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História Flashbacks 2 - O namorado da tia


Escrita por: A_John

Notas do Autor


Há muito tempo que não posto nada sobre Flashback. E como eu sei como é você ler um capítulo de uma história que faz tempo que não é atualizada, vou ajudar recordando com um breve resumo:
Em Flashback, Lexa é intersexual. Casou-se com Clarke e tiveram 3 filhos: Aden, Eliza (Gip) e Madi.
Katherina (Costia) surgiu na metade da história, intrigando todos com sua filha Alycia (por ser a menor muito parecida com Lexa). Em um capítulo aleatório (aprendendo a perdoar) Lexa descreve a Jake (seu sogro a qual não se davam muito bem até aquele momento) que Katherina havia se casado com Luna (prima de Lexa).
Ao fim de tudo, Lexa descobre que sua mãe teve um breve caso com Gustus e isso explica o fato de Alycia ser tão parecida com ela, pois são filhas do mesmo pai.
Raven e Octávia se casaram também e tiveram duas filhas: Lindsey e Marie.
Abby e Kane são casados.
Ania é irmã adotiva de Lexa. Ela casou-se com Lincoln (um excelente chefe de cozinha) e teve dois filhos. Gêmeos. Rick e Dominic.

Ademais, desejo a todos(as) uma excelente leitura e que venhamos a nos divertir e nos emocionar com mais uma história escrita com total dedicação para o deleite de vocês.

Capítulo 1 - O namorado da tia


Fanfic / Fanfiction Flashbacks 2 - O namorado da tia

LEXA’S POV

Sexta-feira.

Feriado.

Uma árdua missão: Caçar mais ovos de páscoa que a equipe inimiga.

Quer coisa melhor?

O tempo havia passado rapidamente, mas algo que nós os Griffin-Woods sempre prezávamos era a união em família. Sim. Família sempre foi pauta importante para mim e Clarke. Desde pequenos, nossos filhos Aden, Eliza e Madisson, aprenderam a valorizar aquilo que não se pode estimar valor: família, amigos, amor...

As tradições de família fortaleciam os laços fraternos, tanto entre nós cinco, como entre nossos amigos e parentes.

E foi assim que a caça aos ovos de páscoa tornou-se uma dentre as preferidas tradições dos Griffin-Woods.

Uma vez ao ano, pelo menos, destinávamos um final de semana longe do estresse da cidade grande, acompanhado do delicioso silêncio da floresta, tudo em uma cabana sofisticada à beira de um lago que espelhava a montanha, amigos e muitas risadas ao lado das pessoas que mais amamos e muito, mas muito chocolate, é claro.

Madi ainda era bebê de colo quando a ideia do final de semana de caçada aos ovos surgiu. Não era preciso enfatizar que as crianças adoravam passar os finais de semana pescando, comendo marshmallows ao redor da fogueira numa noite estrelada ou caçando. Mas caçar ovos de páscoa nunca foi tão divertido quando Gustus incrementou a disputa com um jogo para bem entreter a criançada. E definitivamente não só as crianças, mas os adultos também.

Inicialmente, ajudávamos as crianças ensinando-as orientação por bússola e mapas da região, caçando os ovos que propositalmente Clarke e Octávia escondiam. Era uma verdadeira farra quando todos se reuniam ao final da “caçada” para contar os ovos de chocolate, abri-los e comê-los ouvindo as piadas da Raven ou histórias que fascinavam tanto aos pequenos quanto aos grandes.

E como tudo na vida passa, o tempo também fez seu trabalho. As crianças haviam crescido, algumas coisas haviam mudado, mas a tradição continuou. Porque a final de contas, tradição é tradição.

É algo de família.

E família?

Bem, família é sagrado.

E chocolates também são.

 

- Walk talks?

- Sintonizados.

- Armas e munições?

- Carregadas e prontas para uso.

- Colete balístico?

- Ajustado.

- Todos coloquem no canal 5, ok? Não quero ninguém perdido no meio do mato! – Finalizei dando instruções a minha pequena equipe. – Esperem meu sinal, vou pegar as cartas de orientação com Clarke.

Certamente não era nenhuma missão perigosa, mas era feriadão de páscoa e como eu disse, a caça aos ovos era mais que um simples feriado, era uma verdadeira tradição para a família. E apesar de parecer algo bobo, cada ano que se passava a caça aos ovos tornava-se cada vez mais uma brincadeira para adultos, já que as crianças, agora adolescentes, incrementaram a caçada com sofisticadas armas de Airsoft, coletes balísticos e até fardamento.

Então as coisas começaram a ficar interessantes.

Estratégias de guerras eram minuciosamente tratadas com o maior sigilo, e enquanto eu e Gustus comandávamos equipes distintas, Abby e Clarke eram responsáveis em achar os melhores esconderijos para os ovos de páscoa, bem como idealizarem todo o mapeamento.

O cenário estava montado. A guerra era evidente e a caçada era perfeita.

Preciso dizer que eu adorava isso??

- Abby, você sabe onde a Clarke guardou as cartas de orientação. – Perguntei à minha sogra enquanto entrava pela sala do enorme chalé.

- Eu acho que ela está na cozinha, por que não pergunta a ela? Respondeu sem tirar eu olhar do livro, enquanto fazia um cafuné nos cabelos de Kane, que roncava deitado com a cabeça em sua coxa.

Sorri para a cena. Minha sogra e ele faziam um casal adorável. Desejava isso com Clarke. Ficar velhinha ao lado da mulher da minha vida já era uma das minhas aspirações quando eu percebia que o tempo estava passando rápido demais.

- Amor? – Adentrei ao cômodo da cozinha, encontrando-o completamente vazio. – Clarke, querida?? – Chamei-a mais uma vez sem obter resposta.

Comecei a procurar pelas gavetas da cozinha as cartas de orientação para que pudéssemos logo começar a brincadeira, mas levei um susto quando duas mãos se apossaram de meu corpo, arrastando-me para dentro da dispensa.

Sem tempo para que pudesse protestar sinto seus pequenos dedos em meus lábios e um pedido de silêncio.

- O que está fazendo?

- Shhiii... – Ela me calou com sua mão enquanto me pressionava contra a parede, fazendo cair alguns utensílios da dispensa.

- Amor, o que está fazendo? – Sussurrei sorrindo, olhando sua cara de tesão. Seus olhos azuis não desviavam sequer dos meus lábios, mas suas mãos desceram até o fecho da minha calça, deslizando vagarosamente.

Um aperto quente sobre o tecido da minha cueca já me deixou levemente excitada. Clarke nada falava. Respirava forte contra minha pele enquanto distribuía beijos pela linha da minha mandíbula.

- Você ficou tão sexy com essa farda, essa pistola no coldre, essa pintura de guerra... Deus minha calcinha molhou! Quero tanto te pegar aqui, te chupar todinha, gemer seu nome enquanto me fode gostoso! – Minha esposa sussurrava enquanto massageava com mais vigor a minha ereção.

Eu não estava entendendo aquele estado repentino de desejo e tesão dela, mas tampouco me importei em perguntar. Aquela pegação na dispensa estava me deixando aflorada. Tomei a boca de Clarke com uma vontade sem precedentes, abrindo passagem para acariciar toda sua boca com minha língua. Um beijo quente e necessitado foi instaurado com tamanho desespero, que rapidamente necessitei inverter nossas posições, prensando as costas de Clarke com força contra as prateleiras daquela dispensa. Alguns enlatados rolaram pelo chão e ela sorriu daquela forma que me enlouquecia. Sorri de volta para ela, mordendo meus lábios de um jeito safado que eu bem sabia que ela curtia também.

Enquanto eu a beijava, sentia sua mão mais firme em meu volume. Ajudei afrouxando o coldre e baixando um pouco a cueca, libertando meu pênis enfim. Com um pouco de pressa, tentei baixar sua calça e apertei sua bunda. Ela arfou com o contato quando meus dedos resvalaram por cima de sua calcinha. Já estava deliciosamente úmida. Afastei o elástico de sua roupa íntima massageando diretamente seu clitóris. Movimentos lentos e com uma pressão perfeita, circulei até que seu primeiro gemido vibrou contra a pele do meu pescoço.

- Quero que me coma assim. – Ela pediu permeando sua mão entre nossos corpos, pegando em meu membro e direcionando até que estivesse pronto em sua entrada já bastante lubrificada.

Sorri com sua atitude e sem rodeios penetrei sua boceta.

- Porra! Gostosa! – Eu pensei, mas acabei falando sem pudores em seu ouvido. Seu quadril projetou para frente e eu estoquei em encontro.

Deliciosa. Clarke sempre foi uma delícia de mulher, mesmo que tenha sido minha primeira e única, jamais precisei de outra mulher que me fizesse sentir o que ela me faz sentir.

- Lembra da nossa quase foda na dispensa do restaurante? – Ela sussurrou e chupou o lóbulo de minha orelha, tirando-me de órbita.

Revirei meus olhos em puro tesão ao lembrar que a deixei-a apenas de lingerie numa dispensa. Aquele dia em que estávamos brigadas e eu só queria uma oportunidade de tê-la em meus braços outra vez.

- Eu lembro. – Sussurrei dando uma estocada mais vigorosa que fez a prateleira se mover e mais latas caírem ao chão. – Mas lembro-me que infelizmente eu não comi você naquela noite.

- Mas eu queria. Queria que me chupasse gostoso naquela noite, que me fodesse com força naquela dispensa. Oh Lexa, eu estava com tantas saudades de você. Mas você bancou a cretina e apenas se masturbou e me deixando lá sozinha e necessitada.

- Perdoa-me por ter sido uma péssima esposa naquela noite. – Eu disse olhando em seus olhos. Com minha mão direita segurei com carinho seu rosto. Não esperei que ela respondesse. Apenas beijei aquela boca com gosto e ela correspondeu com um gemido.

- Então termine o que deixou de fazer naquele dia... faça comigo o que bem gostaria de ter feito. – Ela sussurrou devolvendo meu beijo. Sua língua passava sem pudor pela minha boca e eu estava enlouquecendo penetrando-a com força, como ela sempre gostou. Mas aquilo não se tratava de algo para mim, apenas. Eu devia a ela um bom sexo oral, então sem delongas afastei-me retirando meu membro de sua boceta.

Antes que ela reclamasse ajoelhei-me diante dela olhando seus azuis tão escuros. Meu sorriso se alargou quando ela mordeu seus lábios com força já prevendo minhas ações. Com força puxei o restante do seu jeans e sua calcinha, dando um jeito qualquer de manter suas pernas abertas para mim. Sua boceta rosada, toda lisinha me fez quase babar, e, antes que isso ocorresse, beijei sua intimidade com propriedade. Suas mãos em meus cabelos estimulavam a ir cada vez mais forte. Sugava pequenos e grandes lábios tudo ao mesmo tempo. Minha língua circulava e batia em seu clitóris enquanto eu alternava os movimentos obedecendo o ritmo de suas ondulações contra minha boca.

- Isso... ohhh... assim! – Seus gemidos me deixavam louca e eu só queria satisfazê-la do jeito que ela merecia.

"Manhêeee"

Caralho! Porra! Merda... era a voz de Aden.

Fingi que não ouvi e continuei sugando com toda a vontade que eu estava de fodê-la. Mas os gritos do nosso filho estavam me tirando a concentração.

- Lexa, não pare... vou gozar. – Ouvi Clarke pedir gemendo e afundei ainda mais meu rosto contra seu sexo, ignorando os chamados externos. Com uma das minhas mãos penetrei dois dedos, sentindo minha esposa arfar com vontade e mover os quadris contra minha cara. Chupei com mais força seu clitóris e penetrava meus dedos rapidamente em sua boceta que, de tão encharcada, fazia um barulho excitante e alto.

Um gemido agudo e ela havia derretido em minha boca. Sorri para ela e após subir sua calça e beijei sua boca mesmo toda babada com seu gozo.

- hummm... – Ela gemeu ao sentir seu gosto em minha língua. – Ainda continuo gostosinha. – Clarke sorriu e, olhando em meus olhos, limpou minha boca delicadamente com seus dedos.

"maaaaaamaaaaa, a gente vai sem você"

Agora era a voz de Eliza... e não preciso dizer que a cópia fiel de minha esposa estava bastante irritadinha.

- Deixa eu te aliviar, amor. – Clarke pegou em meu membro e começou a me masturbar, mas eu sabia que não teríamos esse tempo todo.

- Amor, eu sei que você quer retribuir, mas me espere chegar, porque se eu não sair daqui cinco segundos eu vou virar a caça no lugar do coelho e os ovos achados certamente não serão de chocolate!

Ela sorriu e eu rapidamente roubei um beijo de seus lábios antes de fechar minha calça e ajustar o que deu para disfarçar a minha ereção.

[...]

- Alguém andou trapaceando querendo comer os ovos antes do combinado! – Falou Raven me entregando o armamento.

Saí da cabana tentando disfarçar o sorriso idiota que persistia em meus lábios. Mas era impossível. Se havia algo que me deixava rindo à toa era Clarke.

- Não fizemos nada, foi apenas um beijo antes da guerra. – Sorri ao lembrar do nosso amasso quente na dispensa e de tudo que Clarke havia me dito. Ela ainda me desejava e isso me deixava absurdamente feliz.

- Não fizeram nada? Então porque tá meio babado aqui? – Raven apontou para meu rosto, onde rapidamente passei a mão.

- É. Foi o que pensei. Você andou chupando a coelhinha antes que ela chocasse os ovos.

- O que posso fazer se minha coelhinha estava precisando de um carinho? – Sorri elevando o fuzil num teste de mira quando recebi um cutucão e um sorriso de lado da latina. Dei o primeiro disparo em direção ao lago, entregando o armamento de brinquedo à Raven.

- Finalmente! Achei que você e a mamãe iriam demorar mais! – Falou Eliza erguendo as mãos para os céus, sempre acompanhada de Lindsay e Aden. Sorri ao ver a cópia mirim de minha esposa. Peguei-a pelos ombros e a puxei para um abraço, distribuindo beijos por todo seu rosto.

- Mãaaeeee, me solta! Que vergonha! – Ela disse reajustando a farda em seu local. Adorava tirar ela do sério, mesmo sabendo que era uma fase, sabia que ela adorava meus carinhos. Mas não na frente dos outros. Ah, essa adolescência...

Estávamos distribuindo o armamento e as cartas de orientação, preparando os armamentos e ajustando os rádios quando um Porsche preto cortou o caminho e, num cavalinho de pau perfeito, estacionou no pátio jogando um pouco de lama sobre nós.

Aquela merda foi de propósito?

- Porra, filho da puta! – Ouvi Eliza xingar quando um punhado de lama voou sobre seus cabelos loiros. Minha vontade era de rir, mas aquilo também me emputeceu quando percebi minha calça respingada de barro. Que porra!

Olhei para a lateral e Gustus tinha a melhor expressão de todas: ele queria matar alguém.

A película totalmente fechada impedia que qualquer um do lado de fora visse quem era o retardado que decidiu fazer uma asneira daquelas. Alguns segundos depois, a porta do carona abriu e dela saiu um idiota com um sorriso perfeito que dava raiva.

- Mas que porra, esse filho da put.. – Eu ia falar todos os palavrões em meu vasto vocabulário, quando a porta do motorista abriu, revelando nada mais nada menos que Alycia Carey, minha irmã caçula.

 

ELIZA'S POV

Meu cabelo, mano! MEU CABELO, CARALHO!

Cara, quando eu vi aquele carro dando aquele cavalinho de pau e uma poça de barro eu não tive tempo de pensar... porra, caaraaa meu cabelo que eu cuido com tanto zelo e um FILHO DA PUTA resolve sacanear a gente???

Mas a minha raiva se dissipou como mágica quando Alycia desceu do carro.

Meu Deus que saudades que eu estava da minha Leash!

Desde que começou a faculdade de moda, Alycia parou de nos visitar com frequência. Ela ligava bastante no início, mas depois paramos de conversar. Não sei por que, não fazia falta sabe?! Mas agora?

Ela sorriu sapeca mordendo os lábios e piscou em minha direção.

E foi então que algo em mim mudou. E não faço ideia do porque havia mudado. Sempre via Alycia de um modo carinhoso e agora... não?

Foi o sorriso dela? A piscadinha que ela deu para mim?

Alycia estava afim de mim?

Confuso.

Tudo confuso.

Muito confuso.

Meu coração disparou ao vê-la e parecia que todos esses anos sem falar com ela fizeram uma avalanche de saudades dentro de mim.

Meus olhos acompanharam em câmera lenta ela fechar a porta e ir em direção ao vovô Gustus, vestindo uma blusa de alça tão coladinha quanto a porra da sua calça de couro, sorrindo com aquela boca carnuda e rosada.

Eu não sei quanto tempo fiquei observando vovô erguer ela num daqueles abraços de ursão que ele dá... tirando-a do chão e aquela bunda dela virada pra mim... dava pra ver a marca da calcinha pequena... será que era de renda como aquelas da revista?

Engoli seco. Meu Deus! Eu estava tarando a bunda da minha Leash? Minha tia???

Desviei meu olhar e percebi que todos sorriam com sua chegada. Suspirei aliviada por ninguém perceber que eu estava encarando a bunda dela com desejo.

Eliza não. Eliza não pense coisas. Eliza não é isso.

Foi então que uma grande batalha iniciou na minha fodida mente. Eu não deveria desejar Alycia. Não deveria mesmo. Que pervertida do caralho! Meu Deus, eu vou pro inferno, mamãe vai me matar, Alycia não vai nunca mais querer me ver, por que estou sentindo isso? Droga...

- Esse é o Luke, meu namorado.

Essa frase tirou-me de meus devaneios.

O quê?

NAMORADO?

NAMORAAADOOO??????

 

Argh! Que palavra desgraçada que revidava em meus pensamentos. Namorado, namorado, namorado... inferno, ela tem um namorado! Inferno! Por que eu deveria me preocupar com isso? Eu não sou nada de Alycia... ela é minha tia... caralho. Ela tem um namorado.

[...]

NARRADOR POV

- Papai! – Disse a jovem modelo fechando a porta do carro e correndo para um abraço carinhoso nos braços de Gustus.

- Oh minha pequena! – O homem erguia a moça esguia e plantava um beijo estalado em sua bochecha maquiada. – Chegou bem a tempo da caçada! Por que não troca de roupa e nos acompanha?

- Claro, papai. Mas antes eu quero te apresentar uma pessoa. – A modelo mordeu os lábios apontando para o loiro bonitão que não perdeu tempo aproximando-se ao lado dela, agarrando sua cintura fina com propriedade.

- Então, não vai apresentar seu amigo para sua irmã? – Perguntou Lexa impaciente.

- Oh sim. Papai e Lexa, esse é o Luke meu namorado. Luke, essa é minha irmã Lexa e meu pai Gustus. E aqueles são meus sobrinhos Aden, Eliza e as filhas de minhas tias: Lindsey e Marie Blake-Reyes.

- Prazer em conhecer. – O rapaz estendeu a mão ao mesmo tempo que Lexa carregou seu HK de Airsoft com cara de poucos amigos, tendo um olhar reprovador de Alycia.

- Prazer? Não, não. Isso só depois do casamento, senhor Duck! – Lexa ignorou a careta da irmã mais nova e sorriu debochada.

- Ah sim. – O rapaz sorriu sem graça recolhendo a mão estendida. – Mas o meu nome não é Duck, senhora Woods, é Lu...

- Tá, tá, a gente sabe, Hulk! Agora podemos ir? – Perguntou Eliza mais impaciente do que antes, deixando o rapaz ainda mais sem graça.

O jovem coçou a nuca sorrindo sem jeito, quando recebeu o aperto de Alycia em sua mão. A modelo bufava e nada falou, puxando o rapaz consigo e caminhando a passos largos em direção ao carro. Estava claro que dali coisas boas não sairiam... Que direito tinham de tratar Luke daquela maneira? Pensava ela totalmente irritada.

- Alycia! Filha! – Gustus correu ao ponto de impedi-la de ir embora. O homem olhou nos olhos verdes marejados e, por fim, abraçou-a. – Desculpa, meu bem. Falou o homem com sinceridade.

- Aly, desculpa. – A voz de Lexa soou por detrás do homem a qual Alycia se agarrava.

- Há tempos eu não tenho um momento família com vocês e quando eu finalmente apareço com alguém que eu amo, vocês são rudes? – A modelo deixou o abraçou do pai enxugando as lágrimas com as próprias mãos, olhando para todos que estavam ali, agora em silêncio e totalmente sem graça. – Poderiam ao menos receber meu namorado de forma decente?

Luke encontrava-se do outro lado do carro, frente à porta do carona. Acanhado, o rapaz permaneceu de olhar baixo.

- Hey, Lucas! Desculpa! – Disse Lexa oferecendo um sorriso sincero.

- É Luke, Lexa. Luke!! – Repetiu a irmã mais nova sorrindo e caminhando para receber o abraço da irmã.

- Eu sei que é Luke, sua tolinha. – Lexa beijou as duas bochechas da menor e ajudou a enxugar algumas gotinhas de lágrimas teimosas. – Você sabe que você será minha caçulinha pra sempre. – Sussurrou em seu ouvido, fazendo a menor enterrar-se contra seu abraço e dando um beliscão em sua costela em retruque.

- Idiota. – Alycia sussurrou de volta quando Lexa se afastou pelo leve beliscão recebido.

- Ué, eu sou uma irmã ciumenta. – Falou alto e ergueu os braços em rendição. – Você reaparece linda e bela com um cara bonitão a tira colo, quer que façamos o que Aly? É bom que o Luke saiba que somos bons atiradores. – Piscou para o rapaz que sorriu sem graça mais uma vez.

Acabaram rindo da situação por terem deixado o pobre Luke totalmente deslocado, mas logo o abraçaram e até fizeram piadas com ele, descontraindo o clima ruim que haviam instaurado inicialmente.

Luke foi convidado para participar da caçada aos ovos, recebendo uma pistola de airsoft das mãos da própria Lexa e assim transcorreu quase tudo tranquilamente.

Quase tudo.

[...]

Enquanto a brincadeira rolava do lado de fora, dentro do confortável e sofisticado chalé, Alycia era alvo interessante dos comentários de Octávia, Clarke e Abby.

- A faculdade de moda tem feito um bem danado par você, menina. – Exclamou Octávia fazendo Alycia rodopiar no lugar antes de dar um abraço apertado nela.

- Mas essa bundinha redondinha aí não é academia. – Falou Clarke trazendo um copo de suco e oferecendo a cunhada, sentando-se ao lado de Abby depois que o "berreiro" feito pelas mulheres pela chegada de Alycia, acabou correndo com Kane para o quarto. O homem saiu resmungando, mas foi gentil ao cumprimentar docemente a visitante antes de retirar-se do recinto e deixar, como ele mesmo disse, "as fofoqueiras em paz."

- Claro que é tia Clarke! – A modelo sorriu sem graça, bebericando o suco para disfarçar o desconforto do papo. Havia tempos que não aparecia para encontros em família. A última vez que havia ficado na presença dos Griffin-Woods tinha apenas 16 anos e mesmo agora com 20 anos, jamais imaginou ter aquele tipo de conversa com aquelas mulheres. Aquelas cuja sua vida inteira a tratavam como uma doce e inocente criança.

- não, não. – Insistiu Clarke com um sorriso de canto. – Essa bundinha aí é sinônimo de muuuita contração de glúteo, e isso significa muito sexo.

- Tia! – Repreendeu a modelo quase se afogando com o líquido recém deglutido.

- Não sinta vergonha, Aly. Sexo é algo natural, além de ajudar a queimar boas calorias, tonifica e fortalece a musculatura. – Complementou Octávia.

- Ah, e sem falar que depois do sexo... hummm, temos aquela boa dose de dopamina pós-orgasmo. – Finalizou Abby.

- Mãe! Credo! Não quero nem imaginar você e Kane. Poupe-me.

- Ué Clarke! Pior você que acha que a gente não sabe que você e Lexa vivem se pegando a torto e a direito, aliás, eu juntei as latas da dispensa. Não pensa que não a ouvi gemendo. – Falou a matriarca ajustando o óculos de grau e mudando a página do livro que lia. Era como se tudo fosse muito normal.

- Oi gente, eu estou aqui viu?! – Cortou Alycia totalmente sem graça.

As mulheres se olharam e riram. Octávia se rachava de rir com Clarke mais ruborizada que a própria Alycia. Abby dando de ombros como se não tivesse dito nada que ninguém já não soubesse. Não tinha mais idade para esse tipo de pudor e Alycia de longe não era mais uma menininha inocente.

- Onde arrumou aquele pedaço de mal caminho? – Perguntou Octávia voltando ao assunto.

A menor sorriu sozinha e envergonhada antes de responder, colocou uma mecha que soltou de seu penteado para trás de sua pequena orelha.

- Luke também é modelo. Estudamos algumas matérias juntos na Studi di Firenze, em Florença. E ele é de Florença mesmo. – Disse com orgulho. – E sim, tia Oc, eu adoro a voz rouca dele, os cabelos loiros são lindos quando refletem a luz do sol, e os olhos azuis tão... intensos, sabe?

- Então esse namoro é sério mesmo? Digo, você gosta mesmo desse moço, Aly? – Perguntou Clarke curiosa.

- Digamos que estamos entrando numa fase mais séria agora. O Luke é um cara charmoso, bonito, e eu não o apresentaria a vocês se não tivesse segura de que ele é o cara certo para mim, tia Clarke.

- Pretendem ficar aqui no final de semana, Aly? – Questionou Octávia mudando o curso da conversa.

- Sim, tia. Eu e Luke vamos montar uma barraca no quintal. Não quero tirar ninguém de seus respectivos quartos. – Sorriu amistosamente para Octávia. – Eu sei que cheguei sem aviso, mas eu estava realmente com muitas saudades de vocês. Tia Ania disse que Lexa e papai estariam com as crianças na "bate caverna no meio do mato da puta que pariu" – A garota abriu o sorriso ao lembrar exatamente das palavras proferidas pela tia doida que ela também adorava.

- Até parece que não conhece seu pai e sua irmã. É capaz de Lexa dormir com Clarke ao relento ao deixar você dormir numa barraca. – Disse Abby fechando o livro, espreguiçando-se no local.

- Abby, eu não sou nenhuma garota fresca, já acampei várias vezes e...

- Oh meu Deus, quanta inocência! – Sorriu Octavia dando um tapinha na coxa de Alycia.

A jovem franziu o cenho não entendendo o papo que ali rolava. Falavam a mesma língua?

- Alycia, não se trata de dormir numa barraca, mas sim com quem você vai ficar na barraca. E Lexa, por Deus, Lexa parece pior que Gustus. Ela é muito ciumenta contigo, portanto não ache que ela vai permitir que você e Luke tenham um final de semana romântico, mesmo porque...

O pensamento de Octávia não estava totalmente errado, mas havia sido interrompido por uma tropa que adentrava na sala e o barulho de todo mundo falando e brigando ao mesmo tempo.

- owww meu Deus! – Gritava o rapaz de dor sendo carregado por Raven e Gustus para dentro do chalé.

- Coloca ele no sofá. – Levantou-se Abby rapidamente dando espaço para Gustus e Raven que mantinham o rapaz apoiado em seus ombros, um de cada lado. As mulheres se olharam assustadas e Alycia havia ficado sem reação. Abriram caminho para que o rapaz aparentemente machucado fosse posto em repouso.

- O que houve? – Perguntou a doutora tentando analisar o rapaz que se contorcia.

A troca de olhares de Augustus e Raven não fora lá muito convincente à Abby. Ambos deram de ombros e apenas deitaram o garoto no sofá.

- Aaii meu saco! – Choramingou o rapaz com lágrimas represadas.

Foi quando pela porta do chalé passou um furacão de cabeleiras loiras em direção ao andar de cima e Lexa logo atrás.

- Vai ficar de castigo até deixar de agir como uma irresponsável. – Gritou a mais velha.

- Eu não fiz de propósito, porra! – Retrucou a mais nova.

- Quer que eu acredite que foi sem querer, Eliza Woods?

- Ele se virou e eu errei o tiro. Foi isso. – Justificava-se Eliza.

- Você... – Lexa falou entre dentes quando pegou no braço da menor apertando com força. – Acha que eu sou trouxa? Sou sua mãe e te conheço. Não erraria um tiro nem se quisesse, Eliza.

Faíscas saíam entre os jovens olhos azuis e os experientes verdes. Lexa saberia que Eliza jamais erraria um alvo que não fosse proposital. Sabia do potencial da filha do meio. Desde os 8 anos saíam para atirar e a pequena não errara um alvo sequer. Tinha talento para isso, logo fazendo Lexa não acreditar no que sua filha dizia. Para a mais velha, Eliza não tinha errado o tiro. Acertou o rapaz propositalmente, o que a deixou bastante inquieta com a ideia. Por mais que o tempo tivesse passado, a mãe sabia que um dia os sentimentos de sua filha por Alycia Carey poderiam reaparecer. Mas isso não era certo. Jamais deixaria que se envolvesse com ela. Teriam uma conversa séria se realmente o motivo do disparo contra Luke fosse a jovem modelo... sim, teria que começar a tomar alguma providência a respeito.

- Lexa, meu deus! O que é isso. – Falou Clarke totalmente assustada com a discussão entre mãe e filha. Os olhos marejados da menor dirigiram-se a outra mãe e em seguida para Alycia que se encontrava ajoelhada ao lado do sofá onde Luke ainda se contorcia.

A modelo passava as mãos nos cabelos loiros do namorado tentando acalmá-lo. Com a cena que agitou o confuso coração, a pequena apenas apertou o maxilar e, num puxão agressivo, soltou-se do aperto de Lexa. Sem encarar ninguém, correu escadas acima, batendo a porta do quarto com força, jogando-se contra o colchão, apertando o travesseiro contra o rosto, soltando um grito de raiva e confusão.

A tensão pairava ainda no andar de baixo. Aden ajudava vovó Abby com o rapaz, enquanto Alycia fazia do seu colo, apoio para cabeça de Luke. Gustus havia se retirado com Raven para guardar os armamentos de brinquedos, claramente num ato de não se intrometerem no que havia ocorrido. Octávia achou viável que as meninas, Lindsay e Marie fossem para um banho, já que o clima pesou entre os Griffin-Woods, educadamente deixando a sala onde estavam.

- Eu vou subir lá e arrombar essa porta e ela vai me ouvir. – Disse Lexa raivosa, pressionando as mãos contra o rosto numa tentativa de se acalmar.

- Lexa, não! – Pediu Clarke segurando seu braço, vendo a esposa visivelmente alterada.

- Clarke, Eliza passou dos limites com uma atitude dessas. Jamais ensinei ela para que um dia atirasse contra alguém. – Falava desacreditada.

- Amor, deixe-a comigo. Eu vou ouvi-la. – A loira passou as mãos pelos braços da esposa juntando ao final suas mãos num aperto cúmplice. – Ela é igual a você e eu sei como lidar com ela. Deixe-me saber o que houve. Prometo que você terá seu tempo, mas quero que se acalme. Você de cabeça quente e uma adolescente de 14 anos com a cabeça confusa, não podem dar certo.

- Acha que ela está confusa? – Lexa perguntou desviando o olhar para o fundo da sala onde se encontrava Alycia para em seguida olhar para a esposa outra vez.

- Eu não quero tirar conclusões precipitadas, okay?! – Disse virando-se para Alycia também. Estavam falando exatamente das mesmas desconfianças. Mesmo que as palavras não tivessem sido proferidas, ainda assim sabiam que o repentino ataque da pequena loira contra o namorado da tia houvera sido por um motivo clássico e banal bastante conhecido como ciúme.

[...]

Duas batidas na porta e a maçaneta girou. Clarke entrou no quarto com calma e em silêncio viu a pequena abraçada ao travesseiro. O momento de fúria havia passado e sabia bem que a menor estaria no momento apropriado para conversa.

- Babe? – Chamou baixinho ouvindo apenas o cafungar da menor.

- Liz? Posso me sentar aqui com você? - Insistiu pedindo com jeito, já afastando as pernas da adolescente para que tivesse um canto na cama onde pudesse sentar. Era seu jeito sutil de iniciar uma conversa. Mas a mãe bem sabia que essa conversa seria a mais diferente que tivera durante toda sua vida.

- Desculpa, mamãe. Eu não quero conversar. Estou chateada. Não quero falar com ninguém. Não quero ver ninguém. Por mim eu ia embora sozinha hoje mesmo. – Falou Eliza encolhendo a perna, dando o espaço para a mãe. Falava ainda sem encarar os amorosos olhos azuis da mais velha.

- Bom, então não teremos um diálogo, teremos um monólogo. – Disse Clarke passando os dedos pela face da menor, colhendo as grossas lágrimas que ainda se faziam presente.

O silêncio permaneceu no quarto até que Eliza entendeu. O monólogo não era a mãe brigando consigo. Clarke estava ali apenas para ouvi-la sem julgá-la.

Com as lágrimas secas em sua bochecha rosada, sentou-se na cama com os cabelos bagunçados e levemente sujos de lama. Olhou para a mãe, que sorriu em sua direção, retirando o barro seco e fazendo som de "porquinho" com o nariz enrugado, retirando dela uma tímida gargalhada.

- Foi sem querer mamãe. – A menor iniciou. Clarke apenas assentiu com a cabeça e nada falou. – Eu sei que a mama não acredita que foi sem querer, mas eu... – Ela parou olhando para Clarke. Soltou um suspiro forte em rendição. – Eu atirei de propósito, mas não como a mama acha. Ele estava virado de costas e eu mirei na bunda dele, era só pra dar um susto mãe, mas eu pisei num galho e ele virou com o barulho e eu acertei na frente.

- Reconhece que foi perigoso o que fez? Você machucou o namorado de Alycia. – Disse num tom calmo, porém sugestivo.

A menor olhou no fundo dos olhos da mãe, engolindo seco sob o olhar arqueado da mais velha. Ninguém jamais entenderia seus motivos. Ninguém jamais entenderia o que nem ela mesmo estava entendendo. Mordeu os lábios de forma ansiosa, desviando o olhar para as próprias mãos inquietas. Sabia o que havia feito. Sabia que estava errada. Mas sabia também que tudo era um baita teatro. Pela distância não haveria pressão suficiente para machucar Luke com a esfera metálica. Aquilo era também um teatro do moço. Sabia bem, porque ele franziu o cenho olhando em seus olhos, desviando em seguida quando viu alguém se aproximar. E foi tudo tão rápido que ele mesmo se jogou no chão, urrando como se aquilo fosse uma das piores dores de sua vida. E vendo que tudo o que fez só deixou-o mais próximo ainda de Alycia, a garota de olhos azuis explodiu em raiva e confusão. Maldito sentimento dos infernos.

- Eliza? – Chamou Clarke, tirando a adolescente de seu transe.

A pequena loira olhou-a de volta, dando-lhe atenção e torcendo a boca, pois bem sabia o que viria.

- Estou de castigo?

Clarke suspirou e a puxou para um abraço.

- Não, amor. Não está, apesar de que sua mama vai ficar muito brava porque acha que estou passando a mão na sua cabeça de novo.

- Não quero que briguem por minha causa de novo, mamãe. – Falou a menor em um pedido comovido.

Clarke franziu o cenho olhando no fundo dos olhos da filha. Todas as brigas que havia tido com a esposa jamais fora por conta das crianças. Eram desentendimentos do dia a dia e nada daquilo era culpa de seus filhos.

- Oh meu bem! Vocês nunca foram motivos de nossas brigas. Olhe para mim. – Puxou o rosto da menor que havia baixado a cabeça. – Eu e sua mãe amamos Aden, você e Madi igualmente. E nunca, nunca nenhum motivo de briga foi por algo que fizeram. Jamais pense nisso outra vez. Casais brigam eventualmente porque ninguém pensa igual. Ideias divergentes e atritos sempre haverá. – Sorriu para a menor complementando. – Saberá do que eu estou falando quando se apaixonar e começar um relacionamento. Mas ainda é cedo pra isso, não acha? É tão novinha para eu possa definir nesse jovem coração o que é amor de verdade, não concorda? Não deixe seus hormônios bagunçarem e confundirem você. Sei bem o conflito que passa nessa cabeça e acredite em mim, vai passar. – Bateu com a ponta do indicador no nariz da filha fazendo-a piscar e sorrir.

Eliza apenas sorriu e concordou com a cabeça, muito embora em seu pensamento não concordasse completamente. Não sabia dizer sobre o que sentia por Alycia. Mas sua mãe tinha razão em uma coisa: não deveria deixar que os hormônios dominassem sua mente. Já havia sentido atração sexual por diversas garotas e até mesmo garotos e com o tempo havia passado. Talvez fosse isso que tivesse sentindo por Alycia. Era uma fase apenas. Precisava apenas tomar distância e tudo iria passar e voltar ao normal outra vez.


Notas Finais


Gente, esse primeiro capítulo pode parecer confuso, mas logo a confusão de verdade vai começar e então o propósito da história fará a leitura valer a pena.

Fiquem e acompanhem. Favoritem para receberem as atualizações da história e comentem para maior incentivo.

Bora debater? Digam-me o que acharam.


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