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História Floresta- 1 temporada - Eu vim até aqui buscar o meu marido e só saio daqui com ele.


Escrita por: jelenastazz

Capítulo 49 - Eu vim até aqui buscar o meu marido e só saio daqui com ele.


Fanfic / Fanfiction Floresta- 1 temporada - Eu vim até aqui buscar o meu marido e só saio daqui com ele.

 Boca de fumo.

  Os maconheiros analisam-me de cima abaixo, é uma turminha, todos armados com fuzis. Agora eu entendi o porquê do amiguinho do Justin não querer eu que entrasse aqui. Porque  na boca de fumo, só têm garotas de programa se atacando com os machos no beco. E com certeza, eu faria um escândalo se eu visse ele com algumas delas.  Espero que Justin não tenha feito a sacanagem de ter me traído. Aí sim, eu lavo as minhas mãos de vez e finjo que ele nunca existiu.

— A princesa está perdida?— o primeiro a se aproximar é um homem moreno, cheio de tatuagens.  

Deve ser esse o chefão da área. 

— A princesa precisa de ajuda para sair? Posso mandar alguém acompanhá-la até a saída?— pousa sua mão em volta do meu ombro, bem próximo e olhando para os meus seios. 

Que homem tarado! Justin vai me pagar por mais essa. 

— Não toca em mim!— saio de perto do traficante, irritada e nervosa ao mesmo tempo. Se o próprio ousar colocar suas mãos nojentas de novo, vai se arrepender de ter nascido.

— Calma, princesa, só estava tentando ajudar.

— Não me chame de princesa. — corto sua tentativa de bancar o bonzinho, até porque percebi as intenções maliciosas através dos seus olhos. — Fique sabendo que não preciso de ajuda. Eu vim até aqui buscar o meu marido e só saio daqui com ele. 

Olho para o rosto de cada um, afirmando convicta. Não sinto o menor medo dos olhares que recebo, todos parecem leões famintos querendo uma presa fácil. Mas não vou deixar nenhum deles me tocar ou tentar me estuprar, o primeiro que tentar, eu acerto uma bala na cabeça. 

— Alguém pode me dizer quem é o marido dessa princesa?— o moreno que acabou de levar um chegar para lá de mim,  anda para trás, retornando a ficar no seu lugar de antes.

— Deve ser aquele vacilão que não pagou, chefe.— um dos capachos diz, me deixando atenta na conversa. Se Justin está devendo, significa que eles vão querer matá-lo. Engulo saliva. Era só o que faltava ele morrer por droga. 

— Se ele está devendo, eu pago.—chamo atenção dos machos, pegando da minha bolsa a carteira. Estou gastando as gorjetas que é para comprar comida para minhas filhas, para pagar a dívida do traste. — Não façam nada com ele. Só quero o meu marido bem. Vamos negociar. — tento entrar num acordo com os bandidos.

—Não sei, não, mas ela tem cara de policial.— uma das quengas ressalta e gelo com a constatação. Droga, tomara que eu não esteja dando tanta bandeira

— Cala a boca. — mando, hostilmente, para vadia loira que os peitos só faltam saltar da roupa.

— Deixa a patroa negociar, tô gostando da marra dela.— interfere, sorridente, cego por mim.  Sério, isso já está me enchendo o saco, os olhares de assédio desse homem. 

Minha vontade é de tacar um chute no que está de baixo das suas pernas, mas sei que a minha atitude me fará morrer. Então tento ignorar e focar na parte de trazer Justin. 

Tiro proveito de que o traficante asqueroso está de quatro por mim e negocio dando os meus últimos 100 dólares para pagar a dívida que custa 250 dólares. Ele consumiu tudo isso de droga. 

Agora nem sei o que vai ser, acho que eu e as crianças vamos passar fome.

-/————/-/————-/

11:30 AM

Brigo em plena praça pública, ao vê-lo em estado deplorável e todo machucado. Ele levou uma surra. O canto do seu lábio está com um arranhão, como se tivesse havido um murro, fora o seu olho direito que está roxo.

— Tú é irresponsável! Se tu visse o que tive que passar, por tua causa... Um bando de homens quase me comendo viva, seu merda!— ainda estou indignada por ter sido assediada, se eu pudesse voltava lá e metia bala em todos. 

As pessoas passam e nos olham.

— Por favor, Selena, pare de gritar.— pede baixinho, sentindo-se constrangido.

— Quem era Justin Bieber? Nossa! Um homem que sempre andava arrumado, tinha tudo. Tinha prestígio, tinha carreira, tinha esposa, tinha o amor das filhas. — quero lhe relembrar o passado. Talvez bata um remorso e o faça se erguer novamente.—E agora, ele tem o quê? Anda igual um mendigo, não toma banho, perdeu todo brilho no olhar, parece até mesmo outra pessoa.  Sai dessa vida. Sai disso. Tu vai acabar morrendo, Justin. Tu tá se afundando nas drogas.— lhe olho imensamente com pena, mas o que eu posso fazer, se eu não faço a menor ideia de como tirá-lo dessa. 

Tento ser forte por mim, por ele, pelas meninas, mas não estou mais aguentando. Já  até pensei em voltar para o Washington e o entregá-lo para o presidente. Não para que ele morra, mas sim, para mantê-lo preso, poderá ser que ele melhore ou piore. O desespero que sinto é tão grande que no momento estou chorando, porque eu não quero o homem que eu amo se acabe dessa forma.  

— Vou mudar, Selena. Acredite em mim. — cabisbaixo, profere as palavras baixinhas com o tom choroso. Dá para sentir o seu arrependimento e acabo me comovendo, sentando-me ao seu lado.

Nós dois estamos chorando. Envolvo aos meus braços em volta das suas costas, apoiando minha cabeça em seu ombro. Mesmo fedendo, todo sujo, não me importo. Quero que Justin se sinta muito amado e saiba que tem alguém lutando por ele. 

Acho que não.— com os olhos lacrimejados lhe fito profundamente. Dói ter que admitir, mas o próprio está um viciado. Tudo vai causar mais danos se continuarmos negando. — Eu acho que você precisa se internar, Justin. Você precisa de ajuda. Você precisa de tratamento.

Com o coração apertado, sugiro o que poderá resgata-ló.  É terrível ter que pronunciar essas palavras para o amor da minha vida, porém, é a única saída que poderá o tirar dessa. 

— Não quero me internar, Selena. Não quero ficar longe de você.— diz em desespero, temendo em me perder.

Seus olhos marejados arrebentam-me totalmente. Vê-lo choroso, angustiado e deprimido, entristece-me. O Justin que eu conheço, é o homem mais foda e valente, capaz de passar por cima de tudo para superar os obstáculos. Tê-lo que presenciar assim, no fundo do poço, dói muito. 

Porque eu não sei mais o que faremos. 

— Por favor, não me abandone.— implora baixinho, levado pelo desespero.  A aflição é tanta, que abraça-me fortemente. 

Não o afasto, pois nesse momento, ele precisa se sentir confiante e não sozinho. Eu não vou deixá-lo desamparado. 

— Tô aqui, Justin. Não vou sair de perto de você. Não precisa ter medo. — minha voz ecoa em sussurros baixos, encarando-o com pena. — Te amo, e eu vou cuidar de você. Jamais vou te deixar sozinho nessa.— o prometo, dando um beijo no seu rosto. Irei arriscar tudo, até mesmo a minha própria vida para não deixá-lo no meio da rua. 

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Church

É estranho a sensação de entrar num lugar religioso, sou cética a essas coisas. Nunca sequer entrei numa igreja, mas vou buscar as meninas. De mãos entrelaçadas, vamos adentrando e até me sinto envergonhada em entrar de short em um ambiente desse típico.  

Percebo de vez em quando, o próprio fungar fundo o nariz, como se  sentisse falta de fumar.  Acredito eu de que ele não usou droga hoje, mas possivelmente deve está em abstinência já que seus dedos da mão não param de tremer.

— Meninas!

— Mama!

Giulia corre assim que me avista, fico de joelhos recebendo a pequena em meus braços. A minha caçulinha é tão apegada a mim, que seus olhos demonstram que já estava chorando por minha causa. Abraço-a e beijo suas bochechas gordinhas. 

— Já estava chorando, meu amor?— pergunto com um humor melhor, vendo uma mulher loira se aproximar. Ela é simpática, e fica observando eu brincar com a minha filha. 

Sim.— esconde a cabecinha no meu ombro, bastante manhosa, estando tímida. Giulia é a mais encabulada. 

As outras duas preferem ir pro lado do Justin e lhe fazendo inúmeros questionamentos. Mabel pergunta o porquê do machucado no olho, checando tudo no pai. 

— Ela é um anjinho, né?— a desconhecida toca na perninha da minha menina, a elogiando. 

— Demais, mas às vezes dá um trabalho....— reclamo, num tom divertido e cheirando minha filhinha que mexe nos fios do meu cabelo. 

— Criança é assim mesmo. Também tenho três. Dois meninos e uma bebê de seis meses. Eu só falto ficar louca.— ri e abro um sorriso fraco. Mesmo cheia de problema, procuro transparecer que tudo segue bem na minha vida. 

Não quero que ninguém perceba nada. 

— Ele ali é o padre?— resolvo questionar, curiosamente, ao vê-lo puxando o loiro para um canto para conversar.  É bom que o meu marido ouça o conselho de outro alguém, e não somente o meu. Justin parece bem entretido conversando com o reverendo. 

— Não, ele é pastor. É o pastor Rick.— corrigi-me e acabo ficando sem jeito. Não entendo muito dessas coisas, até porque nunca vim a uma igreja e não faço a menor ideia de como funciona. — Posso falar um pouquinho sobre Jesus para você?— indaga, um pouco travada. Assinto que sim por educação. Entretanto, eu não acredito que existe um ser sobrenatural. Não acredito em Deus.

Sento no assento colocando a Giulia no meu colo, enquanto a mulher abre a Bíblia. Mabel e Annabelle sentam também ao meu lado para ouvirem. 

— Antes de mais nada, meu nome é Daisy, pode me chamar de pastora Daisy. Somos líderes dessa congregação. Adoro Jesus desde de pequena, desde de quando eu  tinha a idade dessa menina aí.— olha para Giulia, com o olhar admirado. Há um orgulho da parte da desconhecida ao ressaltar sua fé.—  Quero deixar um versículo bíblico, para você e para sua família. Se encontra no livro de filipenses  4, versículo 13" Tudo posso naquele que me fortalece". Não sei o que esteja passando, mas Deus tocou no meu coração para deixar esse versículo.— diz e a única coisa que respondo é:

Obrigada.– agradeço mexida. Ela nem me conhece, mas parece adivinhar o meu problema. 

Seus olhos verdes transmitem tanto conforto. Talvez eu esteja precisando de ajuda, porque não sei o que acontecerá quando eu e Justin sairmos dessa igreja e ele querer voltar para boca de fumo.  O estado de inquietação do próprio demonstra a falta de controlar de si mesmo. É uma péssima ideia deixar ele no mesmo ambiente que as nossas filhas, mas nem que eu o amarre com cordas, em hipótese alguma vou deixá-lo morrer se drogando. 

— Posso lhe fazer uma pergunta?— saio do momento de transe, olhando-a em pura aflição. Talvez seja um pouco invasivo da minha parte, no entanto, questiono:— Como eu posso crer, em algo que eu não vejo?

A loira bem vestida abaixa a cabeça, procurando outro versículo na Bíblia para tentar explicar a minha incredulidade. 

— Se for em relação a Deus, é simples. Você não precisa vê-lo, para crer. Não precisa toca-ló, para senti-lo. Porque Deus ele só fica presente, quando o aceitamos. Se o nosso coração está apto para adora-lo, Deus se torna íntimo. E a partir daí, que ocorrem às mudanças. — soa com tanta confiança. É surpreendedor de como a mesma aparenta ter uma fé tão inabalável por essa divindade. 

— Eu acho que o seu Deus não gosta de mim. Já passei por tanta coisa na minha vida e nunca cheguei a senti-lo— dou de ombros, demonstrando total indiferença. As pancadas e os tombos que já levei, me faz sentir esse desânimo.

Me sinto no fundo do poço. 

— Não é só o meu Deus, ele também pode ser o seu Deus. A partir do momento que você o aceitar, tudo se torna novo.

Como eu faço para aceitá-lo?

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POV's Justin Bieber.

— É pastor, se não fosse pela minha esposa, eu já estaria morto.— desabafo, direcionando a minha atenção para Selena que está numa certa distância. Seu olhar está tão abatido, estou acabando com o seu psicológico, agindo igual um louco. — Não quero perder a minha família, não quero perder o amor da minha mulher. Elas são tudo para mim.—lamento, sem rumo, completamente cabisbaixo. 

Sou um péssimo marido, um péssimo pai, e um péssimo homem. 

Desde que Sara morreu, fiquei abalado demais e acabei não suportando a sua morte trágica. Eu sinto que a matei, eu não deveria ter a levado até o Washington. Foi aí que a minha virou de cabeça para baixo. Perdemos absolutamente tudo. Tirei Selena do seu emprego dos sonhos, a deixei numa vida de miséria. Eu sacrifiquei todo conforto das minhas filhas, por tentar ser honesto, por tentar salvar a nação americana de pessoas corruptas, só que a minha péssima escolha acabou gerando muito sofrimento a minha família. Principalmente a Selena. Ela não merece um cara como eu. 

— Você quer aceitar Jesus e sair dessa vida, meu caro?—a voz de alguém que nem conheço, surge como se houvesse uma saída no fim do túnel. Encho-me de esperança. 

Será que ainda há chances para mim?

— Eu quero sim. 


Notas Finais


A garra da Selena é admirável❤️🥺 não desiste jamais do boy. Talvez eles encontrem agora a paz que precisam❤️vamos torcer


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