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História Floresta- 1 temporada - Você está com ciúmes? É isso?


Escrita por: jelenastazz

Capítulo 15 - Você está com ciúmes? É isso?


Fanfic / Fanfiction Floresta- 1 temporada - Você está com ciúmes? É isso?


20:30 PM.

Sinto-me a contragosto, tendo que segurar o rojão ao escuta-ló conversar com a Mabel e afirmar que vai embora da floresta. Os olhinhos da minha filha se enchem de lágrimas. Até tento fingir que essa merda não está me afetando, mas é impossível!

— Papai, por que você vai nos deixar?— sem entender, minha filha indaga, com o tom choroso.

Ele entreolha para mim, apreensivo, esperando que eu diga algo que o faça mudar de ideia. Mas fico calada. Já me rebaixei muito implorando pra ele ficar hoje a tarde, não vou passar a mesma vergonha duas vezes. Justin engole em seco quando viro a cara, porque quero tratar a sua partida com indiferença. 

Estou tão fria, que nada vai me abalar 

— O pai sempre vai vim te visitar. Não fique assim. A cidade é logo ali, não vou deixar você para trás. Nunca.— arruma uma desculpa esfarrapada e reviro os olhos ouvindo suas palavras idiotas. 

Sem saco para clima de despedida.

— Você promete, papai?— questiona de um jeito meigo, sendo ingênua o suficiente para acreditar. 

Tadinha! 

Ele vai nos deixar sozinhas neste fim de mundo, vivendo com os mosquitos no meio da floresta. E nem sequer se importa de como iremos nos sentir. 

— Claro que prometo, baby.— abre um sorriso de canto, para fazê-la acreditar que está sendo "sincero".— O pai levaria até você para ir morar na cidade, mas...— interrompe, olhando em direção a mim, com um certo desconforto. Na hora ele se cala, e recebo o olhar de julgamento da pequena, como se achasse que a culpa é minha.—A sua mãe não pode ficar aqui, sem você. Não seria justo. Selena está precisando muito de você agora. Cuide dela, enquanto eu estiver fora.

Faz um discurso tão lindo.... tão comovente... 

— É sério que você se preocupa comigo, Justin?—  sôo sarcástica.— Não preciso receber migalhas e nem caridade de ninguém. Se Mabel quiser ir, pode ir.— dou de ombros, agindo "tranquilamente", para ver qual vai ser a escolha da pestinha.  

Com certeza, ela escolherá ele. 

— Não, eu não vou. Prefiro ficar aqui com você, mamãe. Me desculpa, papai.— opta e até me surpreendo, ficando sem palavras. 

Mabel nunca foi de ficar do meu lado em nada, sempre preferiu puxar o saco do outro.  Putz, merda! A minha filhinha quer estar comigo! 

A olha com admiração, tendo motivo para ficar feliz. Sinto os seus bracinhos miúdos se enroscarem em volta do meu corpo. Quero proteger a Mabel  de tudo e de todos, ela foi a única coisa boa que me restou. Retribuo ao abraço, apertando-a entre os meus braços, agindo como uma boa mãe.  É assim que uma boa mãe age, né? É até estranho tratá-la carinhosamente. 

Sendo assim, filha...— levanta-se do chão, pegando as sacolas com suas roupas, prestes a ir:

Se você sair por aquela entrada, Justin, não precisa voltar mais. — o paro com o meu ultimato

O descarado me olha de canto de olho dividido. Porque ele sabe que está virando as costas para nós, no pior MOMENTO, por causa de uma mulherzinha da cidade. Abandonando até mesmo a nossa filha. 

O escuto suspirar fundo, inquieto. 

— Preciso de um tempo para me erguer. Não piore as coisa, Selena.— meio que me repreende, por fazê-lo ficar numa saia justa.

—Talvez nesse tempo, poderá ter outro em seu lugar.— minha voz percorre insinuativa e lhe desafiando, enquanto me coloco de pé para fitar bem o seu rosto.

Você não teria coragem.— sussurra, como se não me levasse a sério. Mal sabe ele, que eu sou capaz de tudo! 

— Experimenta sair. 

Justin abaixa o olhar, soltando uma risadinha fraca. 

— Tá rindo do quê?— lhe pergunto, porque não há nenhum palhaço presente para ser motivo de risos. 

— O que  deu em você, Selena?— olha-me de cima a baixo, observando-me  o meu comportamento nervoso. Me sinto incomodada com o seu olhar analisador.— Você está com ciúmes? É isso?chega a insinuar. Esse merda está fazendo propositalmente, para me ver fora do sério! Tá na cara.

— Eu não estou com ciúmes!— altero-me. Porque é uma puta calúnia!

— É o quê, então?— rebate, com o sorriso miserável transparecendo no canto dos  lábios. Que vontade de dá na sua cara cínica. Justin está se sentindo por cima, mas este jogo vai virar! — Selena…..— dá ênfase, lançando-me um olhar de insinuação, querendo que eu admita. 

Admitir o quê?

— Só acho ridículo da sua parte me deixar sozinha aqui com Mabel, sendo que acabamos de perder uma filha. Você é um ser humano muito insensível!— jogo em sua cara, me defendendo de suas suspeitas incabíveis. 

— Não estou sendo insensível, caralho! Preciso esfriar a cabeça. Candice vai me ajudar. É apenas por alguns dias, até as coisas melhorarem. 

— Ah, é, a puta vai te ajudar?— cruzo os braços, xingando-a.— Cai na real, Justin! Essa mulherzinha não serve pra você!

— Quem é que serve, então? Você?— aponta para mim, sendo bem direto. Sinto as minhas bochechas corarem. Abaixo a cabeça, mordendo a ponta da língua. Não posso admitir….— Esqueceu que não temos um relacionamento, Gomez.— faz aspas com os dedos, usando as minhas palavras contra a mim.— Lembra?

— Sim, lembro. Mas… talvez… eu tenha mudado de ideia.— sussurro baixinho, dando de ombros. Estou revelando além do normal.

—Não acha que seja tarde demais? 

Que homem cafajeste…. 

— Para de fazer birra, Justin! Está na cara que você me quer e fica aí tentando me fazer rastejar por você. Mas preste atenção, não testa a minha paciência, ok? Porque não sou filha da puta para ficar correndo atrás de macho. Quer ir embora? Vai! Mas depois não volte igual um cachorrinho atrás de mim, porque não vou querer. — ri do meu temperamento alterado.— Tô falando sério!

— Já entendi, Gomez.

Larga as sacolas no chão. Uma onda de alívio paira sobre os meus ombros. Consegui convencê-ló. 

Amor.— a voz o chama lá fora, seus olhos circulam olhando para trás tentado. — Venha cá, eu tenho uma surpresa. — a vagabunda grita. 

Bufo fundo, incomodada. Que merda, essa vadia tinha que aparecer justo agora para atrapalhar tudo! 

— Se você for, não precisa mais voltar.— o ameaço, vendo-o dá alguns passos para se direcionar a saída. 

O homem hesita, mas logo após  sai.

Ele já fez a sua escolha. 

Na mesma hora chuto os sacos com as suas roupas, jogando para fora da barraca. Não quero nada desse idiota neste lugar. A partir de hoje, Justin morreu para mim. 

— Esse homem não existe mais, está me ouvindo, Mabel?— eu olho para minha filha, soando com desprezo ao se referir-ló. A menina com a carinha triste, apenas abaixa a cabeça esmorecida por sua ida. — Não fique assim. Não iremos chorar por alguém que não nos merece. A mamãe pode te ensinar algo interessante. Ensinar a matar, por exemplo. Eu sei que você sabe, Mabel. Mas você precisa ter mais cautela.— falo nas entrelinhas. 

Porque tenho certeza absoluta que foi ela que matou Liz, Niall e Demi, nada me tira da cabeça.

— Mamãe. — chama-me de repente, num tom manhoso. — Posso te dizer uma coisa?— balanço a cabeça que sim, observando o seu jeitinho encabulado— A minha irmãzinha não está morta.

— É o quê, Mabel?— enlouqueço com a  hipótese. Não é possível! Enterrei a bebê, eu vi o quanto o seu corpinho estava frio e roxo.—  Repete!— agacho, segurando-a pelos ombros, obrigando-a me olhar. — Fala de novo, a minha bebezinha… — a única esperança é pelo fato do corpo da Annabelle ter sumido, mas isso não significa que ela esteja viva. — Você viu quem fez isso com ela? 

— Eu vi, mamãe. 

Meu mundo desaba. Sabia que essa pestinha estava protegendo o assassino  da bebê.

— Quem foi? Diga-me! — a forço contar, e quando Mabel está a um passo de abrir a boca…  O outro volta. 

— Terminei com a Candice. — conta a novidade. 

— Mas já, Justin?— debocho, olhando para cara do atrevido que usou a mulher apenas para me causar ciúmes. — Achei que ela fosse o amor da sua vida. E vocês iam até casar.—aproveito a oportunidade, para sacanear do romance patético que fui obrigada aguentar. 

— Paixão mesmo, eu tenho só com você, Gomez. — reviro os olhos com sua afirmação ridícula. Ele se deita próximo de mim, começando a beijar o meu braço.— Que tal a gente aproveitar que já está de noite, nesse clima, podemos quem sabe fazer amor?— sugere malicioso, sussurrando baixinho para que Mabel não escute.

— Não quero, não estou afim, e pare.— o interrompo, sentindo os seus beijos carinhosos nos meus ombros, me deixar desconfortável. 

Acho que não estou preparada para satisfazê-lo, porque tudo que vivenciei com aquele maldito do Harry é muito recente. Estou bloqueada para ter prazer na hora do sexo, tanto que posso até fazer com Justin, mas estarei meio que me forçando a tal papel. O que ajudaria a relaxar é o álcool, mas não quero me sentir aproveitada por alguém outra vez.  

Já vivi o inferno antes. Se bem que Justin nunca abusaria de mim.

— Você só pode está de sacanagem! — se afasta, dando-se conta da minha frieza.— Você me fez terminar com Candice, pra quê? Para me tratar assim! Hoje a tarde você sugeriu que tivéssemos uma outra bebê.— suas orbes fitam-me com indignação, lembrando da promessa que lhe fiz. — Agora está toda seca. Porra, Selena, não consigo te entender caralho.

Mabel nos olha.

— Vem aqui comigo.— saio o puxando pela mão. Mesmo a contragosto, ele me acompanha.— O problema não é com você, o problema é comigo!— enfatizo, tentando explicá-lo.

Justin nega com a cabeça achando que estou criando uma historinha.

— É sério, Bieber!

— Eu terminei com Candice.— cite aquela vadiazinha novamente para me irritar.

— Então volta pra ela!— aponto, lhe mandando ir. — Se for para jogar na minha cara todas as vezes, é melhor você ir viver sua vidinha perfeita na cidade. 

— Para de fazer joguinhos comigo, Gomez! — acusa-me fora de si, por eu o rejeitar.— Como eu sou burro! Merda. Você sempre me engana.

Não estou te enganando, Justin! Não dessa vez. Eu juro que não! — nega, sorrindo amargo, sem me levar a sério.— Caramba, por qual motivo eu perderia o meu tempo aqui mentindo? Sei que cometi muitos erros e não sou a mulher mais perfeita do mundo. Mas me escute!— aproximo-me, com tom mais manso, para que o mesmo acredite no que estou dizendo. Toco nos arredores de suas bochechas, mesmo com o rosto inclinado pro lado.— Eu também te quero, mas…— corto a minha fala. De repente, seu olhar perdido estranha a minha reação de fraqueza. Porque não sou assim, nunca fui fraca.— Podemos ir com calma? Ok. 

— Eu não quero, obrigado.— se desfaz do meu contato, num tom hostil.

— Justin.— o chamo, lhe fazendo parar. — Gosto de você, será que não enxerga? Para mim é muito novo lidar com tudo isso. Acabamos de perder a nossa bebê, eu ainda me sinto mal psicologicamente. Não estamos na melhor fase, porém podemos estabelecer um status pro nosso relacionamento.  — seus olhos se surpreendem. Porque ele nunca esperava isso partir de mim.— Só não me deixe sozinha, quero ter você ao meu lado. Preciso te contar outra coisa…. Meu bloqueio de não querer me relacionar mais intimamente, é por ter me sentido exposta. Talvez no final dessa conversa, você acabe não me querendo mais. Mas eu vou ser honesta uma vez na vida com você: Harry me estuprou inúmeras e me sinto ainda machucada com os danos que esse monstro me causou. Por favor, não me olhe assim!— suas íris se enchem de lágrimas. Justin está emotivo por mim?! 

— Que merda, Selena! Que merda!— dá um soco tão forte no tronco da árvore, estando revoltado. — Eu vou matar aquele desgraçado! Não vou deixar isso barato!— ameaça, tomando as minhas dores. — Ei.— vem até mim, limpando a lágrima solitária que escorre pelo meu rosto. Chega até ser fofo quando Justin beija a região onde escorreu.— Superaremos isso juntos, ok? Não fique triste, baby. Não quero ver você chateada. E escute, nunca houve ninguém além de você. — o encaro confusa.— Paguei Candice para fingir ser a minha namorada.— revela o plano sádico. Bem que eu suspeitava!

— Ah, Justin, é bem a sua cara!— lhe olho fingindo está indignada. Ouço sua risada gostosa por conseguir arrancar um sorriso meu. — Você não toma jeito, cara! É impressionante!— dou um tapa de leve em seu ombro, o empurrando num momento descontraído. 

Como fui trouxa! Justin Bieber me fez de trouxa. 

— E outra coisa…— puxa de dentro do bolso da bermuda algo, no caso, uma caixinha preta.  

Meus olhos se arregalam. Fico de boquiaberta, criando uma expectativa que até desconheço.

— O que é isso? — gesticulo. 

Tenho até medo do que será pedido… 

 Justin ajoelha-se na minha frente, não acredito que ele está passando esse mico. Sinto até vontade de rir, porque ele está longe de ser um homem romântico. 

— Aceita ser a minha garota para o todo o sempre? — amostra-se o mesmo anel que esfregou na minha cara no dia que eu voltei. Tem um J, acho que significa a inicial do seu nome.— Quer casar comigo, Selena?

— Casar?— fico confusa, literalmente sem saída se devo ou não negar. Ah meu Deus!  

Achei que esse maluco ia me pedir em namoro, mas não em casamento. O quer que eu faço agora?

—  Justin… e-u….—  é surreal até, mas sinto-me um pouco emocionada. Nunca pensei que ia ficar boba e sentir o meu coração bater tão forte por outra pessoa.  O que isso significa? É tão bizarro essa sensação. 

Atrapalho-me um pouco em escolher  a mão certa para o anel se colocado, por estar nervosa. 

Estou prestes a dizer: 

“sim, eu aceito” 

Mamãe.

Mabel aparece, nos interrompendo. Suspiro fundo, ao vê-la parada alguns metros de distância;

— O papai sabe onde está a minha irmãzinha. Foi ele!— o acusa, apontando. Logo o sorriso se desfaz do meu rosto. 

Puta que pariu… 

Como assim Justin está por trás da morte da Annabelle?


Notas Finais


O que acharam?


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