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História Floresta- 1 temporada - Cemitério


Escrita por: jelenastazz

Capítulo 38 - Cemitério


Fanfic / Fanfiction Floresta- 1 temporada - Cemitério

 Cemitério. 

00:00 AM

Faço a cerimônia do enterro sozinha nessa escuridão da noite, lembra um pouco o clima da floresta. Fiz até uma fogueira para homenagear as nossas origens, era muito divertido a época da votação, era a minha parte preferida. Meu instinto diz que não devo acreditar na palavra de um morto, e nem mesmo que o morto signifique ser o cara que eu amo. Porém, não estou ficando louca, era ele

— Adeus, amor! Descance em paz.— sôo com a voz sofrida, fazendo a minha última homanagem. Infelizmente tenho que bancar a viúva em luto. Eu sinto no meu coração que o homem que estou enterrando não é Justin.

Olho para um lado e pro outro, com qualquer barulho que escuto. Posiciono o revólver em punho quando noto uma coisa estranha. Estou tão paranóica de uma forma… que acho que a qualquer momento pode ser eu que vou ser a próxima vítima

— Quem está aí?— pergunto dando-me conta que não estou sozinha.  Acho que alguém está me seguindo desde que retirei o corpo do necrotério. Seja lá quem esteja me vigiando, não vou deixar nenhum desgraçado tocar nas minhas filhas.

Entreolho suspensa em direção onde vem os ruídos, escutando algumas pisadas. 

— Justin, é você?— dou alguns passos para trás, com os olhos arregalados. Avisto um vulto de alguém próximo a árvore.

Congelo. 

— Pare de se esconder, apareça. Não sei para onde vou. O que vou fazer! Você quer que eu fuja, pra onde?— gesticulo os braços, estando de mãos atadas.— Eu nunca fui de sentir medo, Justin, mas eu me sinto apavorada. Eu não sei para onde ir. E nem sei o que vou fazer da minha vida.— desabafo abrindo o meu coração para a pessoa que está do outro lado.— Apareça vá.— imploro, é torturante não saber se de fato ele está vivo ou morto. Os exames deram positivos e confirmou a sua morte, mas eu me recuso acreditar, ainda me encontro em estado de negação.

Começo a correr atrás da pessoa, assim que ouço os passos apresados. Dou dois disparos  e não acerta nenhum. Droga! Está um breu o cemitério, preciso voltar para o carro. Aos tropeços, percorro para dar o fora daqui. 

Tudo está tão sinistro

Oh meu Deus, onde está você, Justin?

— Mãe, por que demorou tanto?— Mabel indaga intrigada e disfarço, tentando me recompor, mesmo ainda com a respiração ofegante. Meu coração está quase querendo sair pela boca, pelo enorme susto que levei. 

Por precaução, antes de entrar no veículo, agacho o corpo para baixo, olhando para os pneus para ver se não colocaram nenhuma bomba, nunca se sabe com que tipo de gente estamos nos metendo. 

— Eu achei que tinha ouvido tiros.— seus olhos sonolentos fala. Ela me esperou até agora sozinha, cuidando das suas duas irmãs mais novas. 

— Não foi tiros, foi fogos de artifícios.—   minto, num tom inquieto, enquanto observo Annabelle dormindo de boca aberta no banco passageiro. Ajeito a coberta, enrolando o seu corpinho pequeno. Ela sempre gosta de vim no banco da frente, para ficar do meu lado.

— Fogos de artifícios num cemitério, mãe, não acha estranho?— fecho a cara,  ouvindo-a voltar a me confrontar, ainda estranhando a minha parada nesse lugar. 

— Não, porque fui eu que soltei.— assumo, ligando o carro. Tenho que sair daqui o quanto antes. 

— Por que soltou fogos, hein, mãe? 

— Qual é o problema?— a questiono, fitando o seu rosto através do vidro da frente. Mabel ainda não está 100% recuperada do transplante, seu semblante está um pouco pálido.

— É estranho soltar fogos em um cemitério.— comenta receosamente e a olho de antes de olho. Ela fecha a boca, antes que eu a repreenda.  

Inspiro fundo, soltando todo ar dos meus pulmões, revirando os olhos. Ligo o som do carro, sem saco para ouvir sermão. 

Estou cheia de problema.

— Mãe, onde está o pai? — o frio no estômago fica evidente, acabo ficando tensa com o nervosismo que sinto ao ouvi-lá me questionar a respeito dele. Ainda não tive coragem e nem cabeça para contá-las sobre o acidente, estou fugindo de ter essa conversa. 

— Está viajando.— sou obrigada a mentir, por mais que seja cruel omitir a verdade, não posso simplesmente jogar uma bomba no colo de uma adolescente de 15 anos. 

— Viajou para onde, mãe? 

— Mabel, ele viajou há trabalho. — minha voz emite fria. Estou tendo que segurar a barra.

— Quando é que o pai volta?

— Na próxima semana.— mordo a ponta do meu lábio inferior, tendo que inventar mais uma mentira. — Pare de me perturbar, Mabel, eu estou dirigindo.— a repreendo, exausta de responder seus questionamentos. 

De repente ouço uma notificação vindo do meu celular, meu coração acelera-se; pode ser ele. Toco em cima, desviando por um momento o meu olhar da estrada para ler a nova mensagem. 

Cuidado

O aviso me faz ficar tensa, aumentando a velocidade para sair dessa estrada deserta. Parece perigoso, não conheço direito a área onde estou, é muito escuro e estou dirigindo sem direção. Fugindo, no caso. 

— Abaixe, agora!— solto um grito espantoso, quando um animal se coloca no meio da estrada e freio bem em cima.— Ah meu Deus! Mabel, está tudo bem?— desligo o carro, assustada. Foi por pouco, eu quase causei um acidente

— Mãe, o que foi aquilo?—  encara-me, com os olhos apreensivos, mostrando as mãos tremendo pelo susto que levou. 

—  Eu não estou com cabeça, filha. Peraí. — procuro respirar fundo, para conter essa loucura que estou tentando fazer em fugir com as três pelo mundo a fora.

—Você não parece bem, mãe.— nota a minha tensão.

— É porque na verdade eu não estou!— assumo, com a mão na cabeça.— Não sei o que vou fazer da nossa vida. Tô pensando em ir para Nova York, talvez

— Fazer o quê em Nova York?

— Espera aí.— a interrompo, ouvindo o celular tocar.— Pode ser o seu pai.— logo surge a esperança.

Alô?”

“ Justin!” ao ouvi-ló, parece que estou tirando um peso enorme das costas. Sorrio, com vontade de enche-ló de declaração, mas faço verdadeiramente o contrário:“ Onde você está, seu irresponsável? Você não tem vergonha na sua cara não?”— grito. Por culpa do próprio, estou sendo obrigada a fugir.

Em que diabos esse homem se meteu? 

Babe, calma. Preciso que você me escute. “— na sua voz há preocupação. 

—Não vou escutar porra nenhuma! Eu passei o dia chorando a sua morte, seu cafajeste. Acha que sou o quê?brigo, e ao mesmo tempo diminuo a voz, para não despertar as outras duas que dormem. Quando vê-lo em minha frente vou enche-ló de beijos e também darei uns tapas. 

— Mãe, deixa eu falar com o pai?

— Não se mete, Mabel.— troco o aparelho de celular para a outra orelha, para escuta-ló melhor.— Onde você está, amor? 

— Na Floresta.

— Por que raios você foi fazer aí?— indago perplexa de que ele optou voltar para aquele fim de mundo. 

— Estou protegido aqui. E quero que você venha.

Pede ela para trazer a minha tia”

— Quem é a vagabunda que está do seu lado?— ouço a voz feminina no fundo. Acho que conheço essa voz de algum lugar…— Está me traindo é seu sem-vergonha?

— Sou eu, Sara, Selenita. Não consegue reconhecer a minha voz? Achei que fôssemos amigas.— a morta viva ainda tem o cinismo de debochar da minha cara, fazendo-me paralisar do outro lado da linha. Arregalo os olhos, sendo pega de surpresa. 

É o quê? 

Começo a tossir, engasgando. Que brincadeira é essa? Meu Deus… como foi que essa piranha sobreviveu? É impossível! Eu vi o seu corpo se decompondo na minha frente. 

— Amiga é minha mão na sua cara, sua psicopata!— esperneio, sendo insultada. Para quem teve coragem de forjar a própria morte, é capaz de tudo, até  mesmo de se vingar. Talvez ela queira se vingar de mim… ou me pôr louca.— Passe para Justin! — mando  aos berros, descontrolada, ouvindo a  gargalhada  da vadia descarada.

— Fala, babe.— imediatamente o sonso soa calmo. Esse é da mesma laia. 

— VOCÊ É OUTRO, QUE NÃO VALE NADA! Sabia que essa daí tava viva e tava acobertando. Quer saber? Vai se foder Bieber e esqueça que eu existo.— desligo a ligação em sua cara, me sentindo a pior das otárias. — Eu te odeio, seu merda! Você nunca mais irá me ver.— grito contra o celular desligado, com vontade de esgana-ló. 

Me sinto traída e enganada. 

Há pessoas perseguindo a mim e nossas filhas por culpa dele.









Notas Finais


O que acharam?


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