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História Flores de Cerejeira - Flores de Cerejeira


Escrita por: jupiterofthemoon

Capítulo 53 - Flores de Cerejeira


Fanfic / Fanfiction Flores de Cerejeira - Flores de Cerejeira

Primeiro trimestre:

Sasuke estava perdido em meio a tantos enjoos e desejos de Sakura, sem contar as mudanças repentinas de humor. Como podia ela ir de uma doçura quase diabética para a encarnação do próprio demônio? Segundo Itachi, ele ainda não tinha visto nada. Ainda eram os primeiros meses.

Os dois estavam morando juntos, a verdade é que Itachi e Karin queriam estar sozinhos, e bem, por que enrolar? O pedido de casamento já estava feito, mas o casamento mesmo? Bem, esse estava difícil de sair. Sasuke se impressionava com o quanto Sakura se dedicava ao trabalho, depois de conseguir trazer a cede da empresa para América, ele viu o que de fato era trabalhar; Sakura recebia convites dos mais variados eventos de moda, e como um objetivo pessoal – visto que passou quase um ano sem se dedicar –, ela decidiu participar do máximo que poderia.

Em três meses Sasuke viu Sakura se tornar uma mulher ainda mais incrível, uma mãe incrivelmente presente que estava em todas as consultas de Shouta depois da alta e, uma companheira sem defeitos que o apoiava e sempre perguntava como andavam as coisas nas empresas Uchiha e no Às de Copas.

Nos três primeiros meses ele se apaixonou mais. Se apaixonou pelos jantares em família que ele precisou se acostumar já que sempre comia sozinho. Sakura teve que puxar a orelha dele algumas vezes para chegar mais cedo, afinal, Shouta queria comer com o pai e contar todas as questões que acertou fazendo a professora parecer burra; Sasuke ensinou que ele só devia se vangloriar disso por trás da professora, Sakura, claro, tacou um pedaço de pão na cabeça dele, afinal, o pequeno não devia se vangloriar de nada.

– Mas ele é um Uchiha, afinal! – Justificou Sasuke na mesa de jantar – Se vangloriar faz parte da nossa rotina.

– Exatamente, mamãe! – Shouta dizia convicto – Nossa inteligência tem que ser exposta a todos!

– Kami-Sama, me de forças para aguentar três Uchihas. – Disse em uma prece com as mãos juntas a frente do corpo.

Sasuke e Shouta riram. O mais velho logo se levantou e andou até a parte de trás da cadeira de Sakura, ele a abraçou por trás deixando um beijo sobre os ombros da rosada.

– Não pode voltar atrás agora. – Ele lhe disse. Ela apenas o olhou tocando-lhe o queixo.

– Mesmo se pudesse, é exatamente isso que eu quero. – Abriu um largo sorriso – Uma mesa com você e nossos filhos sendo os mais convencidos do mundo.

– Eu te amo, Sakura.

– Eu te amo, Sasuke.

– Eu amo vocês também!! – Disse o pequeno enquanto devorava uma colher de macarronada.

A risada dos adultos foi inevitável. Era uma época feliz, era finalmente uma época feliz.

Segundo trimestre:

A barriga já estava grande, e as roupinhas do novo bebê já estavam sendo compradas. Sakura estava linda. Estava sempre sorrindo e acarinhando o novo bebê.

Rosa ou azul?

Lá estavam eles no médico para descobrir. Sasuke agarrava-se a mão de Sakura, nervoso e ansioso querendo entender as manchas borradas na tela do computador. Ele já tinha passado por aquilo diversas vezes, mas era sempre uma emoção infinita ouvir as batidas daquele pequeno coração e ver, ainda que borrado, os traços do bebê que sua mulher carregava.

– Uma menina. – Disse a médica – Vocês vão ter uma menina.

Sasuke a abraçou, tão e tão forte que a rosada não conseguiu conter as lágrimas. Lembrava-se que não fez questão de saber quando estava grávida de Shouta, lembrava-se o quanto deu de ombros quando estava grávida de Shouta; e hoje amava tanto e tanto o filho que chegava a doer pensar nessa época.

Contar ao Shouta foi uma festa, os dois estavam sentados no sofá abraçados e o menino subiu na mesa de centro todo seguro de si. Motivo?

– Sarada! – Disse o menino convicto.

– E o que é isso? – Indagou Sakura aos risos.

– É o nome da minha irmãzinha. – Explicou o pequeno. – Não gostou?

– Eu achei um ótimo nome. – Disse Sasuke e Sakura concordou.

– Então pronto! - Animou-se o pequeno que desceu da mesa e se aproximou da mãe, a envolveu pela barriga com os braços e a abraçou – Seu nome vai ser Sarada e o Niichan não vai deixar ninguém implicar com você.

O pequeno deu um demorado beijo no topo da barriga da mãe, que sem esconder a felicidade, apenas sorriu acarinhando os cabelos finos do filho. Shouta seria um grande irmão mais velho, e pela forma como a pequena Sarada se mexia na barriga, ela também concordava com a mãe.

O telefone tocou.

Sasuke atendeu e sua expressão mudou para algo de completa surpresa. Era Itachi ligando avisando que estava no hospital com Karin, parece que a pequena menina estava querendo nascer antes do tempo.

Imediatamente Sasuke e Sakura foram para o hospital com Shouta. Sakura queria realmente estar ao lado da irmã, e mais que isso, estava louca para conhecer a sobrinha que vinha minando desde que soube que a pequena já existia.

No hospital, Itachi se perguntava de onde Karin tirava tanta força; porque comparada a Sakura que quase lhe quebrou a mão no parto de Shouta, Karin estava quase arrancando seu braço em cada contração sentida.

Como doía. Para ambos, claro. Karin já estava a ponto de parir, seu rosto avermelhado e suado procurava apoio em Itachi, que mesmo com dor pelos apertos de Karin, não se afastava do corpo dela nem por um segundo.

– Vamos lá, Karin! Já posso ver ela! – Incentivava a médica.

– Não consigo!! – Dizia entre os dentes negando com a cabeça – Não consigo! – Os olhos dela encheram-se de lágrimas.

Por que tinha que doer tanto?

- Ei, ei! – Itachi a chamou a fazendo olha-lo – Você consegue sim. Eu tô aqui, eu tô do seu lado! – Ele tentava se manter tranquilo – Pode arrancar meu braço, mas vamos lá, amor. Eu quero conhecer a nossa Akane.

Karin assentiu firmemente. Itachi estava ali, e se ele estava aguentando o braço ser arrancado para finalmente conhecer a filha, ela também aguentaria.

Respirou. A contração veio e com o ar preso em seus pulmões ela fez força. Inclinou seu corpo para frente e Itachi a abraçava nos ombros. Mais uma vez. E ela fez força. E outra vez.

O fino choro ecoou pela sala de parto.

O corpo exausto de Karin caiu na cama. Ela estava ofegante e sem forças. Ouvia os médicos dizendo o quão grande era a menina e que pulmões fortes. Itachi soltou Karin, a verdade é que não estava pronto para aquilo por mais que tivesse se convencido disso. Ele caminhou alguns poucos passos. Era completamente diferente do nascimento de Shouta. Itachi parou ao lado da medica que terminava de enrolar a pequena menina em uma manta azul do hospital, cabelos vermelhos como a da mãe. Chorava manhosa.

– Quer segura-la? – Indagou a médica.

– E-eu? – Itachi recuou.

– Sim, é a sua filha, certo? – A medica riu.

E antes que o Uchiha a respondesse, ela entregou a pequena nos braços de Itachi, que sem explicação parecia ter esquecido como segurava um bebê e a pegou sem jeito.

– É, ela é minha filha. – Respondeu ele.

O choro cessou. Por um segundo, um misero segundo a pequena piscou os pequenos olhinhos e eles se encontraram com os de Itachi. Ele sorriu, no momento seguinte a pequena mexeu o rostinho, e como quem procurava o aconchego do peito do pai, ela so parou e dormiu quando ele a apertou contra si e ajeitou em seus braços.

Itachi não resistiu. E quando se aproximou de Karin e aproximou o rostinho da pequena ao da mãe, não podia negar, ele as amava de forma inegavelmente gigantesca.

As protegeria. Sua Karin e sua Akane. As mulheres de sua vida.

Terceiro trimestre:

Céus, como uma barriga podia pesar tanto? Sakura já mal conseguia andar quando entrou nos sete meses de gestação. As dores nas costas já davam sinais que dali em diante, seriam sua companheira de todos os dias. E a pequena Sarada não parava de se mexer.

A ansiedade para o momento só aumentava, nas semanas seguintes Sasuke estava tão solícito e tão presente que, Sakura as vezes tinha vontade de expulsa-lo de casa. Fala sério, ela ainda conseguia fazer o próprio chá! Mas ela entendia, entendia que ele queria fazer por ela tudo que não pode por Shouta, e ela sentia tanto orgulho disso. Tanto orgulho dele.

E apesar de jurar que Sasuke não teria o menor jeito com bebês, ela se surpreendia ao ver ele com Akane; ajudava o irmão nas trocas de fralda, nas mamadeiras durante o dia, até nos cochilos. A pequena Akane se tornou um tipo de bebê teste, mas claro, sempre com Itachi do lado. O mais velho estava sempre de olho, afinal, se a bebê abrisse um sorriso ele queria estar lá para tirar uma foto.

– Sakura. – Karin a chamou – Imagina esses dois sozinhos com a Akane, o Shouta e a Sarada.

Sakura olhou-os pensativa – Hm… Mulheres demais se aproximando deles. – Concluiu a rosada.

– Uhum. – Karin concordou – Teremos problemas, mana.

– São dois filhos. – Disse Sakura – Ele não é nem louco! – A rosada riu fazendo Karin rir também – AAI! – Reclamou a rosada com a mão na barriga.

– O que foi? – Karin rapidamente se aproximou dela.

– Não sei. – Disse a rosada confusa – Senti uma pontada na barriga. – Suspirou – Aii! – Reclamou de novo.

- DE NOVO? – Karin já estava nervosa. Sakura assentiu – SASUKE, SARADA NASCER! – Karin avisou.

O coração de Sasuke parou. Ele olhava Sakura que já tinha as duas mãos na barriga e fazia caretas de dor. Estava na hora. Estava na hora.

A correria até o hospital não foi nada comparada ao parto. Sasuke segurava firme a mão da mulher e, por Deus, a encarnação do demônio estava puxando seus dedos para fora da mão e sua alma para fora do corpo pelos dedos. E isso estava acontecendo por horas.

– QUANDO VOCÊ FICOU TÃO FORTE? – Indagou o Uchiha recebendo outro aperto na mão devido a contração de Sakura.

- CALA A BOCA! – Disse entre os dentes – ISSO É CULPA SUA QUE FICA ME ENGRAVIDANDO! AAAA – Ela trincou os dentes devido a dor.

Os minutos passaram, Sakura revivia a dor de um parto; sensações passadas misturavam as do presente, os gritos de Tsunade se misturavam ao dessa medica a pedindo mais força. Tudo se misturava. Passado, presente, mas havia uma diferença, e essa diferença era o homem de pé ao seu lado que olhava curioso em direção de onde Sarada nasceria.

Ele estava tão nervoso, tão suado que nem reclamava mais da dor dos apertos de Sakura; simplesmente segurava em sua mão sobre seu peito. Estava tudo bem, estava prestes a ver a filha.

Sakura sorriu. Não, não era como da última vez. Os meses passaram por sua mente. Cada desejo esquisito que teve e ele realizou. Cada travesseiro que ele deu a ela para que dormisse confortável com aquela barriga enorme, mesmo que ele ficasse sem nenhum. Cada livro de “como cuidar de um bebê” que ela o pegou lendo escondido.

Era diferente. Ele estava com ela.

Sakura respirou fundo. A contração veio ainda mais forte e ela aproveitou, já tinha passado por aquilo antes; só precisava fazer força. E fez. Uma vez, duas e na terceira o choro se fez presente. Um choro tímido, baixo.

E Sarada tinha nascido.

Sakura sorriu, o choro da filha se misturou ao do filho. A sensação de mais uma vez ser mãe a fez marejar os olhos, mas foi o beijo apaixonado de Sasuke seguido de um “Eu te amo” que a fez chorar. Não foi só uma nova mãe que nasceu com Sarada, um pai também.

Uma menina alva de cabelos finos e negros, olhos negros e de corpo pequeno.

Bem, pelo menos o nariz era de Sakura.

 

 

Três anos depois.

A primavera japonesa era uma das mais lindas já conhecidas. As flores de Cerejeira estavam brotando lindas naquele ano. Era fim de tarde, e o restante do sol que deixava o céu em uma tonalidade alaranjada iluminava o jardim escolhido para a cerimônia.

Demorou. Sasuke e Sakura tinham decidido esperar Sarada aprender a andar, pois junto com o irmão, levariam as alianças para os pais no altar. Shouta estava com dez anos e a pequena acabado de completar três. E enquanto o irmão vestia um lindo terno preto parecido com de seu pai, a pequena vestia um pomposo vestido branco. Os passos ainda desajeitados eram guiados por Shouta, que sorrindo para os pais, cuidava para que a irmã não deixasse as alianças caírem no chão.

Todas as palavras já tinham sido ditas. As palavras do sacerdote, as palavras de Sasuke e Sakura. Os dois estavam frente a frente e de mãos dadas. Finalmente. Tudo ali estava se concretizando. E por mais que fosse um casamento e que estivessem sendo visto por todos, era como se só existissem eles dois ali.

– Você foi a melhor escolha. – Sakura falava – Tanto quando esbarrei com você, com o agora aqui, prestes a ser sua esposa. Eu te amo, Sasuke, e mesmo quando duvidei de tudo que podíamos ser, minha única certeza era que seria você. Então para você, meu lindo marido, eu te dou todos os Sims que a vida me impor. – Ela sorriu o fazendo sorrir também – Porque é com você que quero e passarei cada dia da minha vida.

A aliança ela colocou no anelar de Sasuke, e em um gesto de carinho, trouxe a mão dele para seus lábios onde deixou um singelo beijo. Sasuke não pode evitar o sorriso.

– Eu já te falei e venho te falando tudo o que eu sinto. – Agora era Sasuke quem falava – Então eu não vou repetir. Eu não vou dizer todas as coisas que você já sabe e ouviu de mim. – Ele deu um passo em direção dela – Sakura, eu só quero te falar uma coisa, e mesmo que ninguém entenda, eu sei que você vai.

Sasuke pegou então a aliança, devagar ele foi encaixando no anelar de Sakura, e quando tinha posto ele a olhou com um longo suspiro liberado.

– … Eu prometo estar ao seu lado depois do décimo dia e para sempre. – Concluiu.

Sakura não esperava por aquilo, e a lágrima não foi possível conter. Ela entendia perfeitamente o que aquilo significava.

Eles se aproximaram um passo cada, e seus lábios se tocaram em um singelo e delicado beijo, ali era selado o começo de uma vida juntos. Aliás, não, ali estava sendo apenas vivenciado e festejado um amor que já vinha sendo vivido por anos.

O vento bateu forte, fazendo os galhos de todas as árvores de cerejeira que formavam um arco em volta deles no altar balançarem. As flores recém abertas caiam-lhes, como se os envolvessem em um ato final de beleza. Antes que pudessem notar os toques das flores, eles se separaram, sorrindo um para o outro enquanto seus filhos, de mãos dadas, se juntavam a frente deles.

 

 

Fim.


Notas Finais


E aqui eu encerro essa história que eu tanto amo e tenho imenso carinho. Muito obrigada a todos que acompanharam essa história, que me esperaram quando precisei me ausentar e por ainda estarem aqui quando voltei.

Flores de Cerejeira é um projeto que eu me orgulho muito, eu tenho imenso carinho por cada um desses personagens e espero ter conseguido passar para vocês todo o amor, drama e emoção que essa história carrega.

Foi um verdadeiro prazer estar com todos vocês e lhes apresentar a Sakura e o Sasuke da minha história.

Vejo vocês por ai!
Leitores fantasmas, obrigada por estarem aqui comigo também.

E aos leitores que possivelmente podem aparecer depois do fim, espero que tenham se sentindo bem vindos. ♥ E obrigada por darem uma chance a essa longa história mesmo depois do fim.

Até a proxima ♥


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