História Flor de Lótus - Vinte e Cinco

Vinte e Cinco – O Sol Que Nunca Se Põe

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No dia seguinte, os quatro rapazes viajaram para Xangai, Izuku estava ansioso por eles, mas a apresentação ocorreria pela tarde e eles só chegariam à Cidade B tarde da noite. Shouto o informou que eles iriam almoçar e descansar para a apresentação para a XED. Enquanto andava pelos corredores da universidade em direção à biblioteca ele precisava devolver alguns livros que tinha utilizado durante as férias, alguns de seus colegas do departamento o viram e o cumprimentaram com um leve assentir. E só então ele viu Zhenshi Toxiang, ou melhor, Shigaraki Tomura parado ao lado de um deles, perplexo.

Izuku também o cumprimentou e passou reto.

Ele podia ouvir seus colegas falando dele.

- Você viu? Nós temos lindos garotos na UA. Ele é o mais bonito do nosso Departamento. Nada mal comparado com os da sua escola, né?

O esverdeado apenas negou e durante o almoço logo esqueceu aquele breve encontro. O dia não tinha nada muito interessante sem o Grande Mestre e os outros por ali, ele não precisava ir para a empresa, então ficou somente no dormitório conversando trivialidades com Tenya e Mineta, já que Eijirou havia ido para a empresa depois do almoço.

...

Eijirou estava ansioso, e na tentativa de ocupar a mente, foi para a empresa estagiar. Não havia muito trabalho, mas o pouco que tinha ele fez lentamente até o relógio marcar 19 horas, se despediu dos outros que estavam por ali e foi andando até um pequeno restaurante que vendia excelentes costelinhas de porco apimentadas. No balcão estava perto de fazer seu pedido, quando ouviu alguém chama-lo.

- Kirishima?

O ruivo se virou e viu seu antigo chefe Tomura.

- Senhor Shigaraki. – o cumprimentou formalmente.

- Apenas Tomura.

- Uh. Desculpe. – assentiu.

- Por que não me acompanha no jantar? – Eijirou ficou surpreso com o convite, estava pensando em alguma forma de recusá-lo educadamente. – Por favor, preciso conversar com você.

- Tudo bem. – deu um meio sorriso e o acompanhou até uma mesa vaga.

Eijirou se sentou e Tomura pediu a comida, assim que o garçom trouxe os pratos, o Shigaraki começou.

- Eu queria me desculpar. – o ruivo o olhou confuso. – Por ter tê-lo beijado.

- Oh. – ficou envergonhado. – Tudo bem, eu já esqueci sobre isso.

- Fico feliz então.

Sorriu para Eijirou que retribuiu, os dois comeram conversando sobre algumas casualidades e beberam cerveja, e quando o ruivo olhou para o relógio viu que já era mais de nove horas da noite e precisava voltar para o dormitório antes das dez. Se não, levaria advertência.

- Eu preciso ir.

- Posso leva-lo.

- Ah não precisa. – passou as mãos nos cabelos, estava nervoso. E estava um pouco bêbado, mas daria conta de chegar ao dormitório.

- Irei ficar preocupado se não leva-lo.

Os dois já estavam no estacionamento do restaurante, Kirishima não podia aceitar aquela carona, até por que ele não queria que alguém, ou melhor, certo loiro de olhos vermelhos entendesse errado.

- Eu...

Quando iria recusar novamente alguém segurou sua mão e ficou ao seu lado, reconheceu o perfume de Katsuki e olhou para ele completamente surpreso.

- Não se preocupe, eu irei leva-lo.

Bakugou olhava com desdém para o Shigaraki, mal acabara de chegar de Xangai e fora com Shouto para a universidade, mas somente Izuku estava lá, e o mesmo o avisou que Eijirou estava em um restaurante próximo à empresa. E quando chegou lá viu o ruivo já fora, no entanto, estava na companhia de Shigaraki Tomura.

- Bakugou. – Eijirou o chamou. – Uh, vamos então.

- Até mais Eiji.

Tomura olhou mais uma vez para as mãos dos dois e sorriu para o ruivo que deu um meio sorriso nervoso em retribuição, o Shigaraki logo entrou em seu carro e saiu dali. Katsuki andou até o carro ainda de mãos dadas com Kirishima, abriu a porta para que o ruivo entrasse e colocou o cinto, fechou a porta e entrou no lado do motorista. A mente de Eijirou estava completamente confusa, o loiro estava calado demais e isso o assustava.

Será se fiz algo de errado?

- Katsuki. – o chamou incerto enquanto o loiro dirigia. – Eu fiz algo de errado?

Bakugou suspirou.

- Vamos conversar no meu apartamento, tudo bem?

O ruivo apenas assentiu e esperou que os dois chegassem o mais rápido possível. Katsuki entrou com o carro na garagem, desceram ao mesmo tempo e o loiro pegou a mala pequena que havia levado para Xangai, afinal não queria que o terno ficasse amassado. Entraram no elevador ainda em silêncio e o nervosismo de Kirishima só aumentava ainda mais. Assim que os dois finalmente entraram no apartamento, Bakugou deixou a mala pela sala e puxou Eijirou para um abraço.

- Katsu...

Foi interrompido pelos lábios do loiro nos seus, o ruivo fechou os olhos aproveitando aquele contato íntimo que esperou por muito tempo. Katsuki finalizou o beijo com um selinho.

- Não deixe que outra pessoa o chame de Eiji. – beijava os cabelos ruivos enquanto ainda abraçava o corpo dele.

- Uh? Mais Izu também me chama assim.

- O Terceiro Cunhado será uma exceção. – beijou o pescoço de Eijirou. – Senti tanto ciúmes ao vê-lo ao seu lado...

- Ciúmes? Você realmente sentiu ciúmes de mim?

- Você é lindo Eiji. – beijou as sobrancelhas, bochechas e deu um pequeno selar nos lábios do ruivo. – Sim, senti ciúmes. Desculpe por isso.

- Não se desculpe. – segurou o rosto do loiro em suas mãos. – Eu senti sua falta.

- Não foi nem um dia. – Bakugou sorriu. – Mas eu também senti sua falta.

- E então? Vocês conseguiram não é?

O sorriso do loiro aumentou.

- Claro. A Zhi é agora a empresa responsável por Flor de Lótus 2 em associação com a XED, a Zhan não tinha nenhuma chance.

Eijirou o abraçou ainda mais apertado e o beijou de forma afoita, estava feliz que eles haviam conseguido.

- Eu sabia. Não tinha como o projeto de vocês não ser escolhido.

- Eiji.

- Mm?

- O que acha de tomarmos um banho? – falou sussurrando no ouvido do ruivo que se arrepiou. – Apenas um banho. Cheguei de viagem e fui direto atrás de você, então não tive tempo de me banhar.

- Eu gostaria, mas não trouxe roupas. – falou mordendo o lábio.

- Posso te emprestar uma, tenho certeza de que cabe em você.

Os olhos de Eijirou brilharam.

- Vamos então.

_(^.^)_

A parte promocional de Flor de Lótus 2 finalmente estava começando.

Antes disso, não havia nada sobre o jogo na internet. Isso era em parte porque só quando a empresa responsável fosse escolhida e um longo período promocional diminuiria a antecipação e em parte era por causa dos possíveis impactos em Flor de Lótus 1. Já que Flor de Lótus 2 tinha lançado o teste inicial, as propagandas também começaram.

Arrumando o website, juntando informações, fazendo vários vídeos promocionais e planejando vários eventos... Izuku e Eijirou estavam trabalhando muito com o Departamento de Controle de Qualidade.

Mas mesmo assim, Izuku nunca se esquecia de entrar em Flor de Lótus 1 para alimentar o seu filhote de tigre. Ele não podia desistir de tentar aumentar o nível dele; se fizesse, ele acabaria se sentindo como se tivesse deixado algo pendente. Era meio caro criar um filhote, então Izuku criava armaduras para vender no mercado. Ele iria se encontrar com um comprador às 8 horas da noite, mas uma das suas aulas foi remarcada para a parte da noite; ele não teve escolha a não ser pedir para Shouto realizar a venda por ele.

Todoroki Shouto sabia o nome de usuário e a senha, naturalmente. Ele entrou bem no horário com a conta dele e realizou a transação com o comprador. Justo quando ele estava prestes a deslogar, Zhenshi Toxiang apareceu na frente dele.

Sua aparição não provocou nenhuma emoção em Todoroki Shouto. Ele continuou movendo o mouse em direção ao “x” vermelho no canto superior direito. No instante antes de ele clicar, duas palavras apareceram na tela.

“Izuku.”

Zhenshi Toxiang chamou: “Mimi.”

Fazia um longo tempo desde que ele o chamou de “Mimi”. Zhenshi costumava o chamar assim quando eles estavam casados. Depois do divórcio, ele mudou para “Izu Mimi”. Ele não conseguiu evitar o nervosismo por chamar ele assim de novo. Mas sentiu um pingo de esperança vendo que não houve nenhuma reação negativa de Izu Mimi.

Zhenshi Toxiang não sabia o motivo de ter chamado Izu Mimi. Desde que ele tinha visto ele pessoalmente no verão, ele tinha se sentido um pouco chateado, muitas vezes, ele se distraía facilmente quando estava com Xiao Yu Dabi.

Não foi até Lao Yan dizer que não havia nenhum Izu Mimi na Universidade UA que ele se sentiu melhor; a paixão de Zhenshi voltou para Xiao Yu Dabi. Ele tinha uma educação melhor que Izu Mimi, então ele tinha feito a escolha certa, claramente. Apenas para provar que seu amor não tinha mudado, comprou dúzias de presentes para Xiao Yu Dabi. Além de suas ações e comportamento deixarem ele feliz, ele também estava tentando convencer a si mesmo.

E então, ele viu Izu Mimi de novo na Universidade UA.

Ele era realmente um estudante da Universidade UA??!

Zhenshi Toxiang se sentiu estranho. A náusea chegou ao limite quando ele ouviu de Lei Tsuyu Sui Tsu que o namorado de Izu Mimi era Yidoroki Nai Shoihe...

Se... ele não tivesse se divorciado dele, o namorado dele... seria ele?

Mas não importava por quantas mudanças e viradas o coração de Tomura Shigaraki tinha passado, depois de chamar Izuku naquele momento dele impulsivo não sabia o que dizer. Por sorte, não havia muitas pessoas na área para testemunhar o clima estranho. E como se fosse destino, eles estavam no mesmo lugar onde, uma vez, tinham completado uma missão juntos.

Tomura finalmente encontrou o que dizer; ele começou a falar.

Shouto não tinha paciência de escutar às tocantes histórias do outro, palavra por palavra, mas também não o interrompeu. Ele continuou se ocupando com seu trabalho, apenas dando uma olhada ocasional. Quando Zhenshi Toxiang perguntou a Izu Mimi o motivo de ele não ter dito nada e se era por que tinha caído a conexão, Todoroki mexeu o avatar um pouco.

Ver o movimento foi como um encorajamento para Shigaraki Tomura, então ele continuou. Quando finalmente não tinha mais nada a dizer, Shouto moveu o mouse para a janela de conversa e digitou o seguinte:

“Eu sou Yidoroki Nai Shoihe.”

“Apenas esqueça Izuku e deixe-o em paz. Assim como o amigo dele também.”

“Fique com seu namorado.”

“Esqueça o meu.”

Morte instantânea!

KO!

Alguns segundos depois, Zhenshi Toxiang desapareceu da frente de Izu Mimi.

Todoroki nunca contou isso para Izuku, então ele não sabia que ele tinha matado seu rival amoroso com apenas algumas frases. Izuku continuou cuidando do pequeno tigre. Quando ele não tinha dinheiro para comprar remédio, era só entrar na conta de Yidoroki Nai Shoihe e fazer transferência de algum dinheiro. De qualquer forma, ele também tinha responsabilidade de criar o tigre, então isso era o certo.

O fim de dezembro se aproximou em meio ao calendário ocupado de todos; todas as preparações estão prontas para o lançamento da empresa. O website de Flor de Lótus 2 foi lançado com todos as propagandas e vídeos. O contador de visitas quebrou recordes no primeiro dia; os vídeos promocionais e etc foram repostados ou encaminhados para muitos outros fóruns de jogos, várias e várias vezes.

Izuku passou muitas horas navegando pelos fóruns antes de se lembrar de entrar em Flor de Lótus 1; devia haver muita gente falando sobre isso dentro do jogo também. Dito e feito, no momento em que ele entrou, viu muitos jogadores conversando no Chat Mundial. A maioria elogiou o jogo, enquanto alguns pareciam hesitantes, preocupados que seus equipamentos perdessem valor. Havia muitos ansiosos para o teste inicial e estavam discutindo como eles poderiam conseguir um convite.

O esverdeado ficou feliz que o jogo do Grande Mestre estava sendo tão bem elogiado, mas no fundo do seu coração, sentia um sentimento de perda após todos dizerem que iriam migrar para Flor de Lótus 2. Ele vagou sem rumo por Chang’an quando Todoroki Shouto enviou uma mensagem, dizendo que sua reunião tinha terminado. Izuku respondeu: “Estou em Flor de Lótus 1. Venha. Um monte de gente está falando sobre Flor de Lótus 2.”

Não muito depois, o músico de robes brancos entrou. Os dois esconderam seus status e foram andar pelas ruas de Chang’an, vendo os outros se ocupando com outras coisas. Izuku: “Agora que Flor de Lótus 2 vai lançar, For de Lótus 1 vai receber o maior dano. Será que vão fechar o jogo quando menos e menos pessoas jogarem?”

“Não. Flor de Lótus 1 vai continuar,” como parceiro da XED, Todoroki sabia disso muito bem.

“Mas Flor de Lótus 2 vai atrair um monte de pessoas. Se os jogadores continuarem caindo, a empresa do jogo vai desligar o servidor em algum ponto, não vai?”

“Não importa quão bom o novo jogo for, tem certas coisas que não dá pra substituir da versão antiga. Nem todos vão embora,” Todoroki Shouto disse, “Além do mais, a XED prometeu continuar o jogo.”

“É o que eles dizem, mas outros jogos já foram desligados mesmo que dissessem que iriam continuar para sempre.”

“Eu não posso garantir por tanto tempo, mas eu não acho que vão desligar o jogo antes dos nossos filhos aprenderem a jogar também.”

Izuku estava perplexo: “Filhos...”

“Mm,” o músico de branco parou de andar e disse sereno: “Ao menos, eu tenho que trazer ele aqui e contar que aqui foi onde nos falamos pela primeira vez.”

Foi quando Izuku percebeu que eles tinham chegado à Ponte Vermillion Bird. O Salgueiro continuava a balançar seus ramos; a área continuava a ser um lindo cenário. O músico de branco ainda parecia o mesmo da primeira vez que o viu.

O músico de branco disse: “Vamos. Nós não temos admirado a paisagem por um longo tempo. Vamos dar uma volta.”

Assim, eles montam o condor branco e voam pelas Montanhas Celestiais, Enseadas de Neve, Lago Oeste, Lago Inferior, Mar de Neve Gelada e da Montanha Penglai... Igualzinho ao que eles fizeram na lua de mel.

Eles pararam na Montanha do Pôr do Sol.

O pôr do sol era incrível.

Izuku sentiu, de repente, que tudo que ele esteve se preocupando o dia inteiro não tinha importância.

Tudo bem se o servidor desligasse um dia.

Enquanto ele ainda se lembrasse de quando e onde ele falou com ele pela primeira vez.

Enquanto ele se lembrasse de onde eles tinham passeado na lua de mel.

Enquanto ele se lembrasse de que eles montaram o condor branco juntos e viajaram por Jianghu...

Essas memórias não vão desaparecer apenas porque a forma digital desapareceu.

Assim que, mesmo que eles não possam jogar no futuro, sempre vai ter um lugar do mundo — talvez no coração dele, ou no coração dos dois, onde o músico de robes brancos e o heroi de roupas vermelhas vão estar lado a lado, juntos.

Eles vão assistir o sol que nunca se põe na Montanha do Pôr do Sol.

_(^.^)_

Era dia de ano novo chinês, Izuku e Shouto estavam sentados na sala, aguardando o horário do jantar enquanto seu pai Toshinori preparava o banquete de ano novo deles. Não demorou muito para que Izuku em uma ligação com sua mãe o nome de Shouto e Inko que já suspeitava que o filho estivesse em um relacionamento, insistiu e o mesmo lhe contou. E a mulher fez questão de convidá-lo para que passasse o ano novo com eles para que pudessem se conhecer.

No mesmo dia, Izuku contou para Shouto sobre sua mãe ter descoberto, e o namorado ficou totalmente satisfeito, ele sabia que Izuku estava tentando encontrar o momento certo para contar aos pais, e não tentou apressá-lo de nenhuma forma, mesmo querendo muito que a senhora Inko e o senhor Toshinori soubessem do relacionamento deles.

Inko tomava um pouco do chá, assim como Izuku e Shouto. A mais velha o achou perfeito para seu Izuku, não só pela beleza surreal do rapaz, mas por ver nos olhares dele o quanto ele era totalmente apaixonado por seu filho. E isso aquecia seu coração de mãe. O marido não estava sendo muito fã do namoro do filho, no entanto, era somente a proteção de um pai e ao conversar com o bicolor ele viu o quanto ele faria bem a Izuku e até havia se oferecido a ensinar o genro a cozinhar o que estava dando certo, pelo menos o básico e no dia seguinte, o ensinaria a fazer o prato favorito do filho.

- Vamos jantar.

Toshinori os chamou e os quatro sentaram-se à mesa, iniciando o banquete de ano novo.

- Izuku filho, coma mais camarões. – Inko colocou mais alguns no prato do filho. – Você também, Shouto querido. – a mais velha sorriu e colocou sobre o prato do genro.

- Não está muito apimentado? – Izuku perguntou. – Shouto não pode comer comidas apimentadas.

Todoroki sorriu um pouco. Inko achou adorável a preocupação do filho com o namorado.

- Seu pai também não pode comer então ele não faz apimentado, mas o molho está aqui já que eu e você podemos comer. – piscou para o filho que assentiu travesso.

- Tem problemas de estômago se comer? – Toshinori perguntou casualmente.

- Sim. Não é uma sensação muito confortável.

- Me lembrarei disso no almoço de amanhã. – o sogro sorriu ao vê-lo sorrir em agradecimento.

O jantar foi totalmente em um clima confortável e quando finalmente o ano novo chegou, eles brindaram com um vinho que Shouto havia levado para os sogros. Após brindarem e assistirem aos fogos, Izuku o chamou para andarem um pouco pela rua, os dois andavam de mãos dadas encarando a rua vazia e ouvindo os sons que vinham das maiorias das casas em comemoração.

- Estou tão feliz. – Izuku falou após encostar-se ao braço do namorado, a voz repentina do esverdeado fez Shouto olhá-lo.

- Mm?

- Meus pais adoraram você. – sorriu completamente satisfeito. – Eu sabia que seria impossível alguém não gostar de você.

- Tem pessoas que não gostam. – Shouto sorriu e Izuku deu de ombros.

- Eles não o conhecem tão bem como eu.

Izuku apertou o braço de Todoroki, seus dedos ainda estavam entrelaçados.

- Isso basta. – o esverdeado o olhou confuso. – Só você precisa saber como eu sou de verdade.

Shouto viu o enorme sorriso do menor, ele achava que sempre que Izuku dava aqueles sorrisos, ele poderia iluminar todo o mundo. Como o sol que saía todas as manhãs. Poderiam pensar que era impossível um simples sorriso iluminar o mundo.

Mas era possível sim.

Izuku iluminava o seu mundo.

E enquanto ele tivesse o amor de Izuku, ele teria o suficiente.

_(^.^)_

Era junho de outro ano.

O verão parecia ter vindo muito mais cedo neste ano. Já tinha estado quente quando maio passou e parecia o pico do verão em junho. Eijirou, que estava ajudando Izuku a carregar a esteira de bambu, bateu os pés nas escadas reclamando.

- Izuku, aqui não devia ser um prédio de alta classe? Como os elevadores podem não estar funcionando?

- Que alta classe? É mais como se fosse alto preço. E apenas estão arrumando algo para evitar futuros problemas.

Izuku estava sem forças; ele estava carregando ainda mais coisas que Eijirou: duas sacolas cheias e dois travesseiros debaixo dos braços.

Tenya e Mineta estavam seguindo os dois com menos coisas; um deles com um conjunto de chá e o outro com um grande vaso.

Tudo isso eram coisas que Izuku tinha acabado de comprar do supermercado...

Na verdade, eles iam sair para jantar, mas depois de descobrirem que Izuku recebeu o traje de casamento hoje, Tenya e os meninos insistiram em ir ver. Assim, o esverdeado foi ao supermercado comprar um monte de coisas e os fez carregar até a casa dele >o<

Tenya perguntou sem fôlego.

- Falta muito?

- Você já não veio antes aqui? – Mineta perguntou.

- Nesse dia, o elevador estava funcionando.

Izuku limpou o suor com a parte de trás da mão.

- Já estamos chegando, só mais dois andares.

- Tem ainda mais dois andares?! – Mineta chorou.

Eles terminaram de subir os dois andares com muito sofrimento. Logo que o esverdeado abriu a porta, os meninos se jogaram no sofá. Eijirou ficou deitado e observou o apartamento. Ele disse por impulso.

- Izu, quando eu me casar, eu vou pedir ao seu Grande Mestre para decorar minha casa.

- Eu também! Eu adoro o estilo da sua casa. – Tenya acrescentou. Não era a primeira vez que os dois estavam aqui, mas sempre elogiavam o lugar.

- Eu também planejei as coisas, então por que vocês não me pedem? – o esverdeado respondeu enquanto fazia um chá.

- Pshh... As partes ruins são as que você escolheu.

Izuku ficou deprimido. Por que as coisas sempre acabavam assim? Ele planejou o apartamento junto com Shouto, mas todos apenas o elogiavam.

Suspiro~~~ como ele vai brilhar quando o brilho do Shouto era tão ofuscante?

Mineta não teve a oportunidade de visitar nas últimas duas vezes, então era a primeira vez dele lá. Durante a conversa, ele já tinha dado uma olhada no lugar.

Esse apartamento de alto nível estava localizado no Jardim Ming Wei. Tinha sido comprado por Todoroki no outono do ano passado. Izuku achava que eles não precisavam comprar um apartamento novo, a casa de Shouto tinha já estava bom. Mas o bicolor afirmou que era pequena, já que antigamente só era para ele e que nem a utilizava muito e só veio a utilizar mais quando começou a namorar o esverdeado.

Na noite anterior ao casamente, Izuku recebeu um bracelete de jade branco que, supostamente, era passado de geração para geração. O bracelete de jade branco fez Izuku ficar meio nervoso. Havia preço para ouro, mas não para jade, ainda mais para jade branco. Mesmo que a mãe do Grande Mestre tivesse dito que era uma qualidade comum, o esverdeado tinha medo de quebrar o bracelete, prometendo usar apenas uma vez: durante o dia do casamento.

Depois de descansar o suficiente, Tenya apressou Izuku.

- Nos mostre o seu traje de casamento logo.

- Vamos para o quarto ver. Eu não consigo trazer tudo.

O casamento de Izuku e Shouto seria no estilo tradicional chinês, então as roupas de casamento eram tradicionais também. Seis a sete caixas continham a brilhante tiara de casamento banhada em prata, as excepcionais luxuosas mangas que chegavam ao chão, e o incrível par de sapatos bordados. O conjunto tinha sido criado baseado no traje de casamento de Flor de Lótus 2.

Mineta pegou a tiara de casamento com cuidado.

- É tão lindo. Eu achei que seria pesado igual aqueles que parecem um chapéu. Eu não gosto desses.

- Aqueles que parecem um chapéu são bonitos também, mas muito pesados. – Izuku disse.

Eijirou passou as mãos pelo tecido.

- Quanto custou tudo? – Izuku disse um valor que fez Eijirou esbravejar. – Meu Deus! É como colocar um carro na sua cabeça!

- Você não podia comparar com algo melhor? =.= - o esverdeado disse um pouco ofendido, mas tentou explicar. – Shouto disse que não vai perder o valor, então não conta como gastar dinheiro...

Iida também tomou o lado dele.

- Ele já está usando mais de dez carros no braço, então se Izuku vai colocar mais um na cabeça, tudo bem.

Eijirou estava agachado ao lado da cama encarando a tiara nas mãos de Mineta.

- Mesmo se seu valor não cair, não é como se fosse colocar ovos! Vale a pena?!

- Oh, contanto que Izuku consiga ter ovos então tudo bem.

Por alguma razão, uma imagem surgiu na mente de Izuku — um redondo ovo branco quebrando de repente e um bebê gordinho saindo engatinhando com a casca do ovo em cima de sua cabeça. Ele olhou para ele com brilhantes olhos cinza e azul enquanto abria sua pequena e macia boca...

Izuku espantou esses pensamentos imediatamente antes que o bebê o chamasse, ele repetiu em sua cabeça centenas de vezes: eu nasci de uma barriga, não de um ovo...

- Hey, eu gostei desse tipo de roupa. Tenya disse enquanto acariciava o vestido de casamento quase babando sobre ele. – Por que nós começamos a copiar os trajes brancos dos ocidentais? Nossos trajes de casamento tradicionais são muito mais bonitos.

- Sim. - Eijirou disse. – Quando eu era pequeno, eu invejava as roupas dos filmes de artes marciais, então eu pegava meus lençóis e tentava parecer igual.

- Izu, veste pra gente ver.

- Eu não sei como vestir... – Todos olharam para ele com desdém. Izuku rebateu. – Vocês sabem como?

Os três garotos encararam o vestido e todas as faixas na cintura; eles voltaram e se encararam assim Mineta mudou de assunto imediatamente e suspirou.

- Oh, eu não consigo acreditar que vocês estão se casando.

Eijirou adicionou.

- E não é? Mas acho que vocês poderiam esperar mais um ano para se casar, nos formamos ano passado.

Já que Izuku já tinha sido provocado tanto por Katsuki e os outros, o que Eijirou disse não o afetou nem um pouco.

- É porque eu tenho medo que se eu adiar, vocês todos vão fugir e eu não vou conseguir ganhar seus envelopes vermelhos.

Tenya achou isso improvável.

- Izuku, você aceitou se casar simples assim? Por que não o fez esperar mais dois anos?

Mineta falou com ares de quem sabe.

- Como você tem tanta certeza que é o Grande Mestre que quer casar logo? Talvez seja nosso Izuku que está ansioso para formar laços.

Iida concordou.

- É claro! Como eu não pensei assim? Izuku, não me diga, foi você que propôs?

O esverdeado estava perplexo.

- É claro que não.

Eijirou o pressionou animado.

- Como ele propôs então? Foram com flores? Anel? Ele se ajoelhou? Vai conta Izu...

- Eiji, até mesmo as novelas da TV atual não são assim.

- Anda logo e nos conte! – Eijirou o cutucou.

- Bem, vocês sabem que fizemos uma viagem ao litoral ano passado, então eu disse que ia até o mar tirar algumas fotos, ele disse que ia preparar o jantar e quando eu voltei já era noite, tinha uma mesa com velas e alguns dos meus pratos favoritos. – o rosto de Izuku estava vermelho de tanta vergonha. – Ele segurou minhas mãos e disse: Eu não tenho nada, só posso te dar a mim, só o seu amor é o suficiente para me fazer feliz.

Eijirou ficou impressionado.

- O Grande Mestre é espertinho como sempre.

...

Era quase nove da noite quando Tenya, Eiji e Mineta terminaram de olhar e tocar cada peça de roupa, sapato e acessório. Ficaria muito tarde se eles não voltassem naquele momento. Por isso, Izuku iria com eles até a portaria, já que Eiji iria ligar para o Bakugou busca-los. Mas assim que chegaram na portaria, um sedan preto parou ao lado deles.

A porta do carro se abriu e uma figura bonita surgiu de dentro.

- Shixiong. – Tenya e os outros cumprimentam.

Shouto assentiu.

- Vocês estão aqui.

Sob a luz do poste, Shouto parecia ainda mais elegante e composto que dois anos atrás. E nesses dois anos, ele tinha se tornado uma lenda entre os estudantes mais novos mesmo que já tivesse se graduado. Apesar de os meninos serem bem barulhentos na frente de Izuku, imediatamente ficavam muito bem educados sempre que o viam.

Mineta contou.

- Nós já vamos. Não vamos te incomodar, Shixiong.

- Já está tarde. Eu levo vocês de volta.

Eijirou que já estava com o celular em mãos o guardou no bolso. Todoroki fora levar seus amigos para suas casas, por isso, ele voltou para o apartamento com a intenção de arrumar as coisas de cima da cama. Ele pensou em algo de repente enquanto fazia isso, então parou.

Autocontrole...

Naquele ponto, o rosto de Izuku tinha estado vermelho como o vestido de casamento em suas mãos. Eles tinham começado a morar juntos no começo daquele ano, e sempre que queriam faziam amor, mas isso não acontecia todos os dias e desde certo tempo não tinham feito mais já que queriam fazer os votos antes de retornarem a fazer sexo, um desejo dos dois que, no entanto, Izuku não estava mais com seu total autocontrole.

Ele colocou o vestido de volta na caixa com cuidado. O canto do xale estava um pouco sujo por ter sido arrastado pelo chão por Eijirou. Izuku o levou para o banheiro e lavou com um pouco de água. O corpo dele pareceu meio grudento pelo trabalho, então ele tomou um banho. O esverdeado tinha estado tão imerso em seus próprios pensamentos que, apenas percebeu ali que tinha se esquecido de pegar roupas.

Mesmo que ninguém estivesse em casa e as cortinas estivessem fechadas, Izuku ainda não tinha coragem de chegar até o quarto completamente nu. Amaldiçoou em sua mente por não ter usado o banheiro da suíte, então não tinha jeito. Ele teve que se enrolar no xale. Mesmo que fosse fino e transparente, ainda era melhor que não vestir nada.

Izuku empurrou a porta do banheiro e caminhou rápido até o quarto. Mas quando estava apenas a alguns passos, ele ouviu um click seguido pelo som da porta abrindo. O corpo de Izuku congelou.

Como ele tinha voltado tão rápido?

Ele claramente não estava esperando ver isso quando abriu a porta, então seus dedos ainda estavam na maçaneta.

O esverdeado apertou mais a peça de roupa contra o corpo por reflexo. Mesmo tendo total consciência de que Shouto já o viu nu outras vezes. Porém ele não percebeu que ver o cabelo dele caindo pelo rosto, seu corpo molhado meio coberto pelo xale, seus pulsos brilhantes expostos pelas largas mangas e suas pernas e pequena cintura apenas um pouco visíveis pelo material transparente era dez vezes mais sedutor que não vestir nada.

- Nossas roupas de casamento chegaram? – Todoroki engoliu em seco e fechou a porta devagar.

- Hm, eles foram entregues de tarde. – Izuku respondeu, sentindo necessidade de explicar o motivo de estar vestindo isso. – Eu... eu estava tomando banho e esqueci de levar minhas roupas. Isso estava sujo e no banheiro...

- Sujo? Onde?

- Uh, a parte de baixo. Já está... – Izuku abaixou a cabeça por instinto para olhar. Antes que ele terminasse de falar, já tinha sido levantado. Ele não conseguiu acreditar que ele tinha se aproximado e estava carregando ele para o quarto tão rápido assim.

- Vista para eu ver.

-… eu não sei como.

- Eu te ensino.

Ele puxou a mão dele do manto e ele deslizou pelos ombros dele. Ele estava sentado no colo dele com apenas uma fina camada os separando. Izuku pendeu a cabeça e a enterrou entre o pescoço e o ombro dele como se não se atrevesse a olhá-lo.

Ele realmente iria ensinar a ele. Devagar e pacientemente, ele colocou cada peça de roupa nele e explicou uma por uma com detalhes; a parte de baixo, a parte superior, a saia, a cinta e o xale... Os dedos quentes dele entraram em contato com a pele dele. Izuku o deixou fazer todo o trabalho; ele levantou os braços ou ficava de pé quando ele pedia. Ele o sentou no colo de novo; puxou o pé dele e o ajudou a colocar os sapatos bordados.

Naquele momento, ele estava completamente vestido nos trajes de casamento. Seus longos e finos dedos se apertaram por estar no colo dele e suas bochechas já estavam coradas. Ele o encarou, e então pegou a cintura dele com força, o levantando e colocando na cama.

O vestido de casamento era como fogo, o cabelo verde dele como uma cachoeira sedosa já que estavam mais longos que o normal e sua pele suave como jade. Izuku o observou nervoso. Os braços dele o apoiavam de cada lado da cabeça dele, segurando algumas mechas do cabelo dele. Os olhos dele encaravam os dele profundamente, mas ele não se moveu. Izuku não podia mais suportar e virou sua cabeça para o lado.

Porém no próximo segundo, ele trancou os lábios dele e o beijou agressivamente. Shouto pressionou seu corpo no dele enquanto o beijava com paixão. De todas as vezes que eles já tinham se beijado, essa tinha sido a mais selvagem e desejosa. Era como se ele tivesse chegado ao fim de todo seu autocontrole e sua paciência e largado as preocupações. Izuku estava sem fôlego pelos beijos, mas não tinha escolha a não ser seguir o ritmo dele. Ele podia o sentir sugando a lateral de seu pescoço, e poderia sentir um pouco de dor pelos seus apertos, mas não é como se fosse ruim, parecia estar sendo ainda melhor do que todas as outras vezes. Ele sentiu os beijos dele rumarem para baixo... a temperatura do quarto estava subindo, e a mente dele estava uma bagunça enquanto ele gemia levemente. De repente ele sentiu sua cintura exposta; sua saia sendo retirada.

Ele parou.

Mas isso não fez Izuku se aquietar. Izuku o olhou com sua visão borrada pela excitação.

As roupas dele estavam bagunçadas com seu peito bem construído exposto. Ele respirava rapidamente e seus olhos brilhantes estavam fixados nele. Como se estivesse em câmera lenta, ele pegou a mão dele e a pousou no cinto dele.

Izuku entendeu o que ele queria pela ação dele, mesmo já tendo feito isso inúmeras outras vezes, seu coração estava batendo descontrolado e o corpo dele estava quente que poderia sentir que pegaria fogo se o tocasse. Mas Shouto estava do mesmo jeito.

- Não fique nervoso.

Ele o apressou para se mover enquanto selava seus lábios ao mesmo tempo; mostrando paciência, mas continuando a tentar ele com seus beijos gentis. Os beijos dele desceram aos poucos. Ele sugou a orelha dele e murmurou.

- Izuku, eu não consigo mais esperar.

O esverdeado tremeu embaixo dele. Izuku também não conseguia mais esperar, estava há quase quatro meses sem se tocarem daquela forma, nem mesmo quando se beijavam tentavam tocar o menos possível em si mesmos, por que parecia que qualquer mero toque o faziam entrar em combustão.

- Eu quero você, meu amor.

O pedido de Izuku saiu completamente sôfrego, como se eles estivesse há pelo menos muito tempo sem se verem. Não era tanto tempo, mas por serem completamente apaixonados um pelo outro, quatro meses era tempo demais. Shouto retirou toda a roupa deixando-a de lado para não amassar, já que se casariam dentro de um mês. Deixou-o completamente nu, a pele branca que adorava tocar e morder. O rosto corado de Izuku deixando suas sardas ainda mais visíveis, e os olhos verdes tão brilhantes...

- Eu te amo.

E mais uma vez juntou seus lábios um no outro...

_(^.^)_

Tudo parecia estar vindo ao mesmo tempo. O casamento estava ainda mais próximo, o enorme sucesso de Flor de Lótus 2 com isso Shouto tinha que ir sempre em algumas entrevistas na televisão e a empresa de mudança para outro escritório.

Depois de receber uma ligação à noite, Shouto levou Izuku para sair.

- Onde nós estamos indo?

- Vou te contar quando chegar.

Eles caminharam juntos pelas ruas e eventualmente, chegaram à lanhouse Ji Zhi. Na frente das portas fechadas, Izuku observou Shouto pegar a chave, abrir a porta, ir para dentro e ligar as luzes. Sob as claras luzes, centenas de computadores ficavam em cima de fileiras e fileiras de mesas dentro do café.

- Todos esses computadores vão ser levados amanhã.

- Hm? Seu tio não vai mais administrar o café?

Izuku sabia que esse cybercafé tinha começado com Shouto e seu tio materno há um longo tempo. Agora que ter um computador próprio tinha se tornado comum, o negócio tinha caído bastante, mas o tio dele tinha boas lembranças então insistia em continuar com ele aberto. Falando nisso, tinha sido ali a primeira vez que Todoroki o viu.

Todoroki assentiu.

- Zhi Yi vai mudar para cá. Eu já comprei a outra metade da propriedade.

Após um momento de choque, Izuku começou a avaliar o ambiente. Ele disse com satisfação.

- Sim, é bem melhor ter seu próprio escritório.

Shouto sorriu e andou mais para dentro com ele, discutindo sobre como decorar o lugar, onde as salas de reuniões deveriam ser, e onde as mesas deveriam ficar... Ele parou na frente de um espaço. O bicolor olhou para lá e disse.

- Você estava sentado ali na primeira vez que te vi.

Izuku olhou na direção em que os olhos dele estavam. Era um assento próximo às escadas. O esverdeado tinha se esquecido de que ele já tinha se sentado ali uma vez.

- Hehehe, você se apaixonou à primeira vista, não foi? - Izuku provocou. – E aí eu descobri que você é um lobo pervertido, na verdade. – Todoroki levantou as sobrancelhas. – Estou errado?

- Não, mas eu acho que não expressa tudo. - Shouto disse preguiçosamente. – Eu deveria ser chamado ao menos de um lobo pervertido e faminto.

Alguém tinha estado muito voraz e faminto, de fato...

O esverdeado retorquiu.

-... Em vez de ter vergonha, você tem orgulho?!

Shouto disse como se fosse um fato.

- Como um lobo pervertido que tem um gosto muito restrito, seria ainda pior não estar faminto.

-... Eu vou subir e dar uma olhada.

Tragicamente, Izuku tinha acabado sendo provocado apesar de ele ter o provocado primeiro. Já que não podia vencê-lo, ele deveria escapar. Enquanto Shouto o assistiu desaparecer pelas escadas, os cantos de sua boca se curvaram levemente.

Como ele tinha se sentido da primeira vez que o viu?

Tinha sido há um longo tempo atrás, então não conseguia lembrar direito. Entretanto, Todoroki se lembrava de que ele não tinha interesse em conhecê-lo no início, antes de terem se casado no jogo.

Uma vez, ele veio ao cybercafé simplesmente por negócios, mas a visão dele tinha sido uma surpresa.

Através dos olhos dele, ele viu um garoto controlando o teclado e o mouse muito bem. Isso chamou a atenção dele imediatamente, então continuou assistindo mais um pouco. Ele observou ele comandar uma batalha da guilda com tranquilidade e vencer perfeitamente apesar de seu time ser mais fraco que o inimigo.

No começo, ele apenas focou na tela do computador e os dedos dele dançando pelo teclado. Não foi até a batalha terminar que ele desviou o olhar para o rosto.

O perfil de lado do seu rosto bonito surgiu, e ele parecia muito familiar.

Devido à ótima memória dele, o nome dele veio rapidamente.

Midoriya Izuku.

O Midoriya Izuku que fazia todos os garotos e garotas animados só de ver ele de longe.

Então havia outra coincidência.

Fazia um bom tempo desde que ele entrou em Flor de Lótus. Ele apenas estava coletando informações quando viu o nome dele aparecer no canal mundial.

O nome era Izu Mimi.

Era um nome fácil de lembrar, então depois da batalha da guilda no cybercafé, ele memorizou. Um nome inovador, mas também demonstrava quão preguiçoso o dono era.

Ele tinha se divorciado? E queria roubar o noivo?

Era raro para Todoroki estar interessado na comoção. Ele apareceu na Ponte Vermillion Bird sozinho, observando a figura vermelha cercada por outros.

Ele realmente iria raptar o noivo?

Shouto assistiu de uma distância, mas sentiu, inconscientemente, como se ele estivesse mais para rasgar com seu sabre aquele homem desalmado do que outra coisa. E vendo, no fim, como ele tinha se sentado e começado a vender remédio, todos ficaram perplexos. Todoroki tinha rido alto na frente do seu computador.

Ele sentiu uma necessidade de ajudar ele.

Não sabia de onde tinha vindo esse pensamento impulsivo, mas definitivamente não tinha vindo de origem racional. Ele nunca tinha se sentido assim antes, mas o sentimento era forte.

Como ele poderia seu shidi levar um pé na bunda? Como ele poderia o deixar ficar deprimido?

Por isso, ele tinha proposto.

Por isso, aquele enorme e extravagante casamento tinha acontecido.

Ele não tinha completa confiança de que ele fosse aceitar, mas no momento em que ele disse “sim”, algo cresceu em seu coração.

- Aqui deve ser onde seu escritório vai ficar não é? – Izuku perguntou, mas não ouviu a resposta de Todoroki depois um longo tempo, então correu de volta para baixo de novo. Ele não conseguiu acreditar que ele ainda estava no mesmo lugar. – O que você está fazendo?

- Pensando no que você perguntou antes. - Shouto levantou a cabeça para vê-lo.

- Hm? – O que ele tinha perguntado a ele?

Shouto sorriu levemente.

- Eu estava pensando, que se eu soubesse, deveria ter me apaixonado à primeira vista por você.

Se eu soubesse que iria amar tanto você um dia.

Eu teria me apaixonado à primeira vista com certeza.

FIM