História Flores de Platina - ABO - Gipsofila

Ayami olhava pela janela, o dia estava ensolarado, mas não estava quente, a brisa gelada fazia a recém folhagem voar pelo jardim e as borboletas tentavam pousar nas flores, enquanto isso Ayami só conseguia pensar que fazia uma semana que Mika tinha viajado com seus filhos e chegariam hoje. Ele estava ansioso desde que ouviu que eles viajariam.

Claro que a viagem foi mais um castigo do que algo divertido.

"- que mala é essa? – Ikkaku perguntou ao pai.

Mika colocou o cabelo atras da orelha e o olhou, quando ia responder Ikkaku saiu correndo, o ômega procurava seus irmãos e os encontrou no quarto de Aoi.

- Miya! Riko! O pai tá indo embora! O pai tá indo embora de novo! - Ikkaku gritou fazendo os outros filhos virem correndo até o quarto.

- você vai embora? – Miyazaki e Rinko perguntaram.

- como assim? – a loira disse chorosa. - Você voltou não tem nem 3 meses.

- pai! Não vai, por favor. – Miyazaki se ajoelhou. - eu vou me comportar. Se você for embora, eu juro por Deus que eu vou me drogar!

- eu não vou embora. – Mika continuou arrumando a pequena mala.

- aonde você vai? - os três perguntaram.

- aonde nós vamos...

- o que?! – os três gritaram. 

- AYAMI ME PROTEGE! – Ikkaku saiu correndo.

Mika se sentou na cama começando a ficar irritado, pegou o celular conferindo se tudo estava acertado, então viu um e-mail, o alfa arregalou os olhos.

- Yakko, Wakko e Dot. – Mika se levantou. - como vocês conseguiram gastar tanto em um dia?

- oi? – os três perguntaram se entreolhando.

Mika olhou a lista de compra. - espera. Vocês compraram uma ilha?

- que? – os três perguntaram sem entender.

 

Mika olhava para os três filhos, os carregadores levavam a ilha de mármore preto para dentro da casa.

- nem para gastar dinheiro vocês prestam... – Fuyuki falou. 

- falou o gastador! - Ikkaku provocou.

Rinko ficou pensativa. - falando nisso, pai, você sempre foi rico?

- é! Tipo você é algum herdeiro? – Miyazaki perguntou. 

- faria sentido porque nunca conhecemos nossos avós. – Rinko comentou. – eles morreram?

- é! E tipo o tio Midori também nunca falou nada sobre isso. – Ikkaku o olhou. 

- e por que o tio Midori parece mestiço, mas você tem os olhos mais puxados? – Miyazaki perguntou. – você é mais asiático que ele...

Mika olhou para Fuyuki pedindo ajuda. O alfa concordou. - seus avós não estão mortos, seu pai só não gosta deles – Fuyuki sorriu.

- POR QUÊ?! – os três perguntaram juntos

- porra Fuyuki! – Mika jogou a nota fiscal nele. – que tipo de ajuda é essa?

- onde eles estão?! – os três perguntaram. – por que você não gosta do seus pais? Por que você não quer que a gente conheça eles?

- os conheçam. – Mika o corrigiu.

- nos vamos ou não? – Miyazaki perguntou.

- eu não sei... da última vez que conversei com o Mashiro, Francielle estava no estágio inicial de Alzheimer. – Mika suspirou. – eu não quero vocês os conheçam porque eles são péssimos e esqueçam sobre isso...

- pai você precisa falar com eles! Eu quero conhecer eles... – Ikkaku falou

- é! – Rinko e Miyazaki falaram juntos.

- bem, façam as malas, crionças. – Mika avisou ignorando seus filhos.

- vamos lá conhecer eles? – Ikkaku perguntou animado.

- não, vamos para o cú de Kyoto.

- QUEEEE?! – os três perguntaram. 

- feliz aniversário! – Mika falou animado. - seus merdinhas."

 

Ayami desceu para a cozinha, Neji e Fuyuki estavam na sala junto com Yuuki, o adolescente suspirou olhando para a irmã. - é estranho demais sem eles aqui.

- você só está com saudade. – Aoi falou. -  mas eu te entendo, eu nunca fiquei tanto tempo longe da Ricchan depois que ela chegou.

[- precisamos falar sobre Mikaku Ishikawa e seus lindos filhos.]

- papai bumbum está na TV! – Yuuki comentou animado.

Ayami e Aoi se olharam, e correram até a sala, aparentemente eram fotos de Mika usando roupão e seus três também, Mika andava pelos corredores junto com seus filhos indo para sua sala reservada.

[- o ator foi visto em um roukan em Kyoto com seus filhos, se já não bastasse Mika ser irresistível, seus filhos são incrivelmente perfeitos. Então o tópico de hoje é: nós precisamos falar sobre os herdeiros de Mikaku Ishikawa. Ali podemos ver o filho mais velho Miyazaki, quem não se lembra do nascimento conturbado do primogênito, Miyazaki está com 16 anos, mais alto que seu pai e está tão lindo.]

- concordo com eles, o Miyazaki ficou um rapaz muito bonito. – Neji comentou.

- pois é, quem diria que aquele gordinho chato que vivia jogando no computador ia ficar um rapaz tão atlético. – Fuyuki comentou. – maldita genética Ishikawa.

- no colégio tem vários ômegas de olho nele. – Aoi comentou. –

- sério? – Neji perguntou olhando para sua filha.

- sério, mas não é só no Miyazaki, tem a Rinko, o Ikkaku e até mesmo o Mika. – Ayami comentou sem humor.

- o Mika? – o casal perguntou junto.

- pois é, seu namorado é o daddy mais cobiçado, antigamente eram os dois, mas hoje é o Mika. – Aoi os olhou.

[- a filha do renomado ator puxou a genética de sua ex-esposa, a jovem dama é loira e alta, se no futuro Rinko decidir ser modelo, atriz ou qualquer outra coisa que enalteça sua beleza, saberemos o porquê. Rinko tem os mesmos olhos vermelhos que seu pai, a altura de sua mãe e o mesmo loiro platinado de Ino Ishiakawa

- Agora depois do dovorcio. Ino voltou a ser uma Uzumaki-Namikaze

-  Rinko recentemente coloriu suas madeixas em um rosa algodão doce...]

- Rinko não gosta de ser comparada a mãe dela. – Aoi comentou com tristeza. – ela diz que se sente mal.

- Ino não é uma má pessoa, apenas fez escolhas ruins. – Fuyuki olhou para a filha. – Eu a conheço desde que eu me conheço por gente, ela sempre foi uma pessoa gentil. Se casar com Mika mexeu muito com ela.

- por que diz isso? – Ayami perguntou com curiosidade.

- porque Mika é cativante. – Fuyuki sorriu. – há algo nele que te pega de jeito, você acaba se apaixonando por ele, nossa marca era algo que a fez ficar infeliz, então ficaram juntos pelas crianças, depois teve o Jun... Mika tem uma genética muito forte e isso passou para os filhos dele.

- como? – Neji perguntou.

- olha para Mika, o que vê? – Fuyuki olhou para seu marido. – mesmo usando a desculpa que eu via o Itachi era uma mentira para não me apaixonar, ele é...

- único. – Neji olhou para Mika na tv. – desde seus brilhantes olhos vermelhos, suas pintinhas e as sardas que ele esconde, seu humor acido e seu sentimentalismo, ele parece um gato arisco que ama carinhos, Mika é fascinante quando você o conhece, cria uma obsessão e algumas vezes não é saudável. Lembra da fã?

- lembro, ela quase sequestrou o Ikkaku. – Fuyuki suspirou, seu marido estava certo, havia algo em Mika que ele não sabia explicar, da primeira vez que o viu ficou fascinado pela semelhança. Mas quando o conheceu de verdade, algo ali... – e isso está acontecendo com os filhos também.

- por que diz isso?

- não é obvio? – Fuyuki o olhou. – o que está acontecendo com os nossos filhos, Aoi e Rinko, Ikkaku e Ayami. Quem vai ser o próximo? Miyazaki e Kaito.

- Eca! – os adolescentes fizeram expressões de desgosto, Neji quis fazer um comentário. Porém, não achou que seria apropriado.

- bom depois dessa eu tô saindo, vou andar de skate com o Haru. – Kaito avisou e se levantou,

- sem empatia nenhuma com seus irmãos. – Aoi falou.

- Rinko e Ikkaku voltam hoje. Não se preocupem. – Kaito sorriu para a irmã.

Ayami o olhou, se levantou indo atras de Kaito. - hey. – Ayami o chamou atraindo a atenção de Kaito. - quando pretende contar ao papai e a mamãe?

Kaito deu de ombros, sabia que Ayami estava se referindo a Mika e não a Fuyuki, ele ainda não se sentia pronto para contar, pegou seu skate e boné saindo de casa.

- então, eu estou para te perguntar isso há um tempo. Mas esse lance seu com o Ikkaku é sério? - Aoi olhou para o irmão mais velho. 

- é... – Ayami respondeu como se fosse o óbvio.

- você, tipo, gosta dele? – Aoi continuou. 

- gosto. – Ayami a olhou. 

- como assim?!

- não sei explicar, porque é meu primeiro namoro sério e a primeira vez que eu me sinto assim. – Ayami comentou.

- mas... e o Hideki? – Neji perguntou, ele ouvia a conversa escondido e resolveu se intrometer.

- nossa todo mundo já sabe? – Ayami revirou os olhos. 

O ômega riu. - e aí?

- bom... É diferente de quando eu vi Hideki, quando eu penso no Hideki eu ficava triste, mas quando eu vejo o Ikkaku ou penso nele eu não consigo parar de sorrir, eu fico feliz e animado querendo ver ele. Abraçar ele. Não só sexo como era antigamente.

- você está apaixonado ou se sente cativado pelo caçula Ishikawa?

- eu tô... – Ayami corou. - eu gosto do Ikkaku, pra cacete. 

Aoi sorriu toda boba. - aí meu Deus! Você tem que oficializar isso!

- como? Não sei se ele sente o mesmo.

- você vai saber quando ele sentir o mesmo. - Aoi sorriu. - não force nada e deixa tudo seguir seu curso.

- não acho que seja apropriado fazer isso, você apenas gosta dele, Ikkaku é o mais parecido com Mika e eu...

- está supondo que eu estou usando o Ikkaku para me aproximar do pai dele? – Ayami perguntou a sua mãe.

- esta? – Neji perguntou erguendo uma sobrancelha, Ayami ficou mudo então o ômega continuou. – Ayami, só estou tentando entender como pode estar abrindo mão da sua alma gêmea pelo Ikkaku, está tentando machucar Mika por ele ter ido embora?

- isso não tem nada a ver!

- mas não é o que parece, você... está apaixonado pelo Ikkaku ou sofrendo pela ausência de Mika?

- CHEGAMOS! – Ikkaku gritou ainda dentro do carro.

Ayami encarava Neji até ouvir a voz do ômega, ele e Aoi foram até a porta, o carro preto estacionou na frente da garagem. Os três adolescentes saíram sorridentes ainda conversando entre si e superanimados, Ayami então o viu, ele foi o ultimo a sair do carro, usava óculos escuros, seu cabelo longo preso em coque, não era o seu namorado...

- Rinko! – Aoi correu pulando no colo da namorada.

Rinko olhou para ela e a abraçou. - wow! Alguém sentiu minha falta...

- e muita! – Aoi a beijou sendo puxada. - hey!

Mika a colocou no chão. - oi Aoi!

- oi sogrão/padrasto. - Aoi falou animada abraçando ele.

- os genes idiota dos meus filhos estão te contaminando. – Mika suspirou tirando seus óculos escuros.

- papai bumbum! – Yuuki saiu correndo em sua direção, o alfa o abaixou pegando-o no colo. - senti saudade!

- eu também, adivinha?

- o que? – Yuuki perguntou com curiosidade.

Mika sussurrou para ele. - eu te trouxe doces...

Os olhos perolados de Yuuki brilharam olhando para seu padrasto. - eu quero.

Ikkaku olhou ao redor procurando por ele, talvez Ayami não estivesse ali. Não queria admitir, mas sentiu muita saudade do alfa, não que Ikkaku levasse esse namoro a sério. Deus que o livre... Mas passar um tempo com Ayami, mais do que eles estavam acostumados, isso estava começando a afetar seu lado ômega. Ikkaku teve sua bochecha beijada e virou o rosto recebendo um selo rápido.

- oi. – Ayami sorriu da cara de assustado do ômega

- Ayamo... – Ikkaku falou envergonhado.

- como foi a viagem? – o alfa perguntou

- cansativa! – Miyazaki falou. - eu odeio muito vocês e o namoro de vocês. Principalmente você pai!

Mika o olhou. – já pegou as minhas malas?

- EU JÁ DISSE QUE NÃO FUI EU! – Miyazaki falou irritado.

- o que você fez? – Yuuki perguntou com curiosidade.

- meu pai esta me acusando de algo que eu não fiz.

- Você peidou! – Mika falou. – e bem no momento que eu liguei o ar-condicionado e fechei as janelas, eu quase morri envenenado!

- eu já disse que foi o Ikkaku! – Miyazaki cruzou os braços.

- concordo com o Miya dessa vez. Foi o Ikkaku. – Rinko comentou.

Mika olhou para Ikkaku. – o que está esperando, vá pegar as minhas malas.

- o que?! – Ikkaku perguntou assustado. – por quê?

- sério Ikkaku? – Miyazaki estreitou o olhar. – vai negar?

- Miyazaki apostou comigo que eu nçao faria e a Rinko participou também!

- seu rato! – Rinko gritou.

- nota mental, não viajar mais com os meus filhos.

- e vai viajar com quem? – Miyazaki perguntou.

- com os meus namorados. – Mika falou como se fosse o obvio. – pelo menos vou ser fodido do jeito que eu gosto.

- Deus, porque eu fui perguntar. – Miyazaki fez careta.

- Miyazaki você tem que começar a namorar logo. Ou vai ficar de vela pro resto da vida. – Aoi falou dando risada, os Ishikawas eram tão divertidos.

- eu sei que eu tenho fogo, mas não quer dizer que eu sou uma vela. - Miyazaki piscou indo pegar as malas do pai. – ficamos alguns dias, mas você levou doze malas sabe se lá porque você carregada tanta coisa.

- isso deve ser algum castigo por ele sempre quebrar as velas de aniversário. – Mika falou. – e isso é meu kit de sobrevivência.

- não tenho culpa se não tem ninguém a minha altura! – Miyazaki falou cruzando os braços deixando as malas caírem. – eu sou exigente meu filho.

- e que tal o Shinki? – Rinko perguntou pegando as malas  

- UM RECESSIVO? – Miyazaki olhou para a irmã. - jamais.

- que que tem? – Rinko perguntou sem entender.

- não vejo como um alfa dominante se daria bem com um ômega recessivo. – Miyazaki sorriu. – eu ouvi dizer que o pau de um dominante só cabe em outro dominante.

- que preconceito. - Ikkaku falou entrando junto com Ayami carregando as malas de Mika.

- você fala isso porque é um ômega dominante. – Miyazaki o olhou. - o ser mais raro atualmente, então o pau do Ayami cabe em você.

- meu Deus, Miyazaki! – Ayami gritou completamente envergonhado.

- não tenho culpa se os ômegas recessivos já não são mais especiais. – Ikkaku deu de ombros.

- vocês já chegaram! – Fuyuki foi até Mika e o beijou dando um forte abraço.

- que dejà-vu. – Ayami falou.

- como foi a viagem? – Fuyuki perguntou acariciando o rosto de Mika. – Mon amour...

- cansativa... – Mika suspirou se sentindo melhor agora que estava nos braços de Fuyuki. – meus filhos são uns merdinhas...

- e tiramos muitas fotos! – Rinko falou colocando as malas no chão.

- até que foi legal. - Miyazaki deu de ombros. – não foi lá um lugar especial, mas eu comi bastante.

- ótimo, muito bom. – Fuyuki sorriu. - eu e o Neji conversamos muito sobre isso. E decidimos que nas próximas férias vamos para Paris. - Fuyuki avisou. - nossa primeira viagem em família.

- uhhhhuuuuuuuul! – Os adolescentes comemoravam.

- por que Paris? - Mika perguntou se afastando e olhando para o alfa.

- Paris est la capitale de l'amour – Fuyuki sorriu malicioso.

Mika balançou a cabeça negando. - tu ne me trompe pas. Je sais que mes parents sont à Paris, on ne peut pas y aller.

- por que não? – Ikkaku perguntou com curiosidade. – você sabe onde eles estão... então por que não?

Mika o olhou esquecendo completamente que Rinko, Ikkaku e Miyazaki agora eram fluentes em francês. - porque não. Eu não quero ir.

- mas... – Ikkaku ia fazer um discurso, mas Mika o interrompeu.

- sem mas. Não vamos e pronto. – Mika foi para o quarto.

- que saco!

Mika entrou no quarto e quase caiu quando Neji pulou em seu colo. – que susto, caralho...

- senti sua falta...

- sei bem do que você sentiu falta. – Mika sorriu lambendo a boca dele.

Neji o beijou de forma fogosa sendo apalpado pelo alfa. – nunca mais viaje sem nós.

- pode deixar.

- Mika! – Fuyuki gritou. - Preciso da sua ajuda!

 

Mika gritava animado, Fuyuki tocava guitarra terminando sua parte no novo duento, o alfa Ishikawa olhou para o seu namorado e sorriu. - Eu era um marinheiro, eu estava perdido no mar

Eu estava embaixo das ondas antes que o amor tivesse me resgatado

Eu era um lutador, eu poderia ter virado a linha

Mas eu fiquei sendo acusado de coisas que disse!

Fuyuki sorriu se aproximando do microfone. - Quando o amor chegar à cidade eu vou pular neste trem

Quando o amor chegar à cidade eu vou pegar a chama

Talvez eu estivesse errado para te deixar magoado

Mas eu fiz o que eu fiz antes do amor vir à cidade

- Eu costumava fazer amor embaixo de um pôr-do-sol

Eu estava fazendo promessas que logo esqueci

Ela estava pálida como o laço de seu vestido de noiva

Mas eu a deixei esperando antes do amor chegar à cidade

Eu corri para um juke box quando ouvi um grito de guitarra

As notas estavam ficando tristes ao que cai em um sonho

Ao que a música era tocada eu vi minha cidade se transformar

Foi no dia anterior em que o amor veio à cidade

Fuyuki sorriu largamente e olhou para o alfa. - Quando o amor chegar à cidade eu vou pular neste trem

Quando o amor chegar à cidade eu vou pegar a chama

Talvez eu estivesse errado para te deixar magoada

Mas eu fiz o que eu fiz antes do amor vir à cidade

Quando o amor chegar à cidade eu vou pular neste trem

Quando o amor chegar à cidade eu vou pegar a chama

Talvez eu estivesse errado para te deixar magoada

Mas eu fiz o que eu fiz antes do amor vir à cidade

Mika parou de tocar e o olhou. - Eu estava lá quando eles crucificaram meu senhor

Eu segurei a bainha quando o soldado sacou sua espada

Eu arremessei os dados quando eles furaram seu lado

Mas eu vi o amor conquistar o grande divino

- Quando o amor chegar à cidade pularei neste trem

Quando o amor chegar à cidade pegarei a chama

Talvez eu estivesse errado para te deixar magoada

Mas eu fiz o que eu fiz antes do amor vir à cidade

Mika sorriu e o olhou, sentia falta dessa conexão que Midori e Rikudou tinham, o alfa Uchiha se aproximou e o beijou. - logo vamos estar livres.

- eu quero outro show... – Neji cruzou os braços.

- logo bochechudo.

 

******

- você não vai sair! – Naruto falou irritado.

- agora eu sou algum tipo de passarinho pra viver trancado?! – Haru argumentou.

- você anda fazendo tudo que te dá na telha, sai a hora que quer, volta quando quer, você só tem 15 anos ainda é uma criança!

Haru olhou para o seu pai, Naruto estava sendo muito injusto com ele, mas Haru não iria abaixar a cabeça para o velho. - meu namorado está vindo me buscar e eu vou com ele!

- você não vai a lugar algum! – Naruto falou sério. – eu ainda mando em você enquanto morar debaixo do meu teto.

- você tem sorte que minha mãe não tá aqui, senão ele ia te colocar no seu lugar. – Haru falou com raiva.

- no meu lugar?

- é! – Haru gritou. – acha que eu não sei que você fazia coisa pior quando tinha minha idade, a vovô Kushina e a bisa Tsunade me contaram. Então não venha se fazer de Santo, porque eu só tô indo andar de skate com o Kaito.

- você não vai! – Naruto gritou.

- por que não!?

- porque eu não gosto dele!

- ótimo, quem namora ele sou eu e não você!! – Haru colocou a mão na boca querendo vomitar, o ômega saiu correndo indo até o banheiro. Naruto foi atrás preocupado, Haru sempre foi assim, quando ficava estressado seu corpo avisava e esse era o aviso. O garoto estava em seu ápice de estresse.

- Haru...

- por quê? – Haru perguntou. - por que você não gosta dele?

Talvez fosse birra de seu pai superprotetor, ou pelo fato de Kaito ter o sangue de Mika. Naruto queria dar o benefício da dúvida para a irmã, Ino não seria do tipo que destruiria seu casamento por uma aventura, isso era mais a cara de Mika e tinha medo.

Uma maçã não cai longe da macieira, e essa maçã era a pessoa que seu filho gostava, Kami que o livre se isso evoluir e Haru acabasse machucado. Naruto era capaz de matar Kaito.

- Haru... – Naruto usou seu tom doce. - você é tão jovem, deveria estar se divertindo com seus amigos, e não pensando em namorar.

Haru vomitou novamente e o olhou começando a chorar. - está feliz? Agora não vou poder sair com ele

- claro que eu não estou feliz. Vem vamos até o hospital, sua mãe e seus irmãos estão lá de qualquer forma.

- preciso avisar o Kacchan... – Haru choramingou.

- ok. - Naruto virou indo até a sala procurando por suas chaves, voltou para o banheiro e Haru não estava lá, Naruto foi até o quarto dele, então foi para os outros quartos, procurou Haru pela casa toda e nada dele. O cretino tinha fugido pela janela. - HARUUUUUUUUUUUUUUU! – Naruto gritou irritado.

......

Sasuke olhava para Mikoto, sua mãe estava tão pálida, parecia tão doente. Ninguém sabia ao certo o que aconteceu, mas lá estava ela acamada em um hospital, o ômega não sabia se isso era drama para conseguir a atenção de seus filhos, bem, se esse era o caso. Mikoto teve êxito.

- Sasuke. – Mikoto falou rouca.

- eu estou aqui mãe. – o ômega segurou a mão dela. - estamos aqui.

- é vovó, estamos aqui. – Hiro a olhou. 

- Hiro, Hajime... – ela sorriu. – e onde estão Naruto e o Haru?

- Haru ia sair com o namorado e Naruto ficou lá para impedir. – Sasuke suspirou já prevendo uma imensa dor de cabeça.

- Haru ia sair com o Kaito? – Hajime perguntou. 

- Kaito? – Mikoto perguntou. 

Sasuke a olhou. - filho do Neji e Fuyuki.

- aah... – a mulher falou com antipatia. – com certeza ele é filho do Fuyuki...

Hiro e Hajime se entreolharam, sabiam o quanto a avó odiava o outro lado da família, principalmente Neji e Fuyuki, algo que aconteceu no passado que ninguém diz o que foi, fez com que Mikoto odiasse o casal. A porta abriu, Daisuke e Kyosuke entraram sendo empurrados por sua mãe.

- entrem logo suas pestes, eu pari dois ingratos. – Deidara falou irritado

- meu Deus, mãe. – Daisuke estava começando a levar para o lado pessoal.

- e parem de reclamar que eu ando armado. – Deidara falou irritado.

- vai matar a gente?! – Daisuke perguntou.

- eu te coloquei no mundo, eu posso te tirar dele. – Deidara estreitou o olhar. 

- isso é jeito de tratar eles? – Mikoto perguntou olhando para o genro. 

- cala essa sua boca Mikoto que os filhos são meus, ok? – Deidara a olhou. - porque eles são assim por causa do seu sangue ruim.

- por que você está aqui Deidara? – Mikoto falou desgostosa.

- por que você acha? Por causa do meu marido, porque se dependesse de mim eu estava na rua. Vendo as cerejeiras florescendo, meus filhos estariam em casa de castigo porque quebraram a TV da sala.

- como isso? – Hiro perguntou.

- o Daisuke jogou uma bolinha para o gato, só que ela quicou e voltou em cheio na TV. – Kyosuke deu risada. 

- e o Kyosuke gravou ao invés de impedir essa mula. – Deidara falou irritado.

- isso é culpa do seu sangue ruim. – Mikoto ironizou.

- aah claro, burrice é da minha família por se envolver com seus filhos. – Deidara a olhou. – eu e o Naruto estamos condenados.

- hey! – Sasuke falou.

- não me irrita Sasuke que eu estou surtando. Com os hormônios a flor da pele.

Itachi entrou, tinha demorado para achar uma vaga. - cheguei.

- demorou pra cacete hein! – Deidara o olhou.

- eu sei, te trouxe uns doces da máquina do corredor. – Itachi mostrou um saquinho de bolinhas de chocolate maltados que Deidara praticamente arrancou de suas mãos.

- nossa precisava trazer o seu ômega naqueles dias? – Mikoto falou recebendo um beijo em sua bochecha de Itachi.

- mãe, o Deidara está grávido de 8 meses, é óbvio que ele está com os hormônios a flor da pele. – Itachi sorriu se aproximando do loiro e tocou sua barriga.

- o Deidara está grávido? – Mikoto o olhou finalmente percebendo um pouco de saliência na barriga do ômega.

- feliz sogra? – Deidara falou com a boca suja de chocolate. - Você vai ser vovó de novo.

- seria pior se o Sasuke estivesse grávido. – Mikoto comentou e olhou para o filho ômega, Sasuke desviou o olhar, a mulher arregalou os olhos. - não...

- eu estou de 4 meses. – Sasuke falou virando o rosto.

- como vocês podem ter filhos a essa altura do campeonato? – Mikoto perguntou incrédula. – vocês estão velhos.

- está me chamando de velho sua ameixa murcha? – Deidara a olhou.

- estou, seu velho balofo!

- Itachi vou dar na cara da sua mãe. – Deidara avisou.

- mãe, isso não quer dizer nada, Hiro, Hajime e Haru já são grandes, ter um bebê não vai atrapalhar em nada. – Sasuke tentou justificar.

- é vó, estamos muito felizes por ganhar um irmãozinho ou irmãzinha. – Hiro avisou.

- estamos ansiosos para saber e assim escolher o nome. – Hajime falou. 

- fala isso por vocês, a gente já sabe que é menina. – Daisuke falou.

- e já é mimada pelos dois... – Kyosuke falou olhando para os pais.

- Kurotsuchi, ela já tem nome. – Itachi sorriu animado.

- os meninos escolheram entre Menma e Hime. – Sasuke falou.

- vai ser Hime. – Hiro sorriu. 

Mikoto olhou de um para o outro, conversavam sobre roupinhas, berços, altas de lamaze, a ômega se sentiu perdida, a porta abriu e ela olhou para o rapaz.

- oi. – Nagisa entrou. - desculpa pensei que estivesse só.

- Nagisa? – todos perguntaram assustados.

- e ae! – o garoto entrou carregando um buquê de rosas brancas. - como está tia Mikoto?

- eu estou ótima, é muito bom ver você Nagisa. – Mikoto pegou as flores. – Muito gentil de sua parte, nem os meus filhos me trouxeram flores.

- oi tia Mikoto. – Natsume entrou animado. - anikis! – ele abraçou com força Itachi e depois Sasuke.

- que isso, festa? - Daisuke perguntou.

- não. – Nagisa falou sentado ao lado de Mikoto. - estamos sempre aqui visitando a tia Mikoto.

- tia Mikoto? – Itachi e Sasuke perguntaram sem entender nada.

- vocês sabem quem ela é? – Deidara perguntou.

- claro, é a ex-esposa do papai. – Nagisa e Natsume falaram juntos.

Deidara olhou para Itachi, o Uchiha olhou para os irmãozinhos sem acreditar em quão familiarizados eles estavam com a sua mãe. Sasuke não disse nada, mas os três adultos sabiam que aquilo não ia prestar.

- SASSSSSSUUUUUUUKEEEEEE!

Sasuke suspirou. - aparentemente Naruto ainda não aprendeu a usar um celular.

********

Mika olhava para Rinko e Ikkaku os dois filhos tocavam violão clássico, Rinko ficou com a parte do dedilhado enquanto Ikkaku com a harmonia. Miyazaki segurava o violoncelo esperando sua vez. Mika acenou para ele fazendo Miyazaki começar a tocar e Mika o acompanhou com um violino. Se tinha algo que os quatro tinham em comum além da beleza e da vaidade, isso era o dom da música, desde pequenos eles aprenderam a tocar diversos instrumentos e pelo menos uma vez por mês se reunião para tocarem juntos em um quarteto de cordas. Essa tradição tinha sido interrompida graças ao sumiço de Mika, mas agora eles voltaram a praticar, os três adolescentes se sentiam enferrujados, mas Mika tinha paciência e praticaram durante essa semana em Kyoto.

Fuyuki e Neji assistiam a tudo junto com Yuuki, Aoi e Ayami, os Uchihas estavam maravilhados com a performance do alfa com seus filhos, Mika sorriu largamente ouvindo a sinfonia.

- que música é essa? – Aoi perguntou baixo, ela os gravava em segredo.

- Sonata no.3 in C major. – Neji respondeu.

- é bonita. – Ayami falou sorridente.

- muito... – Fuyuki concordou.

Os quatro Ishikawa pararam ao mesmo tempo, sendo aplaudidos. Mika sorriu. – obrigado.

- muito bem. – Fuyuki falou batendo palmas.

- por que você só ensina música clássica? – Aoi perguntou curiosa, ela sempre quis aprender a tocar violoncelo.

- guitarra qualquer um pode tocar, agora Tchaikovsky, Mozart, Chopin, os clássicos, são poucos e são imortais. – Mika a olhou.

- mas você toca guitarra. – Aoi rebateu.

- isso porque eu sou qualquer um. – Mika sorriu e piscou.

- Mika que me ensinou a tocar piano e até hoje não sei nem metade do que ele sabe. – Fuyuki comentou.

- eu quero aprender! – Yuuki correu até o piano. – papai bumbum me ensina?

- piano? – Mika perguntou. 

- piano. – Yuuki sorriu.

- pai toca aquela que tem vários saltos. – Ikkaku falou com os olhinhos brilhantes. – você sabe qual é!

Mika se sentou com ele, tocando Nocturne op.9 de Chopin, Yuuki gostava que como a música soava alegre. Todos olhavam para o alfa em um momento de serenidade, Mika tocava com graça e perfeição, Neji sorriu admirado achando a cena a coisa mais linda do mundo. Assim que terminou de tocar sorriu olhando para Yuuki.

- agora é sua vez! – Mika falou fazendo todos darem risada.

Yuuki o olhou, então prestou atenção nas teclas do piano começando a dedilhar dó, ré, mi, fá. O menino terminou e sorriu largamente. – pronto!

- o garoto tem futuro. – Mika falou animado. - vou te ensinar 

- eu gostei de tocar! Quero outra... – Miyazaki falou animado e pronto para outra música. – vamos velho!

Mika ficou pensativo, levantou abrindo o armário e tirando de lá mais dois case de violino e entregou a Rinko e Ikkaku, colocou as partituras em frente aos três filhos.

- un, deux, un, deux, trois.

Os quatro começaram a tocar juntos Allegro Moderato de Bach, Mika tocava o violino principal enquanto os três o acompanhavam. Fuyuki e Neji tiveram que engolir em seco, pois o alfa estava tão sexy nesse momento.

Aoi se apaixonou mais por Rinko, a loira parecia tão feliz nessa pequena orquestra com seu pai. A ômega tinha visto o quando a ausência dele a afetou e tinha afetado elas também. Rinko passou a sair mais com seus colegas de internato e sempre bebia, talvez tentando preencher o vazio que a ausência de Mika deixou. Com Ikkaku e Miyazaki foi pior pois eles não tinham alguém para se apoiar. Mas ver os quatro juntos dava para sentir que estavam felizes e se reconectando.

Ayami não conseguia desviar os olhos do ômega, o sorriso que Ikkaku tinha no rosto era contagiante. Ayami se pegou sorrindo junto com ele, o alfa mordeu o lábio tentando conter o sorriso bobo, mas não conseguia, ele queria beijar Ikkaku. Droga... então pensou no que sua mãe disse e o olhou, Mika estava concentrado, Ikkaku ao seu lado mostrava que estavam parecidos, mas não muito, os dois tinham algumas diferenças, mas Ayami se viu encarando Mika e o alfa de olhos vermelhos o olhou dedilhando seu violino, alfa mais novo teve que engolir em seco.

Fuyuki e Neji admiravam como os quatro estavam em harmonia fazendo a música soar limpa e afável. O casal estava orgulhoso principalmente por Miyazaki, ele já não parecia em nada o garoto respondão e malcriado de tempos atrás, e estava tão bem, até as olheiras tinham sumido. O que era maravilhoso, eles sabiam que Mika cuidaria muito bem dos filhos, e não querendo admitir, mas ele fez isso sozinho.

Os quatro Ishikawa iam chegando ao final da música plenos e satisfeitos com o trabalho em conjunto, o quarteto se entreolhou e sorriu terminando a música.

- BRAVO! BRAVO! – Neji e Fuyuki gritavam aplaudindo aos quatro.

- isso foi maravilhoso! – Aoi falou secando as lágrimas. - foi tão lindo.

- Aio não chora. – Rinko falou, sempre a chamava pelo apelido roda vez que a namorada ficava sentimental.

- não me chama assim. – Aoi falou manhosa.

O celular dos adolescentes começara a apitar. - pai... - os adolescentes falaram juntos

- onde? – Mika e Fuyuki perguntaram ao mesmo tempo.

- pista se skate!

- queremos vocês de volta antes das 23h. – Fuyuki avisou.

- nossa temos... – Miyazaki parou contando nos dedos. - 8 horas na rua!

- é mesmo? – Mika sorriu ladino. - voltem as 21h.

- porra Miyazaki! – Ikkaku falou irritado. – você tinha que abrir esse bocão.

- 20h... – Mika falou erguendo uma sobrancelha.

- estamos saindo... – eles saiam correndo antes que mais uma hora fosse cortada.

Yuuki sorriu largamente se sentando ao piano, Fuyuki se sentou ao seu lado e sorriu começando a tocar, o menino prestava atenção e se assustou ao ver Mika o pegar no colo.

-  Ainda tenho fotos de amigos na parede, suponho que não sejamos mais amigos. Talvez eu nunca devesse ter chamado aquela coisa de amigo... – Fuyuki sorriu e Mika o olhou. - Me assusto quando batem na porta quando eu não estou esperando ninguém, isso não costumava ser parte da diversão? Naquela época? Nós estaremos lá nos fundos do bar, numa salinha como a gente sempre fazia em todo lançamento de foguete. Ou qualquer grande evento... Como foi mortal escrever essa música, do começo ao fim, com você olhando. Isso fica entre nós, Steinway e seus filhos, porque esse é Ultracafona... Talvez seja a hora de você sair para passear, vestido como um personagem fictício de um lugar que eles chamavam de América, na Era de Ouro. Confie que a política vai estar por perto, quando você só estava tentando orbitar o sol. Quando você estava prestes a ser gentil com alguém, porque houve uma chance. Ainda tenho fotos de amigos na parede. Talvez pareça que eu estou perdido em pensamentos... – Fuyuki o olhou. - Mas na verdade é bem possível que não e talvez nunca estive...

Mika sorriu. - Ah, o amanhecer ainda pesa uma tonelada, eu fiz algumas coisas que não deveria ter feito... mas eu nunca deixei de te amar...

- eu quero ouvir aquela que você cantou antes de viajar...- Neji beijou o pescoço de Mika. – por favor.

- ok, mas vocês precisam me ajudar.

 

Fuyuki tocava bateria de uma forma suaves, Yuuki e Neji faziam uh bem baixinhos, enquanto Mika tocava piano.

- Eu não procuro coisas que eu sei que não quero ver, mas de alguma forma não importa o quanto eu tente

Suas palavras absurdas acabam te trazendo de volta para mim...

Raça rara, eu sou uma raça rara, mas não é o suficiente para mantê-lo aqui comigo

Um cachorro é um cachorro mesmo sem coleira

Mas eu sabia

Ah, eu sabia

Antes de pegar suas pulgas, suas pulgas, suas pulgas...

Ah, eu sabia

Sim eu sabia. – Mika parou e sorriu. - Uísque e maconha são as únicas coisas que me fazem dormir

Porque eu sei o que você faz quando está sozinho

E estou longe de você, fazendo coisas com pessoas que não posso ser

Mas logo você vai correr de volta para mim...

Um cachorro é um cachorro mesmo sem coleira

Mas eu sabia

Ah, eu sabia

Antes de pegar suas pulgas, suas pulgas, suas pulgas

Ah, eu sabia

Sim eu sabia...

- que tal irmos ao cinema? – Neji perguntou abraçando Mika.

- eu quero! – Yuuki gritou animado.

 

*****

Kaito olhava para Haru, o ômega andava com seu skate fazendo algumas manobras e pedia para Kaito gravar caso ele caísse e assim colocaria na internet. O alfa não sabia ao certo a razão, mas se sentia ainda mais atraindo por esse ômega. Realmente o amor não vê cara e nem coração.

Ele não era um ômega feio, muito pelo contrário, Haru tinha ficado mais bonito agora que cortou o cabelo e pintou as pontas de verde água, o que destacava seus olhos azuis.

- Kacchan!! – Haru se aproximou sentando-se ao lado dele. – tudo bem?

- vamos?

- para onde? – Haru perguntou animado, fechou os olhos para beijá-lo, mas Kaito se levantou. – hey!

- vou te levar para casa. Vamos. – Kaito falou com seriedade.

- o que? Por quê? – Haru perguntou confuso.

- bom, você fugiu, e seu pai deve estar preocupado com você. – Kaito falou. – e super irritado comigo por achar que eu incentivo esse comportamento.

- mas eu não quero ir para casa. – Haru falou irritado. – e eu tive que fugir, você não faz ideia de como ele está insuportável desde que descobriu que Sasuke está grávido.

- sua mãe está grávido? – Kaito perguntou assustado.

- está. – Haru o olhou. - um ômega recessivo grávido da quarta criança. Meu pai acha que foi por causa disso que eu estou com você.

- e você está? – Kaito ergueu uma sobrancelha. – porque até então você não tinha e dado nenhuma chance...

Haru o olhou assustado. - Kaito, eu gosto de você de verdade, a cada dia eu sei disso.

Kaito corou. - eu sinto isso a um tempo...

Haru o olhou animado. - e por que nunca disse?!

- Hiro e Hajime me matariam! – Kaito falou, claro que ainda existia a possibilidade, porém, eles teriam que lutar com Ayami e Miyazaki, seus irmãos mais velhos o protegeriam, assim ele esperava.

Haru abraçou o pescoço de Kaito esfregando seu nariz no nariz dele de forma carinhosa. Kaito sentia seu coração bater tão forte, Haru ia se aproximando e o mundo parecia devagar.

- CHEGAMOS! – Miyazaki gritou fazendo os dois se separarem.

Rinko estava de mãos dadas com Aoi. Assim como Ikkaku e Ayami, Kaito sorriu.

- vocês vieram de foguete? – Haru perguntou cruzando os braços.

- então o Suiichi disse que o fliperama tá pronto! – Ayami avisou mostrando o celular.

- e dessa vez sem álcool! – Miyazaki sorriu. - só refrigerante...

- nós não vamos. – Kaito avisou.

- mas eu quero ir. – Haru falou animado.

- não. Vou te levar para casa. – Kaito o olhou. 

- bom, não sei vocês, mas quero muito um quarto. – Ikkaku falou apertando a mão de Ayami.

- sem sexo. – Ayami o olhou, ele ainda não estava são o bastante para isso e tinha medo de que as palavras de sua mãe o afetassem nessa hora. - vamos fazer torneio de mortal kombat.

- vou terminar com você. – Ikkaku falou cruzando os braços.

- duvido. – Ayami falou provocando o ômega. 

Ikkaku corou virando o rosto. - idiota.

- Caralho. – Miyazaki e Rinko falaram ao mesmo tempo. - você fez o Ikkaku corar.

Aoi sorriu largamente fazendo joinha para o irmão. – bom trabalho aniki!

- então vamos? – Ayami desconversou ou ele coraria.

Os adolescentes começaram a andar até o fliperama, Ikkaku olhou para o irmão que estava sozinho.

- Miyazaki uma dúvida, agora que você não vai beber mais. Como fica o Daisuke?

- como assim, como fica o Daisuke? – Miyazaki perguntou parando de mexer no celular.

- vocês ficavam, tipo vocês até faziam coisas. – Rinko falou.

- verdade. – Ayami falou. – não sei como o tio Itachi ainda não te comeu na pancada.

- ora, ora, nossa se não é a gangue nova geração. – Kamui falou olhando para os pirralhos. - como estão?

- maravilhosos. – Miyazaki falou. – Kamui como você consegue ser tão gostoso.

- te acharam! – Kamui o abraçou. - onde você estava escondido?

Ikkaku segurou o pulso de Kamui fazendo ele soltar Miyazaki. - Kamui! - Ikkaku falou abraçando o ômega. - fiquei sabendo que está trabalhando com o meu pai.

- verdade...

- eu acho que Tobirama Júnior não está nada feliz... – Miyazaki comentou.

- quem? - Kamui perguntou e Ikkaku apontou para Kiichi. - aaah. Ele... – o ômega gargalhou. - gostei do apelido.

Ikkaku sorriu. - bom o papo está ótimo, mas temos uma partida de mortal kombat pra vencer!

- tchau Kamui! – os adolescentes falaram juntos.

- me liga seu gostoso. – Miyazaki sorriu.

- você tem quantos anos mesmo? – Kamui olhou para Ayami e Ikkaku, os dedos entrelaçados, o ômega Uchiha segurou o alfa com força. – po-por que estão de mãos dadas? – Kamui fingiu um sorriso.

- porque é assim que você anda com seu namorado. – Ikkaku o olhou não entendendo muito bem o porquê dessa pergunta.

- namorado? – Kamui perguntou assustado.

- somos namorados. – Ayami sorriu beijando a testa de Ikkaku.

- eles estão juntos há um tempo já. – Rinko falou.

- um mês. – Ikkaku e Ayami falaram juntos, sorriram e deram um selinho. 

- Aaaah que fofos... – Kamui sorriu. - vocês formam um belo casal. Muito bonito mesmo...

- Haru! – Naruto o chamou.

O ômega arregalou os olhos e saiu correndo puxando Kaito.

- VOLTA JÁ AQUI! – Naruto saiu correndo.

- menos um casal para eu segurar vela. – Miyazaki falou.  

- porra Miyazaki fica com o Daisuke! – Ikkaku falou. - não é porque ele é meu melhor amigo que eu estou dizendo isso... longe de mim...

Rinko olhou para o irmão gêmeo. - ou o Shinki!

- Shinki odeia Miyazaki. – Ayami falou.

- verdade. – Aoi falou, Rinko apertou sua mão. - O QUE? Ah, o Shinki não odeia o Miyazaki.

- então ele gosta de mim? – Miyazaki perguntou.

- claro. – Aoi fez joinha.

- eu duvido disso! – Miyazaki cruzou os braços. 

- mas espera, você não sai com ômega. – Ayami falou.

- verdade. – Ikkaku falou. - vou falar para o Daisuke trazer Sprite.

- na verdade eu não quero mais sair com alfas. - Miyazaki lembrou de Arashi e estremeceu.

- dá uma chance pro Daisuke!

- Shinki!

 

Miyazaki entrou na casa, apenas Suiichi e Metal Lee estavam lá, se o alfa Sabaku estava ali até então. Miyazaki procurou e o encontrou no canto e se assustou em como Shinki estava bem diferente. O ômega estava com o cabelo escuro agora, foi até lá tirar a limpo essa história.

- você gosta de mim? – Miyazaki perguntou para Shinki que corou todos dos tons de vermelho.

- o... que? – Shinki perguntou sem entender.

O cheiro de amendoeira se fez presente. Os feromônios de Miyazaki, Shinki respirou fundo sentindo seu corpo aquecer. Empurrou e ia sair correndo, Miyazaki o segurou.

- oi, eu estou falando com você. Para de me ignorar seu mal-educado do caralho...

Shinki estava ofegante, sentia as pernas ficando bambas. O ômega o puxou para dos quartos, Miyazaki não entendeu esse comportamento rude e maldito que Shinki tinha com ele, mas o seguiu, pois se fosse para bater em Shinki ele faria sem testemunhas.

- vai começar! – Metal Lee avisou. 

Shinki o empurrou para dentro do quarto e fechou a porta, Miyazaki o olhou sem entender.

- Shi... – ele parou ao sentir um cheiro forte, Miyazaki engoliu em seco. - você...

Shinki o empurrou até a cama fazendo Miyazaki deitar-se, o ômega subiu em seu colo abraçando-o com força sentindo seus feromônios.

- você tem um cheiro tão bom... - Shinki falou manhoso. 

Miyazaki o afastou. - você tá no cio... não, não, não...

Shinki o olhou, o ômega se aproximou beijando com delicadeza o alfa. Miyazaki abriu a boca sentindo a língua dele tocando a sua, o alfa o segurou sua cintura ajudando Shinki a se esfregar nele.

- não... devíamos... – Miyazaki falou. - você precisa de supressores.

- isso aqui é meu supressor. – Shinki agarrou o membro do alfa fazendo Miyazaki gemer baixo.

- merda... fui refutado.

Miyazaki inverteu as posições, Shinki olhava para ele tirar sua jaqueta e camiseta. O ômega passou a mão pelos músculos do abdômen dele.

- você é perfeito. Então isso é que é ser um alfa dominante?

Shinki o puxou colando seus lábios aos dele, Miyazaki começou a tirar as suas roupas.

[....]

Rinko e Aoi jogavam contra Ayami e Ikkaku. Suiichi tinha saído para encontrar com Nagisa e Daisuke para uma festa na casa de Kohaku, restando apenas os dois casais na sala, Metal Lee tinha ido para casa achando que Shinki já estava lá e o casal no quarto que ninguém sabia que ainda estava por lá

- chupa essa! – Rinko falou para o irmão gêmeo.

- vagabunda. – Ikkaku respondeu.

- Rinko... - Aoi falou manhosa.

- tá bom, tá bom. – Rinko falou. - vamos.

- aonde vocês vão? – Ayami perguntou.

- quarto. – Rinko falou. - desde que estamos morando todo mundo junto, faz tempo que não temos um momento... a sós.

- amadoras. – Ikkaku falou.

- vai me dizer que...- Rinko olhou de Ikkaku para Ayami. - vocês são podres.

- invejosa. - Ayami e Ikkaku falaram juntos. – vai lá chupar a sua namorada. Hey! É da minha irmã que você está falando.

As duas reviraram os olhos e seguiram para o andar de cima.

- vamos fazer o modo campanha. – Ayami falou.

- tem certeza de que não quer subir? – Ikkaku perguntou sorrindo sapeca.

Ayami o olhou e sorriu. - eu quero passar um tempo com você que não seja fazendo sexo.

- como um adolescente de 17 anos não quer sexo com seu lindo namorado. – Ikkaku ergueu uma sobrancelha. – você me traiu?

- não!

- então vamos lá, você deve estar louco para meter em mim...

- porque meu lindo namorado de 15 anos só pensa nisso, e não vê o fato que eu gosto de passar o tempo com ele e não só sexo...

Ikkaku o olhou sem acreditar. - isso é sério?

- eu gosto da sua companhia, amor...

- blerg! – Ikkaku falou. - isso é muito clichê.

- e sexo com um ômega dominante não é, clichê? – Ayami sorriu. - O ser mais libidinoso do mundo...

Ikkaku ponderou. - ok. Só vamos transar agora quando...?

- tivermos pelo menos 12 encontros.

- Topo! – Ikkaku falou. - mas podemos beijar certo?

- certo!

- ok! Vai ser divertido eu nunca fui um encontro antes, eu quero ir ao cinema, ao parque, nossa podíamos fazer um piquenique amanhã, só nós... – Ikkaku sorriu genuinamente feliz. - podíamos comprar aquelas camisetas que combinam? Não é muito clichê. Aaah!

- podemos...

Ikkaku pegou o celular abrindo a câmera, sentou-se no colo do namorado e bateu uma foto. - Qual é Ayami, vamos tirar outra, você precisa olhar para a câmera.

- eu gosto muito de você. Eu te adoro.

Ikakku virou olhando para Ayami. - o que você disse?

- eu disse que eu te adoro. 

Ikkaku se levantou rápido. - NÃO.

- EU TE ADORO. – Ayami segurou o rosto dele. - te adoro, te adoro...

Ikkaku saiu de perto dele sentindo o coração acelerar, o cheiro de ylang e tribulus, Ayami o olhou.

- Ikka...

- n-não, eu.... – Ikkaku o olhou.

Ayami se levantou pegando as injeções que ficavam no balcão da cozinha, o ômega não queria ter que partir para o sexo para resolver isso. Ele queria os 12 encontros.

- Aaaaah! - Ikkaku gritou.

Ayami tinha injetado um supressor nele, o calor aos poucos foi sumindo, Ayami pegou o namorado no colo pois sabia que ele ficaria sonolento.

- Ikkaku? – Rinko o chamou, tinha ouvido o grito do irmão gêmeo. - o que aconteceu?

- ele está no cio. – Ayami falou rouco. 

- precisamos levar ele pra casa. - Aoi avisou.

Rinko e Aoi foram na frente abrindo a porta para Ayami que carregava o namorado. O alfa o olhou e se assustou ao ver os olhos vermelhos o encarandoç

.......

Neji olhou para os adolescentes que entraram correndo. – mas que po...

- MÃE! – Ayami gritou desesperado.

- o que aconteceu? – Neji perguntou assustado.

- o Icchan está no cio. – Aoi avisou. 

- leve ele para o quarto. - Neji falou indo até o quarto pegar os remédios. - é o primeiro cio dele?

- é... – Ayami falou.

Neji nem se deu ao trabalho de perguntar como o filho sabia dessa informação, apenas injetou mais supressores em Ikkaku. – quando ele acordar vou levá-lo ao hospital.

 

Ikkaku abriu os olhos, virou um pouco a cabeça e viu que Ayami e Neji estavam de pé conversando, o ômega tinha sonhado com o dia em que estava no armazém do colégio. Quando disse para Ayami fazer Hideki se apaixonar por ele. Ikkaku não queria mais isso, ele não queria que Ayami olhasse para outro ômega além dele. Era um egoísmo idiota, mas ele desejava isso.

E pelo modo como Ayami o olhava nesse momento...

- Je t'adore beaucoup... – Ikkaku falou.

Ayami o olhou sem entender, mas Ikkaku estava tão fofo...

- você precisa sair daqui agora. - Neji avisou ao filho.

- Ikkaku! – Mika entrou no quarto. - eu estou aqui, vou cuidar de você...

- cadê o Miyazaki? – Fuyuki perguntou. – eu contei nossos filhos e está faltando apenas o Miyazaki.

- e o Kaito?

-  na cozinha. Acabou de chegar. – Mika avisou.

Ikkaku arregalou os olhos. – eu acho que sei onde está o meu nii-chan.

******

 

O alfa tentava de todas as formas possíveis se afastar. - eu vou morrer desidratado! – Miyazaki falou cansado, ele era jovem demais para morrer de exaustão por causa de um recessivo fogoso.

- mas eu ainda sinto dor... – Shinki choramingou.

- v-você precisa de remédio.

- você é meu remédio. – Shinki sorriu malicioso.

- Meu pai amado, socorro. – Miyazaki choramingou. – é assim que você planeja me matar, né? Filho da puta.

Shinki o beijou de forma lenta causando arrepios no corpo de Miyazaki, o alfa arfou sentindo novamente o cheiro de gipsofila. Um doce e hipnotizante. - Miyazaki... – Shinki falou olhando para o alfa.

Seus olhos pareciam ainda mais verdes que o normal. Miyazaki engoliu em seco começando a se mover, precisava acabar com isso o quanto antes e assim ia fugir.

- MIYAZAKI!

- ai fodeu... – o alfa falou ao ouvir seu pai o chamando. – é agora que eu morro, feliz seu arrombado?

- sou arrombado por causa do tamanho do seu pau me arrombando.

- Shinki do céu. – Miyazaki falou assustado.

Mika abriu a porta sentindo o cheiro forte dos feromônios do ômega.

- eu ia pra casa, mas ele não deixou! – Miyazaki se defendeu. – eu juro pela sua vida!

Mika fechou a porta.

- MIKA! PAI! ME SALVA! – Miyazaki pedia choroso.

- ele não quer interromper. – Shinki sorriu.

Mika entrou correndo injetando o supressor no ômega. Shinki gritou de dor, o cheiro diminuiu, mas não sumiu por completo. O ômega caiu em cima de Miyazaki adormecido.

Miyazaki suspirou aliviado. - ainda bem, graças a Deus.

- ainda bem nada, quero ver você explicar isso para os pais dele. – Mika olhava para um ponto no quarto para não ter que olhar para os adolescentes  

- você vai comigo, né? – Miyazaki sorriu.

- eu por acaso estava aqui cuidando do cio dele? – Mika ergueu uma sobrancelha.

Miyazaki olhou para Mika quase chorando.

- tá bom! – Mika virou. – agora se veste seu merdinha.

- eu sou maior do que você.

- já que é tão grande, vai la falar com o Lee. – Mika falou saindo do quarto.

- era brincadeira. Pai? – Miyazaki olhava para porta esperando que Mika voltasse. – pai? Você está aí né? Pai? Pai? Pelo amor de Deus o Lee vai me espancar.

 

- e foi isso que aconteceu. – Miyazaki entregou Shinki para Rock Lee. – bom é isso, tchau.

- você tirou a pureza do meu precioso filho assim como o seu pai tirou do meu marido! - Rock Lee falou irritado. - você vai pagar! Pela honra do Shinki!

- Corre! – Mika falou saindo correndo para o carro.

Miyazaki olhou para o alfa e desviou quase recebendo um chute. - aaaaaah você quase me acertou. - Miyazaki falou assustado.

- CORRE PORRA! – Mika gritou. 

O jovem Ishikawa começou a correr, Mika já estava dentro do carro, a porta de trás estava aberta Miyazaki pulou dentro carro e Mika acelerou saindo dali.

Os dois Ishikawas começaram a rir de nervoso e então gargalharam por terem fugido até verem pelo retrovisor Rock Lee, ele vinha correndo atrás do carro, Miyazaki temeu por sua vida.

- pisa fundo pai! – Miyazaki gritou.

- EU SEI ONDE VOCÊS MORAM!

- NÃO SABE NÃO! – Mika gritou acelerando mais o carro escapando dos punhos de Rock Lee.

Miyazaki mostrou o dedo do meio.