1. Spirit Fanfics >
  2. Flores Raras >
  3. Flor de amendoeira.

História Flores Raras - Flor de amendoeira.


Escrita por: ilike2party

Notas do Autor


Voltei gente :))) to feliz porque achei meu celular aoskaokaksdaos
Primeiramente queria dizer que eu adoro esse capítulo rsrsrsrsrsrsrs
Boa leitura pra todos *-*

Flor de amendoeira> esperança.

Capítulo 5 - Flor de amendoeira.


Música do dia para Park Chanyeol: WINNER – Sentimental.

 

Baekhyun havia ido até o apartamento de Kyungsoo no último andar para passar o tempo antes de chegar a hora de sair. Ele e Sehun marcaram de se encontrar às cinco e meia em frente ao prédio para dar tempo de chegarem na praia e ver o sol se pôr. O mais novo mandou uma mensagem para Byun avisando que era para ele descer em quinze minutos, pois estava terminando de se arrumar e tinha que passar no mercado antes de eles irem.

- Hum, então quer dizer que você vai sair de novo com Sehun? – Kyung perguntou já sabendo a resposta.

- Sim. Nós vamos para um luau. – Respondeu simples.

- E o Chanyeol? – Encarou o irmão ao ouvi-lo dizer aquele nome. Desde a última vez que se encontraram, há alguns dias atrás na reunião de moradores, esteve pensando em seu vizinho e com saudades de conversar com ele. Sempre que ia na varanda, com esperanças de que o maior estivesse lá, só encontrava o vazio e nenhum sinal de alguém no apartamento.

- O que tem ele?

- Ainda estão saindo? Nunca mais o vi aqui no prédio...

- Eu não tive nem a oportunidade de sair com Chanyeol, se você quer saber. Faz dias que eu não o vejo e nem conversamos. – Desviou o olhar, sentindo uma pontada de tristeza e aquele mesmo sentimento estranho que vinha sentindo há um tempo. – Será que ele está chateado comigo e anda me evitando?

- Ah... estranho. Será que Chanyeol viajou? Se mudou? Foi sequestrado? – Baekhyun revirou os olhos e ignorou as asneiras que Kyungsoo falava, mas a ideia de seu vizinho do andar de cima ter se mudado persistia em sua cabeça.

Baekhyun se achava um estúpido por não ter ido ao apartamento de Chanyeol para ter notícias, se explicar e saber como ele estava durante todos esses dias que passaram. E bem naquele momento sentia necessidade de fazer tudo aquilo.

- Kyung, eu tenho que ir, ok?! Até mais. – O mais velho disse rápido, indo em direção a porta e acenou para o irmão antes de sair. 

O elevador chegou ao último andar e Baekhyun entrou no mesmo, que estava vazio. Olhou no relógio para saber quanto tempo ainda tinha até às cinco e meia. Vendo que lhe sobrava o suficiente para ir até o apartamento de Chanyeol, só faltava pensar nas palavras que queria dizer. Prendeu a respiração por poucos segundos e respirou fundo, passando a língua levemente nos lábios.

As portas se abriram no quarto andar assim que o elevador parou, fazendo Byun ficar surpreso e feliz ao ver quem queria. Chanyeol usava óculos escuros, mesmo não estando sol. Baekhyun sorriu assim que o maior entrou no local e nem pôde perceber que seus olhos brilharam.

- Oi, vizinho Chanyeol. – Disse menos do que queria.

- Oi.

- Você está bem? – Virou-se completamente para ele, que permanecia encarando as portas de ferro através dos óculos.

- Estou sim, obrigado. – Disse simples. Baekhyun se perguntava se havia acontecido algo com Chanyeol para ele estar tão calado daquele jeito. Alguns segundos depois o maior finalmente olhou para Byun, ficaram alguns segundos se encarando até Chanyeol quebrar o silêncio. – Você está bonito, vai sair?

- Sim. Eu e Sehun vamos para um luau na praia. – O mínimo sorriso do maior desmanchou e ele desviou o olhar.

Se Chanyeol tivesse escolha, desejaria não saber daquilo. Quem em sã consciência gostaria de saber que a pessoa que ama está saindo com outro?

- Ah, legal. Bom passeio. – Disse rápido e saiu do elevador que tinha parado no térreo.

Baekhyun saiu logo depois, confuso com a conversa que pela primeira vez foi uma conversa estranha de elevador. Pela primeira vez eles conversaram como se fossem apenas conhecidos que se encontraram por acaso. Mas para os dois eles eram mais do que aquilo.

 

 

Sehun e Baekhyun chegaram a tempo de ver o pôr-do-sol e com direito a aplausos no final. Mesmo preferindo o escuro da noite, a chuva e o frio, Baekhyun não podia negar que aquilo era uma das coisas mais bonitas de se ver. E ele aproveitou para tirar fotos daquele céu divino.

Tinha em torno de dez pessoas e faltava chegar algumas, mas o luau era algo pequeno para pouca gente. Haviam algumas mesinhas com almofadas em volta para se sentarem. Nas mesas maiores ficavam as bebidas, baldes de gelo, comidas, etc. Em volta havia tochas de bambu, velas e luzinhas, espreguiçadeiras, alguns incensos com cheiro agradável e um violão perto da fogueira.

- Baekkie, não ligue se alguém te perguntar se estamos tendo algo, ok? Meus amigos gostam de deixar as pessoas constrangidas. – Sehun deu dicas para o mais velho enquanto caminhavam até algumas pessoas bebendo perto da mesa. De longe até pareciam um casal, visto que andaram o tempo todo com o braço de Sehun em volta dos ombros de Byun. – E não tenha medo de falar sobre você ser gay porque todo mundo aqui é de boas com isso.

- Ok. – Sorriu sem mostrar os dentes.

- Hunnie! – Luhan foi o primeiro a notar a presença do colega de trabalho e sua companhia. – Que bom que veio! E esse é o...?

- Baekhyun. –  O mais novo o apresentou, fazendo o pessoal olhar para os dois sorrindo enquanto se cumprimentavam.

- Prazer, meu nome é Luhan. Essa criança fala de mim para todo mundo, então você já deve ter escutado meu nome por aí, certo? – Ele sorriu simpático e abraçou Sehun de lado.

- Oh, sim, então você é o famigerado Luhan... Prazer em conhecê-lo!. – Sorriu, se curvando brevemente. Olhando os dois abraçados fez Baekyun formar uma opinião de que eles faziam um belo casal. 

- Famigerado porque sou diretor de novelas famosas ou porque Sehun fala sempre de mim? – Questionou.

- Os dois. A propósito, gosto muito do seu trabalho. Você é ótimo no que faz, parabéns! – Baekhyun elogiou, recebendo um sorriso sincero do loiro escuro que nem parecia ter a idade que tinha.

- Obrigado, Baekhyun! Sou ótimo em muitas coisas. - Riu maroto, encarando Sehun brevemente e voltou a observar o mais baixo à sua frente. – Enfim, fique à vontade, ok? Yara, prepare uma bebida para ele, por favor? Vou precisar roubar o Sehun rapidinho, logo mais te devolvo ele.

Baekhyun não precisou dar uma resposta e os dois se afastaram, caminhando até o lado onde não tinha ninguém.

- Baekhyun, certo? – Yara o encarou. 

- Sim, e você é a Yara... – Ela balançou a cabeça sorrindo.

- O que está achando do luau? Eu e Luhan organizamos tudo!

- Está ótimo! Esse lugar é muito agradável. – Disse enquanto observava os movimentos dela com as mãos fazendo a bebida. – Nossa, você é boa com as mãos.

- Pois é... você sabe, minhas mãos são boas para muitas coisas. – Sorriu de um jeito estranho. Baekhyun percebeu o sentido das palavras de Yara, mas ignorou. – Você está solteiro?

- Sim.

- Interessante. Quantos anos você tem, Baekhyun?

- Vinte e cinco, e você? – Arregalou de leve os olhos ao ouvir “quarenta e três” como resposta. Yara não aparentava ter aquilo tudo, devia ser cheia de plásticas no rosto para parecer tão jovem.

- Sua bebida... – Ela estendeu a mão, entregando para Baekhyun o que tinha preparado.

Ele deu um gole sentindo o gosto bom e desconhecido, tinha certeza de que nunca tomara algo parecido antes.

- Uau, isso é muito bom! – Deu outro gole. – Qual é o nome?

- Sex on The Beach. – Sorriu outra vez, tentando dizer aquilo sensualmente.

- Realmente muito bom. Eu nunca tinha tomado antes. – Terminou de beber e entregou o copo para Yara fazer outro.

- Está afim? – Ela perguntou.

- Como? – Quase engasgou com a bebida. Baekhyun quis rir internamente, se perguntando se era aquilo que ele estava pensando.

- Está afim de tornar a bebida um ato? Aqui tem lugares escondidos e tranquilos. Está de noite, ninguém vai notar. – Propôs. Baekhyun se segurava para não rir.

- Não, mas obrigado. 

- Por quê? Não me acha atraente? – Um bico se formou em seus lábios bem preenchidos. Parecia mais um adolescente do que uma mulher de meia-idade.

- Não é isso. – Riu. – É que eu sou gay...

- Oh, Deus. – Pôs a mão na boca, incrédula. – Sério mesmo ou é uma desculpa?

- Não é desculpa, eu gosto de homens mesmo. – Deu de ombros e continuou bebendo a outra bebida que Yara tinha feito..

- Nossa, que desperdício. Você é um pedaço de mal caminho. – Checou o corpo do homem à sua frente descaradamente. 

- Voltamos! Ele é seu, mas só por hoje. – Sehun e Luhan apareceram e o mais velho piscou para Baekhyun, que o respondeu com um sorriso leve.

Enquanto o resto do pessoal não chegava, Oh e Byun decidiram se sentar mais perto do mar e um pouco longe do restante das pessoas, comendo morangos ao mesmo tempo em que conversavam. Havia um silêncio confortável, já que não tinham muito o que dizer naquele momento, e ambos apenas observavam a imensidão do mar escuro e as ondas quebrando. Até Sehun chamar o mais velho.

- Eu preciso fazer algo que estou querendo há muito tempo. – Sem hesitar, Sehun diminui a distância entre eles e selou os lábios. O coração do mais velho acelerou com o susto e nos primeiros instantes ele não correspondeu. Só se deu conta do que fazia quando sentiu a ponta da língua do mais novo tocar  levemente seu lábio inferior e as mãos alheias apertarem sua cintura. Ele não faria mal de permitir que aquilo acontecesse, então correspondeu àquele beijo caloroso. As línguas se tocavam e o gosto de bebida e morango era compartilhado. Sehun mordiscava levemente os lábios finos do mais velho e sugava de um jeito gostoso que Baekhyun gostou muito. Quando o ar lhes faltou Byun selou uma última vez antes de se afastar.

- É, agora eu tenho certeza. – Sehun passou a língua nos lábios.

- Certeza do quê? – Questionou confuso.

- De que a sua boca é muito gostosinha. – A frase dita arrancou uma risada do menor e Sehun sorriu segurando o queixo do outro, encostando as bocas novamente.

 

 

A primeira música que o pessoal decidiu cantar quando se reuniram em volta da fogueira foi Eyescream do Hanhae. A cabeça de Baekhyun estava pousada no ombro de Sehun enquanto ele observava o homem e a mulher que cantavam e tocavam juntos. Um vento gelado batia nos corpos e o calor da fogueira os esquentava logo. O mais velho tinha ingerdo dois copos de Sex on The Beach e um de vodka com suco de laranja, comeu várias frutas que nunca tinha ouvido falar, e bastou tudo que ingeriu foi o suficiente para o fazer ficar com o estômago cheio.

O moço das pernas bonitas tinha aparecido no luau e os dois se cumprimentaram brevemente. Jongin o encarava às vezes sem que o mais velho percebesse, como se reprovasse a aproximação de Baekhyun e Sehun. Luhan fazia o mesmo.

Oh alegremente conversava com seus amigos de trabalho sem parar de beber copos e mais copos de vodka pura, quase esquecendo da presença de Baekhyun ao seu lado. O baixinho se afastou um pouco para procurar água no meio das bebidas alcoólicas. Ele tinha começado a sentir sono e tédio, visto que não tinha ninguém para conversar, todos tinham seus grupinhos e estavam entretidos demais para o notar sozinho. Então ele resolveu chamar Sehun para pedir que o levasse para casa.

- Sehunnie... – O chamou, conseguindo a atenção do mais novo, e depois de o mesmo dizer algo para seus amigos, ele se afastou com Baekhyun.

- O que é? – Sua voz estava diferente por conta da bebida. Baekhyun tinha perdido a conta de quantos copos o mais novo tinha ingerido.

- Você pode me levar em casa? Estou cansado e minha cabeça doí... – Pediu.

- Agora não dá, Baekhyun. Daqui a pouco... – Disse enchendo mais um copo com vodka.

- Daqui a pouco que horas? – Perguntou receoso de estar sendo chato, afinal era um convidado e precisava de Sehun para ir embora.

- Daqui a pouco, umas seis da manhã... – Baekhyun arregalou os olhos porque sabia que Sehun falava sério. Não era nem duas e meia da manhã, e daquele jeito parecia que Sehun dormiria na praia.  

- Mas você disse que me levaria para casa quando eu quisesse e eu quero ir agora. – Enraiveceu-se.

- Me erra, Baekhyun! – Ele deu as costas e voltou para onde estava com seus amigos, deixando o mais velho ali plantado e incrédulo. 

Baekhyun se afastou rapidamente, indo sozinho para a orla da praia e ainda não conseguindo acreditar no que Oh Sehun havia feito. Ele sentou na calçada sem saber o que fazer.

Tentou ligar para Kyungsoo, mas seu celular estava desligado. Pensou em ligar para Chanyeol, mas não tinha seu número. Não tinha dinheiro suficiente para pegar um táxi, não sabia qual ônibus passava perto de casa e a estação de metrô era longe.

Baekhyun bufou irritado, amaldiçoando Sehun e desejando não ter saído de casa naquele dia.

- Baekhyun? – Uma voz grave e meio incerta o chamou. 

- Eu mesmo. – Ele olhou para cima, logo reconhecendo o rosto daquele que estava parado em pé ao seu lado. O moço das pernas bonitas!

- O que você está fazendo sentado aí sozinho? – Arqueou as sobrancelhas, olhando em volta para conferir que o mais velho não tinha ninguém consigo. 

- Eu não tenho como ir para casa porque Sehun está bêbado e não vai me levar embora como prometeu. 

- Que merda! E que vacilo! Não esperava menos desse otário. – Jongin balançou a cabeça descrente e pensando nos xingamentos que Chanyeol daria quando soubesse o que Sehun tinha feito. – Levanta daí, eu vou te levar para casa.

- Sério? – Encarou-o, se levantando da calçada.

- Sim. Espere só eu buscar meu carro. – Jongin disse e sumiu das vistas do mais baixo, que esperava ansiosamente. Ele agradeceria quantas vezes fosse preciso por Jongin levá-lo para casa. E xingaria Sehun quantas vezes fosse preciso, até cansar.

Kim não demorou muito para voltar. Até chegarem no prédio dava tempo de conversarem e se conhecerem melhor.

- Muito obrigado, Jongin, estou te devendo uma. – Baekhyun respirou aliviado por estar mais seguro e à caminho de casa.

- Chanyeol me mataria se soubesse que eu te vi naquela situação e não fiz nada. – Sorriu maroto.

- Por falar no Chanyeol, você sabe me dizer se ele está chateado comigo ou se fiz algo? Eu não o via há dias e hoje ele estava bastante estranho.

O único que talvez soubesse era Jongin, não custava nada perguntar.

- Acho melhor você falar diretamente com o Chan e resolver esse pepino. – Olhou para o mais velho brevemente e voltou a encarar a pista. Sua maior vontade naquele momento era abrir o jogo e contar a Baekhyun que seu melhor amigo era apaixonado por ele, mas sentiu que não devia. Mesmo que quisesse, quem deveria contar era Chanyeol. – Mas, voltando ao assunto, como aquele otário teve coragem de fazer uma sacanagem dessas?

- Pois é, eu me iludi com Sehun... – Disse simples.

- Vocês estavam tendo algo? – Semicerrou os olhos. Jongin tinha que colher informações para contar para seu melhor amigo.

- De jeito nenhum. Eu sempre o vi como um amigo, e ele também, eu acho.

Jongin não acreditou muito no “eu acho”. Não depois de ter visto os dois se beijando.

- Ah, entendi. Eu nunca fui com a cara desse intruso. – Contou.

- Por que você chama ele de intruso? – Baekhyun perguntou curioso.

- Porque Sehun está sempre se intrometendo e estragando as chances de um casal ficar junto. Parece que ele está em todo lugar só esperando os dois interagirem para se meter.

Jongin esperava que o menor entendesse que o casal era Chanyeol e ele.

- Que casal? Os dois quem?

- Um dia você saberá, mas, enfim... quer balinha? – Abriu o porta-luvas tirando um saco de balas de lá, e então seguiram daquele jeito até chegar no prédio.

 

 

- Cheguei!. – Jongin anunciou ao entrar no apartamento e fechar a porta.

- Grande coisa. – Chanyeol respondeu sem um pingo de ânimo e sem desviar o olhar da TV, onde ele assistia um programa que vendia joias. As mãos bonitas de uma mulher mostravam uma aliança de casamento, e Chanyeol só podia pensar em como gostaria de um dia poder se casar. Se casar com Baekhyun. 

Sonhar não faz mal, não é?

Ele estava há quase uma hora vendo os colares e anéis de preços altíssimos que eram mostrados. Aquele canal era um dos únicos que não estava passando novelas românticas onde mostrava casais apaixonados, e aquele tipo de programação era a última coisa que Chanyeol queria ver. Ultimamente ele se sentia mais sentimental do que nunca, ainda mais depois de ter se encontrado com Baekhyun e descoberto que ele ia sair com Sehun outra vez. Naquele dia, Chanyeol tinha chegado em casa certo de que ele e Baekhyun nunca ficariam juntos.

- Sabe de onde eu estou vindo e com que eu estava?

- Não, e não quero saber. O que veio fazer aqui a essa hora? São quase três e meia da manhã. 

- Por que você está assistindo venda de jóias a essa hora? - Kim arqueou a sobrancelha pensando na hipótese de que seu amigo poderia ter enlouquecido.

- Eu perguntei primeiro. – O maior fez um biquinho fofo nos lábios. Jongin só conseguia pensar em como seu amigo parecia adorável e carente, todo empacotado em cobertores no sofá da sala. 

- Enfim, me trate melhor e eu te conto o que houve. – Cruzou os braços parando na frente de Chanyeol, bloqueando a vista dele.

- De novo, não quero saber. – Levou alguns segundos para sair dos cobertores que o cobriam e se levantou, ignorando o amigo. 

- Tem a ver com Baekhyun. – Chanyeol parou de andar antes mesmo de chegar na porta de seu quarto. Fuzilou-o de longe e se encostou na parede esperando Jongin começar a falar.

- Conta logo. – Disse irritado.

 - É melhor você se sentar, ou vai cair para trás. – Revirou os olhos permanecendo em pé. – Estou falando sério, senta.

- Fala!

- Prefere a notícia boa ou ruim primeiro? – Questionou-o.

- Kim Jongin, eu estou sem paciên... – Passou a mão nos cabelos, se sentindo cada vez mais impaciente.

- Baekhyun e Sehun se beijaram no luau.

Uma mistura de sentimentos era o que Chanyeol sentiu ao ouvir aquilp. Ele não conseguiu processar direito a notícia, ainda tendo dúvidas se ela era verdadeira ou era apenas alguma brincadeira de seu amigo. Abriu a boca algumas vezes para dizer algo, mas nada saiu. 

- Se lembra do luau na praia que eu comentei com você? Então, eu fui e acabei encontrando eles lá. Eu fiquei de olho porque eu já sabia as intenções de Sehun, e aí eles estavam meio íntimos e acabaram se beijando...

Por um momento Chanyeol sentiu seus olhos arderem, entretanto segurou qualquer reação que fosse ter. Ele se perguntou se era um pesadelo, igual a alguns que já teve onde Baekhyun e Sehun estavam juntos.

- Mas a notícia boa é que agora você sabe que Baekhyun gosta de homens e tem mais chances com ele. – Jongin comentou eventualmente, achando aquele prós reconfortaria o maior.

Depois Chanysol iria se importar com aquele fato, mas no momento só queria chorar, extravasar e quebrar algumas coisas; talvez a cara de Sehun por chegar do nada e roubar alguém que amava há anos.

- Jongin... – Não conseguiu terminar a frase. Ele não sabia o que dizer, não queria dizer. Não queria acreditar e muito menos imaginar a cena dos dois juntos.

Chanyeol questionava-se o que Sehun tinha que ele não. Por que aquele cara tinha conseguido primeiro algo que queria há mais tempo? Qual era a sensação de beijar os lábios de Baekhyun e estar tão próximo a ele? Tantas coisas passavam em sua cabeça que nem ouviu Kim continuar a contar do ocorrido.

- Presta atenção em mim porque agora vem a parte boa e você vai sentir mais raiva de Sehun. – Alterou a voz ao perceber que Chanyeol estava alheio. – Quando eu estava indo embora encontrei a florzinha colorida sentado na calçada sozinho. O coitado não sabia como voltar para casa, não tinha dinheiro e não conseguiu ligar para ninguém, então eu me senti mais do que obrigado a ajudá-lo e o trouxe de volta. Ele me contou que Sehun tinha prometido trazê-lo em casa quando quisesse, mas quando Baekhyun pediu, ele foi ignorado porque aquele maldito estava bêbado e não queria saber de nada. Por fim, eu e Baekhyun conversamos bastante no caminho e ele até me perguntou de você, se estava chateado com ele e que você andou agindo estranho ultimamente...

A verdade era que Chanyeol tentou sumir das vistas de seu vizinho nos últimos dias, desde que ouviu a conversa dele com Sehun. Ele não queria lembrar que os dois iam sair juntos e, só de ver Baekhyun, logo se lembraria disso e de quanto o amava.

- Sehun é um desgraçado! – Chanyeol disse esbravejou nervoso. 

- Mas veja pelo lado bom, meu amigo, agora você tem certeza de que o seu homem é gay e tem chances com ele. – Jongin sorriu realmente achando que aquilo faria diferença. E faria.

- Como é que eu vou ter chances com Baekhyun se ele está saindo com Sehun? – Perguntou choramingando.

- Você acha mesmo que o baixinho vai continuar saindo com ele depois do que aconteceu? Aposto o que você quiser que Baekhyun não quer ver Oh Sehun nem pintado de ouro. 

- Eu não sei de nada, Jongin, eu só quero... sei lá, sumir...

- Você devia estar feliz de saber que ele gosta do que você tem no meio das pernas! 

- Tanto faz... – Suspirou jogando a cabeça para trás.

- Tanto faz nada, cacete! Você nadou, nadou e vai morrer na praia justo agora? Essa é a hora certa para se aproximar de uma vez por todas do Baekhyun. 

Jongin estava certo, Chanyeol admitia, porém ele estava triste e enraivecido demais para pensar no lado bom da situação.

- Eu tenho que ir embora agora, mas não fica bem, ok? Um dia Byun Baekhyun vai ser seu, acredite em mim. – Piscou e ajeitou suas roupa antes de deixar o apartamento.

- Jongin... – O chamou antes que ele fosse embora. – Obrigado por ter trazido Baekhyun de volta para casa. – Kim sorriu e se foi.

Agora que estava sozinho, Chanyeol podia se martirizar à vontade. Ele desejou tantas vezes que Baekhyun soubesse o quanto o amava e o queria desde a primeira vez que se viram naquele elevador. O queria em todos os sentidos: para cuidar, tratá-lo melhor do que fora tratado naquela noite, para amar... 

Ele já se perguntou tantas vezes como Baekhyun não conseguia perceber sua paixão, às vezes Chanyeol deixava tão óbvio. Ele sempre sentiu medo de perder Baekhyun para alguém que aparecesse do nada e conquistasse seu coração. Chanyeol não podia deixar de pensar que a culpa era totalmente dele mesmo por ser um frouxo e não dizer logo tudo que sentia pelo mais velho.

Chanyeol xingou Sehun e o mundo com todas as palavras ruins que viessem em sua mente. Ele era um cafajeste por ter largado Baekhyun por aí sozinho e sem proteção. Chanyeol não queria nem imaginar o que podia ter acontecido se Jongin não estivesse lá.

“Foi só um beijo, eu vou superar.”

Fingir que não se importava não deu certo e agora Chanyeol deixava as lágrimas caírem, não podia nem mais reprimi-las Ele repreendia-se tanto por chorar por alguém, mas ele tinha o direito de chorar todas as lágrimas que tivesse, afinal se sentia magoado e incapaz. Perdeu a conta de quantas vezes naquele momento ele disse para si mesmo que o amor era uma mentira e estúpido demais para ser sentido. E aquela sensação no fundo do peito, céus, era horrível sentir aquilo.

Mas agora que sabia Baekhyun era gay, já seria meio caminho anda, e Chanyeol precisava fazer de tudo para ficar com ele.

 


Notas Finais


gENTE, shook que o sehun só vacila..... e pras sebaek hater (que eu sei que tem umas aqui rs) calma gente, sebaek não passará. Fé no pai que o chanbaek juntinho sai.
Depois disso, acho que já acabou esse negocio de sentir pena do channie e vamos começar a torcer para dar tudo certo com a persistência dele com o baek.
Espero que vocês tenham gostado, desculpem algum erro, obrigado pelos comentários e boa semana pra vocês.

falem comigo sem medo no gato curioso https://curiouscat.me/whatpcy

Até sexta, xoxo! *-*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...