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História Foge Comigo - Pedinte de Carinho


Escrita por: RedHairNat

Capítulo 2 - Pedinte de Carinho


Jimin abriu os olhos com um pouco de dificuldade. Seus braços estavam vazios, o cobertor só abrigava-o em um calor quase insuportável e por um minuto, seu ar abandonou o peito e sua expressão murchou. Será que tudo não passava de um vão pensamento? Uma imaginação fértil que simplesmente brotou enquanto pegava no sono no sofá? – Ele levantou estalando as costas e virou a cabeça para a cozinha na parte de trás, perto da porta de entrada e atrás da sala. Uma panela fumegava no fogo. Jin tinha acordado bem cedo, pelo o que havia visto no celular. Enquanto caminhava fazia movimentos circulares com os ombros; estavam tão tensos! Quando parou ao lado do batente da porta, a cama ainda parecia estar em suas costas. Olhou em direção a bancada e estava lá a pequena garota cortando legumes. Seu cérebro não processou muito bem de início. Ela vestia suas pantufas que ficavam enormes nela; uma calça de tecido largo e solto, preso apenas em sua cintura com uma estampa tribal vermelha e marrom, a blusa era uma regata preta – Jimin realmente ficou observando a cena por um bom momento. Não eram roupas que normalmente encontra uma coreana vestindo. Ela cobria todo esse estranho e encantador conjunto com o típico avental do Jin e o cabelo estava contido em um coque que ele ficou por um longo tempo, um longo longo tempo pensando como ele aguentava ficar no topo da cabeça da garota se parecia despencar para todo lado a todo instante. Até que uma pedra pareceu ter acertado a sua cabeça e ele arregalou os olhos quando lembrou de tudo e soube quem era a garota cantarolando. Como se tivesse escutado a subjetiva pedra contra a cabeça de Jimin, Nina virou dando de cara com um Jimin de cara amassada com os cabelos ruivos para o ar. Ela segurou o riso com uma leve mordida o lábio o que fez Jimin ficar tentando se concentrar sobre ele ainda não ter escovado os dentes e que por causa disso, não deveria atacar os pobres lábios já maltratados pela garota.

- Então é por isso que põem maquiagem em você. – Nina brincou.

- Haha. – Jimin ironizou e se aproximou dela.

- É brincadeira. – Nina sorriu não tendo grande êxito em parecer imune a aparência de Jimin pela manhã. Era bonita porque não era a face que ele sempre mostrava para os outros. – Bom dia. – Ela o abraçou e beijou sua bochecha.

- Logo pela manhã e já apegada dessa maneira?

- Não! – Ela corou levemente – É natural quando damos bom dia nós abraçarmos e beijarmos... não dessa maneira, diretamente na bochecha, um beijo de cumprimento.

- Que beijo de cumprimento? – Jimin começou a olhar horrorizado, pensando errado desde que ela afirmou beijar na bochecha qualquer um assim, piorando quando falou que era um beijo de cumprimento, não esse que ele pensava que era.

- Assim... – Nina encostou sua bochecha com a dele e estalou um beijo logo alternando para a outra e repetindo o mesmo ato. – É assim que cumprimentamos as pessoas no Brasil.

- Não é mais fácil apenas acenar a cabeça ou apertar a mão? – O ruivo ergueu uma sobrancelha.

- É um costume, Oppa.

- Quem você beija assim? – Ele perguntou preocupado.

- Minha família e você.

Jimin respirou aliviado e Nina sorriu com esse pequeno ato que indicava que, se houvesse algum problema no futuro, não sentiria arrependimento por esse momento. Ela voltou a cortar os legumes na bancada e Jimin sentou no lado que a garota não utilizava, observando-a. As mãos diligentes, como o dedo indicador dela ficava marcado por ela o apoiar na parte não afiada da faca, como a expressão dela parecia de alguém competindo. “Que garota estranha” – pensou, dando um sorriso divertido. A panela fumegava no forno mas eles não chegavam a se importar. Estavam em um clima gostoso, de início de manhã.

- Parecemos recém casados. – Jimin comentou.

- Sim, parecemos. – Nina não quis parecer envergonhada apesar de estar. Aquilo estava fazendo bem a ela, estava-a fazendo feliz estar ao lado de Jimin. Quando levantou a cabeça para olhar de contra o olhar do garoto, completou: “Literalmente.”.

- Acordou cedo só para fazer o café da manhã?

- Fuso. – Ela respondeu passando por ele e indo para a panela, onde jogou o que cortou. – Acordei no meio da noite e... – Nina abaixou a voz até sumir.

- Chorou, eu sei. – Ele puxou a mão da garota que segurava a faca e a tirou dela fazendo a mesma coisa com a outra que segurava uma tábua de plástico roxa, puxando-a em seguida para o meio das suas pernas e prendendo com uma vontade de nunca mais soltar. – Você sabe que pode ir, a qualquer momento.

- Oppa... – Nina fechou os olhos e prensou um lábio contra o outro, um hábito que tinha quando estava envergonhada demais.

- O que...? – E então, ele entendeu ao que ela se referia, localizado, mais especificamente, no meio das pernas dele. – Aish! Está de manhã, tenha dó!

- E como eu vou saber de algo assim dos caras? – Ela voltou a olha-lo com um bico nos lábios.

Aquilo fez Jimin sorrir involuntariamente.

- Retiro o que disse. Ainda bem que nunca soube. Mas não releve, não quero fazer isso em um lugar que o Hobi possa aparecer e broxar tudo. – Então o ruivo escondeu seus olhos por trás de uma risada.

- Jimin! – Nina respondeu com uma batidinha nele um pouco mais forte.

Ele reclamou, mas os olhos divertidos não saíram da sua face.

- Minnie... eu quis fazer isso. As consequências... eu aguentarei. Eu quero ser alguém que sabe viver sozinha, quer dizer, eu estou vivendo com o que você está pagando, eu preciso fazer algo sobre isso, mas...

E nesse momento, um Jin sonolento, indo ao banheiro escutou as vozes no corredor.

- A gente já conversou quanto a isso. Eu não quero que você me pague ou qualquer coisa assim. Eu nem sei direito o que eu vou fazer com todo o dinheiro que eu tenho. – O ruivo mexeu no cabelo da pequena garota entre suas pernas.

Nina sentiu o calor na mão de Jimin e nem se importou em observar aqueles olhos por quanto tempo quisesse. Ficava tão constrangida sempre por olhar Jimin diretamente e agora era apenas o Jimin. Era só um cara extremamente doce e apaixonante na sua frente. Não parecia ser alguém que ficava a uma distância exorbitante. Parecia tão fácil de alcançar, de tocar... – Estendeu a sua mão até o cabelo bagunçado e escorregou até a lateral de sua cabeça, levando a sua outra mão até o lado oposto, puxando Jimin para um demorado beijo na testa.

- O que eu fiz para merecer você? – Ela o observou e depois abraçou seu tronco e logo ele a prendia totalmente entre suas pernas e braços. – Mesmo que não dê certo, você é o melhor amigo do mundo.

- Ai... – Ele resmungou. – Isso machuca sabia? – E por um momento lembrou que, de verdade, nunca a havia pedido em namoro.

- Do que mais te chamo, então? – Nina riu meio encabulada. Nunca o quis pressionar, então, nem tocou no assunto sobre o que eles eram de verdade.

- Temos muitas possibilidades, amante, companheiro para a vida, meu Romeu, chocolate do meu morango...

Ela bateu de leve nele.

- Para com essas coisas...! – Nina riu, achando tudo uma grande brincadeira, escondendo o rosto que formigava de tão vermelho contra o ombro de Jimin.

- ...príncipe, razão do meu viver, amor da minha vida, Deus grego, melhor sexo do mundo... – E quando ele achou que ela estava com vergonha o bastante, rindo que nem uma boba contra o seu ombro, ele sussurrou em seu ouvido. - ...namorado.

Aquilo surpreendeu Nina que, sabendo que ele estava com um sorriso astuto no rosto, apenas sussurrou contra o ouvido dele:

- Eu nem dormi com você para concluir que você é o melhor sexo do mundo.

Ele curvou ainda mais os lábios, escondendo seus olhos contra as bochechas e soltou um som soprado sentindo o calor que estava emanando do rosto dela quando ela se aproximou para sussurrar em seu ouvido.

- A gente pode resolver isso qualquer dia desses. – Ele concluiu.

Jin respirou fundo no corredor, sentindo o cheiro do café da manhã quase pronto. Talvez devesse tomar um banho e só então acordar os outros. Ninguém merecia escutar Jimin se autoproclamar o melhor sexo do mundo. Precisava tomar um banho gelado e esfriar a cabeça; tinha muita gente no mundo que não fazia nem noção do que estava dizendo.

***

- Então... você precisa ir agora? – A pequena garota ergueu o olhar para Jimin.

- Eu só não sei que horas vou voltar, por isso, não posso dizer “até daqui a pouco”. – Jimin acariciou a bochecha esquerda de Nina com as pontas dos dedos, parando no queixo, segurando o mesmo levemente.

- Vai ficar tudo bem; vá trabalhar tranquilo, estarei aqui aguardando, pode deixar. – Ela deu um sorriso encorajador para ele mesmo que, na realidade, estivesse apavorada por ter que ficar sozinha lá.

Enquanto isso, Taehyung observava-os de longe. Perguntava-se se Jimin realmente estava apaixonado por ela. Às vezes, não fazia nem ideia do que passava pela cabeça de Jimin; na verdade, essa loucura de trazer essa garota para o dormitório superou todas as suas expectativas. A garota era inocente e sonhadora, com certeza, talvez uma cabeça de vento que cozinhasse melhor do que Jin, mas uma cabeça de vento, só que o mesmo não poderia ser dito de Jimin. O garoto de cabelos ruivos era simplesmente manipulador quando lhe convinha e, para a infelicidade da garota, se ele apenas estivesse brincando com ela, ele a abandonaria quando ela estivesse no fundo do poço de tão apaixonada por ele. Se os pensamentos de Jimin tivessem o mínimo da graciosidade e pureza de uma centelha de amor, já seria uma surpresa; levá-la a sério seria o ápice; e ser abandonado por ela seria como descobrir Nárnia no próprio armário. Na verdade, já estava na hora de Jimin ficar de quatro por uma mulher. Um sorriso retangular se estendeu pelos lábios de Tae e seu olhar se cruzou com Hoseok que pareceu entender que algo de interessante estava passando pela cabeça de Tae e foi até ele sem hesitar.

- Quero fuder com a cabeça do Jimin. – Tae disse baixinho a Hoseok e o mesmo ficou por um tempo observando o amigo até ser bem sincero com ele.

- Isso pode ser interpretado de mais de uma forma e uma das duas com certeza não é favorável para você. – Hobi olhou Tae bem nos olhos.

- Aigo! Estou falando sério Hobi! – Tae falou apenas para o companheiro.

- E o que você quer? – Perguntou Hoseok com a curiosidade aguçada.

- Que ele fique de quatro pela Nana.

- Para mim ele já dá indícios de estar ficando assim. – Namjoon irrompeu na conversa.

- Se tivesse totalmente assim, não teria ficado com metade das garotas que ele ficou nos períodos que não estávamos no Brasil.

- Fato. – Taehyung concordou com Hobi.

- Mas ele não a traria só com a proposta de acabar com a vida da garota traindo ela aqui sem mais nem menos... – Namjoon tentou defender.

- Okay, levamos para esse ponto que ele tem uma paixão forte por ela agora, mas como a faremos mais duradoura? Não disse que gosto da garota ou algo parecido, porém ela não me parece ser uma garota má. – Taehyung apoiou o rosto na mão.

- Vamos logo antes que o Agente brigue conosco! – Suga avisou da porta.

- Parece até que ele é o líder. – Namjoon passou pela porta bocejando.

Foram todos um a um e com um beijinho no nariz da namorada, Jimin também se foi, deixando-a para trás. Nina sentou-se no braço do sofá e respirou fundo, bufando com certa brutalidade. O que faria ali, sozinha? – Pensou em se acalmar, primeiro. Depois de tentar esquecer sua situação um tanto quanto desvantajosa, levantou-se e foi enfrentar o dia. Pensou em tentar ir arrumar o quarto de Jimin primeiro. Ela passou olhando quarto por quarto até encontrar o que havia visto na noite anterior. Ele era estranhamente arrumado; “Deve ser por Hoseok” – Jimin a havia explicado que Hoseok era bem organizado apesar da personalidade, aquilo devia implicar com como Jimin e Tae se mantinham no quarto também. Foi apenas necessário arrumar as camas e dobrar algumas roupas e deixar por cima das camas já que não sabia qual cama era de quem ou da maneira que eles separavam as coisas, apesar de que, foi capaz de identificar facilmente pelo cheiro qual era a roupa de Jimin. Meu Deus, que vergonhoso, ela era uma idiota apaixonada e, na pior das hipóteses, uma pervertida também. Corada, ela partiu para os próximos quartos, tentando ser o mais cuidadosa o possível. O último quarto, Nina especulou ser de Jungkook e Namjoon – tinha um lado totalmente bagunçado, cheio de revistas, roupas e um Nintendo. Jimin contou-lhe que, em contrapartida a Hoseok ser um tanto organizado, Jungkook era uma loucura. Nina riu com aquilo; ele parecia o priminho caçula dela. A risada dela desfaleceu. Com uma blusa de Namjoon em mãos, seu peito começou a formigar. Estava com tanto medo de se arrepender. Olhou para o relógio na parede, tanta dor e eram apenas 10:30. Decidiu que assim que terminasse de arrumar aquela cama iria lavar a louça. Dito e feito. Mas, a triste verdade para Nina era que, mesmo que ela quisesse que junto da sujeira da louça suas memórias fossem arrastadas direto para o ralo, ela ainda teria lágrimas pingando logo abaixo de sua bochecha. Não é como se seus pais nunca mais a aceitassem, mas tinha certeza de que não aceitariam ela continuar ali. Por Deus, ligar para eles do seu próprio celular faria com que eles rastreassem sua ligação – ainda rezava para que sua mãe não colocasse suas fotos no topo da lista do FBI – e ainda se ligasse de um telefone público, seu coraçãozinho se partiria em milhões de pedacinhos sem condições de serem colados se não apenas pelas próprias pessoas que o quebraram. Pouco tempo depois, catou a vassoura, um pano e um pano de chão, um balde com água e um desinfetante. Foi direto para os quartos, varrer e passar um pano úmido e depois com desinfetante. Será que eles iriam almoçar? Faltavam 10 minutos para as 11:00 horas. Não, não fora a lerdeza em lavar a louça que a atrasou e sim o atrevimento de suas lágrimas de quererem ir contra suas próprias escolhas. Decidiu, então, pôr para ferver os vegetais amais que cortou para o café da manhã e temperar as carnes. Voltou para a vassoura e enquanto as coisas seguiam seu rumo na cozinha, varria o chão dos quartos, lembrando que poderia estar escutando música enquanto está “trabalhando”. Pegou o celular e ironicamente colocou uma música do BTS. O som da voz de Namjoon e Jungkook veio em cheio em seu ouvido, mas não era o momento para escutar “I Need U”, definitivamente não. Quando pulou a faixa “Boyz With Fun” brotou e aquela era definitivamente a música para ela naquela ocasião. Continuou varrendo e lembrou que esqueceu a pá. No caminho para buscá-la, dançava a música com os passos que lembrava e nada a impediu de sorrir quando escutou pelo fone de ouvido branco a voz de Jimin cantando docemente. Ah, era o melodioso som do seu namorado. Tinha que ter algo muito errado; Park Jimin era agora seu e ele ainda parecia ser, de longe, a pessoa mais distante na Terra para ela. Nana nem acreditava o quão perto chegou dele quando trombou com ele naquele show, quem dirá em seu primeiro “oi”; a primeira risada que o fez ter; quando ele insistiu para trocarem seus números; sua ansiedade desesperadora que não conseguiu persistir para que ele enviasse uma mensagem e por si mesma puxou conversa; seu desespero quando, 3:47 da madrugada no Brasil, Jimin resolveu fazer vídeo conferência com ela, era seu aniversário de 17 anos – isso fez com que Nina parasse na porta do quarto já com a pá na mão, ela deixou a pá de lado e pôs as duas mãos no rosto vermelho e risonho, cobrindo-o. Pôs um dos seus pufes com cara de bichinho para falar com Jimin, o mais velho riu tanto que quando voltou a respirar direito queria saber o que era aquilo e a pobre garota tentava explicar para ele que era a terceira noite que virava para conseguir conversar com ele, então seus olhos estavam com círculos negros horríveis e pôr estar deitada, seu cabelo estava uma loucura. Negou-se a olhar para Jimin até que o mesmo desligasse. 3 dias depois ele repetiu a mesma experiência da garota para dizer para ela que, se fosse ele, atenderia. Com olheiras enormes, Jimin a chamou e disse que se ela não atendesse, ele a ignoraria para sempre porque seu agente quase o matou quando percebeu o que ele estava fazendo. Ela escreveu um “Espere até eu dizer que pode”. Nina decidiu não esperar, chamou Jimin 16:05 da tarde. Quando o, no período, moreno atendeu, agradeceu por todo o treinamento que a BigHit poderia tê-lo oferecido sobre como disfarçar certos impulsos em suas expressões faciais – ela tinha leves mechas loiras caindo pelo cabelo castanho escuro, os grandes olhos estavam delineados e os lábios cobertos de um batom matte de um tom cor de boca e quando ela sorriu com o topo de suas maçãs enrubescidas, Jimin se perguntou seriamente da onde que aquela garota tinha vindo, ela era incrível de conversar e, aos seus olhos, só deixava a desejar pela distância entre eles dois. -; a segunda vez que se encontraram; o sentimento de quando o moreno estava para dar um passo para fora e se virou puxando sua mão e sem algum pudor, mas com toda a amabilidade do mundo (algo que Nina não imagina ser conciliável naquela situação) a beijou. Assim que bateu a pá no lixo com a última poeira dentro do terceiro quarto do dormitório, Nina se repreendeu e imaginou que se ficasse eternamente pensando sobre as suas lindas lembranças com Jimin, ficaria nostálgica por nada e gastaria seus momentos de fantasia. Ela estava experimentando o quão era empolgante saber de que maneira isso estava seguindo, mas se proibiu de continuar da pensando sobre aquilo. Foi então que se lembrou dos legumes no fogo e foi correndo ao socorro dos cozidos.

***

Após um molho com os legumes pronto e uma carne esperando para ser frita, a pequena garota seguiu para seus outros afazeres. Levou cerca de meia hora para limpar o banheiro, então pegou a roupa que era para lavar e levou direto para a área de serviços ali. Imaginava que eles levassem para uma lavanderia, mas estava enganada. Observou cada etiqueta de cada roupa para ver se não tinha nenhuma restrição; morreria se naquele primeiro dia, vivendo à custa do namorado, já fizesse alguma besteira. Que Deus a livrasse disso. Assim que separadas por tipos de lavagem, Nina jogou as que dariam para serem lavadas na máquina juntas e as que precisavam de mais atenção, foi à mão.

***

Quando o celular da morena tocou, ela já tinha terminado de arrumar e limpar os quartos, cozinhar, limpar o banheiro, lavar e estender as roupas para terminarem de secar em uma pequena varanda com um varal de metal móvel e espirrar um “Bom Ar” na sala depois de ter passado um pano sobre os móveis e ter tirado as roupas de cama de Jimin do sofá e tê-los guardado em um local que ela viu Hoseok e Taehyung tirarem cobertores na noite anterior. Ela estava indo guardar o spray quando viu a foto de Jimin na sua tela e atendeu:

- Alô? – Ela cumprimentou em português.

- Nana? – Jimin chamou do outro lado da linha.

- Ah, desculpe, força do hábito. Tudo bem com você?

- Um pouco cansado do trabalho, mas e você? Está tudo bem sozinha aí?

- Sim... – Saiu mais como um miado da sua boca, então decidiu falar com mais convicção, o que fez Jimin ficar mais suspeito.

- Teremos que voltar um pouco tarde hoje... não nos espere, está bem?

- Sim, pode deixar.

- Então, estarei voltando para o trabalho...

- Minnie...! – Nina chamou um tanto exasperada.

- O que foi? – Ele perguntou olhando para os pés esperando escutar a voz da garota do outro lado da linha. – Nana...?

- Verei você amanhã...? – A garota perguntou receosa.

Jimin levantou a cabeça e seu braço que suspendia a mão segurando o celular levou seu cotovelo mais para o lado, abrindo mais a expressão corporal de Jimin; ele ajeitou sua postura e deixou um sorriso escapar involuntariamente. Assim que mordeu o lábio com uma centelha de felicidade, ele respondeu:

- Não é óbvio? – Respondeu bem humorado.

O sorriso no rosto dela não foi nada mais, nada menos do que uma garota apaixonada; não tendo uma atração, mas começando a ter uma ligeira impressão do que é amar de verdade.

- Então, fighting.

- Trabalharei duro.

Assim que Jimin desligou o celular, Taehyung estalou a língua atrás dele simultaneamente em um tom reprovador.

- Poderia ter sido mais amável com ela. – Falou, cruzando os braços.

- Não fui grosso. – O ruivo respondeu.

- Mas também não foi uma boa atitude com alguém que no primeiro dia está sozinha em um país que não conhece nada nem ninguém além de nós.

- Eu estou preocupado, é só... talvez, se eu expressasse isso, eu me sentiria tentado a ir até ela.

- Expressar um pouco de sentimento não faria mal. – Tae contra-argumentou.

- Você não entende, Tae. Eu posso alcançá-la agora; o momento que eu quiser. Ela está há apenas alguns quilômetros daqui. Não além-mar. E ela é do tipo que quanto mais eu dou carinho, mais ela pede e faz com que eu queira dar mais a ela. Ela não pede diretamente mas faz com que você se sinta responsável por aquilo, faz você sentir que precisa dar aquilo à ela.

Não, não seja enganado. – Tae pensou em sua própria e corretíssima mente. – Ninguém te obriga a dar carinho, não você, Park Jimin. Ou ela te pegou de jeito ou você está de pouquinho em pouquinho sendo conquistado; sendo um ou outro, você foi bem flechado. – Aos olhos de Tae, Chimchim estava fazendo uma boa expressão para interpretar Titanic. Tanto drama por uma garota que ia se encontrar todos os dias. Uma garota que era prisioneira da própria escolha. Aquilo tirou um pouco das forças de Taehyung. Era inegável que Nina e Jimin fizeram um acordo injusto. Em troca de abandonar sua família e o lugar onde viveu a vida inteira, Jimin a trouxe para sua vida, sem sair do seu conforto e lhe dando apenas comida e abrigo, mantendo uma antiga proposta: a troca de sentimentos românticos e companheirismo. Sentia quase uma necessidade de salvar a garota, mas ambos, até então, pareciam tão felizes. Separá-los seria imperdoável; antes desse os 30 dias e fosse posto um fim ou um novo começo nisso tudo.

Suga, na esquina daquele corredor, escutou a conversa, só conseguiu pensar o mesmo que Tae e completou para si mesmo – Isso, mais do que dela, depende do Jimin.


Notas Finais


Mesmo tendo demorado tanto, eu mereço comentários? T^T


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