1. Spirit Fanfics >
  2. Floresta- 1 temporada >
  3. Descoberta

História Floresta- 1 temporada - Descoberta


Escrita por: jelenastazz

Capítulo 8 - Descoberta


Fanfic / Fanfiction Floresta- 1 temporada - Descoberta

    POV's Justin Bieber.

20:30 PM.

  Selena desapareceu. Estou adentrando pelo matagal escuro, gritando pelo seu nome feito louco, atrás de buscá-la. Pode ser que ela tenha passado mal e tenha dormido em algum canto, deve ser por esse fato que ainda não voltou.  

Me sinto apavorado com qualquer possibilidade, porque meses atrás nossos amigos foram mortos em sequência de crimes hediondos e não quero nem pensar na hipótese de Selena ter sido vítima...  foca, não posso pensar em bobagens, porque vou enlouquecer sem notícias.

— Achamos isso, mano!— O Mendigo remete trazendo a peça de roupa. Apavoro-me. Será que a minha mulher foi atacada por algum animal?

Pego sobre as mãos o seu vestido florido azulado, de repente fecho os olhos e encosto um pouco o nariz, cheirando a peça e sentindo o seu cheiro doce me preencher. Por onde você está, Selena? Memórias do seu rosto vêm em meus pensamentos. Hoje ela estava tão radiante, o que deu errado?

— É de Selena.— confirmo, com o coração apertado. Vou surtar se eu não encontrá-la viva! 

— Calma, parceiro, nós vamos achá-la. Eu te prometo— O meu amigo Ian garante. Entreolho desnorteado, não tendo cabeça para raciocinar direito.

Mexo no brinquedo dentro do meu bolso, olhando de relance pro objeto que a entregaria de presente. O chocalho rosado que comprei para a nossa bebê. Porra, eu estava ansioso para entregá-la e confessar o quanto me sentia feliz em saber que teríamos uma filha menina.

— Ela deve ter passado mal..— Nina assegura, não me dando tanta esperança. É notável que ninguém acredita que a própria possa está viva. — É comum mulheres grávidas se sentirem indispostas e sonolentas. Vai ver que ela apareça amanhã, quando amanhecer o dia. 

— Tem razão.— a mulher do Canibal concorda.– Talvez ela apenas esteja descansando.— soa como houvesse um otimismo enorme, querendo me convencer. Mas nada está funcionando, estou desesperado com o sumiço.

Selena conhece essa floresta como a palma da sua mão. Por mais que ela tenha passado mal, já teria dado tempo dela pedir ajuda.

Bieber, tenho algo para te dizer.

Olho para trás. Ryan surge no meio da trilha escura, afobado e puxando a outra pelo braço. Ele não está sozinho, está acompanhado do lado da mulher de cabelo castanho claro. 

— Fale para ele tudo que você me disse, Bárbara.— pede para sua companheira, que respira e abaixa cabeça, encolhendo os ombros após o pedido.

— O que eu preciso saber?— indago estranhando o comportamento esquisito dos dois, porque é incomum esse silêncio todo. 

Só se ouve os grunhidos das corujas.

É sobre Selena.

Parece que sou o único que está por fora, porque os demais agem como se já soubessem ou suspeitassem de algo. 

O que tem Selena? 

Zayn sabe tudo.— a ficante do meu melhor amigo acusa o outro que está assoviando, encostado próximo no canto da árvore. Franzo a testa confuso, esperando uma explicação.

— Eu não sei de nada.— dá de ombros.

Desconfio. Caralho, o que está rolando? Que clima é este?

— Não vi nada.— se recusa.

Será que eu sou único nessa porra que está sendo feito de otário? 

— CONTE!— explodo, sem paciência.— O que aconteceu com Selena?— arregalo os olhos ameaçadores. Eles vão contar ou caso contrário, terei que fazer um, por um, abrir o bico a força. 

— É melhor você descansar, Bieber.— sou confortado com a voz feminina, a mulher magra coloca as mãos em meu ombro.— Selena vai voltar.— os olhos claros afirmam. Porém, tenho a sensação que estou sendo o último a saber a verdade

— Sara tem razão.— Canibal assente, aproximando-se. — Amigo, amanhã é outro dia! 

— Que outro dia, cara? A minha mulher está desaparecida.— permaneço alterado, além de preocupado, achando um absurdo suas palavras de conforto. 

Não vou sossegar até encontrar Selena. 

— Bieber, vai buscar a Mabel na casa da Taylor. Ela está começando a desconfiar.— Nina pede, sobretudo, estou sem cabeça de fingir que está tudo bem, sendo que não faço a menor ideia de onde Selena se encontra.

Puta que pariu, tinha que acontecer logo agora!

— Quer saber a verdade?— Bárbara é a única de coragem que resolve se pronunciar, pois todos se calam. Acho que estou fazendo o papel de palhaço.— Ela fugiu com o amante, o Harry. Zayn viu tudo. Ele só não está falando, porque está com medo da reação dos outros.

— Isso é uma calúnia contra, Selena.— uma de suas amigas a defende. — Parem de inventar! É feio, sabia.— A namorada do Chaz fica indignada, confrontando as palavras da outra. 

Como assim, ela e Harry?— um sussurro incrédulo escapa da minha boca. Abaixo a cabeça, refletivo. É impossível! Selena o odeia. Ela sempre o odiou. 

Não consigo aceitar que seja real essa porra.

Nós já suspeitávamos há um tempo.— só acredito, quando escuto a voz da melhor amiga de Selena, Nina. Ela confirma absolutamente tudo.

— Pedi até que Nina se mantivesse calada, para não estragar o seu relacionamento com ela, parceiro. Mas foi um erro, tá aí no quer que deu.— o outro acrescenta, completando cada palavra dita da sua mulher. 

Aos poucos vai caindo a ficha, as implicâncias de Selena com aquele bastando, o tanto que ela falava mal dele. Nunca parei para suspeitar, porque achava que era só o jeito de Selena em querer encher o saco da geral. 

Me sinto um baita idiota, em ter cogitado na ideia, de que finalmente aquela vadia estava tendo coração. 

Fui um burro! Um otário. Um idiota! Puta merda, como não juntei as peças antes? Estou ao ponto de explodir de tanta RAIVA, por ter sido enganado tão descaradamente por aquela puta de Selena. 

— EU VOU ACHAR AQUELA VADIA NEM QUE SEJA NO INFERNO!— grito ameaçando de acabar com a sua vida quando eu a encontrar. Fui humilhado e feito de cachorro na frente de todos, não vou deixar barato. 

Na primeira vez eu perdoei, mas agora, ela pagará CARO!

(......)

Cabana.

Jogo suas roupas fora pela janela. Estou quebrando tudo, os móveis, descontando o meu ódio nos objetos. Quero me desfazer das coisas que lembre a ela.

— Papai, pare! Você está me assustando.— a voz infantil súplica, o que me faz ainda mais tremer de ódio, quando sinto o toque da mãozinha pequena no meu braço, na intenção de me fazer parar.

— Você é outra, igualzinha a desgraçada da sua mãe!— as comparo, olhando com nojo para cara da menor. Essa menina é tão idêntica àquela vagabunda, que seus olhares são os mesmos.

 É como se eu tivesse olhando para Selena agora... 

— SAI DAQUI!— a empurro, descontrolado. Sei que se ela permanecer parada, acabarei fazendo uma besteira. 

Não posso machucar a minha filha. 

— EU JÁ MANDEI VOCÊ SAIR!

— Por que está bravo comigo e com a mamãe, papai? O que fizemos?—pergunta, com aquele olhar de inocência. 

Perco a cabeça.

— NÃO cite mais aquela vagabunda aqui.— ordeno autoritário. Continuo com as mãos fechadas em punhos, doido para socar a parede. 

— Por que não, papai?— se faz de desentendida, num tom meigo. Essa garota é outra sonsa igual a mãe! 

— Porque aquela vagabunda morreu para nós, entendeu?— a encaro obsessivo de ódio. A filha de Selena assente que sim, concordando meio esmorecida. Seus olhos inocentes estão até direcionados ao chão. 

— Mas como foi que a mamãe morreu?

— Não é da sua conta, sua pirralha!— a xingo gritando alto, descontando a minha raiva na própria. Porque fico puto que essa criança não entende a real intenção por trás, ou está apenas fingindo para me fazer enlouquecer.

— Papai, você nunca falou assim comigo.— lamenta, num tom de chateação. Vejo que a decepcionei. 

— Me deixe sozinho, porra!— a expulso, mandando que saía.— Não tô nem com cabeça para ouvir a tua voz.

— Você não gosta de mim, papai? — há uma imensa tristeza no tom de voz da pirralha. Surpreendo-me com a merda da pergunta, porque me sinto impossibilitado de responder. 

— SAI!— exijo, gesticulando com o dedo para porta. No fundo, não posso admitir a verdade, porque aí ia receber o título de TROUXA. 

Não quero ser visto como um fraco por amar a filha de outro. 

Posso está pegando pesado com a Mabelzinha e soltando os cachorros só por ela ser filha daquela vadia, mas eu não tô nem aí. Quebro o chocalho, pisando em cima. 

Selena fugiu levando na barriga até a bebê que é nossa. Se bem que do jeito que aquela vadia é mentirosa, pode ser que a bebê nem seja a minha filha mesmo. 

Caralho, eu sou um burro total!

(....)

Por fim, coloco fogo na cabana, queimando qualquer vestígio que faça o rosto da maldita aparecer em meus pensamentos. Quero esquecê-la. Fingiremos que essa mulher nunca existiu em nossas vidas. 

— Onde moraremos agora, papai? 

— No meio do mato. 


(......)

 Algumas semanas depois...

Povs Selena Gomez 

    16:30 PM

 Aos tropeços, sem escapatória, recorro  em sentido as cabanas. Estou paranóica   e  uma vez e outra olho para trás, com medo dele está vindo atrás de mim. 

Mal consigo andar, estou sentindo uma uma enorme dor na minha costela, acho que quebrei. Mesmo ferida; meus lábios sangrando, os olhos cheios de hematomas roxos, vários arranhões pelos meus braços, procuro achar um abrigo.

— Me ajude, por favor!— imploro para única pessoa que pode me socorrer, assim que ela abre a porta. 

Selena?— num tom assustado, reage incrédula ao me olhar naquele estado deplorável. Até eu mesma tenho vergonha das condições que estou. — Ah meu Deus! Entre.— seus olhos estão alarmados, a mulher me dá passagem permitindo a minha entrada. 

A entrego a bebê, porque não consigo nem segurar a recém-nascida direito. 

Me sinto fraca.

— Você precisa me ajudar, Sara. Eu já salvei a sua vida uma vez, será a sua vez de salvar a minha.— expresso o meu medo, parada na sala, visivelmente perturbada emocionalmente. Se eu reaparecer para esse povo, eles vão querer me queimar viva na fogueira. O principal que fará a minha caveira, será Justin, porque ele deve me odiar. 

No momento estou com um problema muito maior. Fugir das garras do Harry. Ele fez eu passar igual que fazia com Taylor, ou até pior. Me fez até beber urinas de rato uma vez. 

— O que eu preciso fazer, Selena?— se sente prestativa a querer me acolher. Eu sabia que poderia contar com essa mulher, Canibal não escolheu errado, ela é a única que tem humanidade neste lugarzinho miserável. 

— Tenho que me esconder. De todos e de mim mesma. Ninguém pode suspeitar que eu voltei.— ainda em pânico por tudo que vivenciei, resolvo implorar por ajuda.

Sara olha para bebê em seus braços, achando que é meio impossível eu me esconder em sua casa, com uma criança  que na primeira oportunidade abrirá o berreiro e chamará atenção de todos. 

— Se livre dessa bebê.— peço num tom egoísta, a policial pisca os olhos algumas vezes, pois soa bem frio a minha indiferença. 

— Ela é a sua filha, Selena! 

— Mas eu não me importo, Sara. Eu não me importei nem quando abandonei a Mabel, por que devo me importar com esse serzinho inocente agora?— admito, toda quebrada. Não é só a dor física, mas sim psicológica.

— O que foi que rolou para você está desse jeito, Selena? Me diga— olha-me com olhar de compaixão, além de expressar um olhar de pena. Algumas lágrimas se formam em meus olhos. Eu não sabia o que era chorar, mas aprendi nesse tempo que estive vivendo como uma prisioneira. 

 Ela nem imagina o tanto de vezes que fui estuprada por aquele monstro



Notas Finais


O que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...