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História Flor de Cactos - GaaSaku - 2. O clã exterminado


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


PS: Os personagens de Naruto não me pertencem. A história sim! O objetivo é entretenimento gratuito feito de fâ para fã.

Oi gente linda do meu cuore,

Precisei antecipar o dia da postagem pq amanhã não poderei…

Este capítulo é mais explicativo, achei que precisava. Fique claro que todos esses jutsos são invenções minha. Não existe nada assim no desenho ou no mangá.

Fico imensamente grata pelos comentários e apoio, vcs não imaginam como meu pobre coração vibra quando leio um comentário ou recebo um favorito, chego a dar pulos de alegria. LoveU

Kissis da K-chan

Capítulo 3 - 2. O clã exterminado


Fanfic / Fanfiction Flor de Cactos - GaaSaku - 2. O clã exterminado

As ruas levemente vazias eram iluminadas à meia luz pelos postes altos que Konoha oferecia. Eram bonitas e davam um alento ao peito dolorido. Caminhava tranquilamente olhando o movimento das próprias sandálias pretas. As unhas pintadas de vermelho sobressaiam deixando a pele ainda mais alva no pequeno espaço visível.

Assim que chegou a frente da casa suspirou e elevou o indicador tocando a campainha da porta de madeira sendo imediatamente atendida.

— Sakura, minha filha. Que surpresa! — seu pai usava um avental rosa com florezinhas coloridas enfeitando as bordas inferiores. A jovem achou graça ao vê-lo tão vestido à dona de casa, sem importar-se em parecer feminino. Sabia que isto indicava que estaria lavando a louça, e, que ele fazia questão. — Entre, minha princesa, devia ter chegado mais cedo, acabamos de jantar.

—Já jantei, pai. — Ela entrou retirando as sandálias, deixando-as cuidadosamente organizadas uma ao lado da outra. Sabia o quanto a mãe era paranoica com organização e como isto já havia sido motivo de muitas brigas entre elas; seguiu as regras de sua mãe.

— Sakura, minha filha — a mulher loira sorriu —, quer bolo? Acabei de rechear. Sente-se.

Seu pai virou-se para continuar os afazeres domésticos enquanto ela aceitou a fatia gorda do doce. Precisava realmente de algo para adoçar sua vida.

— Há quanto tempo? O que anda fazendo?

— Milhões de operações enlouquecedoras no hospital, temos ainda muitos shinobis doentes vitimas da guerra, só isso.

— Hum... E os rapazes? — travou na cadeira. A última coisa que precisava era de sua mãe bisbilhoteira fazendo insinuações e interrogatórios sobre garotos, principalmente depois do ocorrido com Sasuke.

— Nenhum que me interesse no momento — respondeu colocando uma fatia de bolo na boca.

— Sei — disse sua mãe parecendo duvidar.

— Nós sairemos em uma missão amanhã — seu o pai a salvou mudando de assunto.

— Certo — Sakura revirou o bolo pensando em como começar o assunto que lhe trouxera até ali.

— Algo a incomoda? — sua mãe perguntou parecendo adivinhar, notando-a revirar a fatia de um lado para o outro. — Quando faz isto é porque tem alguma coisa lhe perturbando — completou.

— Bem... Queria falar sobre os Harunos. — Seu pai fechou a torneira e virou-se vagarosamente, encarando-a. — Sei que este é um assunto meio proibido nesta família, mas andam acontecendo algumas coisas comigo que eu não consigo encontrar explicações.

Seu pai retirou o avental e antes de sentar-se à mesa pendurou-o no gancho perto da geladeira bege.

— Quais coisas exatamente? — perguntou o rosado interessado.

— Vou mostrar, é mais fácil...

Então, Sakura manipulou o vento ao redor dos farelos do bolo fazendo-os levantar num redemoinho anti-horário.

Seu pai franziu o semblante e cruzou os dedos na frente do rosto com ambos os cotovelos apoiados à mesa. 

— Achei que ia demorar mais para isto acontecer — mostrou preocupação.

Levantou-se, segurou um copo e caminhou até a pia enchendo-o com agua. Antes de coloca-lo sobre a mesa em frente a ela pegou um vaso com uma planta e deixou-os diante da rosada.

— Preciso saber em que ponto estamos — disse sob o olhar indagatório da rosada tentando traduzir o que o pai tentava lhe dizer e sua expressão espantada mostrava que não conseguiu entender onde seu pai queria chegar. — Faça a mesma coisa com a água.

— Como?

— Isso mesmo que ouviu, faça a mesma coisa que fez no ar, repita com a água.

— Certo... — automaticamente tentou, mas… Nada.

Deu de ombros…

— Tente fazendo este selo com a mão direita — Kizashi mostrou, unindo dois dedos retos em direção ao rosto enquanto tocava o polegar no anular formando uma corrente circular —, catalise seu chakra enquanto movimenta a água com a esquerda.

Sakura simplesmente obedeceu e para seu completo espanto a água movimentou-se de acordo com sua vontade, desenhando uma serpente de água pelo ar. Devolveu o líquido para dentro do copo e olhou para o pai, espantadíssima.

— Repita com a terra, só que invertendo a posição das mãos. Veja bem, deve mexer a terra e não manipular o ar para mexer a terra.

— Entendo...

Uma pequena rachadura abriu-se no vaso e a terra transbordou para fora fazendo a planta entortar.

— Isso é serio? Como assim? Eu consigo controlar três elementos? Que surreal! — Sakura estava a ponto de ter um colapso.

De repente a voz de Hinata veio à suas recordações quando disse que seus olhos haviam mudado de cor. A hora era esta e não fazia nenhuma mal comentar.

— Sabe? Durante a guerra, quando curava Neji, Hinata jura que viu meus olhos ficarem completamente violetas — olhou para seu pai e este estava com os olhos arregalados, sem acreditar muito no que ouvia.

O rosado desviou os olhos para a esposa que parecia tão petrificada quanto ele.

— Eu achei que Hinata estava vendo coisas...

— Chama-se Mahōgan(1). É uma kekkei genkai poderosíssima.

— Serio mesmo isso? Então além de controlar três elementos ainda possuo o lance nos olhos?

— Quatro, para ser mais específico — a voz de Kizashi não mostrava nenhuma surpresa. —Quem desenvolve o violeta é capaz de controlar terra, água, fogo e ar, sem exceção.

— Quer dizer que sou capaz de fazer fogo também? — sua voz soou mais animada do que o normal, e, instintivamente ela pensou em lançar uma bola de fogo em Sasuke.

— Certamente, mas o fogo que produz é direcionado à cura — “que pena”, pensou já se deliciando com a imagem do moreno ardendo em chamas —; é um fogo de uma coloração totalmente violeta que serve para desinfetar e acabar com viroses e muitas doenças. Claro que se mirar num pedaço de papel vai atar fogo nele, mas especificamente ele não serve para destruir e sim construir. Coloque uma mão enfrente a outra e sinta uma combustão escapar do seu ventre e extravasar pelas mãos.

Fechou os olhos e concentrou-se. Como mágica, chamas violetas surgiram entre suas mãos.

— Kami-sama! — disse nervosa. — Por que isso só apareceu agora?

— Desde que conseguiu dominar o violeta consegue manipular os elementos, você só não usa.  O mais incrível é como fez isto tudo intuitivamente, sem o treinamento adequado — murmurou o pai.

— Acho que tenho o direito de saber um pouco mais da minha história, não? — Sakura virou-se para o pai com as enormes orbes expressivas.

— Sim, acredito que chegou a hora de te contar a história do nosso clã — ele retornou ao assunto principal.

— Afinal existe o clã Haruno? — ela animou-se visivelmente.

— Na verdade não, Haruno é o sobrenome da minha família — respondeu a mãe —, e, bem nós, os Harunos não somos bem um clã.

Sakura franziu o semblante tentando entender o que a mãe tentava dizer.

— Eu, Kizashi, pertenço ao clã Hīrā cujo distrito ficava localizado no País do Vento, divisa com o País do Fogo. Pertencemos a Vila da Areia pra ser mais exato. O clã Hīrā foi extinto, restando somente e eu. Decidi me esconder para recomeçar a vida, então, infiltrei-me no País do Fogo. Aqui conheci sua mãe e nos casamos. Adotei o sobrenome Haruno e nos instalamos na Vila da Folha.

Chocada, milhões de perguntas invadiam a mente de Sakura.

— Por quê foram exterminados? Como o senhor escapou? Isso quer dizer que era pra sermos ninjas de Suna e não de Konoha?

— Calma filha. Vamos com calma — Kizashi soltou uma sonora e divertida gargalhada. — O Clã Hīrā vem de uma linhagem sanguínea avançada de ninjas médicos, antiguíssima, dos primórdios da existência shinobi. Éramos muito reconhecidos e tínhamos segredos que somente a sacerdotisa-guardiã dos pergaminhos sagrados tinha conhecimento.  Felizmente, antes do distrito ser invadido Yumi, a grande sacerdotisa-guardiã, havia deixado tudo que sabia anotado e codificado em segurança nos cofres de Suna já que nosso distrito ficava fora da Areia, nossas terras localizavam-se nos arredores quase divisa com o Pais do Fogo. Estes pergaminhos guardados por Yumi, somente quem possui o Mahōgan pode lê-los.

— Oh! — murmurou. — Mas pai, o senhor não tem nenhum talento para a medicina… — ela ficou confabulando, empacada na duvida.

— Pra dizer a verdade, eu não quis me expor e não investi nesta área, contudo eu sempre soube de grande parte dos segredos do nosso clã, mesmo não tendo os jutsos desenvolvidos ainda. Nem todos desenvolvem o Renkinjutso e o Mahōgan. Inclusive havia alguns de nós que dominavam somente alguns elementos ou somente alguns doujutsos, e não todos.

— Renkinjutso? Mahōgan? — sua cabeça dava voltas, nunca havia ouvido falar em nada daquilo.

— Renkinjutso uma técnica herdada pelo sangue, uma Kekkei Genkai que usa e manipula os elementos, catalisando-os para o processo de cura. Isto que acaba de fazer é usar o Renkinjutso. Na verdade, existiam dois gêneros de kekkei genkai em nosso clã: Renkinjutso e a técnica ocular Mahōgan. Nem todos desenvolviam todas as habilidades, mas algumas raras pessoas que desenvolviam tudo e categorizavam-se como Miko.

— E quando aciona o Mahōgan os olhos mudam para violeta? — Sakura perguntou.

— Sim, quando o Mahōgan assume a cor violeta é chamado de Murasaki Mahōgan e o ninja está criando algum processo para ajustar a cura, sendo possível fazer até regenerar e nascer partes do corpo. Este Doujutso é o penúltimo nível mais avançado dentre todos e engloba quase todas as técnicas do clã. Quem adquire este nível basicamente consegue dominar quase todos os elementos. 

— Então, existem outros níveis antes do violeta?

— Se você acionou o Murasaki Mahōgan teremos que começar um treinamento árduo. Eu posso não ter desenvolvido a técnica, mas sei todos os jutsos e tudo sobre meu clã. Sem falar que conseguimos salvar a grande maioria dos pergaminhos.

— E os outros modos?

— Existe o Momoiro Makōgan que possui uma tonalidade rosada e possibilita ver pontos fracos, órgãos internos, fluxos de chacra.

— Tipo um Byakugan?

— Sim, só que no caso só serve mesmo para ver chakra e nós e o byakugan também tem outras habilidades.

— Correto.

 Kizashi aceitou a água que sua esposa ofereceu. Depois de um tempo pensando continuou:

— Quando os olhos estão prateados é o Shiruba Mahōgan e o shinobi consegue enviar chakra a distâncias enormes auxiliando e acelerando o processo de cura, muitas vezes, a pessoas diferentes.

— Nossa, se eu soubesse disso teria evitado várias mortes durante a guerra — o pai simplesmente continuou.

— O Akai Mahōgan, o vermelho, acelera as células e as duplica também redirecionando fluxos de energia e chakra de uma pessoa para a outra. O violeta,  Murasabi Mahōgan, pode fazer até mesmo órgãos crescerem, restabelecendo completamente, assim como certamente fez com Neji. É uma técnica extremamente avançada e abraça muitas outras técnicas.

— Isto quer dizer que consigo fazer o braço do Naruto crescer outra vez? — empolgou-se ao concluir.

— Sem sombra de dúvidas, pois pelo que me disse você restituiu células e órgãos mortos de Neji com o Murasabi e sem saber o que estava fazendo, imagina com treinamento adequado. Bem, este é o penúltimo estádio e o mais perfeito de todos. Se você foi capaz de aciona-lo é um verdadeiro prodígio já que não passou pelos intensos e dolorosos treinos para desenvolve-lo.

— Não é o que jogaram na minha cara — murmurou lembrando-se dos impropérios ditos por Sasuke.

— Talvez os horrores da guerra tenha acelerado seu despertar — a loira que ate então somente ouvia, opinou.

— Acho que tem razão, esta experiência traumática e o desejo de ajudar seus amigos despertaram o Mahōgan.

— E o último modo?

— Kogane Mahōgan, o dourado. Durante minha vida, nunca o vi. A miko Yumi possuía-o, mas nunca o usava. Há relatos de alguns de nosso clã que desenvolveram o dourado, mas eu particularmente nunca o vi pessoalmente. É extremamente raro. Acredito que somente os registros que estão em Suna falam sobre ele. Eu mesmo não sei definir bem os jutsos para o Kogane, mas posso dizer que o é um modo sennin que usa tudo ao redor e pode restituir ate mesmo a vida em algumas situações.

— Nossa! — Sakura perdeu-se em seus pensamentos.

— Parece que você está se desenvolvendo num tempo recorde. Somente, Yumi tinha este estado desenvolvido e basicamente todo o clã Hīrā apresentavam os Kekkei Genkai mais velhos pois é algo muito difícil e complicado, requer um treinamento árduo de anos. Há relatos de ninjas que só começaram a desenvolver depois dos quarenta anos.

— Sério? Então, quer dizer que o senhor ainda poderia desenvolver.

— Sim, mas não me preocupo com isto já que não me foco e nem treino. Agora, o mais importante é treina-la para que possa controlar-se.

— Por que o clã foi dizimado? Como o senhor escapou?

— Éramos praticamente invencíveis, e numa batalha os Hīrā podiam ate mesmo regenerar membros inteiros, fazendo as células se multiplicarem, ou até mesmo em casos excepcionais reviver mortos usando técnicas combinadas ou a quem tinha o Kogane Mahōgan podia fazer coisas invencíveis. A Vila da Névoa junto com outras vilas uniram-se e num movimento sincronizado, invadiram nosso distrito durante o festival de outono. Sabiam que todos estaríamos com a guarda baixa e reunidos. Mataram todos os que estavam ali. Foi uma emboscada bem planejada. Eu sobrevivi porque estava em missão. A Yumi-hime tinha pedido que levasse alguns dos pergaminhos para um local seguro dentro de Suna e dividi-los, deixa-los lá. Eram vinte pergaminhos ao todo. Assim, como ela pediu, deixei dez pergaminhos com a família aliada, os Kuro, e ia deixar os outros dez com outra aliada, mas antes iria passar em casa porque era caminho e estava cansado. Quando voltei encontrei uma carnificina de mortos! — Kizashi parou e suspirou mostrando a dor que sentia ao ter aquelas recordações. — Meus pais estavam carbonizados e... Bem, é muito doloroso lembrar disto...

Uma pequena lágrima rolou de seus olhos, fazendo-o levantar e ir até o banheiro. Segundos depois ele retornou, mas permaneceram em silêncio, um mórbido silêncio de luto…

Depois ele continuou…

— Resumindo, fiquei com os últimos pergaminhos e quero que os leia. Estude-os antes de começarmos seu treinamento. Depois, ensinarei o que sei. Enviarei uma carta para Kuro Hana alertando que você deverá pessoalmente buscar o restante do seu legado. Pedirei que lhe entregue os pergaminhos que está com ela. Também existem pergaminhos guardados nos cofres de Suna, que foram levados pela Miko Yumi, mas para isto precisará pedir permissão ao Kazekage. Você é a única herdeira dos Hīrā, e consequentemente poderá reivindicar o que é seu por direito. Ninguém poderá lhe negar. Por hoje basta, amanhã começaremos seu treinamento.

Continua...


Notas Finais


1 Antes que alguém pergunte, inventei com a ajuda do santo google essas nomenclaturas, não existe nada disso no universo Naruto.

Uhuuuu!

Como eu sou má, deixo aqui um cheirinho do próximo capítulo. Se não gosta de spoiler, PERIGO não leia:

“— Gaara, não fale assim — uma pontada de dor abateu até mesmo Kankuro, condoendo-se pelo irmão mais novo. — Você não é deplorável, Matsuri que é uma cretina! — resmungou baixinho tomando as dores do irmão.

— Esqueça isto por hora! Mudando de assunto, quanto ao problema da falta de médicos… Envie uma mensagem a Konoha pedindo apoio, a situação está insustentável.

— É verdade, enviarei a águia agora mesmo e... Não se preocupe com este problema, irei pensar em algo para você.”

Tanananananananaa🥁🥁🥁
Capitulo que vem temos a estreia do nosso Gaarotoso ❤😍😍😍


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