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História Flores de Platina - ABO - Sabugueiro.


Escrita por: eeveemochi

Notas do Autor


Vamos lembrar um pouco da família?

Família Senju-Uchiha:
Madara Uchiha e Hashirama Senju
Filhos: Obito,Fuyuki,Sarada,Eien, Itsumo
Netos: Hideki,Kanji,Kamui,
Takashi&Takeshi
Ayami,Aoi,Yuuki
Sora,Hina&Tsuki

Família Hyuuga
Hiashi ex mulher mãe do Neji , outra ex Kaguya, atual Tenten
Filhos: Neji,Hinata,Hanabi, Eri, Mizuki & Retsuko
Netos: Aya,Kaito&Aoi, Yuuki
Kiara,Kiyomi,Kuromi
Naoki

Família Uzumaki-Namizake
Minato Namizake e Kushina Uzumaki
Filhos: Nagato,Deidara,Ino, Naruto, Akane
Netos: Akiko e Akira
Daisuke e Kyosuke
Miyazaki,Rinko,Ikakku e Inojin
Hajime,Haru e Hiro

Família Uchiha-Senju
Tobirama Senju e Izuna Uchiha
Filhos: Kiichi,Iori,Kazumi, Shiro,Yasuhiko, Miyako,Guren
Netos: nenhum por enquanto


Eu tenho grandes planos para essa história, porque... bom, cada um dos filhos deles vai se deparar com problemas que nem mesmo o segundo gênero pode ajudá-los.

Então são temas que eu acho um pouco pesado por isso sempre segue com um aviso, mas no geral vai ser tudo tranquilo.

Claro que vamos ter a participação de personagens queridos interagindo com seus filhos ou simplesmente sozinhos.

Vamos ter alguns flashbacks.

Vamos ter bastante enredo nessa segunda temporada, pois na primeira eu só queria juntar o Neji e o Yui. Nessa o Ayami quer o Hideki mas temos alguém no caminhos. O triângulo amoroso que foi visto com Neji, Fuyuki e Mika, vai ser retratado agora com Ayami, Hideki e o noivo dele. Mas vamos tambem ter esse maravilhoso trisal, será que finalmente vão ficar juntos?


Lembra que na primeira temporada eram flores na capa?

SEGUNDA TEMPORADA vai ser imagens que me lembram alguns personagens.

Enfim, sem mais delongas boa leitura

Capítulo 2 - Sabugueiro.


Fanfic / Fanfiction Flores de Platina - ABO - Sabugueiro.

“Mika terminava de beber sua vodka, a bebida descia amarga, estava cheio de nós na garganta, estar naquele apartamento vivendo sob o mesmo teto que aquele casal o deixava doente, ele já não dormia, comia ou vivia, tudo que ele dizia, sentia e demonstrava era apenas uma fachada, uma bela mentira bem contada e mascarada com um sorriso lindo. Mika não era sincero, talvez não conseguisse mais ser, uma verdadeira tragedia, ele caminhava pelo corredor e entrou no quarto do bebê. Se encostou na porta dando os últimos goles, segurou a garrafa com força e olhou para o bebê de seu amor.

Ayami dormi sob o olhar atento de Wolf, seu cão de guarda, o alfa Ishikawa observou o bebê, era um ritual, esperava todos dormirem, ia para o estúdio compor, se embriagava e ia para o quarto do bebê observar Ayami dormir.

Quanto tempo ia levar até essa sensação sumir?

Quanto tempo ia levar para ele se afastar definitivamente e Mika ser só uma lembrança?

Por que sentia essa maldita obsessão por Fuyuki?

Por que ele não conseguia machucar Fuyuki da mesma forma que ele o machucou?

E não foi por falta de oportunidade, noites atrás quando Wolf o chamou para ajudar Ayami, Mika o pegou no colo pronto para acalmá-lo, então uma ideia surgiu. Por que mão levar o bebê embora?

Isso machucaria a ambos, certo?

Então Mika arrumou uma pequena bolsa de fraldas, pegou seu passaporte e bem, ele iria viajar com seu filho, tinha pensado nisso durante um tempo, fez um passaporte falso para Ayami em um surto de melancolia e embriaguez, Miyazaki Ishikawa foi o nome colocado e bem, agora que estava ali era a hora certa.

Pegou o bebê e o cachorro, afinal seria uma vingança dupla, colocou o Ayami na cadeirinha do carro que se encaixava também no carrinho de passeio, pagou um carro particular e foi até o aeroporto, um voo de primeira classe para Paris, levaria o filho dele e o cachorro. Tinha comprado as passagens e quando chegou ao portão de embarque Mika parou.

Olhou para Ayami, o bebê dormia no carrinho como se nada estivesse acontecendo, mas ali era o ponto crucial de suas vidas, se atravessasse esse portão criaria Ayami como seu filho, sumiria do mapa e nem mesmo Fuyuki seria capaz de encontrá-lo, se ele realmente queria Mika fora de sua vida, ele iria embora sem arrependimentos. Então por que ele não conseguia seguir com seu plano?

Mika se sentou no chão do quarto de Ayami, abraçou as pernas e começou a chorar.

- Ninguém te ama quando você está arruinado

Ninguém te enxerga, quando você está extasiado

Todo mundo é empurrado para a responsabilidade e o dinheiro

Eu coçarei as suas costas e você coça as minhas

Eu tenho atravessado para o outro lado

Eu o tenho mostrado tudo, eu não tenho nada a esconder

E você continua me pedindo para eu amar você, o que é isto? O que é isto?

Tudo o que eu posso lhe dizer é que isto tudo é o show biz...

Eu tenho atravessado a água agora, por tantas vezes

Eu tenho visto o feiticeiro de um só olho guiando os cegos

E você continua me pedindo para eu amar você, o que você disse? o que você disse?

Todas as vezes que eu coloco meu dedo aí, ele sempre escorrega

Eu acordei de manhã e estou olhando para o espelho para ver

Então eu estou deitado na escuridão e eu sei que não consigo dormir

Ninguém te ama quando você está velho e grisalho

Ninguém precisa de você quando você está pernas para o ar

Todo mundo comemora nos seus aniversários

Todo mundo te ama quando você está a seis palmos de terra... - Mika sorriu seca do as lágrimas.

Ayami acordou no meio da música, quando Mika ficou quieto ele se sentou olhando para o alfa. – pa pa.

Mika o olhou incrédulo. - o que?

- pa! Pa...

Pela primeira vez desde que chegou ao Japão Mikaku se sentiu amado, era amado por aquela criança que jamais seria sua."

 

"Ayami andava de um lado para o outro ansioso, não sabia dizer o porquê, mas só de ouvir o nome do alfa Ishikawa ele começou a se animar, era sua festa de aniversário e Mika estava atrasado. Anos se passaram e aquela sensação de que Mikaku Ishikawa era seu pai jamais sumiu, Ayami se sentia filho do ator, gostavam dos mesmos desenhos, tinham os mesmos passatempos e recentemente Mika o deixou dar um gole em seu copo, Ayami quase morreu com aquela bebida amarga e quente. Era um elo que eles criaram, Ayami sabia que Mika era seu “tio”, que le tinha uma família e filhos, mas no coração de Ayami, ele sempre único e especial para Mika.

Fuyuki encerrou a chamada e suspirou, Neji olhou para seu marido e ambos sabiam o quanto isso ia ser decepcionante. Há uns meses o casal vinha se desentendendo com o vocalista da The apacheman & the sailor moon, Mika passou por um evento traumático, depois do acidente de seu filho caçula o alfa se afundava dia a dia em bebidas e bem, foi enviado para reabilitação duas vezes, claro que o casal Uchiha tentou ajuda-lo, mas Mika se afastava mais, ate que ele decidiu ir.

- esquece, Mika não vai aparecer. – Fuyuki avisou.

- o que? – Ayami perguntou assustado. - Por quê?

- Mika está indo para Los Angeles, ele vai morar lá por uns anos. – Fuyuki colocou o celular na mesa. - está indo hoje.

Neji olhou para o marido, Fuyuki pegou as chaves do carro e seu casaco, pela marca o ômega sentia que Mika estava hesitante, no dia anterior tiveram uma briga feia, assim como Ayami e Miyazaki, os dois perderam o controle chegando à agressão física. Fuyuki saiu indo atras de Mika, precisava ser rápido.

- nã-não, ele não pode ir. - Ayami começou a chorar.

- Ayami, eu sinto muito. - Neji falou abraçando o filho mais velho. – sinto muito mesmo...

- a culpa é minha! – Ayami gritava. – eu disse aquilo ao Miyazaki, a culpa é minha...”

 

- Por que eu tenho que ir mesmo? - Ayami perguntou olhando para os seus pais, o rapaz não estava de bom humor, quer dizer, quem ficaria de bom humor ao saber que estava sendo usado.

Fuyuki olhou para ele, o alfa Uchiha casado com Neji, mesmo depois de longos anos os dois continuavam juntos, firmes e fortes, tinham quatro filhos, Ayami o mais velho de dezessete anos, alfa dominante. Os gêmeos Aoi e Kaito, ômega e alfa de quinze anos, e Yuuki o caçula de oito anos. Não era nada fácil criar os filhos depois que aprenderam a responder e claro, a questionar tudo.

O pior de todos era o mais velho, Ayami era uma criança gentil que foi dominada por uma obsessão nada saudável por Mikaku Ishikawa, Fuyuki sabia que foi um imenso erro atras do outro no relacionamento com o alfa, mas o que ele podia fazer agora depois dos danos colaterais?

O alfa mais velho parou de fazer o nó da gravata borboleta e olhou para o filho mais velho. - Me dê dois motivos por que você não precisa ir. Se forem bons o suficiente eu te deixo ficar em casa. 

Ayami cruzou os braços. -  Que saco... – falou irritado e saiu do quarto.

- Modos garoto. – Fuyuki alertou.

Neji se aproximou do marido e sorriu. – tem certeza de que vai dar certo?

- precisamos conversar, não?

- eu não sei..., mas não custa nada tentar.

 

[.....]

Ayami e sua família entraram na mansão, seus irmãos conversavam sobre como o lugar era elegante, um baile de máscaras como festa de ano novo, era simplesmente um espetáculo, no convite mostrava que a opção de vestimenta era black tie, o termo “Black Tie” indica que o anfitrião espera que todos vistam smokings com gravata preta, não importando os modelos, os alfas usavam smoking completos, já os ômegas optavam apenas pelo paletó ou camisas de tecidos nobres, alguns até usavam vestidos longos.

O adolescente usava uma máscara escondendo todo o seu rosto, o ambiente era calmo e tranquilo e a casa estava cheia, Ayami olhava ao redor vendo rostos familiares, todos usavam roupas chiques e bonitas para a virada de ano, ali ele conseguiu ver seus tios Obito e Kakashi com seus filhos, Hideki o filho mais velho, ômega de vinte e quatro anos. Kanji um alfa de vinte e três anos. Kamui um ômega dominante vinte e dois anos, e os gêmeos yin e yang, Takashi e Takeshi, dois alfas de dezoito anos. 

Izuna e Tobirama também tinham arrastado seus filhos para a festa, Kiichi de vinte e oito anos, Iori de vinte e seis anos, Kazumi de vinte e três anos, Shiro de vinte e dois anos (o único filho ômega do casal Senju), Yasuhiko de vinte anos, Miyako de dezenove anos e o caçula Guren de dezoito anos. Kamui conversava com Shiro enquanto bebiam o que parecia ser champanhe, os dois ômegas comentavam sobre os looks dos convidados e como estavam ansiosos para ver Mika.

- vamos dar oi para o Deidara. – Neji avisou puxando o marido. - antes que ele surte, se lembra da última festa que saímos antes de falar com ele?

- vamos. – Fuyuki o seguiu. 

Ayami continuava caminhando pelo local, seus tios conversando de forma animada. Deidara e Itachi trouxeram seus dois filhos. Daisuke de dezesseis anos e Kyousuke quatroze anos, ambos eram ômegas dominantes assim como Deidara, eles conversavam com Naruto e Sasuke, e seus trigêmeos Hajime, Hiro, alfas, e Haru o único ômega, de dezesseis anos.

Boruto, Sarada e Mitsuki e seus três filhos Hina, Tsuki e Sora, conversavam com os recém-chegados de uma viagem de quase quatro meses, Shisui e Sasori com seus dois filhos logo ao lado, Suuichi, um alfa de quinze anos e Hasuko de quatorze anos, um ômega. Os dois adolescentes ruivos de olhos pretos pareciam incrivelmente entediados em ter que ficar ali, Ayami estava tendo uma ideia mirabolante.

Kiba e Hinata brigavam com as trigêmeas Kiara, Kuromi e Kiyomi. As três garotas de quatorze anos conversavam entre si cochilando algo, dando risadinhas provocativas. Tenten e Hiashi bronqueavam Kiyomi, enquanto Mizuki e Eri riam do irmão, os três filhos do casal Hyuuga pareciam ter aprontado. 

Gaara e Lee conversavam com Temari e Shikamaru, enquanto seus filhos pegavam champanhe escondido. Metal Lee quinze anos e Shinki quatorze anos, Miya de dezessete anos e Shikadai de quinze anos.

Ayami continuou andando sem falar com ninguém até ouvir a voz de seus avos, ele se aproximou ouvindo um pouco da conversa.

-... ele volta e acha que pode nos comprar com uma festa? – Madara fala irritado. – ele não tem noção da gravidade da situação.

- Mika foi embora por um motivo, por que você se irrita com isso? – Hashirama perguntou. – nosso filho fez isso com ele também.

- não foi o fato dele ir embora e sim de sumir. – Madara comentou.

- eu entendo ele... – Hashirama precisou engolir o choro.

- entende?

- ele perdeu o filho de uma forma tão trágica, então como viver no mesmo lugar que... – Hashirama perdeu o folego se lembrando do que aconteceu.

Foi há seis anos atrás, Mika estava participando das gravações de um filme, na época seu filho mais velho, Miyazaki, estava com dez anos, os gêmeos oito e Jun apenas seis anos. Ino cuidava do filho caçula, Inojin que tinha apenas dois anos, o casal não estava em bons termos, Mika era quem passava a maior parte do tempo com os filhos e bom, nesse dia ele se atrasou. Estava tarde da noite quando Jun acordou procurando por seu pai, Miyazaki costumava ficar até tarde acordado jogando em seu computador e bem, Jun estava com fome. Foi até o quarto do irmão mais velho pedindo algo para comer e não o encontrou, Miyazaki estava do lado de fora brincando com Benji, Jun ouviu toda a brincadeira e queria participar. Sem perder tempo ele correu para brincar também, nesse meio tempo Miyazaki teve que ir se esconder pois ouviu um barulho estranho, indo para o outro lado da casa ele se escondeu antes que Mika ou Ino o achasse e esqueceu de fechar a porta da sala que dava acesso ao quintal e a piscina. Tinha sido um dia divertido com seus irmãos na piscina, Jun gostou muito de brincar lá e queria ir de novo.

Mika entrou em casa, tinha sido um dia exaustivo no set de filmagem e so queria se demitir, ouvindo algo cair na piscina, Benji tinha o costume de pular na água para se refrescar no meio da noite, o alfa suspirou e se assustou ao ver Benji vir recebê-lo, teve um péssimo pressentimento com isso e correu até la, Jun estava no fundo da piscina, o alfa se desesperou, não sabia nadar, mas mesmo assim pulou na piscina, Mika gritava pedindo ajuda e Miyazaki veio ajuda-lo, conseguiram tirar Jun na piscina, porem ele estava desacordado, Mika tentou fazer os primeiros-socorros, seus gritos acordaram todos da casa e alguns paparazzi perto dali saíram correndo tirando fotos daquele momento.

Jun chegou com vida ao hospital, mas desacordado e em estado grave, dois dias depois ele parou de respirar, Mika e Ino jamais conseguiram se recurar dessa perda e se afastaram, Miyazaki no enterro do irmão teve a infelicidade de contar isso a Aami que usou isso contra ele diversas vezes. Madara foi testemunha de todo o processo de luto de Mika, e ter ido embora só mostrou que ele jamais conseguiria se perdoar por ter deixado os filhos sozinhos.

Madara o abraçou. – me desculpe, eu fui um...

- idiota. – Hashirama falou. – foi, Mika voltou por alguma razão e ele vai precisar de apoio.

- isso. Vamos procurar Mika, eu quero abraçá-lo – Madara falou.

- vamos.

Durante anos Ayami ficou quieto sobre incidente, geralmente ele não comentava sobre isso, mas ver Mika ir embora foi algo que o afetou de forma indescritível e ele sabia o porquê ele se foi, no dia em que discutiu com Miyazaki, Ayami disse que ele era quem deveria ter morrido no lugar do irmão, pois foi graças a Miyazaki que Jun estava morto, Mika ouviu aquela conversa e brigou feio com Ayami, o garoto pediu desculpas, mas foi em vão. Mika era como seu pai, estava lá em momentos importantes, por conta de uma briga ele se foi. E como um covarde ele fugiu, pela primeira vez em quatro anos Ayami estava bem, já não se sentia tão frustrado como antes, foi uma mudança drástica e bem, ele era apenas uma criança quando o viu ir embora.

Ayami sem que ninguém percebesse foi para o andar de cima, ele seguia seus instintos e parou em frente a uma porta preta, hesitou por um tempo, até que finalmente abriu dando de cara com o quarto dele, não deveria ter subido até os quartos, mas o fez, precisava conversar com ele, cara a cara. Mika estava em pé arrumando sua gravata borboleta.

- não acha errado deixar seus convidados esperando?

Mika virou olhando para Ayami. - Minha nossa garoto, eu me esqueço de como você está grande.

E como se nada houvesse acontecido, Ayami cedeu, aquela criança abandonada ainda precisava dele.

- pai. - Ayami foi até ele e o abraçou.

Mika se sentiu amado pela primeira vez em anos, dizer que viver longe de tudo e de todos nesses anos foram desafiadores, tinha seus filhos, mas era diferente com Ayami, se conheceram em um momento crucial para Mika, ele amadureceu junto com Ayami, o ensinou a engatinhar, falar e a andar, ele estava lá e ficar longe, Mika soluçou começando a chorar e se afastou de Ayami.

- tudo bem?

- desculpe, é a emoção. – Mika sorriu secando as lágrimas, pigarreou. - eu não consigo evitar de chorar ao ver o quanto você está grande, nossa...

- eu senti sua falta. – Ayami finalmente falou, engoliu em seco e continuou. - por que você foi embora?

- eu precisava trabalhar.

- e não podia telefonar? – Ayami sorriu deixando algumas lágrimas escaparem. - Mandar uma mensagem sequer? Eu esperei feito um idiota pela pessoa que eu considero meu pai voltar, mas você nunca voltou, até duas semanas atrás, quando você apareceu na minha festa como se nada tivesse acontecido, e agora? acha que vamos ser melhores amigos de novo?

Mika engoliu em seco. - eu sinto muito.

- eu tenho 17 anos, você perdeu minha adolescência toda praticamente, eu tinha tanto para te contar, eu tentei ligar, eu tentei mandar mensagem... meus pais, meus avós todo mundo ao meu redor dizia que era o melhor, pois... você precisava viver sua vida. Mas eu não conseguia viver sem você, eu também perdi, não foi só você.

- eu sinto muito, mas está certo, eu também precisava viver! – Mika falou irritado. Eu não sou seu pai, não sou nada seu, sou apenas o idiota que amava o seu pai e veio para o Japão tentar reconquistá-lo. Eu sinto muito Ayami por ter ido embora, mas não é minha culpa você ficar esperançoso, é sua. Eu tinha que cuidar dos meus próprios filhos e você não é um deles.

Ayami engoliu em seco. - feliz ano novo. - e saiu do quarto.

O jovem alfa marchava de volta para a sala onde haveria a festa, diria que estava com dor de cabeça e iria embora, andava tentando não errar o caminho, virou em um corredor esbarrando em alguém.

Ayami o segurou por reflexo. - sinto muito, você se machucou.

- não, desculpe eu estava distraído. - Ikkaku o olhou e sorriu ao perceber quem era. - Ayami! Nossa quanto tempo?! Eu queria te agradecer por não nos expulsar da sua festa e por ter me levado aquela outra festa. Eu me diverti tanto...

- sério? – Ayami segurou seu rosto. - Quer vir para outra festa?

Ikkaku ponderou e concordou. – quero...

Ayami sorriu. – vamos?

- espera, e os meus irmãos? – Ikkaku perguntou.

- eles vão nos achar...

Ikkaku o seguiu colocando sua máscara, Ayami pegou o celular mandando mensagem para todos os seus amigos, os adolescentes conversavam com seus pais e saiam da festa rumo ao fliperama, Miyazaki e Rinko ainda estavam no quarto esperando a chegada de Ino para poderem sair. Ikkaku mandou mensagem para os dois pedindo que fugissem antes dela aparecer.

Mika suspirou, começou a tossir pegando seu lenço, a crise passou depois de alguns minutos, ele olhou para o lenço e se deu conta que era verdade, ele guardou seu lenço e saiu do quarto, tinha convidado a todos para um baile de máscaras em uma festa de ano novo, o alfa vestiu sua máscara caminhando até a sala, era uma casa nova, sem moveis. Fez tudo às pressas, Ino queria promover sua nova linha de roupas. Mika apenas queria uma festa com todas as pessoas que abandonou, estavam todos ali. Principalmente as duas pessoas que ele abandonou.

Miyazaki e Rinko saiam de seus quartos quando Mika os olhou.

- eu já ia chamá-los, vamos?

- pai, mas e Ino? – Miyazaki perguntou.

- não vamos esperar ela, onde está Ikkaku? – Mika perguntou.

- já desceu papai. – Rinko falou e sorriu. – vamos?

Fuyuki e Neji conversavam sentados esperando pelo alfa, foram anos tentando entender o que tinha acontecido e quando pensaram que jamais veriam Mika novamente ele surge como se nada estivesse acontecendo.

Mika entrou na festa junto com os filhos, Rinko e Miyazaki o seguiam cumprimentando amigos e familiares.

Neji se levantou ao vê-lo se aproximar. - olá Mika.

- Neji. Fuyuki. – Mika sorriu e voltou a cumprimentar os outros convidados.

O casal não entendia o porquê daquela frieza toda, afinal ainda tinham uma marca, então por que Mika estava agindo daquela forma?

Madara e Hashirama olhavam para o jovem alfa, seus filhos ao seu lado, Miyazaki segurava a bengala dele, Mika andava devagar, se perguntavam o que tinha acontecido com aquele alfa sadio.

Deidara e Itachi sorriam ao vê-lo se aproximar, conversaram e assim outros se juntavam a conversa, Neji achou isso ultrajante, ele podia conversar com os outros, mas com ele não. O ômega se levantou caminhando até ele, Rinko sorriu ao ver Neji.

- tio Neji, como vai?

- muito bem e você? – Neji sorriu cordial.

- eu estou muito bem. – a alfa sorriu.

Neji o olhou, Mika usava uma máscara metade preta e metade branca, seus olhos pareciam mais vermelhos, seu cabelo estava grande ao ponto dele conseguir prendê-lo. O ômega se aproximou dele furtivamente, Mika virou se assustando com o quão próximo Neji estava.

- podemos conversar? - Neji perguntou

Mika o olhou. - vamos ao meu escritório.

Fuyuki observava tudo de longe, assim que percebeu a movimentação dos dois foi para o lado de seu marido, o casal o seguiu pela sala de estar, caminharam pelo corredor indo para uma área reservada, Mika abriu a porta do escritório deixando-os entrar, Neji se sentou em um sofá enquanto Fuyuki ficou de pé olhando os livros, Mika se sentou em outro sofá ainda segurava seu copo de vodka.

- como está? – Neji perguntou.

- estou bem e você?

- bem...

Mika balançou a cabeça concordando, olhou para o alfa atrás de Neji, Fuyuki estava de costas andando pelo escritório, olhava os livros, as fotos, era a casa de Midori Ogawa, Mika não pensou muito antes de levar seus filhos até ali. Seu segredo poderia ser revelado, mas Mika pouco se importava.

- mesmo? – Neji perguntou.

Mika olhou para cima encarando o teto, Neji se levantou sentando-se ao lado de Mika, segurou a mão dele beijando seus dedos, estava trêmulo, Mika parecia estar em conflito, pela marca o casal conseguia sentir algo estranho, uma sensação muito ruim.

- eu senti muito sua falta. - Neji falou por fim.

- eu também... – Mika falou rouco.

- e por que não voltou antes? – Fuyuki perguntou irritado. - estávamos bem, você estava bem e seus filhos estavam aceitando nosso relacionamento.

- porque eu precisava salvar meu casamento... – Mika o olhou. - vocês não entenderiam, afinal eu era o único que tinha que renunciar a algo. Independente dos lados eu era a pessoa que ia renunciar a algo, eu escolhi meu casamento, ir para uma cidade onde Ino poderia ser a estilista que sempre sonhou, onde meus filhos iam estudar em boas escolas e eu ia trabalhar em filmes famosos.

- Mas do que adiantou? – Fuyuki perguntou com ironia. - você conseguiu tudo isso?

- não... eu não consegui. Pelo contrário, minha vida lá foi mil vezes pior do que imaginei, Ino trabalhando até tarde ao ponto de nossa relação chegar a um colapso. Ela alugou um apartamento no centro para ficar sozinha, meus filhos se envolvendo com pessoas erradas, eu não tinha controle indo de nada. Foram quatro anos longe de vocês... eu não me sinto bem sabe. – Mika olhou para o casal. - eu fugi querendo magoar vocês, porque eu queria que pelo menos uma vez fossem atrás de mim, que pelo menos uma vez na vida eu fosse desejado. Mas isso não aconteceu... então não venham querer me dar sermões, ou acharem que algo ainda existe entre nós. Porque não existe. – Mika terminou sua bebida e se levantou. - feliz ano novo. - e saiu voltando para festa.

Mika andava com a ajuda da bengala, se sentia sufocado, suava frio, antes que fosse ao chão Madara o segurou. Mika se agarrou a ele, tentava respirar, mas parecia um trabalho ardiloso.

- hey...

- quarto, m-me ajude a ir para o quarto.

Madara o segurou pegando no colo, Mika o guiava para onde deveria ir, entrou em uma suíte e o deitou, Madara o olhou, estava pálido, sua boca estava azulada. O alfa Ishikawa lutava para tirar sua gravata, seus dedos tinham perdido a cor, Madara se aproximou ajudando-o.

- que está acontecendo? – Madara perguntou.

- eu... não... consigo... respirar...

- eu vou ligar para a emergência.

- n-não... armário.

Madara virou indo até o armário e o abriu, parecia um arsenal hospitalar, tanques de oxigênio, desfibriladores, remédios e mais remédios. Era assustador. Madara pegou um dos tanques levando até Mika, ele ajudou o Ishikawa, colocou a máscara de oxigênio abrindo a válvula.

- obrigado. – Mika falou e o olhou. – por favor Madara não me olhe assim.

- o que foi isso? – Madara perguntou. – O que está acontecendo aqui? E por que tantos remédios?

- obrigado pela ajuda, você já pode ir. – Mika falou tirando sua máscara para o baile e colocou o oxigênio.

- então eles não te contaram?

- me contaram o que? – Mika ergueu uma sobrancelha.

- vocês não conversaram? – Madara riu nasalado achando toda essa situação uma merda. - sabe Mika, aqueles dois foram atrás de você logo no começo, aparentemente você estava em uma gravação Fuyuki chegou a implorar para Ino para deixá-los ficar e conversar com você. Ela usou seus seguranças e os expulsou, dizendo que eram suas ordens, depois disso seu número mudou, seu e-mail é rodas as contas sociais eram controladas pela sua assistente. Fuyuki e Neji iam atrás de você... eu entendo sua situação, você perdeu um filho, mas aqueles dois estavam dispostos a cuidar de você, enquanto você só se afastava...

Mika engoliu em seco e fechou os olhos.

.....

Miyazaki virou outra dose como se tomasse água. - isso aí! Eu amo o Japão!

- vai com calma. - Ayami falou olhando para o amigo, estava assustado com a quantidade de álcool que o Ishikawa tomava.

Rinko e Miyazaki conseguiram fugir da festa antes que Mika saísse de sua reunião com os pais de Ayami.

Estavam jogando pingue-pongue cerveja, porém substituíram cerveja por saquê quente, Ayami e Kaito contra Miyazaki e Ikkaku. E Miyazaki perdia de propósito. 

- você é péssimo nii-chan. – Ikkaku falou virando a dose dele.

- eu não sou obrigado a ouvir isso de você pirralho.

Ikkaku olhou ao redor. - achei algo mais interessante, tchau.

- Rinko! – Miyazaki chamou ao ver o irmão caçula indo em direção de alguns alfas 

- eu não vou beber. – Rinko avisou cruzando os braços. 

- você é uma péssima imouto-chan. – Miyazaki falou.

- e você um péssimo nii-chan, vamos aproveitar sem encher a cara. – Ikkaku pediu. – por favooooor...

- não.

- bom eu tentei. – Rinko deu de ombros.

O jogo continuou até todos estarem bêbados demais. Rinko beijava Aoi em um canto, Miyazaki tinha sumido como ele sempre fazia, Kaito conversava com Kamui e Ikkaku.

Hideki estava em um canto conversando com alguém no celular. Ayami nunca foi do tipo que desejava nada que era dos outros, mas desde seu aniversário ele tinha esse sentimento egoísta o consumindo, ele queria Hideki, pois lá no fundo, esse pequeno alfa sabia que Hideki era dele. 

- saco. - Ayami sentia suas presas coçando.

 

.....

Mika olhou para o celular, eram 3 da manhã o alfa se se mexeu na cama tentando não acordar a esposa, então se lembrou, ela não estava ali. Era como um membro amputado, ele sentia a presença de alguém ali na cama, mas estava sozinho.

Levantou e pegou as chaves do carro, se tinha algo que ele jamais imaginou era que ele não estaria bebendo em uma noite de ano novo, e que teria que ir buscar os pivetes em alguma festa, os tempos mudaram, para algo pior. Mika tinha uma certa obsessão em ser muito irresponsável com seus filhos, ele tinha sido um pai ausente nesses quatro anos, mas ele queria se redimir, por isso estavam ali. Ele ia recuperar o tempo perdido e aproveitar o tempo que ainda tinha, acessou o celular de seus filhos buscando a localização. Entrou no quarto e foi atras deles.

Ayami, Kaito, Aoi e Rinko cantavam bêbados no meio fio completamente bêbados, Mika riu, Neji surtaria se soubesse disso, Mas algo chamou sua atenção. Miyazaki aos beijos com Daisuke.

- AI CARALHO MIYAZAKI, ITACHI VAI TE MATAR! – Mika gritou.

Miyazaki parou cambaleando e caindo no chão, Daisuke olhou para o seu tio. 

- por favor não conta nada para o meu pai. - Daisuke pediu. 

 

.......

Ayami abriu os olhos sentindo o mundo girar, viu ao fundo alguém na janela fumando, o cheiro doce o fez reconhecer a pessoa. - papai?

O alfa virou olhando para Ayami. - Caralho olha só como você está grande, está tão grande que já pode sair para se embriagar seu inconsciente. – cada palavra pingava sarcasmo e ironia. 

- e você não mudou nada... – Ayami sorriu. - você continua tão jovem 

- não tente puxar meu saco. Eu sei que continuo com a mesma cara de quando tinha vinte anos.

- não estou tentando puxar seu saco, estou sendo sincero.

E era verdade, Ayami não estava mentindo. Mika permanecia com a mesma cara de quando era mais novo, parecia ter eternamente 23 anos e isso irritava muita gente, principalmente Madara. 

O alfa sorriu. - parabéns, esse é o seu primeiro porre. – entregou remédio e água a ele. – assim espero que seja.

- como você aguenta? – Ayami se sentou na cama aceitando o remédio. Na realidade não era o primeiro porre, mas era o primeiro que recebia ajuda.

- eu sou muito velho, e pelo que vejo o álcool está dizendo que é um veneno para o seu corpo.

- se é veneno por que você bebe? – perguntou antes de beber o remédio.

- porque tem coisas dentro de mim que precisam ser mortas. – Mika falou em tom monótono. - posso saber por que o meu bebê se embriagou com vinho de arroz e saquê quente?

- bom, sabe como é né? Era ano novo, eu queria comemorar... – Ayami sorriu, mas Mika não caiu na desculpa. - e meus pais estão um saco ultimamente. – Ayami o olhou e engoliu em seco. - como você conseguiu ser marcado com pessoas assim?

- eu ainda sou marcado. – Mika mostrou o pescoço surpreendendo o jovem alfa. - seus pais só querem o melhor para você Ayami. Você fez dezessete anos há duas semana, vai com calma, eu queria ter tido pais assim, tudo teria sido diferente para mim e para o meu irmão. 

Ayami se recordou de Midori contando histórias de quando Mika e ele eram crianças, Midori era o marido de Fugaku e tinham gêmeos. Nagisa e Natsume. Ayami apenas ponderou e suspirou, ele não era do tipo que bebia, mas ele bebeu para esquecer...

- aconteceu alguma coisa enquanto eu estive fora? – Mika perguntou.

Ayami desviou o olhar. - Aconteceu muita coisa, mas ficar falando de passado não é meu forte, afinal tenho problemas maiores.

- tipo quais?

- eu descobri que ele está noivo.

- Hideki? – Mika perguntou mesmo sabendo da resposta. 

- é...

- e daí?

- e daí? Hideki é o meu par destinado. - Ayami olhou para Mika. – você não entenderia.

- como não? Eu tenho que ver o ômega que nasceu pra mim, casado e feliz. – Mika se levantou pegando o copo da mão do adolescente. - eu literalmente morro aos poucos por não estar com ele. 

- quem é o seu ômega? – Ayami perguntou muito curioso. Mika era casado com uma alfa. Ou seja. ambos renunciaram a seus destinados. 

- isso não é da sua conta pivete. – Mika deu um peteleco na testa dele 

- aí! qual é... – Ayami falou esfregando a testa.

Mika riu nasalado. - acorde os outros e venham comer.

Ayami olhou para o lado onde dormia agarrado com Miyazaki que estava apenas de cueca. O alfa Uchiha se olhou e viu que também estava só de cueca. - eu jamais vou beber de novo.

 

Mika olhou para o garoto se sentindo desconfortável. Kaito bebeu o remédio sob o olhar atento de seu tio Mika, o garoto de olhos vermelhos sorriu em agradecimento. O alfa Ishikawa sentiu seu coração acelerar apenas com esse simples gesto. Miyazaki entrou na cozinha e sorriu para o pai. 

- bom dia Mika! – Miyazaki o abraçou aproveitando que ele estava de costas, o adolescente era pelo menos 7 cm mais alto que o pai. 

- vocês não deveriam beber tanto. – Mika falou se soltando.

- você bebe. - Miyazaki falou provocando o mais velho. -  pra caralho, você deveria ser a última pessoa a me dizer isso. 

- não sabia que você queria ser igual a mim. – Mika falou sorridente sabia o quanto Miyazaki odiava se parecer com ele. 

- nem morto. – Miyazaki sorriu largamente.

- bom, então você está a um passo disso acontecer, pois eu vou avisar o Itachi que você estava quase comendo o Daisuke.

O sorriso dele morreu. - EU O QUE? NÃO FAZ ISSO... O TIO ITACHI VAI ME MATAR.

- isso soa como um problema que não é meu. – Mika deu de ombros e saiu da cozinha.

- você tá tão morto. – Kaito falou provocando o amigo.

- quem tá morto? – Aoi perguntou entrando na cozinha com Rinko. 

- seu cunhado. Miyazaki. – Kaito provocou.

- ele pegou o Daisuke? - Rinko perguntou.

- todo mundo já está sabendo dessa porra? – Miyazaki perguntou assustado.

Aoi sorriu. – bom, Daisuke acha que vão ficar juntos.

- vão comer, eu vou levar vocês para casa. - Mika entrou novamente pegando um prato para cada um. 

- pai, cadê a mamãe? – Rinko perguntou.

- onde está o Ikkaku? – Mika a olhou. 

- touché. – loira falou se sentando a mesa. 

 



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