A loja estava bem movimentada como de costume, Ana foi direto para a seção de roupas de couro enquanto Park foi procurar por camisetas sociais, o que claro era apenas uma desculpa para ver o homem que conseguia lhe tirar os mais profundos suspiros, Jay Park, esse era seu nome,o nome que Jimin chamava sempre que se tocava
- Oi Jay - Park tinha um sorriso tímido nos lábios, nunca sabia como agir na presença do rapaz
- Minie, que surpresa, faz tempo que não te vejo por aqui - Jay continuava a arrumar as roupas no cabide, ele tinha uma mania por manter tudo organizado por ordem de cor. Uma mania que causava arrepios em Jimin, para ele, alguém que conseguísse manter suas roupas arrumadas por ordem de cor mostrava a tranquilidade de quem já ocultou um cadáver
- A boate anda bem movimentada, por isso não estou vindo muito aqui.
- Muitos clientes ?
- A clientela aumentou um pouco nas últimas semanas, e também estão fazendo algumas mudanças nas coreografias - Park ia se aproximando de Jay, buscando um pouco de coragem no fundo da sua alma para o que iria fazer a seguir.
- Vão mudar as coregrafias? -Jay estava realmente interessado, desde que conhecera Park e Ana as coreografias não mudavam pelo que park o contava, sim contava, por que Jay nunca pisou na boate nunca disse o por que mas sempre que Jimin o convidava para ir ele recusava, então o que sabia sobre a boate era o que Park lhe contava - Você disse que as coreografias não mudavam.
- E não mudavam, mas chegou um dançarino novo, ele deu algumas idéias novas e novas coreografias - Park estava olhando algumas roupas sociais, queria encontrar a roupa perfeita.
- Dançarino novo?
- Uhun... Como era mesmo o nome dele? Jun... Jung... Aiiish, nós o chamamos de Hoby, ele tem um nome muito dificil hyung - Park tinha um biquinho nos lábios, ficava bravo facilmente e não lembrar aquele nome o irritou de verdade.
- Sabe, você fica bem fofo quando está bravo.
- Eu queria te fazer uma pergunta hyung - estava envergonhado, conhecia Jay a muito tempo mas nunca sabia como agir na presença do mais velho - Eu queria...q-queria saber se v-você gostaria de sair comigo - se amaldiçoava internamente por estar gaguejando tanto, mas ora a culpa não era sua e sim de Jay, ninguém mandou ele ser tão absurdamente gostoso ao ponto de fazer Park sempre pensar com a cabeça de baixo em sua presença.
- Pra beber? Claro, podemos ir naquele bar que sempre vamos com os caras - Fala se apoiando em um balcão, ele fica tão gostoso apoiado daquele jeito, ou era só o tarado do Park que via sensualidade em qualquer movimento do moreno?
Park deu um longo suspiro, Jay era tão lindo mas também tão lerdo, estava tão na cara que Jimin queria sentar nele, como que o mesmo não via? Qual é, até um cego conseguiria ver a vontade que Park tinha de o arrastar pra um provador e dar a ele o melhor boquete da sua vida.
- Na verdade hyung eu queria ir em outro lugar, um restaurante talvez.
- Ah, sim... Ana também vai?
Acho que esse seria o momento perfeito pra desistir, muito lindo porém muito lerdo, ele não estava mesmo entendendo ou só queria mostrar desenterese pro menor desistir e ele não precisar lhe dar um fora?
Ana estava no canto e havia ouvido toda a conversa, estava na hora do seu lado cupido entrar em ação.
- Ele esta te convidando pra um encontro, porque raios eu iria? Você sabe o que a palavra encontro significa? -Ana apareceu atrás dos dois, segurava algumas peças de roupas nas mãos e estava com uma cara de poucos amigos. - Ela se baseia em um passeio a dois, sabe? Como casais. Se quiser posso pesquisar no google e te mos-
- Eu sei o que significa um encontro Anastácia, pode guardar seu sarcasmo para outro dia, obrigado. - Definitivamente não queria ouvir as piadas de Ana hoje.
- Então, sendo assim já deve ter em mente para onde vai levar meu "irmãozinho" no fim de semana, se quiserem posso passar o endereço de um motel maravilhoso que tem uma hidromassagem, espelhos no teto. Assim você vai poder ver o Jimin de qua...
- Meu Deus Anastácia cala a boca por favor - Jimin estava completamente vermelho, não sabia onde se enfiar, talvez não seria má ideia fingir ser um manequim.
Jay não disse nada, apenas ficou em silêncio, pegou as roupas que os mesmos compraram e estava terminando de passá-las no caixa.
-1.500, é no crédito ou débito?
- A vergonha que eu acabei de passar? -Jimin estava realmente envergonhado, não havia saido nada como ele planejava em sua cabeça e no final ele acabou com cara de taxo e um possível NÃO para o seu convite.
- As roupas Jimin, as roupas .
- Débito...
Ana estava apenas observando, a falta de culhões de Jay a deixava impressionada. Não é todo dia que você tem um Park Jimin te convidando pra um encontro.
Jimin decidiu que não tocaria mais no assunto, Jay não pareceu gostar do convite e Jimin sabia reconhecer quando estava incomodando alguém, ele só queria sair dali e ir pra casa, pagou pelas roupas e pegou as sacolas. Ana estava observando a cena, era tudo tão ridiculo pra ela, afinal Jimin teve coragem de o convidar, tudo o que ele tinha a fazer era negar ou aceitar não tinha o por que de todo aquele clima tenso.
Park ja estava na porta da loja quando ouviu a voz de Jay.
- Azalléia.
- O quê?
- O restaurante, Azalléia. Podemos ir jantar lá sexta à noite.
O sorriso no rosto de Park se fez presente, ele iria no melhor restaurante da cidade com o homem mais gostoso da cidade, ele era um Park Jimin de sorte.
- Ok, te mando mensagem pra confirmar o horário. Bye-Bye
Jimin parecia uma criança que havia acabado de ganhar um brinquedo novo. Finalmente teria o seu tão sonhado encontro com o homem que passou anos cobiçando.
Estavam andando pelo shopping, era um lugar tão grande sempre tão cheio de pessoas pra lá e pra cá.
Estava tão inerte em seu mundo particular, que não percebeu que a sua frente vinha um homem, que diferente de Park estava inerte em seu celular.
O impacto foi forte para Jimin que caiu no chão vendo um celular que ao seu ver daria pra comprar sua casa se quebrar em pedacinhos ao seu lado.
- Mas que porra! Você não olha por onde anda garoto ?
O moreno parecia estar realmente bravo.
- Me desculpe, e-eu sinto muito - Ana o ajudava a se levantar, verificando se o mesmo não havia se machucado.
- Você está bem, Mochi?- Park apenas acenou que sim com a cabeça.
- Olha a merda que você fez! Aiiish, mas que porra!
- Não é pra tanto, é só um celular. - Ana estava achando aquilo tudo muito desnecessário, aquela gritaria estava chamando a atenção das pessoas que passavam por perto
- Só um celular? Era o MEU celular, que o seu namoradinho quebrou. Ele deveria no mínimo me comprar outro - o moreno gritou tudo de uma vez só pra garota a sua frente o que resultou em um Jimin muito bravo.
- Em primeiro lugar quem você pensa que é pra gritar com ela? Em segundo a culpa nao foi só minha, você também deveria olhar por onde anda ou por um acaso você comprou a porra do shopping todo só pra você poder desfilar por aí sem olhar pros lados?
- Você é muito insolente garoto.
- Já me chamaram de coisas piores. Vamos Ana.
Iria de fato sair daquele lugar, não tinha saco pra homens daquele tipo, mas parou quando sentiu seu pulso ser puxado com uma brutalidade que fez seu corpo dar um solavanco pra trás.
- Onde você pensa que vai? Quero que pague pelo meu celular - seu tom era autoritário e ele parecia estar realmente zangado.
- Eu pagaria - disse Park soltando seu pulso das mãos do moreno à sua frente - Porém você me pareceu ser um homem muito rude, e bom... Você parece ter muito dinheiro a julgar pelas roupas o celular... Ops, antigo celular caro e pela prepotência. Sabe, você pode pegar o seu dinheiro e comprar um celular novo e quem sabe talvez um pouco de classe.
Park segurou a mão de Ana e saiu daquele lugar, sentia que se ficasse mais um minuto olhando para aquele homem iria perder toda a sua sanidade e acabaria fazendo alguma merda.
Jeon permaneceu estático, não estava acreditando no que havia acabado de acontecer, perdeu seu celular e uma porcentagem de seu orgulho, nunca havia sido tratado daquela maneira por alguém. Ele nem ao menos sabia o nome do homem que o afrontou para poder fazê-lo pagar pela atitude. Tudo o que ele tinha agora era um celular tão quebrado tquanto seu ego.
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