grande, não? — Yujin sorriu outra vez. — Não! Eu sei o que estão fazendo! Vocês estão colocando coisas...palavras em minha boca!

Mark piscou desacreditado diante o ataque de fúria da mulher, que levantou-se rapidamente e encaminhou-se até estar próximo a catraca que separava a ala do juiz. Um policial a segurou enquanto Yujin debatia-se. Seus olhos eram raivosos, mil e uma sensações percorrendo seus poros e nenhuma coerente. Mark notou-a alterada e não fora bem o único. Hoseok ao seu lado parecia mais assustado do que desacreditado.

— Chega, senhora! — o juiz respirou profundamente, encarando os presentes, o martelo fora batido e Mark ouviu as palavras que fizeram com que seu coração acelerasse prontamente. Ficou sem reação.

***

— Jackson! — Tuan repreendeu o namorado ao entrar o apartamento e vê-lo em pé. O chinês, que até então tinha a atenção voltada ao pote de sorvete que comia, saltou assustado. Os olhos arregalaram-se e a boca abriu-se, consecutivamente, tossiu. — Você está comendo sorvete quando deveria estar almoçando, Jackson?

O acastanhado arqueou as sombrancelhas, emburrado. Os passos que dera até estar próximo ao namorado foram mais longos e dificultos do que o normal. Tuan sorriu, abraçando apertado. Não deixou que o chinês revidasse com alguma fala mal-educada e menos ainda que pensasse demais ao juntar os lábios aos dele, suspendendo-o pela cintura ao que sentava-se no sofá, ajeitando-o em seu colo.

Jackson retribuiu o ato surpreso, levando as mãos aos cabelos do americano, que tocava sua face em um acariciar bom. Sentia falta do namorado, uma imensa. Mesmo que dormissem agarradinhos, trocassem sutis carícias e perdessem horas conversando, Jackson sentia falta dele. Desde que sofrera as agressões e que tivera de ir à delegacia, que Mark havia tornado-se mais protetor e por mais que gostasse, não era bem e totalmente bom. Era ruim admitir, mas acabava por tornar-se ruim.

Quando o ar se fez necessário, Jackson plantou um beijinho casto sobre o emaranhado de fios loiros do mais velho, prendendo-o em um abraço. Mark retribuiu o ato, sorridente como estava. A expressão entregava-no completamente e ele sabia que não tardaria para que Jackson percebesse ou questionasse o motivo de tanta alegria. Suspirou ao abraçar a cintura do acastanhado, beijando-o nas bochechas.

— Como foi? — a pergunta soou baixa, curiosa. Tuan sorriu, tocando a face alheia. 

— Eu ganhei a causa, Jackson.

— Isso significa quê?

— A guarda da Claire é minha, amor.

Jackson sorriu largo, voltando a colar os lábios aos do namorado. De repente, fora como se um enorme peso saísse de cima de seus ombros. Agora, já podia respirar aliviado. Segurou o rosto do Tuan, fazendo carícia nas bochechas salientes enquanto distribuía beijos sobre os lábios rosados. Estava tudo bem agora.


Notas Finais


desculpem aa


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