Jongin destrancou a porta da frente antes de correr para o banheiro, mas enviou uma mensagem a Kyungsoo antes de tudo. Uniu toda a sua coragem para pedir algo a Kyungsoo, e pediu também que entrasse mesmo se não abrisse a porta e o esperasse onde quisesse, então seguindo para seu banho.
Estava nervoso, tinha de admitir. Fazia um tempo desde a última vez que fez alguma coisa com alguém... E, na verdade, fora realmente entediante. Jongin sabia que não seria assim com Kyungsoo, porque Kyungsoo o excitava em maneiras que nunca pensara que seria possível. Kyungsoo sabia o que estava fazendo e o fazia muito bem. Por um segundo, num momento meio masoquista, Jongin ficou feliz por não ser o primeiro, só para sentir um ciuminho incômodo por isso depois.
Não economizou tempo no banho. Kyungsoo ainda pegaria algumas coisas antes de vir e sabia, de algum jeito, que aquela espera o deixaria ansioso. Tão ansioso que teria tempo o suficiente para pensar em tudo o que faria consigo, e Jongin já havia notado que ele gostava de antecipar, assim como Kyungsoo notara que Jongin gostava de ficar imaginando. Acabou que antes mesmo de sequer ver o rosto do advogado que não estaria mais na janela oposta, mas no seu quarto, Jongin já estava irremediavelmente duro.
Jongin soube que ele estava do lado de fora daquela porta quando ouviu a cadeira da escrivaninha ranger. Kyungsoo devia estar girando para um lado e para o outro ali em cima, como o próprio Jongin fazia quando estava ansioso. Era imaginá-lo esfregando-se em suas coisas para pulsar dentro do shorts largos que vestiu mesmo sabendo que acabaria nu dali a poucos minutos. Assim, vestiu também a blusa de moletom larga em cor de caramelo e saiu do banheiro muito mais tímido que em qualquer outra situação de sua vida.
Não porque não confiava em Kyungsoo, mas porque sabia que ele o reviraria inteiro e se envergonhava um pouquinho do tanto que se excitava com isso. E ele estava bem ali, jogado contra sua poltrona, olhando-o com expectativa. Analisou-o dos pés a cabeça; Jongin sentiu os olhos escuros passando por cada centímetro de seu corpo. Em cima da mesa que antes estava vazia, ele havia colocado cada um dos acessórios para aquela noite. Jongin podia ver as orelhas felpudas, a coleira e... e o rabinho.
O sorriso nos lábios fartos foi contido quando Kyungsoo mordeu os seus próprios, estendendo a mão como se o chamasse a pegá-la, e quando pegou, trouxe-o para sua frente, onde estaria completamente à disposição de seus toques.
— Você estava tão animado assim para me ver de perto, Jongin? — Brincou Kyungsoo, sorrindo de lado para ele. É claro que já tinha notado na ereção entre suas pernas enquanto passava os olhos por seu corpo. Jongin apenas riu nervoso.
Jongin estava se entregando completamente às surpresas de Kyungsoo, confiava-se a ele. E não achava que estava fazendo um mal negócio quando Kyungsoo virou-o de costas, de frente para a escrivaninha e contra seu corpo. Ergueu-se e guiou as mãos ainda tensas de Jongin para o tampo, espalmando-as ali enquanto Jongin respirava entrecortado, ansioso.
Sentia o corpo de Kyungsoo moldar-se ao seu como se fossem peças adjacentes. Pinicava de vontade de implorar que o fodesse quando as mãos firmes, essas as quais Jongin sempre amou observar, subiam por seu tórax com curiosidade. Era ridículo o quanto antecipava tudo o que ainda fariam. Seus lábios estavam molhados só de pensar em beijar Kyungsoo, ou de colocá-lo na boca, o que viesse primeiro. Mas Kyungsoo queria apenas explorar por enquanto.
Descobriu sua pele sob a blusa larga e contornou os músculos de sua barriga com uma suavidade torturante. Isso enquanto sua cabeça estava deitada contra seu ombro e sua pélvis recostada à sua bunda. Jongin sentia sua respiração calma e os dedos gelados que corriam por seu estômago, e o arrastar lento de Kyungsoo enquanto ele se esfregava em si e ria contra sua orelha.
— Você estava se preparando para mim? — Ele questionou, em um tom quase doce. Enquanto Jongin assentia, ele levava os dedos até seu peito, acariciando sua pele antes de dar alguma atenção aos mamilos eriçados. O ar frio que circulava o quarto entrando pelas janelas invadia as roupas e tocava sua pele quente, mas Jongin não sabia dizer se os arrepios eram causados pela brisa, pelos beliscos leves tornando sua pele sensível ou pelo tesão intenso que Kyungsoo fazia-o sentir. — Hm... você é um bom garoto.
Com um beijinho em sua nuca, Kyungsoo retirou as mãos de dentro de suas roupas e afastou-se alguns milímetros. Só o suficiente para agarrar a tiara com as orelhas de cachorrinho. Não demorou muito até que fossem encaixadas atrás de suas orelhas, e então Jongin viu pelo canto do olho que Kyungsoo ajeitava seus cabelos com zelo. As orelhinhas felpudas tinham a cor marrom bem próxima a cor dos fios de Jongin, então mesclavam de forma a esconder a tiara.
— Agora é minha vez de cuidar de você. — Ele sussurrou, terminando seu trabalho com um beijo na bochecha de Jongin, este que viera descendo em uma trilha para seu pescoço outra vez enquanto suas mãos escorriam com igual lentidão pelos braços cobertos. Era como se seu calor estivesse por todo lugar e Jongin gostava dessa atenção lenta.
Deleitou-se com o arrastar vagaroso da boca de Kyungsoo em seu pescoço, descendo por sua jugular e espalhando aquela onda prazerosa de arrepios por todo o corpo. Sentia a língua aveludada em seu mandíbula quando Kyungsoo puxou-o contra seu corpo pela cintura, e então aproveitou a proximidade para invadir aos poucos o elástico do shorts e descobrir sua nudez ali por baixo. Não se conteve em ir direto ao ponto, envolveu seu pênis entre os dedos e beijou seus lábios pela primeira vez enquanto arfava em surpresa. Capturou seu lábio inferior em um puxão sem pressa que, junto aos movimentos demasiadamente leves em seu falo, quase fazia Jongin implorar. Quando Kyungsoo usou o polegar livre para afastar o elástico dos shorts e tocá-lo mais livremente, seu controle simplesmente de adeus.
— Kyungsoo... por favor... — Murmurou ele, tão baixo como se tivesse vergonha de estar pedindo por algo. Kyungsoo sorriu muito admirado por sua timidez. Jongin era a coisa mais fofa em que já tinha botado as mãos. Só porque Jongin tinha pedido, suavizou ainda mais os dedos ao redor do pênis duro, vendo-o choramingar de frustração, e então riu de seu rosto vermelho. — Por favor...
Jongin ousara em guiar uma das mãos trêmulas até a mãos que circulava seu falo, apertando os dedos de Kyungsoo ao redor dele como queria que fosse. Kyungsoo deixou-se ser guiado, não porque não sabia como fazer, mas porque era ótimo ver Jongin tão sedento por seus toques. A respiração de Jongin estava tão pesada quanto se estivessem transando há horas, tamanha sua excitação, e Kyungsoo gostava de ser o motivo por trás disso, tanto quanto gostava de vê-lo se esfregando contra sua palma, estocando lenta e timidamente.
— É assim que você quer, então? — Kyungsoo fingiu-se de desentendido para que pudesse ouvir dos lábios fartos, molhados e vermelhos que Jongin tanto mordiscava. Terminou de afastar as roupas de baixo do caminho para que não o atrapalhassem e escorreu as mãos pelas pernas, sentindo a pele arrepiada enquanto circulava a bunda de Jongin com os dedos. Podia muito bem se livrar de uma vez por todas do short que ele usava, mas Kyungsoo gostava de brincar com as roupas. Sentia um tesão indescritível por enfiar os dedos sob o tecido e apertar os glúteos macios ali por baixo. Apertou-os com vontade, espalhando toda a carne por entre seus dedos enquanto o masturbava, agora sem precisar ser guiado por Jongin. — Você quer que eu seja firme com você?
Jongin encolheu-se um pouco e voltou a apoiar-se na mesa quando Kyungsoo aumentou o aperto ao redor de sua carne, tanto próximo à glande inchada, quanto na bunda moreninha ainda parcialmente escondida. Quis respondê-lo que sim, era assim que gostava, mas custou a assentir, gemendo baixo. Porra, Kyungsoo definitivamente sabia o que estava fazendo e Jongin jamais poderia reclamar por isso.
Não poderia até que Kyungsoo soltou-o outra vez, abandonando seu corpo sensível antes de satisfazê-lo completamente. Então Jongin olhou-o pedinte, as sobrancelhas arqueadas e os óculos escorregando pela ponte do nariz. Estava bagunçado como se tivesse perdido todo o seu controle, mas Kyungsoo achava-o muito sexy desse jeito. Virou-o para si e colocou-o na coleira de couro marrom, a qual Jongin deu-o espaço para afivelar. Cada acessório o deixava ainda mais fofo. Kyungsoo nem sequer conseguia acreditar em como poderia simplesmente nunca vê-lo daquela forma. Que vida horrível teria sido.
Olhava-o tão admirado que quase perdia a pose, mas, nada disso. Kyungsoo o dominava de todas as maneiras ainda que não tivesse a expressão mais séria. Jongin merecia saber o quanto era lindo e o quanto o excitava. Por isso beijou-o nos lábios outra vez, dessa vez para expressar em intensidade tudo o que agitava seu corpo naquele momento. Todo o prazer contido dentro de suas vontades. Cada gota de desejo que sentia de vê-lo tocar-se para si e o quanto queria poder tocá-lo também.
Jongin envolveu-o num abraço que se encaixava bem até demais quando suas línguas se tocaram pela primeira vez. Pensou que nunca ia senti-lo daquela forma, mas Kyungsoo tinha forma sob seus dedos, e Jongin apertava-o até sentir que era real e que aquilo não era só mais um sonho muito, muito molhado. Desceu suas mãos de repente atrevidas e colocou-as por dentro das calças de Kyungsoo. Uma hora teria de agarrar a bunda redonda como um pêssego em mãos, ou surtaria. E foi depois do riso de Kyungsoo interromper o beijo que se separaram, se olhando de forma muito mais intensa que qualquer outra.
Porra, estavam um com o outro nas pontas dos dedos quando o combinado era só olhar... E nenhum dos dois estava a fim de parar agora.
— Opa! Parece que meu bom menino esqueceu-se dos modos... — Comentou Kyungsoo, em tom de reprimenda. Seu sorriso transparecia bem que aquela malcriação de Jongin só fazia agraciá-lo com uma chance de puni-lo da melhor forma que conhecia: fazendo-o delirar. Segurou-o pelo queixo e ergueu-o, lambendo uma linha até a borda da coleira e então voltando para beijar seu pomo-de-adão. — O que eu faço com você, Jongin...?
— Por favor, não me foda o mais forte que você conseguir... — Implorou Jongin, numa ironia muito, muito bem disfarçada. Porque, brincadeiras à parte, era exatamente isso que ele queria ali e agora. E Kyungsoo entendia isso muito bem.
— Você não me deixa opções, Jonginnie tarado... — Jongin sentiu a pele arrepiar quando Kyungsoo chamou-o daquela forma outra vez. Lembrava-se perfeitamente de como ele o dissera isso, num outro dia, enquanto o seduzia pela janela. Não era como se sentisse falta de só olhá-lo naquele momento em especial mas... havia certa magia em não poder colocar as mãos em Kyungsoo quando quisesse. Jongin estava adorando.
Kyungsoo selou sua boca outra vez, os olhos bem abertos enquanto o encarava em desafio. Seus dedos voltaram para suas roupas e logo o moletom sumia para algum lugar ao lado da escrivaninha, bem como a blusa que já incomodava Kyungsoo também. Quando ambas as peças já estavam longe de seus corpos, Kyungsoo sentou-se e o puxou para sentar em seu colo, um joelho de cada lado.
Jongin não perdeu a chance de acomodar-se sobre o pênis duro de Kyungsoo. Fez questão de sentar-se e acomodá-lo em sua bunda, rebolando para um lado e para o outro enquanto observava-o gemer longamente. Podia estar um pouquinho envergonhado, mas, porra, já tinha se masturbado para ele. Finalmente podia tê-lo de verdade. Jongin mordeu os próprios lábios. Estava disposto a arriscar-se um pouquinho para colocar tudo o que desejou por noites de sonhos eróticos em prática. Ao menos a parte de sentar em Kyungsoo já estava realizada.
Suas mãos se arrastaram pelo peito agora descoberto e sua boca aproveitou a deixa para percorrer o pescoço orvalhado. Kyungsoo tinha a cabeça jogada para trás e decidiu aproveitar o momento. Era bom ser endeusado por Jongin, e... o dava um bom motivo para dá-lo algumas palmadas.
Jongin tinha a bunda empinada e distribuía uma série de beijos quando o acertou com a palma, e depois de um choramingar curto, o mais novo entre os dois mordeu-o no queixo, sem força, em resposta à provocação.
— Você não acha que está muito atrevido, Jongin? — Ele o questionou, em tom grave. Suas mãos fizeram o caminho por suas costas, arranhando-o de leve enquanto suas bocas raspavam pela proximidade. Não conseguia conter a vontade de beijá-lo. Entre uma palavra e outra, as bocas se encontravam em selos.
— Você tem que me bater mais. — Resmungou ele baixinho, num riso soprado e travesso contra suas orelhas, mas choramingando de novo quando Kyungsoo estapeou-o outra vez. Estava tão duro...
Descontou o ardor em uma mordida no lóbulo da orelha de Kyungsoo. Jongin o fazia arrepiar por inteiro quando fazia essas coisas. Era uma graça quando estava quietinho, mas também era extremamente atraente quando implorava. Kyungsoo não estava a fim de decidir por um de seus lados. Queria os dois.
Seguro-o pelo rosto e o fez olhar em seus olhos antes de beijá-lo com intensidade desmedida. Afundou os dedos nos cabelos achocolatados e puxou-o contra sua boca. Deixava-o invadir com a língua o quanto quisesse. Poderia reclamar de sua dominância, se não fosse tão bom sugá-lo daquele jeito. E o beijo não poderia se tornar mais excitante que aquilo, porque Jongin esfregava a bunda em sua pélvis e o deixava louco.
Gostava de fazer seus gemidos perderem-se dentro de sua boca. Jongin havia ouvido tudo de longe por muito tempo, já era hora de compensar a distância.
— Kyungsoo... Eu quero sua boca...— Ele implorou baixinho, afastando-se do beijo, mas recusando-se a parar com os movimentos. Sentia-se tão excitado rebolando para Kyungsoo que sentia que quase poderia gozar só com isso e com o olhar intenso que Kyungsoo prendia em seu rosto, firme, esperando a parte que Jongin esquecera em seu papel de bom menino. — Por favor...
— Você quer que eu te chupe aqui? — Provocou ele, sorrindo orgulhoso. Sua mão desceu entre os corpos para contornar seu falo sobre o tecido do short. Jongin esfregou-se outra vez contra ele, escondendo o rosto em seu pescoço. Aspirar o perfume forte era, definitivamente, o seu paraíso em terra. Jongin nunca havia esquecido o aroma desde que entrou em sua sala, daquela vez. Era bom demais para simplesmente esquecer.
— Aqui também. — Pediu, manhoso, enquanto guiava a mão que Kyungsoo tinha pousado em sua coxa para a bunda macia, deixando que ele fizesse sua parte em apertá-la com o gosto, pressionando os dedos em sua entrada com intimidade. Só fazia Jongin ansiar o que Kyungsoo faria logo. Queria sentir aquela língua gostosa por seu corpo inteiro, e Kyungsoo não achava que estivesse pedindo demais. Kyungsoo também estava a fim de revirar cada canto daquele corpinho que ansiara ver por todo aquele tempo.
Jongin demorara muito a mostrá-lo alguma coisa. Só viu sua pele quando ele permitiu masturbar-se enquanto se exibia na janela pela primeira vez. Agora queria vê-lo por inteiro, de quatro, como seu cachorrinho. Não tinha como ser uma primeira vez melhor.
Kyungsoo daria exatamente o que ele queria. Pediu que se levantasse e depois livrou-o do restante das roupas. Jongin sentia-se ansioso quando Kyungsoo guiou-o a sentar-se na cama, seus pés apoiados no colchão macio, enquanto se abaixava até estar com o rosto rente à sua intimidade. E Jongin sequer conseguia disfarçar suas vontades. Seu corpo inteiro implorava que Kyungsoo o satisfizesse.
Observou cada segundo enquanto ele descia a boca por suas pernas e por sua virilha. Os dedos estavam firmes outra vez em seu falo, massageando-o daquela vez como se o quisesse sensível e inchado quando finalmente o colocasse entre os lábios, e estava conseguindo. Jongin arfava. Seu estômago se contraía sempre que os dedos experientes envolviam a glande avermelhada, maltratada pela masturbação lenta. Sentiu-se molhado quando Kyungsoo tirou dele o primeiro indício de líquido pré-seminal e espalhou-o pelo restante de sua extensão. E seus lábios estavam tão perto da base de seu pênis que Jongin quis rebolar para tê-los logo onde queria. A ansiedade era parte vital daquilo tudo. Quase tão bom quando tê-lo finalmente engolindo-o por inteiro.
Fechou os olhos num gemido entrecortado quando Kyungsoo, ainda encarando-o, ansioso por ver cada uma de suas reações, raspou a língua em seu pênis por entre os lábios, provocando-o. Depois sentiu-o fazer isso de novo, subindo até a cabeça e então, por fim, abrigando-a em sua boca. Chupou-o, deliciando-se com o tremor que atravessara as pernas morenas. Jongin as balançava toda vez que, depois de descer vagarosamente, as bochechas se fechando contra ele numa sucção leve, subia outra vez para serpentear a língua por toda a parte mais sensível de sua pele. Era como se quisesse segurá-lo entre suas coxas até que estivesse satisfeito. Jongin só conseguia pensar em como gozaria naquela boca pecaminosa se ele continuasse o chupando daquele jeito.
Ninguém nunca havia feito um sexo oral tão gostoso em toda a sua vida. Não estava exagerando. Sentia-se tão sensível que seu corpo deixava de obedecê-lo. Queria ver cada momento, mas quando Kyungsoo o segurava pela base e passava a língua daquele jeito pela fenda na ponta de seu pênis, gemer em contentamento não parecia ser o suficiente. Deixou o corpo cair para o colchão quando seus braços pareciam fracos demais para sustentá-lo, e focou em sentir a boca de Kyungsoo por inteiro. A forma como ele pressionava-o com as bochechas, a língua molhada e os estalos da saliva que ele deixava pelo caminho, os lábios cheios o acariciando o tempo todo. Jongin precisava de mais.
Não foi necessário pedir. Kyungsoo não demorou muito para trazer as mãos até suas nádegas, apertando-as por baixo de seu corpo antes de usar os polegares para acariciar entre elas. Sua boca fez caminho até seu testículos e Kyungsoo se divertiu com cada um deles antes de molhar um dos seus polegares com a própria saliva e então ir brincar em sua entrada.
O misto de sensações faziam Jongin contorcer-se na cama. Rebolava contra o dedo de Kyungsoo, sentindo-se torturado. Escorregara para dentro bem fácil, e aquele pequeno incômodo que sempre estava ali fora esquecido para a sensação de ter os testículos chupados, um por um. Depois de contorná-los com a língua, Kyungsoo explorou o caminho até seu ânus com lambidas longas e desavergonhadas. Jongin sentia-se eletrizado pela própria excitação. Mesmo que ele não movesse tanto seu dedo dentro de si, tê-lo ali já era o bastante para provocá-lo um monte de reações. Teria sentido a falta de ser invadido quando Kyungsoo retirou dali seu polegar, se ele não tivesse o substituído por sua boca. Mas Jongin estava sentindo prazer demais para reclamar.
— Fique de quatro, Jongin. — Pediu Kyungsoo, afastando-se de repente. Jongin devia estar inebriado demais pelo próprio prazer. Estava fora de si para expor-se tanto, mas confiava em Kyungsoo a ponto de levantar o corpo e empinar para ele sua bunda. Kyungsoo poderia passar a vida apreciando como as nádegas durinhas se abriam, mas queria Jongin um pouquinho mais submisso a si. Puxou-o para sustentar-se nas pernas, descendo seus pés para o chão, e deixou o restante de seu corpo deitado na cama. — Eu quero ver você de pernas bambas para mim outra vez. — Riu ele, deixando beijinhos pelas omoplatas orvalhadas de suor.
A pele de Jongin brilhava à luz acesa do abajur e era definitivamente a coisa mais linda que Kyungsoo já vira na vida. Fechou os olhos e arqueou as costas quando sentiu a língua de Kyungsoo brincar em sua entrada. Daquela vez, ele não se conteve em ir direto ao ponto. Queria ver Jongin se contorcendo outra vez. Apalpava a carne ao mesmo tempo macia e firme de Jongin enquanto serpentava a língua entre ela com gosto. Depois distribuía uma fileira de beijos e mordidas pelas bochechas carnudinhas antes de voltar a chupá-lo, umedecendo-o com sua saliva até escorrer.
Jongin afundava o rosto nos lençóis e gemia contido, mordendo os lábios com força. Podia sentir-se molhado a cada vez que Kyungsoo escorregava a língua em sua intimidade. Deixou-se arfar, trêmulo, quando ele lambeu até perto de seus testículos outra vez e enfiou os dedos em si com facilidade, movendo-os contra suas paredes enquanto colocava a língua por todo lugar, em suas coxas, subindo e depois indo explorar sua entrada outra vez. E Kyungsoo agraciava-se com os gemidos curtos quando o satisfazia, sentia-o quente sob os dedos, pulsando quando invadia-o com sua língua no lugar dos dedos, sentia os pelinhos em suas coxas arrepiando quando acariciava com a boca e com as unhas as áreas mais sensíveis de sua pele.
Terminou de chupá-lo, raspando os dentes de leve contra a parte inferior de sua bunda. Jongin sentiu o corpo responder com uma onda de prazer que descia até as plantas dos pés, e de novo quando Kyungsoo levantou-se e deixou um tapinha no mesmo lugar. Seu pênis pulsava, molhando agora o lençol enquanto se esfregava ali, sedento por contato. Estava completamente entregue.
— Você quer seu rabinho agora, Jongin? — Kyungsoo curvou-se sobre seu corpo para falar rente a seu ouvido. Ele estava perguntando só para ouvi-lo pedir outra vez. Nada poderia descrever o frio na barriga que Kyungsoo sentira quando Jongin o dissera que queria poder usar o rabinho naquela noite. Kyungsoo costumava ser admirado o tempo todo. O novo o excitava.
— Por favor, Kyungsoo... — Gemeu Jongin, balançando a bunda em sua direção. Kyungsoo se sentia tão sensível naquele momento que o mero toque da bunda dele contra sua ereção o enchia de arrepios. E Jongin... Bem, Jongin queria qualquer coisa dentro de si naquele instante.
Kyungsoo estalou um beijo que não conseguiu controlar nos lábios cheios. Apertou a bunda entre os dedos antes de escorregá-los para dentro da entrada molhada. Seus olhos estava fixos na expressão extasiada no rosto de Jongin enquanto arrastava-os em seu interior, movendo-os de forma cadenciada. Jongin havia se esquecido de como era bom sentir-se preenchido por alguma coisa, e os dedos de Kyungsoo faziam um ótimo trabalho ali dentro.
— Está gostoso? Hm? — Perguntou Kyungsoo, aumentando a intensidade quando Jongin assentiu, inebriado demais para dar uma resposta vocal. Tinha dois dedos bem molhados em sua entrada e eles escorregavam com facilidade imensa para dentro, provocando um barulhinho molhado que estava excitando tanto Kyungsoo que fazia-o se frustrar com as roupas que vestia naquele instante. Queria tocar-se. Melhor, queria Jongin o tocando, como se tocava com vontade contida quando se exibia para ele na janela. Queria as mãos tímidas de Jongin em si. Céus, precisava disso.
Deixou Jongin por um instante, respirando acelerado e ainda jogado contra a cama. Buscou o plug com certa pressa sobre a escrivaninha e voltou com o rabinho e o lubrificante em mãos. Encarou Jongin, buscando qualquer sombra de hesitação em seus olhos, mas ele parecia bem animado com o que viria agora. Mordia os lábios em ansiedade e empinou para ele a bunda, deitando o rosto contra o colchão outra vez. Estava preparado.
Kyungsoo molhou um pouco o plug antes de abaixar-se para deixar um beijinho na bunda de Jongin e então introduzi-lo, lentamente, olhando para Jongin para ver se doía. Não reclamou. Jongin estava acostumado a doer um pouquinho por um instante, e logo que estava dentro, a excitação por ser invadido o tomou de um jeito que não dava espaço para sentir-se dolorido. Agora, sim, Jongin era uma obra completa. Seu cachorrinho.
— Sente-se, Jongin. — Pediu ele, dando batidinhas na cama onde queria que ele se sentasse. Enquanto engatinhava para cima da cama, forçando-se ao redor do plug com medo de deixá-lo cair, Kyungsoo o comia com os olhos, correndo-os por todo o corpo fodidamente bonito de Jongin. Cada músculo e cada curva nele parecia simplesmente talhado pelas mãos de um artista. A coleira, as orelhas e o rabinho eram só um charme a mais. Kyungsoo tinha muita sorte de ter conseguindo um vizinho tão bonito.
Abria o cinto da calça enquanto o observava. Jongin sentou com as pernas bem abertas, os pés apoiados na beirada da colchão. O rabinho espalhava-se sobre o lençol. Era felpudo como o seu, mas tinha a mesma cor que as orelhinhas. Kyungsoo não podia negar que havia comprado aquilo pensando em Jongin, mas colocar nele fora muito melhor que só vê-lo vestindo. Gemeu longamente quando finalmente pôde enfiar a mão dentro das calças e dar-se um pouco do que ainda queria sentir. A noite estava só começando.
Livrou-se das roupas, chutando-as para um lado. Agora sim. Jongin lambeu os lábios para si, observando-o de volta. Pulsava só de lembrar que Kyungsoo e todo o seu corpo escultural estavam ao alcance de suas mãos. Jongin o admirara por tanto tempo...
— Eu fui um bom garoto... — Jogou Jongin para ele, puxando-o pela coxa com um dos pés. E Kyungsoo se aproximou os passos restantes e subiu na cama, deitando-se sobre seu corpo. Seus rostos ficaram a centímetros um do outro outra vez. Jongin podia sentir sua respiração quente em seu rosto, embaçando seus óculos.
— O que você quer, então? — Perguntou Kyungsoo, ainda que estivesse o premiando há um bom tempo. Mimá-lo se provou algo bem vantajoso. Beijou-o na testa enquanto tirava seus óculos. Talvez fosse melhor, ou acabariam quebrando-os em algum momento. Jongin passava as pernas ao redor de seu corpo, assim como os braços, roçando as intimidades entre seus corpos suados.
— Agora eu quero você. Por inteiro. — Respondeu Jongin. Bastou um olhar desejoso de Kyungsoo para alcançar a boca carnuda com a sua própria. Beijou-o, liberando toda aquela vontade insana de fodê-lo de todas as maneiras possíveis ainda naquela noite. Os lábios se esbarravam de forma rude, mas encaixavam-se bem enquanto Kyungsoo se arrastava sobre seu corpo, esfregando-se contra seu pênis. Jongin gemeu satisfeito quando Kyungsoo o fez também, tendo sua bunda apertada pelos dedos firmes de Jongin.
Sustentou-se pelos braços para passar as pernas por cima de Jongin, sentando-se sobre seu pênis. Olharam-se por um instante enquanto Jongin passava as mãos pelas laterais de seu corpo, completamente perdido em si. Era tão fofo... Ele guiou seus dedos para o rosto de Kyungsoo, acariciando seus lábios com o indicador. Depois, timidamente, pediu que ele os chupasse, sem nem mesmo precisar dizer uma palavra.
Kyungsoo segurou-o pelo pulso e enfiou os dois dedos de Jongin em sua boca, olhando-o com lascívia. Rebolava lentamente sobre sua intimidade enquanto corria a língua pelos dedos longos. Molhou-os com sua saliva, especialmente entre eles, e Jongin fechou os olhos. Pulsava entre as nádegas de Kyungsoo. Estava tão duro naquele momento que não conseguia acreditar que ainda não tinha gozado, mesmo que ainda nem tivesse tocado Kyungsoo como queria.
— Coloque-os em mim. — Mandou ele, por fim retirando seus dedos de dentro da boca. Curvou-se outra vez sobre Jongin para beijá-lo, lento e molhado, gemendo em sua boca enquanto ele introduzia seus dedos em seu corpo, rebolando por mais daqueles estímulos até que extravasasse aquele desejo insano que tinha por Jongin.
Kyungsoo era acostumado a ter algo dentro de si, mas era diferente quando outra pessoa guiava o ritmo. Jongin o tocava ora lento, ora ininterrupto, e o torturava com os dedos dentro de si, retirando-os quase completamente antes de colocá-los outra vez.
Sentia-se tonto quando Jongin sustentou o peso de ambos, sentando-se com Kyungsoo em seu colo. O plug moveu-se dentro de si e Jongin mordeu os lábios. Seus dedos ainda estavam dentro dele, mas agora ele tinha acesso a seu pênis. Queria tocá-lo.
— Eu quero seu pau em mim, Jongin... Agora. — Kyungsoo sussurrou, rente a sua boca, segurando-o pela coleira. Jongin retirou seus dedos e deixou que ele o guiasse para dentro. Ofegou, sentindo cada centímetro seu entrando em Kyungsoo muito lentamente. O aperto ao redor de seu falo o tirou de órbita por uns bons segundos, até que Kyungsoo passasse a mover-se lentamente, fazendo a seu gosto, então Jongin masturbou-o na mesma intensidade com que o estocava.
Deixou que Kyungsoo gemesse livremente enquanto beijava seu pescoço. Ele apoiava-se em seus ombros para sentar-se sobre seu membro várias e várias vezes, alternando a velocidade com que fazia de acordo com que se acostumava à seu tamanho. Ouvia sua respiração desregulando-se a cada vez que seu corpo se contraía, pedindo por mais.
Jongin sentia-se prestes a gozar o tempo inteiro. Sentia Kyungsoo quente e molhado ao redor de si e o plug ainda em sua entrada, pressionado pelo peso de Kyungsoo em seu colo. O quarto agora parecia tão quente que sequer parecia que a janela estava aberta. Recebeu de volta a boca de Kyungsoo com gosto, mesmo que ele tivesse cadenciado um pouco mais o ritmo sobre seu falo para beijá-lo. Sugou seus lábios e sua língua, sentindo seus dedos molhados pelo pré-gozo de Kyungsoo. Ele parou de se mover por um instante para beijá-lo longa e lentamente, rebolando só para poder sentí-lo dentro de si, e só continuou depois de deitar Jongin outra vez contra a cama.
Levou as mãos longas de Jongin para sustentá-lo pela cintura. Kyungsoo gostava enquanto ele o estava tocando, mas queria cavalgá-lo livremente. Apoiou as mãos em seu peito e usou os joelhos para ditar seu ritmo. Jongin deixou a cabeça pender um pouco para fora da cama, sem conseguir controlar o corpo naquele instante. O aperto de Kyungsoo era tão gostoso que cada vez que ele pulsava contra seu membro, sentia-se mais perto de seu orgasmo. Era intenso demais para segurar-se por mais tempo. Já sentia-se tão sensível no primeiro espasmo que mesmo Kyungsoo soube que gozaria.
Jongin gemeu curto quando finalmente gozou, respirando profundamente enquanto ainda sentia o orgasmo vívido em seu corpo. Kyungsoo prolongou-o o quanto conseguia, mas depois desceu de seu colo, ainda sedento. Jongin também não tinha terminado por aí. Duvidava até que não permanecesse duro até a próxima ereção.
— Sua tiara foi parar no chão... — Resmungou Kyungsoo, deitando-se na cama para alcançar as orelhinhas debaixo da cama. Enquanto Jongin se recuperava, ele a colocou de volta, deixando beijinhos em seu rosto, até alcançar sua boca. Jongin estava pingando de suor. Afastou os cabelos que grudavam em sua testa quando ele se virou para abraçá-lo, respondendo aos selares. — Eu quero que você fique com isso. — Ele acariciou as orelhas no topo da cabeça de Jongin, enfiando os dedos entre seus cabelos logo depois. — Você tem que tirar algumas fotos e me enviar depois.
— Eu? — Jongin questionou, incrédulo. Nunca tinha sido o cara que mandava fotos suas para alguém. Ninguém. Nunca. Era meio tímido demais para isso. Jongin realmente preferia as coisas do jeito mais simples possível. Kyungsoo ergueu as sobrancelhas, rindo de sua incredulidade.
— Você! Eu já te mandei uma tonelada de fotos. — Kyungsoo argumentou, puxando-o para cima de seu corpo para esfregar-se contra suas pernas. Ainda estava duro ali embaixo. — Você sabe que eu não sairia espalhando nada por aí.
— Hm, eu não sou muito fotogênico. — Explicou Jongin, puxando seu lábio inferior entre os seus próprios. Kyungsoo fechou os olhos, gemendo satisfeito quanto desceu a mão até seu falo e o envolveu em uma massagem lenta. — Mas eu posso abrir a janela e deixar você ver, se quiser...
Jongin beijou o peito branquinho, subindo para as clavículas pouco marcadas. Kyungsoo não era tão magro quanto Jongin. Rebolou contra sua mão e contra o joelho pousado entre suas pernas. Podia senti-lo ficar ereto de novo só com a carícia leve de suas unhas na base de suas costas e na bundinha pequena. Sentia-o arrepiado contra seus dedos.
— Hm... Acho que isso é bem melhor. — Kyungsoo puxou-o pelo queixo outra vez, beijando os lábios cheios uma última vez antes de deixar Jongin descer por seu corpo até alcançar seu pênis. Colocou-o na boca sem cerimônias. Jongin sentia-se excitado em ter o volume avantajado de Kyungsoo entre seus lábios e em ouvi-lo ofegar enquanto alcançava seus cabelos.
Kyungsoo gemia seu nome enquanto movimentava a cabeça em movimentos curtos. Tombou um pouco a cabeça só para poder ver seu pênis raspando nas bochechas e nos lábios molhados. Jongin o sugava de um jeito que não queria parar nunca. Engolia-o quase por inteiro, quando não o deixava estocar sua boca lentamente, arrastando a cabecinha contra sua língua antes de abrigá-la outra vez em sua boca. Estava prestes a gozar quando puxou Jongin para cima outra vez pela coleira, com calma. Podia ser muito tentador gozar naquela boquinha, mas Kyungsoo ainda queria fodê-lo.
Olhava em seus olhos enquanto passava a língua pelos lábios tentadores de Jongin.
— Fica de quatro para mim, Jongin? — Jongin sentiu-se tremer frente ao tom sedutor de Kyungsoo. Era uma ordem, e, porra, isso fazia-o sentir tão pervertido. Kyungsoo estava o tratando de um jeito que Jongin nunca pensou que o faria se sentir tão excitado. Ainda assim, seu corpo estava quente e respondia àquilo tudo como se finalmente tivesse encontrado algo que o divertisse.
Jongin nunca sentira vontade de expor-se tanto para alguém quanto estava se expondo para Kyungsoo. E não estava reclamando nem um pouquinho. Deitou-se de volta na cama enquanto Kyungsoo se sentava, e então, sem tirar os olhos dele, como se quisesse provocá-lo, botou-se sobre os joelhos.
— Assim? — Questionou em uma clara provocação, vendo o sorriso orgulhoso de Kyungsoo crescer sem que ele pudesse controlar, ainda que mordesse os lábios já inchados. E ele o premiou com um beijinho na bunda antes de levar os dedos até o plug que ainda estava ali, imóvel.
— Bom menino.
Era uma pena ter que tirar o acessório de Jongin, mas Kyungsoo precisava fodê-lo naquele instante, tanto quanto Jongin precisava ser fodido. Ajeitou-se sobre os joelhos e se masturbou à visão de Jongin entregue daquele jeito para si. Já havia fantasiado com aquele momento tantas vezes enquanto se tocava... Agora o aperto em seu membro não era mais seus dedos e era muito melhor. Sequer se comparava. Sentir as paredes de Jongin o abrigando, quentes, pulsando ao redor de seu falo... Porra...
Esperou um pouco para que se acostumasse ao novo tamanho, mas Jongin logo se impulsionava, gemendo para o prazer de finalmente ser preenchido. Era gostoso ter um plug ali dentro, mas um pau grosso, duro e molhado era bem mais. Kyungsoo não demorou muito a começar a estocá-lo com todo o tesão acumulado em todo aquele tempo. Inclusive o que acumulara de dias anteriores.
Jongin tinha os sentidos embaralhados pelo prazer. Movia-se contra Kyungsoo quase inconscientemente. Sentia-o bater contra a sua bunda, agitando todo o seu corpo ao mesmo ritmo. Agarrava os lençóis já soltos há tempos entre os dedos, tentando descontar um pouquinho do que estava sentindo. Era bom demais até mesmo para murmurar que ele continuasse o fodendo daquele jeito. Jongin sequer lembrava de se incomodar com quanto de barulho estavam fazendo.
Perdia mais o controle sobre sua respiração a cada nova vez que o pênis de Kyungsoo raspava em sua próstata e inundava seu corpo com sensações. Seus braços cederam em algum momento e Jongin deitou-se outra vez nos braços, afundando o rosto nos travesseiros e puxando o ar em lufadas entrecortadas. Ouvir Kyungsoo o fodendo fazia-o sentir prazer. As mãos dele, antes firmes em sua cintura, escorreram em uma carícia por suas costas. Ele apertava sua carne como se o quisesse exatamente naquela posição e estocava ininterruptamente. Até que decidia torturá-lo com movimentos lentos e observava-se sumir para dentro de Jongin, centímetro por centímetro, e então, lentamente, voltar a meter firme.
Jongin sentia-se perder o controle de suas pernas. Kyungsoo deixou que se deitasse, mas pegou um dos travesseiros e enfiou-o sob o corpo de Jongin, para então curvar-se sobre ele outra vez. Afastou a coleira para deixar uma trilha de beijos em seu pescoço, enquanto voltava a adentrá-lo, dessa vez, movendo seu corpo contra o dele de forma que o membro de Jongin raspasse no travesseiro. Kyungsoo já estava perto de ter seu orgasmo e gemia, sua testa colada às costas de Jongin enquanto se empurrava para dentro dele, aproveitando cada milésimo de segundo antes que seu corpo, finalmente, chegasse ao ápice.
Não parou enquanto não terminava de gozar, e Jongin enfiou as mãos por baixo do corpo, esfregando-se ao travesseiro enquanto rebolava em direção à Kyungsoo. Depois que se retirou, deitando-se para o lado de Jongin, tomou sua boca num beijo lento enquanto usava os dedos para ajudá-lo a gozar também, o que não demorou a acontecer, quando Jongin estava tão sensível. Jongin gemeu uma última vez, soltando a respiração que mantivera presa aquele tempo todo. Agora, sim, podia dar-se por satisfeito.
Passaram um tempo respirando, olhando um para o outro. Jongin sentia a musculatura inteira de seu corpo mole como gelatina. Kyungsoo estava meio zonzo também. Mas, porra, tinha sido, definitivamente, a melhor noite de sua vida. Era de esperar que ficasse acabado.
— Você foi o melhor cachorrinho que eu já tive. — Brincou Kyungsoo, deixando um beijinho salgado de suor nos lábios entreabertos de Jongin, que o respondera meio atrasado, meio débil, entre um sorrisinho tímido. Agora que o tesão passava, ficava para trás só a sensação gostosa de ter tido coragem o suficiente para fazer algo muito, muito bom. Jongin não estava nem um pouco arrependido.
— Nós quebramos o acordo... — Lembrou ele, sentindo-se culpado de repente. Mas, bem, que poderia fazer? Era provável que as coisas ficassem muito complicadas se negasse a entrar na casa com Lu Han. Kyungsoo negou, como se não tivesse problema.
— Eu não me arrependo de ter saído da janela. — Ele disse, deixando um longo bocejo antes de olhá-lo outra vez. — Você se arrepende?
— Hmhm. — Negou Jongin, com um murmúrio. Não queria exatamente dormir agora, mas seu corpo estava tão pesado... Kyungsoo ajudou-o a tirar a coleira e a tiara de sua cabeça para que ficasse confortável, e depois ambos deitaram um pouquinho, meio aninhados. Um cochilo, e depois Kyungsoo iria para casa. Isso se não tivesse ouvido alguém chamar.
— Kyungsoo? Psiu? — Kyungsoo abriu os olhos, pensando que talvez estivesse louco. Jongin quase ressonava, mas abriu os olhos também quando o chacoalhou, meio sonolento.
— Você me chamou? — Perguntou ele, entre sussurros. Jongin negou, franzindo a sobrancelha. Kyungsoo talvez estivesse ouvindo coisas. Voltou a deitar a cabeça no braço de Jongin, mas a voz tornou a chamá-lo. Dessa vez, tinha certeza de que não era coisa de sua cabeça. Pior. Era sua mãe.
Levantou-se num pulo tão rápido que Jongin acabou despertando completamente. Deu a volta na cama e, lá estava sua mãe, em seu quarto. Ambas as janelas estavam escancaradas. Pelo canto do olho, viu Jongin puxar um dos travesseiros para se cobrir, e ela sorria amarelo, sem jeito. Seu celular estava na mão dela.
— Você tem um cliente esperando lá embaixo... Há quase uma hora! — Ela avisou aos sussurros, preocupada. — Eu tentei te ligar, mas você deixou aqui. É o senhor Zhang...
— Merda... — Resmungou Kyungsoo, fechando a janela sem importar-se com o que sua mãe estava pensando daquilo tudo antes de sair catando suas roupas pelo quarto. Jongin o olhava, confuso, quando ele subiu na cama outra vez para vir beijar sua boca. Era uma despedida. Jongin sentiu-se meio Cinderela à meia-noite. A festa tinha acabado. — Vou ter que ir. Alguns clientes acham que eu trabalho vinte e quatro horas. — Ele riu. Jongin assentiu, como se não tivesse problema. A verdade era que queria dormir com Kyungsoo ali mas... É, sabia que não seria bem assim.
A parte do “sem romance” ainda estava de pé, afinal. Jongin observou-o vestir as roupas às pressas, mas o resto das coisas pareciam ficar para trás. Antes que perguntasse qualquer coisa sobre isso, Kyungsoo decidiu comentar.
— É seu. — Ele disse, com um sorrisinho safado no rosto. — Menos o lubrificante e a caixa de camisinhas. Isso é meu. Eu volto para pegar.
— Tem certeza que vai querer voltar com eles para casa? — Murmurou Jongin, quando, sem querer ir embora, Kyungsoo curvou-se de novo para beijá-lo outra vez. E ele revirou os olhos.
— Eu volto para pegar você. A camisinha e o lubrificante ficam aqui.
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